sábado, 29 de novembro de 2008

ONGs enviam alimentos para animais de Itajaí (SC)

A Prefeitura de Itajaí (SC) registrou hoje a doação de 2.500 quilos de ração animal. Os produtos foram enviados por ONGs (organizações não governamentais) de todo o país, principalmente dos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.

De acordo com dados da Defesa Civil, os alimentos estão sendo doados diretamente para a população mais afetada pelas enchentes.

A Aipra (Associação Itajaiense de Proteção aos Animais) contabiliza que cerca de 700 a mil cães, gatos e cavalos tenham morrido em Itajaí.

A Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrário de Santa Catarina) alertam a população a enterrar os animais em vez de não jogá-los em rios em valas. A medida é para evitar um surto de contaminação.

Quem tiver ração para animais domesticados pode encaminhar para o Centreventos Itajaí, ou entrar em contato com a Aipra pelos telefones: 0/xx/47 9928-2222/9919-4769.


Folha Online, 29/11/08

Mais...

Golpistas divulgam contas na internet, diz Defesa Civil de Santa Catarina

As pessoas que desejam contribuir em dinheiro para as vítimas atingidas pelas fortes chuvas no litoral de Santa Catarina --que afetaram 1,5 milhão de pessoas e deixaram 110 mortos-- devem prestar atenção nas contas onde estão efetuando o depósito, alerta em nota a Defesa Civil do Estado. Muitos golpistas têm utilizado a internet, se passando pela Defesa Civil, e pedindo dinheiro em contas não-oficiais por e-mails.

Na manhã deste sábado, a Defesa Civil recebeu a informação de que um brasileiro --que mora na Inglaterra-- abriu uma conta para arrecadar ajuda de outros brasileiros que moram na Europa. Esse tipo de conta não é reconhecida como oficial pela Defesa Civil e é provável que seja objeto de golpe.

Alguns dos municípios afetados também abriram contas para ajudar suas comunidades afetadas. Os números das contas e bancos podem ser consultados pelo 199, na Defesa Civil de cada cidade.

Contas oficiais
A Defesa Civil disponibiliza oito contas oficiais nos bancos. O nome da pessoa jurídica é Fundo Estadual de Defesa Civil, CNPJ - 04.426.883/0001-57. Confira a relação.

SICOOB SC - 756
Agência 1005
Conta Corrente 2008-7

Caixa Econômica Federal
Agência 1877
Operação 006
Conta 80.000-8

Banco do Brasil
Agência 3582-3
Conta Corrente 80.000-7

Besc
Agência 068-0
Conta Corrente 80.000-0

Bradesco S/A - 237
Agência 0348-4
Conta Corrente 160.000-1

Itaú S/A - 341
Agência 0289
Conta Corrente 69971-2

SICREDI - 748
Agência 2603
Conta Corrente 3500-9

SANTANDER - 033
Agência 1227
Conta Corrente 430000052


Folha Online, 29/11/08

Mais...

Doações para vítimas das chuvas em SC passa dos R$ 3,5 milhões; veja como doar

As doações em dinheiro para as vítimas das chuvas em Santa Catarina ultrapassavam os R$ 3,5 milhões até a tarde deste sábado, segundo informações da Defesa Civil. As doações foram feitas ao Fundo Estadual da Defesa Civil, que abriu contas correntes para a arrecadação em auxílio aos atingidos.

O valor será destinado às cerca de 1,5 milhões de pessoas atingidas pelas chuvas, que já deixaram 109 mortos e 19 desaparecidos no Estado. De acordo com a Defesa Civil, 27.410 pessoas estão desabrigadas e 51.297 desalojados, num total de 78.707 pessoas que tiveram de deixar suas casas.

VIDEO: "Tem pessoas da família que não sabemos se estão vivas", relata morador
AUDIO: Médico fica ilhado por três dias em hospital de SC e relata drama causado pela chuva
VIDEO: "Estradas viraram rios e a terra desceu como lava de vulcão", diz morador
ÁUDIO: IML de Itajaí já não tem espaço para tantos corpos, diz repórter
ÁUDIO: Comissão irá acompanhar liberação de recursos para SC, diz deputado

Na sexta-feira (28) a Defesa Civil informou que mais duas contas serão abertas no Sicred e no Bradesco. Por enquanto as contas para fazer doações são:
- Caixa Econômica Federal - Agência 1877, operação 006, Conta Corrente 80.000-8;
- Banco do Brasil - Agência 3582-3, Conta Corrente 80.000-7;
- Besc - Agência 068-0, Conta Corrente 80.000-0;
- Bradesco Agência 0348-4, Conta Corrente 160.000-1
- Itaú - Agência 0289, Conta Corrente 69971-2
- Sicoob - Agência 1005, Conta Corrente 2008-7
Em nome da pessoa jurídica é Fundo Estadual da Defesa Civil, CNPJ - 04.426.883/0001-57.

Ajuda
Além das quantias em dinheiro, a Defesa Civil pede doações de alimentos --de preferência prontos para serem consumidos--, água, roupas, sapatos, cobertores, fraldas e material de higiene.

A água poderá ser entregue na Defesa Civil dos municípios, além dos órgãos de segurança do governo estadual, como polícias Civil e Militar e Corpo de Bombeiros. Outros produtos podem ser encaminhados aos diversos postos de arrecadação espalhados pelo país.

Postos de doações
O posto da PRF (Polícia Rodoviária Federal) de Biguaçu, na região da Grande Florianópolis, está recebendo doações de alimentos não-perecíveis para as vítimas da enchente. A mercadoria arrecadada será entregue à Defesa Civil Estadual.

O Beto Carrero World, no litoral norte do Estado, também montou uma base de arrecadação de alimentos, roupas, medicamentos, colchões e cobertores na entrada do parque. A assessoria de comunicação informou que qualquer doação pode ser enviada à rua Inácio Francisco de Souza, 1.579, na Praia da Aclimação, na cidade de Penha. O telefone é 0/xx/47/3261-2222.

As secretarias regionais da região do Alto Vale do Itajaí (Blumenau, Brusque, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville e Timbó) também montaram bases de arrecadação e distribuição. As pessoas interessadas em doar materiais devem ir nos seguintes locais:
- Colégio Victor Hering
Rua Antônio Cândido Figueiredo, 399, Bairro Vila Nova --Blumenau;
- Fenarreco
Rodovia SC-486, próximo à Havan, centro --Brusque;
- Parque da Marejada
Av. Vicotr Konder, s/n, Bairro Fazenda --Itajaí;
- Arena Multiuso Jaraguá
Rua Gustavo Hagedorn, s/n, Centro --Jaraguá do Sul;
- Colégio Osvaldo Aranha
Rua Lindóia, Bairro Glória --Joinville;
-Depósito da Secretaria Regional
Rua Nereu Ramos, 913, Centro --Timbó.

Doação de Sangue
A Secretaria de Estado da Saúde também alerta para a necessidade de doações de sangue. Entre a segunda (24) e a quarta-feira (26), a demanda por transfusões de sangue mais que dobrou no Centro Hemoterápico de Blumenau.

A secretaria divulgou a relação de locais onde é possível realizar doações de sangue. O horário de atendimento nos postos é das 7h30 às 18h30.

- Hemoesc Florianópolis
Rua: Othon Gama D'eça, 756, centro --Florianópolis. Contato: 0/xx/48/3251-9711
- Hemocentro Regional de Chapecó
Rua São Leopoldo, 391, Quadra 1309, bairro Esplanada --Chapecó. Contato: 0/xx/49/3329-0550
- Hemocentro Regional de Joaçaba
Avenida 15 de Novembro, 23, centro --Joaçaba. Contato: 0/xx/49/3522-2811
- Hemocentro Regional de Lages
Rua Felipe Schmidt, 33 --Lages.
- Centro Hemoterápico de Blumenau
Rua Marechal Floriano Peixoto, 300, anexo ao hospital Santa Isabel, no centro de Blumenau.

Para doar, é necessário, entre outros itens, ter entre 18 e 65 anos, estar em boas condições de saúde e evitar alimentação gordurosa nas quatro horas que antecedem a doação.

São Paulo
A Cruz Vermelha Brasileira e a Comdec (Coordenadoria Municipal da Defesa Civil-SP) anunciaram a criação de postos para arrecadar doações para as vítimas das chuvas que atingem Santa Catarina.

A arrecadação vai funcionar 24 horas na sede da Comdec --na rua Afonso Pena, 130, no bairro Bom Retiro--, e na sede da Cruz Vermelha Brasileira --na avenida Moreira Guimarães, 699, no bairro de Indianópolis, na região da Saúde (zona sul de SP). As defesas civis das subprefeituras receberão doações em horário comercial.

Os postos vão receber doações de roupas, calçados, cobertores, fraldas, água potável, material de higiene, alimentos não perecíveis, entre outros. Entre ontem e hoje, a Cruz Vermelha Brasileira recebeu mais de dez toneladas de doações, que serão levadas nesta sexta-feira (28) à Defesa Civil de Santa Catarina.

Além da sede da Cruz Vermelha Brasileira, é possível fazer doações nos seguintes postos da entidade (horário comercial):
- Colégio Santo Ivo
Rua Paço da Pátria, 1705, Alto da Lapa
- Iolanda e Marcelo
Avenida Henrique Franco, 135
- Limoeiro - São Miguel Paulista pelo fone: 0/xx/11/2025-7369
- ACM - Associação Cristã de Moços
Avenida das Flores, 453 - Jd. das Flores - Osasco
- Restaurante Mostarda
Av. Luis Carlos Berrini, 483, Brooklin Novo
- Escola Oriental de Massagem e Acupuntura
Avenida Dioderichen, 1000, Jabaquara próximo ao metro Conceição
- Felicita Beauty
Rua Dr. Cesário Mota Jr, 383, Vila Buarque
- Supermercado Papini,
Avenida Professor Papini, 232, Cidade Dutra
- Condomíno Jd. Office Tower
Alameda Joaquim Eugênio de Lima, 881, Jardins

A Força Sindical Nacional também está recebendo doações. Eles pedem às aos sindicatos e federações que colaborem com alimentos não perecíveis, roupas, água potável, artigos de higiene e calçados. A Força montou um posto de arrecadação em sua sede em São Paulo, na rua Galvão Bueno, 782, na Liberdade.

O São Paulo Futebol Clube realiza um mutirão de arrecadação entre quinta-feira (27) e hoje. A arrecadação acontecerá no portão 1 do Estádio do Morumbi, das 8h às 20h. Neste domingo (30), dia da partida entre o São Paulo e o Fluminense, todos os portões de acesso ao estádio receberão doações, desde a abertura até o intervalo do jogo.

A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) também receberá doações de alimentos não perecíveis, roupas e cobertores nas estações de trem de maior movimento em São Paulo: Luz, Brás, Barra Funda, Osasco, Santo Amaro, Santo André.

As doações ocorrem a partir das 15h desta sexta-feira (28). A empresa se responsabilizará pelo transporte das doações, que serão entregues à Defesa Civil de Santa Catarina. As doações podem ser depositadas nas caixas instaladas nas estações ou entregues a um agente operacional.

Água Potável
A Polícia Militar de São Paulo também está recebendo doações. A prioridade, segundo a assessoria da PM, é para a arrecadação de água potável. Para doar, basta procurar um Batalhão da Polícia Militar mais próximo de sua casa. A relação completa está no site da Polícia Militar.

Também é possível realizar doações no Depósito do Fundo Social da Solidariedade em São Paulo, na avenida Marechal Mário Guedes, 301, Jaguaré (das 9h às 16h).

Roupas
O campus da Univali (Universidade do Vale do Itajaí) de Balneário Camboriú (SC) está confeccionando roupas de cama e camisetas para as vítimas das chuvas na região. A universidade precisa de voluntários para ajudar na confecção das roupas, além de doações de matéria prima como malha, tecidos, elástico e embalagens plásticas.

A Univali observa ainda que os voluntários não precisam saber costurar. Eles podem ajudar no corte, etiquetagem e embalagem das peças. O laboratório de Modelagem e Vestuário fica localizado no bloco 9 do Campus Balneário Camboriú --na quinta avenida, s/n, bairro dos Municípios-- e vai funcionar das 8h30 às 20h. Mais informações pelos telefones 0/xx/47/3261-2351 ou 0/xx/47/3261-1292 ou 0/xx/47/3261-1358.

Outros Estados
A Cruz Vermelha Brasileira também está recebendo doações para as vítimas das chuvas de Santa Catarina em outros Estados. O endereço das outras filiais estão no site da entidade.

Recomendações da Defesa Civil
A Sedec (Secretaria Nacional de Defesa Civil), vinculada ao Ministério da Integração Nacional, divulgou nesta quinta-feira (27) uma lista de orientações para os interessados em ajudar. Segundo o órgão, a idéia é evitar problemas gerados pela 'doação desorganizada' como a não correspondência das doações com as necessidades reais dos atingidos.

Veja as recomendações:
-Antes de efetuar doações procure informações de necessidades levantadas pela Defesa Civil do seu Estado ou município, ou em quartéis de Bombeiros ou Polícia Militar, por exemplo;
-Atentar para a qualidade do material doado;
-Estabelecer uma comunicação eficaz entre o doador e autoridade de Defesa Civil local onde ocorreu o desastre;
-Consultar as autoridades que estão gerenciando a situação para averiguar a real necessidade de doação de gêneros e da quantidade, antes de iniciar qualquer campanha de arrecadação.

* Leia cobertura completa sobre a chuva em Santa Catarina


Folha Online, 29/11/08

Mais...

Aposentado, Guga também faz campanha por doações para vítimas

Aposentado das quadras desde a metade do ano, Gustavo Kuerten tem aproveitado parte de seu tempo livre para ajudar as vítimas causadas pelas chuvas em seu estado natal, Santa Catarina. O instituto que leva seu nome abriu conta num banco para receber donativos o ex-tenista sorteou moto doada por Michael Schumacher em evento em Florianópolis.

"Com base na experiência de assistente social de minha mãe, que trabalhou nas outras enchentes, vamos recompor a casa dos mais atingidos", falou o tricampeão de Roland Garros que dará a bandeirada no Desafio Internacional das Estrelas, no domingo. "Nós vamos ajudar estas pessoas a reconstruir e também reequipar suas casas por um período de seis meses, acompanhando essa reestruturação e informando nossos parceiros", completou Guga, 32.

Em outros esportes, atletas e equipes também tentam ajudar de alguma maneira. O time de vôlei de Osasco, que recebe o Pomerode domingo em jogo da Superliga, pede que os torcedores levem doações ao ginásio para serem enviadas aos desabrigados em Santa Catarina --a entrada para o jogo é gratuita.

Já os organizadores de um evento de triatlo que acontecerá no dia 14 em Florianópolis irão arrecadar donativos e distribuí-los antes da competição. A distribuição será feita no bairro Cidade Nova, em Itajaí, uma das cidades mais prejudicadas pelas chuvas no Sul.

Leia mais
* Felipe Massa doa R$ 50 mil a vítimas de tragédia em Santa Catarina


Folha de S. Paulo, 29/11/08

Mais...

Teles apostam na TV pelo celular

A Brasil Telecom será, no mês de dezembro, a mais recente operadora a ingressar no segmento de TV móvel, que oferece pacotes de TV paga pelo celular. A opção, entretanto, já é oferecida no Brasil há mais de dois anos por outras companhias do setor, como Vivo, TIM, Claro e Oi.

A adoção mostra que, enquanto há uma discussão regulatória no país sobre a entrada das teles no segmento de TV paga, não só as operadoras de telefonia fixa avançam nessa seara, mas também as móveis.

No caso da Brasil Telecom, o serviço de TV móvel entra em operação comercial na primeira quinzena de dezembro em toda a região de cobertura, como explicou Sergio Messiano, gerente de serviços de valor adicionado, em entrevista à Reuters.

Para serem assistidos na tela do aparelho móvel, os programas têm ângulos e edições especiais que melhor os acomodem nesse formato.

"É um serviço de nicho, nem todos têm aparelhos habilitados e ninguém fica horas assistindo TV no celular", afirma Fábio Freitas, gerente de ofertas premium da Vivo, que manteve alguns canais gratuitos de TV desde o final de 2004, e só a partir deste ano passou a cobrar, em uma oferta que inclui 13 canais de TV paga.

Segundo ele, o pico de acessos no período gratuito foi de 1,5 milhão de acessos por mês.

O serviço da Brasil Telecom terá, inicialmente, nove canais adaptados, entre Cartoon Networks, Discovery Channel e MTV. "A idéia é que isso cresça bastante", explicou Messiano.

Quando isso acontecer, disse ele, os assinantes poderão comprar pacotes de programas de sua preferência, como fazem hoje na TV a cabo ou satélite.

Por enquanto, os pacotes são divididos em tempo: 30 minutos, 2 horas ou 24 horas corridas, a preços que variam de 1,90 a 7,90 reais mensais, preços similares aos praticados pelas demais.

Atender o cliente nas 3 telas
Messiano explica que a intenção da Brasil Telecom com o serviço é atender o cliente "nas três telas".

Hoje, a operadora já fornece vídeos sob demanda para a TV tradicional, através de sua rede de fios de cobre, e também vídeos aos microcomputadores, através do provedor iG, controlado pela BrT.

"Faltava o sinal de vídeo pelo celular", afirmou ele. Messiano preferiu não fazer previsões de número de clientes para o novo serviço porque disse que, "nos próximos meses, a prioridade é entender o comportamento do cliente".

No caso da Oi, que lançou o serviço no final do ano passado, o pacote trouxe também o primeiro canal de conteúdo audiovisual produzido especialmente para o telefone móvel, o Humanóides, que apresenta "pílulas" cômicas com cerca de três minutos vividas por personagens caricatos, como explicou a empresa.

O Oi TV Móvel está disponível atualmente nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória, segundo informações fornecidas pela operadora.

A Oi não revela quantos assinantes conquistou para o serviço, mas indica que tem registrado uma média de tempo de acesso de 8 a 10 minutos por mês.

Além de oferecer vídeos pelo portal Claro Idéias, a Claro também lançou recentemente o serviço Minha TV, que permite ao usuário assistir aos programas comprados tanto no seu celular como na Internet, pagando um único valor.

Segundo a companhia, o Minha TV usa o sistema de streaming de vídeo ou de áudio, onde a transmissão é feita sem download e por isso não ocupa espaço no celular do usuário.
A forma de pagamento é por assinatura mensal (10 reais), com abertura para todos os conteúdos, exceto para a categoria adulto, que tem uma assinatura própria.

Parceria com SKY
A TIM optou por uma parceria com a operadora Sky, de TV via satélite, para levar canais fechados ao celular. A companhia lançou a TV móvel junto à estréia da sua rede de terceira geração, em abril deste ano.

Com pacotes de 30 minutos, 2 horas e 24 horas, a TIM mantém um canal gratuito na programação, que funciona como o canal de relacionamento das operadoras de TV paga.

Segundo a companhia, a transmissão ao vivo da edição carioca do TIM Festival superou o número de acessos de um mês inteiro da TIM TV, com mais de 300 mil acessos.

"É uma aposta de longo prazo", disse Freitas da Vivo, que afirma, entretanto, que se trata de uma decisão estratégica das operadoras em uma tendência.


Fonte: Reuters
HSM Pn-line, 28/11/08

Mais...

Record quer reconstruir Santa Catarina

Em parceria com o Instituto Ressoar, emissora lança campanha, que será veiculada em toda a sua programação, pedindo arrecadações de alimentos e doações em dinheiro às vítimas das enchentes

Para tentar auxiliar e fornecer um pouco de assistência às vítimas das enchentes que, há vários dias, vêm destruindo várias regiões e cidades de Santa Catarina, a Rede Record anunciou, nesta última quinta-feira, 27, o lançamento da campanha Reconstruindo Santa Catarina.

Realizada em parceria com o Instituto Ressoar, a iniciativa será coordenada pela própria cúpula da emissora. Nesses últimos dias, o presidente da Record, Alexandre Raposo, acompanhado do vice-presidente comercial, Walter Zagari, do vice-presidente artístico, Honorílton Gonçalves, do diretor de jornalismo, Douglas Tavolaro, do apresentador e jornalista Brito Jr. e do presidente do Instituto Ressoar, Ivanildo Lourenço, estiveram na cidade de Itajaí - uma das mais castigadas pelas chuvas - oferecer ajuda às autoridades locais e prestar solidariedade às vítimas.

A partir desta sexta-feira, 28, em toda a programação da Rede Record serão inseridas mensagens com apelos para que as pessoas, de diversas partes do país, colaborem com os desabrigados de Santa Catarina, fornecendo alimentos, roupas, materiais de higiene, produtos de primeira necessidade e até mesmo com doações em dinheiro - sendo que as quantias podem variar de R$ 1 até R$ 20 milhões - depositadas diretamente na conta do Instituto.

A empreitada solidária, entretanto, vai além da mobilização nacional e do apelo ao povo brasileiro. De acordo com informações da diretoria, a própria Rede Record decidiu atuar na causa e auxiliar diretamente nas estratégias de apoio as vítimas e ações de reconstrução das oito cidades que se encontram isoladas devido às enchentes. Até o momento, as chuvas já foram responsáveis por cerca de cem mortes no Estado e deixaram mais de 100 mil pessoas ilhadas e desabrigadas.

Na manhã desta sexta-feira, 28, os executivos da Record e do Ressoar tiveram um encontro com o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, para definir as primeiras medidas do auxílio. A emissora já anunciou que destinará ao estado da região sul uma boa porcentagem do total do faturamento obtido no mês de dezembro e 15% do total dos salários dos principais executivos da casa.


Meio & Mensagem Online, 28/11/08

Mais...

Peta em guerra contra Liz Hurley

A atriz britânica apareceu em campanha da Blackglama trajando um casado de pele, o que despertou a ira da entidade que defende os direitos dos animais

A atriz Elizabeth Hurley caiu na ira dos grupos de direitos dos animais depois de aparecer em uma campanha da Blackglama com casaco de pele. A empresa é conhecida pela parceria com grandes estrelas, como Elizabeth Taylor, Maria Callas, Lauren Bacall, Bette Davis e até o cantor Ray Charles.

Robbie LeBlanc, porta-voz da associação Pessoas pela Ética no Tratamento de Animais, a Peta, disse que "o guarda-roupas dela está tão morto quanto sua carreira no cinema. É chocante que ela esteja ganhando dinheiro vestindo o casaco de um filhote de seis meses, que deu sua pele para o luxo de Liz".

No início de novembro, o Peta lançou uma campanha contra casacos de pele, estrelada pela cantora australiana Natalie Imbruglia, que aparece "trajando" um coelho vivo, com a mensagem de que isso é tão cruel quanto utilizar um casaco de pele.

Com informações do Brand Republic.


Meio & Mensagem Online, 28/11/08

Mais...

Fórum de Investidores Privados em Cultura

Lideranças de institutos, fundações e empresas reúnem-se na sede da Confederação Nacional da Indústria

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, participa nesta segunda-feira, 1º de dezembro, às 10h, da abertura do 1º Fórum de Investidores Privados em Cultura (FIPC). O evento será realizado na Sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, e reunirá as principais lideranças de institutos, fundações e empresas que fazem uso da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Na ocasião, o ministro Juca Ferreira fará uma apresentação da proposta de reformulação da Lei Rouanet, seguida de debate com os presentes. Na programação do FIPC, na parte da tarde, grupos de trabalho formados por técnicos da área vão formular recomendações para o aperfeiçoamento dos mecanismos de incentivo à cultura no país.

Instância não-governamental que tem como objetivo aperfeiçoar e alinhar os investimentos sociais privados em cultura, com vistas a um impacto maior dessas ações, o Fórum conta com o apoio do Ministério da Cultura para a sua realização.

A iniciativa é do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e organizações do Sistema S, em âmbito nacional: Serviço Social da Indústria (SESI), Serviço Social do Transporte/Serviço Nacional do Transporte (SEST/SENAT) e Serviço Social do Comércio (SESC).

O encontro do Fórum de Investidores Privados em Cultura será realizado das 9h30 às 17h30, no Auditório S2 da Sede da CNI (SBN, Quadra 1, Bloco C - Edifício Roberto Simonsen). Informações: (11) 3816-1209, ramal 27, e eventos@gife.org.br.


Ministério da Cultura, 28/11/08

Mais...

Festival de curtas sobre inclusão e diversidade

Tem alguns minutinhos? Então assista os 20 finalistas do Festival de Curtas da Claro sobre inclusão e diversidade. Assim como o tema os finalistas também são bem diferentes e o nível é bem bom.

Acabei caindo no site pq tem gente conhecida participando e depois de assistir é possível votar. Não vou fazer boca de urna, que vença o melhor, mas confira que tem coisa boa, pra fazer a gente pensar.


Daniel Chagas Martins
Update or Die, 27/11/08

Mais...

Edital Prêmio Asas do Programa Cultura Viva

Inscrições até 13 de março de 2009

O Prêmio Asas do Programa Cultura Viva - Arte, Educação e Cidadania da Secretaria de Programas e Projetos Culturais do Ministério da Cultura - SPPC/MinC tem como objetivo premiar as iniciativas dos Pontos de Cultura que apresentarem as melhores práticas de implantação na execução dos projetos apoiados, contribuindo para a divulgação dos meios mais efetivos de promover o desenvolvimento autônomo de suas atividades e o avanço do processo cultural da Rede dos Pontos de Cultura.

Edital
Requerimento da entidade
Ficha de inscrição
Declaração da entidade


Ministério da Cultura, 12/11/08

Mais...

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Brasil cai quatro posições em ranking da Unesco

O Brasil caiu do 76º para o 80º lugar no ranking de desenvolvimento da educação, segundo o relatório anual que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) divulga nesta terça, em Genebra. O Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos 2009 mostra que o principal entrave ao desenvolvimento brasileiro é a taxa de repetência, que diminuiu de 24% para 19% entre 1999 e 2005, mas ainda é uma das mais altas do mundo e a segunda maior da América Latina. Apenas Suriname, Nepal e 12 países africanos têm índice de repetência maior.

Na classificação geral, o Brasil ficou atrás de vários países da América Latina, entre eles Bolívia (75º lugar), Equador (74º), Venezuela (69º) e Paraguai (68º). Em primeiro lugar ficou o Cazaquistão, seguido por Japão, Alemanha e Noruega. Em último lugar na classificação, que incluiu 129 países, está o Chade.

O estudo da Unesco aponta o Brasil como o único país latino-americano com mais de 500 mil crianças em idade escolar sem estudar (em 2006, eram 600.000, segundo o relatório). No total, 17 países estão nessa situação, entre eles Iraque, Burkina Faso, Índia, e Nigéria - onde o número é o mais alto do mundo, com 8,1 milhões de crianças fora da escola. Mas a Unesco prevê que o Brasil conseguirá cumprir a meta de universalização do ensino primário até 2015, reduzindo para 200.000 o número de crianças sem estudar. O ranking é calculado com base no Índice de Desenvolvimento da Educação, que considera fatores como acesso à escola, desigualdade entre gêneros, analfabetismo adulto e qualidade (determinada pela proporção de alunos que completam pelo menos quatro anos de educação formal).

A classificação é uma forma de monitorar o cumprimento das seis metas educacionais globais para 2015, estabelecidas em 2000 na Conferência Mundial de Educação, sob chancela da Unesco: ampliação da educação e da assistência à primeira infância; acesso de todas as crianças ao ensino primário gratuito, obrigatório e de boa qualidade; garantia de acesso de todos os jovens e adultos a programas de aprendizagem e treinamento para a vida; melhoria de 50% nos níveis de alfabetização de adultos; eliminação das disparidades de gênero no acesso ao ensino primário e secundário; e garantia de qualidade no ensino para todos, especialmente em alfabetização e matemática e na capacitação essencial para a vida.

O relatório deste ano, intitulado "Superando a desigualdade: por que a governança é importante", adverte que "desigualdades profundamente enraizadas persistem na educação, condenando milhões de crianças no mundo a ter suas oportunidade diminuídas e, até, condenando-as à pobreza", o que compromete o plano das metas de 2015. O documento também avisa que a ajuda internacional para a educação corre o risco de diminuir graças à atual crise financeira. O lançamento oficial ocorre na abertura da Conferência Internacional de Educação, que se realiza em Genebra, Suíça, de terça a sexta-feira. No âmbito global, o relatório destaca que, em 2006, havia 75 milhões de crianças sem escolarização e 776 milhões de adultos - dois terços mulheres - analfabetos. A Unesco afirma que a "indiferença política", os governos e o "fracasso dos doadores" são parcialmente responsáveis pelo quadro.

Do lado dos progressos alcançados, o relatório aponta o aumento do índice de escolarização nos países em desenvolvimento, que aumentou na África Subsaariana de 54% em 1999 para 70% em 2006, e no sudeste e oeste da Ásia de 75% para 86%. O estudo diz ainda que a maior parte dos países latino-americanos já conseguiu universalizar o ensino primário e aponta uma expansão do ensino pré-escolar, secundário e superior no continente.


Veja Online, 25/11/08

Mais...

Cada café rende doaçao de 5 centavos para a luta contra a Aids na Africa

Hoje, Dia de Açao de Graças nos EUA, a rede Starbucks inicia uma promoção em parceria com o Project Red, do cantor Bono. Até 2 de janeiro, cada vez que um consumidor comprar uma das bebidas especiais de fim de ano, a rede doa 5 centavos para o fundo que luta contra a Aids na África.

A promoção foi anunciada ontem e inclui campanha de TV criada pela BBDO sob o tema 'It's more than coffee' (É mais do que café). Amanhã, um evento no Times Square, em Nova Iorque, vai divulgar a iniciativa através da presença de celebridades, como a modelo Helena Christensen e a atriz Mary Louise Parker. A noticia é do Ad Age.


Blue Bus, 27/11/08

Mais...

Empresários criam fundo para comprar terrenos para desabrigados em SC

Vítimas das chuvas de Volta por Cima, comunidade entre Ilhota e Itajai, em Santa Catarina, levam alimentos a parentes isolados
Foto Fernando Donasci/Folha Imagem


Um grupo de empresários e entidades criou um fundo para comprar terrenos para as pessoas desabrigadas pelas chuvas em Santa Catarina. A iniciativa --chamada de "Fundo de Solidariedade Volta ao Lar" visa angariar cerca de R$ 50 milhões para a construção de casas para as vítimas das chuvas na região do Vale do Itajaí, uma das mais atingidas pelas chuvas.

De acordo boletim divulgado pela Defesa Civil do Estado por volta da 00h30 desta sexta-feira,
78.707 pessoas tiveram de deixar suas casas devido às chuvas, que provocaram 99 mortes. Até ontem, 12 cidades haviam decretado estado de calamidade pública.

O projeto prevê a construção de pelo menos 5.000 novas residências. Nesta quinta-feira (27), o Bradesco abriu uma conta corrente --vinculada à Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina), uma das entidades responsáveis pela iniciativa--para receber as doações e depositou R$ 100.000.

VIDEO: "Tem pessoas da família que não sabemos se estão vivas", relata morador
AUDIO: Médico fica ilhado por três dias em hospital de SC e relata drama causado pela chuva
VIDEO: "Estradas viraram rios e a terra desceu como lava de vulcão", diz morador
ÁUDIO: IML de Itajaí já não tem espaço para tantos corpos, diz repórter
ÁUDIO: Comissão irá acompanhar liberação de recursos para SC, diz deputado

De acordo com a empresária Sônia Regina Hess de Souza, integrante da Consult (Conselho Consultivo Superior de Governo de Santa Catarina), os terrenos serão comprados em áreas consideradas "seguras" e repassados às "instituições públicas para a construção das unidades habitacionais."

A idéia, segundo a empresária, é que estes terrenos fiquem em locais próximos às áreas atingidas, para facilitar a adaptação das comunidades. "Posteriormente, os imóveis poderão ser erguidos com recursos do PAR [Programa de Arrendamento Residencial], da Caixa Econômica Federal", disse Sônia.

A conta para doações é:
-Banco Bradesco
Agência 2186-5; Conta Corrente: 36000-7
CNPJ: FIESC - 83.873.877/0001-14
Fundo de Solidariedade Volta ao Lar


Folha Online, 08/11/08

Mais...

Doações para vítimas de SC somam mais de R$ 2 mi

As doações em dinheiro para as vítimas das chuvas em Santa Catarina chegavam a R$ 2.024.480,10 até a noite desta quinta-feira, segundo informações do governo do Estado. As doações foram feitas ao Fundo Estadual da Defesa Civil, que abriu contas correntes para a arrecadação em auxílio aos atingidos.

Até a noite de hoje, a Defesa Civil estimava que ao menos 78.707 tiveram de deixar suas casas por conta das chuvas no Estado, e 99 mortes foram confirmadas.

Segundo o governo, do total arrecadado, R$ 800.000 correspondem às doações feitas por bancos e o restante de empresas e pessoas físicas.

VIDEO: "Tem pessoas da família que não sabemos se estão vivas", relata morador
AUDIO: Médico fica ilhado por três dias em hospital de SC e relata drama causado pela chuva
VIDEO: "Estradas viraram rios e a terra desceu como lava de vulcão", diz morador
ÁUDIO: IML de Itajaí já não tem espaço para tantos corpos, diz repórter
ÁUDIO: Comissão irá acompanhar liberação de recursos para SC, diz deputado
VÍDEO: Morador diz que amigos estão desaparecidos; veja relato

Na conta criada no Banco do Brasil, as doações somavam R$ 1.020.000 sendo que desse valor, R$ 500.000 foram doados pelo banco.

Na conta aberta pelo Bradesco, os valores chegam a R$ 141.711. Desse valor, R$ 300.000 foram doados pela própria empresa.

No Itaú, conta aberta nesta quinta-feira, as doações somavam R$ 1.090. Há também uma conta disponível na Caixa Econômica Federal que, segundo o governo, ainda não contabilizava doações até a noite de hoje. O Besc também tem uma conta aberta para ajudar as vítimas das chuvas, mas os valores não foram divulgados pelo governo.

No início da noite de hoje, a Defesa Civil abriu uma nova conta no Sicoob.

As contas para depósito são:
- Caixa Econômica Federal - Agência 1877, operação 006, Conta Corrente 80.000-8;
- Banco do Brasil - Agência 3582-3, Conta Corrente 80.000-7;
- Besc - Agência 068-0, Conta Corrente 80.000-0;
- Bradesco Agência 0348-4, Conta Corrente 160.000-1
- Itaú - Agência 0289, Conta Corrente 69971-2
- Sicoob - Agência 1005, Conta Corrente 2008-7
Em nome da pessoa jurídica é Fundo Estadual da Defesa Civil, CNPJ - 04.426.883/0001-57

A Defesa Civil de Santa Catarina também pede doações para auxiliar as vítimas das chuvas que atingem a região. Cerca de 1,5 milhão de pessoas foram afetadas pelas chuvas precisam de água potável, médicos voluntários e dinheiro.

A água poderá ser entregue na Defesa Civil dos municípios, além dos órgãos de segurança do governo estadual, como polícias Civil e Militar e Corpo de Bombeiros.

No entanto, as quedas de barreiras e bloqueios em estradas estão dificultando a entrega dos materiais. Por conta disso, a Defesa Civil pede que os interessados em ajudar priorizem as doações em dinheiro nas contas bancárias.

* Leia cobertura completa sobre a chuva em Santa Catarina


Folha Online, 27/11/08

Mais...

Advogado ganha o prêmio Empreendedor Social 2008; veja imagens

O advogado André Luis Cavalcanti de Albuquerque, 42, foi o vencedor do prêmio Empreendedor Social 2008. O concurso, realizado pela Folha em parceria com a Fundação Schwab, da Suíça, identifica e premia líderes de projetos sociais inovadores e sustentáveis.

A cerimônia de premiação, realizada no auditório do Masp, na noite desta quinta-feira (27), foi apresentada pela atriz Lígia Cortez e pelo colunista da Folha Pasquale Cipro Neto. Veja, no videocast a seguir, as imagens do evento.



Albuquerque é fundador da Terra Nova, primeira empresa de cunho social do país especializada em regularização fundiária sustentável. Agora, ele fará parte da rede mundial de "Empreendedores Sociais de Destaque" da Fundação Schwab. Além disso, terá acesso a benefícios, como serviço de consultoria internacional e bolsas de estudo.

Mediador de conflitos por natureza, o advogado acredita que o ambiente equilibrado energeticamente traz harmonia e prosperidade. Mais uma vez, comprovou sua tese, diante de uma platéia com cerca de 200 convidados, entre representantes do terceiro setor, empresários, acadêmicos, políticos e artistas, ao receber o prêmio no Masp (Museu de Arte de São Paulo).

É a primeira vez no Brasil que o vencedor do concurso lidera uma empresa social --que tem fins lucrativos, mas cujo resultado é aplicado em grande parte no social, ao contrário, por exemplo, de iniciativas de responsabilidade social.

Terra Nova
Criada em 2001, em Curitiba, a Terra Nova desenvolveu metodologia para mediar conflitos entre proprietários e moradores em áreas de ocupação irregular consolidadas, fazendo a ligação entre governo, titulares e ocupantes. Por meio desse método, todos ganham: o ocupante conquista o título de propriedade e todas as melhorias decorrente disso; o possuidor legal do imóvel recebe o valor por um bem que já havia perdido na prática; e o governo deixa de gastar com o burocrático processo de negociação fundiária e pode passar investir na infra-estrutura (saneamento básico, energia elétrica, linhas de transporte etc.) do bairro legalizado, diminuindo índices de criminalidade e melhorando a qualidade de vida das pessoas.

Com essa sistemática, a empresa social de André já beneficiou mais de 30 mil famílias em cinco Estados (PR, SP, RJ, MT e RO) e no DF.

Outra inovação da Terra Nova é sua participação no primeiro projeto de reassentamento integral de famílias em grandes obras. A experiência inicial se dá com 60 grupos de ribeirinhos atingidos pelas obras da usina hidrelétrica de Santo Antônio, em Porto Velho.

O concurso no mundo
Realizado pela quarta vez no Brasil, o prêmio Empreendedor Social busca identificar líderes de organizações --com ou sem fins lucrativos-- que desenvolvam produtos ou serviços voltados à melhoria de comunidades marginalizadas.

A rede mundial formada pelos 140 empreendedores sociais da Fundação Schwab abrange 41 países. O mais novo integrante do seleto grupo, André Albuquerque, junta-se agora a outros 11 brasileiros, 3 deles eleitos pelo Prêmio Empreendedor Social: Tião Rocha (2007), do CPCD; Fábio Bibancos (2006), da Turma do Bem; e Eugenio Scannavino Netto (2005), do Projeto Saúde e Alegria.

No Brasil, a Folha é parceira exclusiva da Fundação Schwab para a realização do prêmio, que tem como apoiadores o Centro de Estudos do Terceiro Setor da Fundação Getulio Vargas, o Gife (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, a SGS e o portal UOL.


Folha Online, 28/11/08

Mais...

ONG é suspeita de desvio na Funasa, aponta procurador

Com repasses de R$ 75 mi, entidade foi a que mais obteve verbas; Receita contesta dados. Ministério Público diz ter indícios de que associação Projeto Rondon não atua na maioria das aldeias em que deveria prestar serviços

O Ministério Público Federal de Santa Catarina investiga repasse milionário da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) à associação Projeto Rondon, de Santa Catarina. Segundo a CPI das ONGs, a entidade foi a que mais recebeu recursos do órgão de 1999, quando começou a prestar assistência à saúde indígena, até 2007.

O Ministério Público Federal já encontrou indícios de que a ONG não atua na maioria das aldeias em que deveria e que inexiste controle da Funasa sobre suas atividades. A ONG deveria atuar em quatro Estados: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Também já atuou no Paraná.

"Há municípios que nunca foram atendidos pela ONG, podendo-se concluir que o número de índios efetivamente assistidos é muito inferior ao 38.658 contabilizados oficialmente", diz relatório do procurador Celso Três. Ele descobriu que a Funasa nem sequer sabe quanto repassou para a entidade.

O órgão informou ao Ministério Público que, de 2000 a 2007, foram R$ 75 milhões para a ONG, o que contradiz dados da Receita Federal -que, com base na CPMF, calcula que o repasse teria sido de R$ 95 milhões só de 2003 a 2007. Como os convênios vêm desde 1999, Três calcula que o total ultrapassa os R$ 100 milhões.

O volume de recursos destinado à ONG é só para cuidados básicos de saúde. Tratamentos de média e alta complexidade são feitos pelos hospitais próximos às aldeias. Mesmo assim, o dinheiro não é usado de forma adequada, diz Três: "Os gastos não encontram justificativa nos trabalhos prestados. Gastou-se muito e, diante da realidade encontrada nas aldeias, fez-se pouco ou quase nada".

O relatório do Ministério Público cita exemplos dos problemas que ocorrem nas aldeias. Em Novo Hamburgo (RS) e Lageado (RS), "a ONG Projeto Rondon não presta qualquer tipo de serviço aos índios da região". Em Cruz Alta (RS) "não há atendimento médico e odontológico nas aldeias, sendo os indígenas encaminhados ao hospital municipal e à Secretaria Municipal de Saúde". Em Santa Rosa (RS), os medicamentos são distribuídos pela Funasa, a ONG oferece apenas os que não integram a lista básica. O atendimento médico e odontológico nas aldeias é feito por profissionais contratados diretamente pelos municípios.

Em Joinville (SC), a ONG também não oferece atendimento médico e odontológico nas aldeias: "A atuação da ONG está muito aquém do esperado, caracterizada pela incompetência na prestação de serviço público e pelo uso indevido de verba pública, não tendo a Funasa qualquer controle em relação às atividades de sua conveniente, em muitos casos chegando ao absurdo de financiar serviços e produtos que, de acordo com o convênio, seriam de obrigação da associação".
Há duas semanas, o ministro José Gomes Temporão (Saúde) disse que o órgão presta serviço de baixa qualidade aos índios e é "corrupto", provocando forte reação do PMDB, que indicou Danilo Forte para a Funasa.

O Ministério Público Federal no Paraná também investiga a ONG, que atuou no Estado até 2005, quando perdeu o convênio após a decisão do Ministério da Saúde de criar um novo distrito só para atender os índios. A coordenadora operacional da entidade, Cleide Maria Marques Grando, acusou a Funasa do Paraná de ter difamado a ONG por ela ter se recusado a desviar dinheiro para o PTB.

Em 2007, Cleide acusou o então chefe do Distrito Sanitário Especial Indígena do Paraná, Sérgio Esteliodoro Pozzeti, e Jefferson Reali Paraná, ex-chefe do Distrito, de terem lhe confidenciado a necessidade de arrecadarem R$ 10 mil por mês para o partido por meio "de convênio da saúde indígena". Pozzeti era filiado na época ao PTB. Paraná é irmão do coordenador regional da Funasa, Vinícius Reali Paraná. O PTB nega tê-lo indicado ao cargo. A Funasa disse que ele será afastado por 60 dias até que as denúncias sejam investigadas.


Andreza Matais
Folha de São Paulo, 28/11/08

Mais...

Saúde transfere R$ 2,8 mi do SUS para a UNE

A presidente da UNE, Lúcia Stumpf (à dir.), fala em reunião com Lula, Temporão (Saúde) e Beto Cury (Secretaria da Juventude)
Alan Marques/Folha Imagem


O Ministério da Saúde deslocou R$ 2,8 milhões, previstos no Orçamento deste ano para apoio à educação permanente de trabalhadores do SUS (Sistema Único da Saúde), para financiar a "Caravana Estudantil da Saúde" organizada pela UNE (União Nacional dos Estudantes), que contou com realização de debates, apresentações teatrais e exibição de filmes em universidades.

Dois consultores de Orçamento do Congresso Nacional e um técnico no TCU (Tribunal de Contas da União) ouvidos pela Folha afirmaram que o caso pode configurar "desvio de finalidade", irregularidade grave punível como crime de responsabilidade.

Iniciada em agosto, a "Caravana Estudantil da Saúde" foi encerrada ontem em Brasília. Segundo a UNE, o grupo era formado por sete artistas, quatro documentaristas, dois produtores e 13 integrantes da direção da entidade.

Em nota, o ministério afirma que "cumpre uma das finalidades do Programa de Aperfeiçoamento do Trabalho e da Educação na Saúde, que contempla a rubrica "Apoio à Educação Permanente dos Trabalhadores do SUS", origem dos recursos orçamentários".

Ontem a direção da UNE foi recebida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, no Planalto.

Apesar de os recursos do ministério serem específicos para a educação dos trabalhadores do SUS, a maioria das atividades da Caravana esteva ligada a eventos culturais. Segundo a UNE, foram visitados todos os Estados e 41 universidades, além de realizados 57 debates.


Adriano Ceolin
Folha de São Paulo, 28/11/08

Mais...

Clubes europeus faturam alto com merchandising

Um estudo aponta que os times ingleses da primeira divisão amealham, em média, 8,6 milhões de euros com ações de merchandising. Foram pesquisadas 116 equipes

O site português Futebol Finance acaba de publicar um estudo da Sport+Markt e da PR Marketing European Football Mechandising que revela as receitas astronômicas geradas pelo merchandising dos clubes europeus. O Campeonato Inglês (Premier League) lidera a lista com 171 milhões de euros obtidos em ações de merchandising. A média de valores angariados no merchandising de cada equipe da primeira divisão britânica é avaliada em 8.6 milhões de euros.

A diferença é gritante se comparada ao Campeonato Português, que fatura cerca de 5.5 milhões de euros por ano. As ações de merchandising das equipes do Porto, Benfica e Sporting geram em média 1.8 milhões de euros.

Segundo os autores do estudo, os fatores preponderantes para atingir essas cifras milionárias passam pelo sucesso esportivo do time, tamanho do mercado doméstico, número de torcedores e admiradores dentro e fora do país e estruturas com profissionais de merchandising. Mas são as receitas geradas em dias de jogo que determinam o montante angariado.

O estudo envolveu 116 times europeus e o resultado foi a média de 5.3 milhões de euros. Destes 116 clubes, 20 tiveram receitas superiores a 21.2 milhões de euros. Já os outros 96 geraram aproximadamente 2 milhões de euros. Entre as equipes portuguesas, o melhor resultado foi do Benfica, que gera 2.4 milhões de euros anuais.

Confira abaixo o resultado do estudo publicado no Futebol Finance:
1-) Campeonato Inglês (Premier League) - 171 milhões de euros (média/clube - 8.6 mi)
2-) Campeonato Espanhol (Liga BBVA) - 145 milhões de euros (média/clube - 7.3 mi)
3-) Campeonato Alemão (Bundesliga) - 127 milhões de euros (média/clube - 7.1 mi)
4-) Campeonato Italiano (Série A) - 64 milhões de euros (média/clube - 3.2 mi)
5-) Campeonato Francês (Ligue 1) - 64 milhões de euros (média/clube - 3.2 mi)
6-) Campeonato Holandês (Eredividie) - 22 milhões de euros (seis maiores clubes/média - 3.6 mi)
7-) Campeonato Português (Liga Sagres) - 5.5 milhões de euros (três maiores clubes/média - 1.8 mi)


André Lucena
Meio & Mensagem Online, 24/11/08

Mais...

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Marketing corintiano de primeira

Clube fatura alto com ações de oportunidade em ano de angústia pela queda para a Série B

O Sport Club Corinthians Paulista levantou a taça de campeão da Série B do Campeonato Brasileiro de Futebol no sábado, 22, em função dos excelentes resultados obtidos ao longo da disputa. Mas as conquistas do time neste ano não se restringem ao que foi realizado dentro de campo pelos comandados do técnico Mano Menezes. Fora das quatro linhas, o departamento de marketing soube aproveitar a força vinda das arquibancadas para faturar alto com iniciativas que estavam distantes do planejamento até 2007. Com o retorno obtido ao longo deste ano, o clube já começa a projetar novas idéias para serem colocadas em prática na próxima temporada e também em 2010, quando o Corinthians comemora seu centenário.

A guinada na estratégia corintiana teve início em reunião realizada na manhã do dia 3 de dezembro de 2007 - dia seguinte ao jogo que confirmou o rebaixamento do clube para a segunda divisão do campeonato. Encabeçado por Luiz Paulo Rosemberg (vice-presidente) e Caio Campos (gerente), apoiados por mais 11 publicitários fanáticos pelo time - que formam a Agência Corinthians -, o departamento de marketing passou a ter mais autonomia para criar ações que trouxessem novas receitas ao longo do ano.

A primeira delas foi a venda do kit "Eu nunca vou te abandonar", que começou timidamente, com a disponibilização de apenas 5 mil unidades, e atingiu mais de 200 mil, negociadas a R$ 44,90. "Precisávamos de novas campanhas para ajudar o clube, pois iríamos enfrentar um ano muito difícil. A partir desse sucesso fizemos todas as adaptações para o restante da temporada", diz Campos, sem revelar o faturamento total com as ações de marketing.

Desde então, foram mais de 25 iniciativas lançadas em diversas áreas, como agência de viagem, programa sócio-torcedor, canal de TV na internet, informações do time pelo celular, espaço de relacionamento no estádio do Pacaembu, abertura de lojas com produtos do time e produção de um longa-metragem, entre outros. As mais recentes são a promoção "O timão é a sua cara", na qual torcedores pagaram R$ 1 mil para ter sua foto na camisa que o time utilizou no sábado passado, contra o Avaí, e o lançamento nesta segunda-feira, 24, do novo mascote do time, criado pelo cartunista Ziraldo.

Novas ações
Até o começo de 2009 outras novidades estão reservadas para a fiel torcida, entre elas o lançamento de uma coleção de camisas de ídolos do time. A primeira, que será focada na época de Natal, será do meio Neto. Outra iniciativa é o Corinthians Training, acampamento de férias voltado para o futebol que será realizado em Atibaia, no interior de São Paulo.

Estão programados ainda lançamentos de produtos diferenciados, como um champanhe em parceria com a marca Salton, além da abertura de mais cinco lojas de produtos do time, totalizando dez ainda neste ano e com previsão de 20 estabelecimentos até o fim de 2009. "As primeiras cinco lojas que lançamos tiveram o dobro do faturamento esperado, e isso se deve ao momento difícil pelo qual passamos", comenta o gerente de marketing.

Queda valorizada
O rebaixamento não foi tão ruim como muitos imaginavam. Pelo menos em relação aos contratos fechados para 2008. Em 2007, o Corinthians recebeu R$ 12 milhões para estampar em sua camisa o logotipo da Samsung. Para o ano em que disputou a Segunda Divisão, o clube valorizou o espaço em 37,5% e fechou um novo contrato com a Medial Saúde, por R$ 16,5 milhões.

Sobre a renovação do contrato, Campos, é cauteloso. "O retorno foi muito bom para a Medial e eles têm a preferência pela renovação. Mas sabemos que esse é um momento de insegurança devido à crise externa e há muitos clubes cujos contratos estão terminando agora, em dezembro", diz. Além do patrocinador, o Corinthians tirou proveito também no valor negociado pelos direitos de transmissão. Fora da Série A - cujos contratos são realizados pelo Clube dos 13 -, pôde negociar de forma independente. De acordo com Campos, "os ganhos foram acima do que seriam se o time estivesse na Primeira Divisão".


Fábio Suzuki
Meio & Mensagem Online, 24/11/08

Mais...

Soluções inovadoras virão de desconhecidos

Co-fundador de empresas de consultoria na área de sustentabilidade, John Elkington afirma que a crise econômica é necessária para destruir alguns elementos da cultura global e que a mudança virá de pessoas vistas como loucas.

“Muitas das soluções que precisamos para o futuro não virão das grandes empresas, mas sim de pessoas sobre os quais vocês nunca ouviram falar”, afirma o inglês John Elkington, co-fundador da SustainAbility e diretor da Volans Venture, fundada neste ano com o objetivo de encontrar soluções empreendedoras para enfrentar os grandes desafios atuais, que segundo ele vão desde as mudanças climáticas e pobreza até o acesso a medicamentos.

Autor de 17 livros, incluindo o Guia do Consumidor Verde que vendeu um milhão de cópias em 1988, Elkington é uma autoridade mundial em responsabilidade corporativa e desenvolvimento sustentável. O empresário diz que para os empreendedores inovadores, que estão na borda do sistema, será muito mais fácil aproveitar a desestruturação econômica desta crise, pois não estão focados na ‘antiga ordem’.

Elkington afirma que, há dois anos, já vem dizendo que a humanidade ruma em direção a uma descontinuidade econômica, não uma recessão. “Acho que isto está apenas começando”, exclama.

A curto prazo, o empresário e consultor explica que o resultado desta crise será devastador sobre o cidadão a e sustentabilidade. “Muitas empresas a usarão como desculpa para cortar gastos e enxugar áreas com especialistas”, garante, ressaltando já ter atravessado cinco recessões e ter visto as empresas fazerem exatamente isso em áreas como segurança, saúde e meio ambiente. “Esta é a má notícia”.

A boa notícia, diz, talvez venha daqui a três a cinco anos. “Devido à desestabilização do modelo econômico, causada porque os líderes empresariais e políticos não sabem o que está acontecendo nem o que fazer, a oportunidade de levar adiante mudanças radicais será muito maior”, comenta.

Segundo Elkington, os desafios atuais serão apenas enfrentados quando empresas, governos e os cidadãos se alinharem em torno de uma meta e cita os planos da Nissan para ter 60 modelos de veículos elétricos nas estradas em até três anos. “Eles já fazem isso porque vêem que o mercado para este tipo de veículo está crescendo, pois observam um aumento de interesse do governo japonês, principalmente no nível municipal”, conta.

O especialista prevê, além de falências absolutas, muitas fusões e incorporações, com uma grande transformação no cenário empresarial. “Esta também é uma oportunidade imensa para usar um exemplo da ecologia: muitas vezes precisamos de um incêndio numa floresta para limpar o espaço para que novas plantas possam crescer”, compara.

Destruição de elementos culturais
John ElkingtonElkington diz é uma crise econômica é necessária para destruir alguns elementos da cultura global criados pelo homem. “Isso só acontece quando as pessoas estão com muito medo”, ressalta. O problema, no entanto, é que isto também pode levar a políticas extremas, como o racismo e o protecionismo, “não apenas o futuro sustentável que Al Gore (autor do documentário ‘Uma verdade inconveniente”) queria”.

Membro de conselhos de instituições como o Índice de Sustentabilidade Dow Jones e Instituto Ethos, Elkington cita os economistas Nikolai Kondratiev e Joseph Schumpeter para esclarecer o que são estes elementos culturais. Ambos tinham a mesma idéia de que ondas econômicas duram de 50 a 60 anos, mas este período estaria se encurtando e agora estaria perto de 40 ou 50 anos, segundo ele.

“Quando uma onda começa a acabar, de repente você vê a destruição de setores industriais e de empresas conhecidas, das quais estamos acostumados a comprar, conhecemos pessoas que trabalham nelas. Começamos a ver isso acontecer no setor financeiro, no qual empresas como a Lehman Brothers, que estava há décadas no mercado, começam a sumir”, explica.

Para ele, cada setor da economia mundial verá uma tendência semelhante e qualquer coisa que use intensamente combustível fóssil estará em uma posição muito arriscada.

Shai Agassi
O israelense Shai Agassi, fundador da empresa de carros elétricos Better Place, é citado por ele como um “excelente exemplo da natureza e da escala da solução que precisamos levar adiante agora”.

Há cerca de dois anos, Agassi apresentou a idéia de transformar todos os veículos do mundo em carros eletrificados em um concurso de idéias inovadoras proposto pelo Fórum Econômico Mundial, durante uma Conferência de jovens líderes. “Eles acharam aquilo uma loucura, mas a mudança vem de pessoas que todo mundo pensa que são loucas”, comenta Elkington que conta ter perguntado a ele por onde começaria.

“Se começasse provavelmente seria onde as pessoas odeiam os árabes e, especialmente os países produtores de petróleo. Então ele foi para Israel”, lembra. Lá, falou com o presidente Shimon Peres e ganhou o apoio do governo israelense para o programa de eletrificação. “Mas o governo israelense disse que só o apoiaria se ele conseguisse arrecadar algo como 200 milhões de dólares. Depois de 12 meses, Agassi voltou com o dinheiro e também o apoio da Renault, fabricante de automóveis francesa”, conta Elkington.

Segundo ele, a lógica é a mesma utilizada para a disseminação do uso de celulares, que consiste na criação de uma cobertura antes de querer vender o produto. “Temos que lançar uma infra-estrutura primeiro antes das pessoas comprarem o carro e saírem rodando por ai. É isso que o governo está tentando fazer. O mesmo fazem o governo dinamarquês, australiano e da Califórnia”, conclui.

Sites relacionados
Site pessoal de John Elkington - http://www.johnelkington.com/
SustainAbility - http://www.sustainability.com/
Volans Ventures - http://www.volans.com/


Foto Fabrício Basílio
Paula Scheidt, do CarbonoBrasil
Envolverde, 27/11/08
© Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.

Mais...

Negócios sociais combatem a pobreza e a degradação ambiental

A ONG Artemísia tem por missão inspirar e apoiar uma nova geração de empreendedores no desenvolvimento de modelos inovadores de negócios

O que um senegalês, uma franco-colombiana e uma brasileira podem ter em comum no mundo dos negócios? O senegalês Chérif Basse, jovem de classe média, largou o emprego em uma grande distribuidora de produtos canadenses para abrir um novo negócio.

Basse estava insatisfeito com os produtos vendidos no Senegal, a maioria importados. Convenceu uns amigos, que juntaram as economias: ao todo US$ 28. Com o dinheiro, compraram uma barra de sabão e foram vender no farol. Com o lucro, compraram mais. Hoje, a NDAAM Distribuição é a maior empresa no Senegal a oferecer o primeiro emprego a jovens senegaleses. São centenas de novos empregos por ano.

Já Sylvia Sanchez, uma franco-colombiana, é proprietária da Warmi, uma empresa que atua como uma ponte entre o olho para a moda parisiense e outro no artesanato colombiano. Sylvia produz moda para o exigente consumidor europeu utilizando o trabalho de cooperativas de mulheres da Colômbia, que são motivadas a preservar e revitalizar a cultura dos ancestrais andinos.

A arquiteta brasileira Kátia Sartorelli Veríssimo, com mais três amigos, criou uma empresa para prestar serviços de arquitetura dentro de comunidades de baixa renda. Nessa categoria de preço-sensível, em que edifícios geralmente surgem de forma anárquica, sem orientação profissional, os clientes se beneficiam da construção e reduzem os custos de energia, segurança, água, etc. A Arquitetos da Comunidade gasta seis meses trabalhando em uma determinada comunidade antes de passar ao próximo, deixando para trás os trabalhadores da construção recém-formados e capazes de construir tais projetos em escala.

Esses são os chamados Negócios Sociais, que combinam iniciativas economicamente rentáveis, que por meio da sua atividade principal solucionam problemas sociais ou ambientais, utilizando mecanismos de mercado.

No mundo todo, há vários incentivadores desses negócios. Entre elas, está a Artemísia, uma organização internacional que tem como missão inspirar e apoiar uma nova geração de empreendedores no desenvolvimento de modelos inovadores de negócios, voltados para solução de problemas sociais e ambientais. Presente no Brasil desde 2004, atua ainda na França e no Senegal.

“O Negócio Social é um modelo de empreendedorismo muito novo ainda em todo o mundo, mas tem um campo enorme para ser explorado”, diz Kelly Michel, fundadora da Artemísia. Atualmente a entidade apóia 67 jovens empreendedores, líderes de Negócios Sociais que foram selecionados e fazem parte da Rede de Empreendedores Artemísia. Trabalham junto com os empreendedores 85 estudantes universitários, desenvolvendo seu potencial e descobrindo uma alternativa de carreira.

Desde 2003, a ONG apoiou também a criação de 36 planos de negócios sociais e 80 negócios estabelecidos receberam investimento financeiro, apoio técnico e de recursos humanos para melhorar o desempenho, ganhar escala e expandir o impacto.

Um livro social
Recentemente o economista 'Um mundo sem pobreza – a empresa social e o futuro do capitalismo'. O livro defende o conceito de empresa social, que diferente das corporações comuns, obtém rendimentos com seus produtos e serviços, mas não paga dividendos a acionistas e não visa o maior lucro possível. A empresa social se dedicaria a criar produtos e serviços que beneficiem a população, combatendo problemas como a pobreza e a poluição e melhorando a saúde e a educação.

Serviço:
Artemísia – (11) 3812-4303


Beth Matias
Agência Sebrae de Notícias, 26/11/08

Mais...

Software em português tem adaptação lenta à reforma ortográfica

Novas regras de ortografia só serão obrigatórias em 2013. Prazo longo faz com que atualizações sejam feitas com lentidão

A partir de janeiro de 2009, o Brasil começa a implementar as modificações na língua portuguesa que foram definidas na reforma ortográfica. Para nós, brasileiros, essas mudanças devem afetar apenas 0,5% das palavras que escrevemos. Para os outros países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal e Timor Leste), a mudança pode envolver até 1,6% das palavras.

Um dos efeitos dessa mudança no idioma é que vários programas de computador - como o Office, o BrOffice e os dicionários digitais, como o Aurélio e o Houaiss - também terão de se adaptar às novas regras de ortografia. Mas sem muita pressa. Em resposta à reportagem do IDG Now!, a maioria delas disse não ter um prazo definido para adequar seus produtos às novas normas. Apenas o BrOffice (versão nacional do OpenOffice) conta com o corretor ortográfico atualizado.

Uma das explicações é que, apesar de a reforma começar a valer a partir do próximo dia primeiro de janeiro, as mudanças só serão obrigatórias no começo de 2013. Nos próximos quatro anos, as duas formas serão aceitas.

A Microsoft, responsável pelo pacote Office, afirmou que não há previsão para que seus produtos sejam adequados à nova ortografia. De acordo com Eduardo Campos, gerente-geral da divisão de produtividade e colaboração da Microsoft, a companhia "tem o compromisso" de revisar seus produtos e atualizar o banco de dados do corretor ortográfico. A divulgação das atualizações, porém, deve ser divulgada até 2012.

"Apesar de a mudança afetar apenas 0,5% de do português do Brasil, teremos de rever todo o dicionário léxico", disse Campos. Ele garantiu, entretanto, que "as alterações serão gratuitas para as versões que estão no mercado", ou seja, o Office 2007. O gerente-geral disse também que há a possibilidade de a versão 2003 ser atualizada. Já os textos de menus e de ajuda de outros programas da empresa serão atualizados até 2012.

A Positivo Informática, responsável pelas versões digitais e online do novo dicionário Aurélio, estima que uma pequena revisão será lançada até o primeiro trimestre de 2009. De acordo com Ilana Krieger, diretora de varejo da divisão de tecnologia educacional da Positivo, a atualização será gratuita para aqueles que compraram a versão em CD do dicionário em 2008.

Segundo Ilana, o minidicionário Aurélio - que vem com um CD com a versão digital - já está adaptado às normas. A diretora conta ainda que a edição em livro, já adequada à reforma ortográfica, será lançada em 2010, simultaneamente com uma nova versão digital do dicionário.

A Editora Objetiva, responsável pelo dicionário Houaiss, não informou quando as versões digitais e online do léxico estarão disponíveis. Em agosto deste ano, a editora lançou uma versão do minidicionário já atualizada de acordo com as regras previstas na reforma ortográfica.


Pedro Marques
IDG Now!, 26/11/08

Mais...

Microempresários têm mobilidade social maior

Rendimento médio também é maior que o dos demais trabalhadores, aponta a FGV

O número de microempresários no Brasil já chega a 22 milhões. E essas pessoas apresentam rendimento e mobilidade social acima da média dos demais trabalhadores, segundo pesquisa divulgada ontem pelo economista Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O conceito de microempresário da pesquisa é amplo, e inclui desde vendedores ambulantes e camelôs até empregadores ou profissionais liberais, como médicos e dentistas.

Segundo o estudo, a renda domiciliar per capita dos microempresários era de R$ 761 no ano passado, superior à renda média per capita do total dos ocupados (R$ 526). O economista explica que a renda desse grupo está acima da média porque inclui não apenas o rendimento do trabalho, mas também transferências de programas sociais, como as do Bolsa Família.

A pesquisa mostra também que, segundo projeções para este ano, a maior parte, ou 54% dos microempresários, estão na classe C. De acordo com Neri, a mobilidade social é maior para eles do que para o restante da população. Em 2003, segundo a pesquisa, 42,8% dos microempresários estavam na classe C e 22,5% na D. Em 2008, segundo projeções da FGV, o porcentual de microempresários na classe C tinha subido para 54%, enquanto a fatia na classe D havia caído para 18,1%.

Para o total dos trabalhadores, também houve migração, mas um porcentual menor (50%) estava na classe C em 2008, segundo as projeções da FGV. A pesquisa destacou os microempresários como ponto de partida para análise do Crediamigo, programa de microcrédito do Banco do Nordeste - que encomendou o estudo.

Para Neri, a força desses microempresários e a continuidade do avanço no processo de mobilidade social no País este ano, como já havia ocorrido no ano passado, serão “amortecedores” para se enfrentar a crise financeira internacional. Segundo ele, a redução da pobreza e a ampliação da classe C - em detrimento das classes D e E - serão fatores “muito importantes para segurar a economia brasileira”. De acordo com Neri, “o mercado interno é um amortecedor da economia do País bastante importante para enfrentar a crise”.

De acordo com o pesquisador, a classe C, que ele chama de nova classe média, que chegou a 47,1% da população total do País em 2007, será de 50% do total em 2008. Em 2003, a classe C equivalia a 37,6% da população. No que diz respeito à classe E, ou seja, a camada de renda mais baixa, a projeção de Neri é que caia de 18,1% da população, segundo os dados do ano passado, para 15,3% segundo as projeções para este ano. Em 2003, essa fatia correspondia a 28% da população.

NÚMEROS
22 milhões é o número total de microempresários no País
R$ 761,00 foi a renda domiciliar per capita dos microempresários em 2007
R$ 526,00 foi a renda domiciliar per capita da população ocupada em 2007


Jacqueline Farid, O Estado de S. Paulo
EnvolveRSE - Sustentabilidade Empresarial de Robson Pereira, 25/11/08

Mais...

Chinaglia nega-se a votar projeto sobre filantropia

O vácuo político provocado pela devolução da Medida Provisória 446, que concede anistia a entidades filantrópicas sem critério de regularidade, permaneceu ontem com decisão do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), de não votar projeto semelhante que tramita na Câmara enquanto a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado não disser se a devolução ao presidente da República, assinada por Garibaldi Alves (PMDB-RN), presidente do Senado, é ou não legal. Garibaldi foi ao gabinete de Chinaglia para discutir o assunto e voltou para o Senado sem garantia de que haverá votação na Câmara.

O encontro frustrado ocorreu por iniciativa de Garibaldi. Tão logo Chinaglia recusou a parceria com o Senado para solucionar o impasse, Garibaldi ligou para ele. "Esse é um assunto que, inevitavelmente, sofre desdobramentos nas duas Casas". "O presidente Chinaglia está tão empenhado quanto eu em resolver esse problema", disse o pemedebista.

O encontro de ontem frustrou também a esperança de alguns senadores de encontrar uma saída para a crise gerada pela devolução da MP 446. Como existe um projeto de iniciativa do Executivo em tramitação na Câmara tratando do mesmo assunto - o relator é o deputado Gastão Vieira (PMDB-MA) - a alternativa imaginada pelos senadores era a aprovação do texto na Câmara e depois no Senado. Desta forma, a MP poderia ser derrubada "por perda de objeto", livrando a CCJ de ter que, eventualmente, declarar impróprio ou ilegal um ato do presidente do Congresso.

Na Câmara, não há pressa. Deputados experientes apostam que o impasse poderá terminar no Supremo Tribunal Federal. Mas parlamentares próximos de Chinaglia acreditam que ainda há espaço para negociações. "É isso que procuramos nesse lapso de tempo. Uma saída política", declarou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).


Paulo de Tarso Lyra, de Brasília
Valor Online, 27/11/08

Mais...

Auditório do Ibirapuera pretende atrair novos parceiros

Investimentos para 2009 estão orçados em cerca de R$ 10 milhões, sendo 70% deste valor doado pela TIM; curadoria do espaço deve criar eventos e classificá-los na Lei Rouanet para buscar patrocinadores

O Auditório do Ibirapuera mira novas parcerias. Doado à Prefeitura de São Paulo pela TIM em outubro de 2005, o espaço conta hoje com a empresa de telefonia móvel como sua principal mantenedora, com seus projetos coordenados por uma organização de sociedade civil de interesse público (Oscip), o Instituto Auditório Ibirapuera (IAI). Os investimentos para 2009 estão orçados em cerca de R$ 10 milhões, sendo 70% deste valor doado pela TIM. Os outros 30% são de responsabilidade do próprio instituto, obtidos através da bilheteria e de parcerias com empresas durante o ano - e é justamente esse número de eventos que a entidade pretende ver ampliado.

Segundo Mário Cohen, presidente do IAI, a idéia é que os valores doados pela operadora de telefonia sejam decrescentes, até que cheguem a um patamar de 50% do total do orçamento em 2010. "A idéia é que a curadoria crie eventos e os classifique na Lei Rouanet para buscarmos novos patrocinadores", explica. Mas o projeto estanca em um "detalhe": a excelência do auditório. Por conta da seleção rigorosa, o espaço conta apenas com cerca de 15 eventos patrocinados por empresas durante o ano como os shows de João Gilberto, Roberto Carlos e Caetano Veloso, em agosto, patrocinados pelo Itaú. Para 2009, já há alguns projetos em andamento.

O espaço receberá diversas ações do Ano da França no Brasil, como concertos de jazz e apresentações de música popular. O destaque será um festival de cinema a céu aberto no Parque do Ibirapuera, entre os dias 1o e 30 de julho, com apoio do consulado francês. "Recebemos muitas propostas. Mas fazemos poucos eventos por ano, porque existe uma escolha criteriosa do que interessa ao auditório", conta Mozart Galvão, gestor do IAI. Economista com cerca de 20 anos de experiência na Souza Cruz, ele é o responsável pela administração do instituto, fundado em abril de 2004 e com cerca com 25 pessoas atuantes no momento.

"A administração dá suporte a todos os produtos e atividades do auditório, ao planejamento estratégico e financeiro do instituto e cuida também da parte orçamentária", conta o diretor. "O orçamento é muito importante. O de 2009 já está pronto, e o fechamos durante a crise", brinca Galvão. O modelo virou exemplo para outros espaços, em Estados como Minas Gerais e Bahia. "Essa gestão privada dentro de um espaço público é o melhor exemplo de como os projetos podem funcionar", acredita. Toda a programação é analisada por uma comissão de gestão cultural, presidida por Galvão e composta por dois membros do IAI e três indicados pela prefeitura.

O auditório conta com mais ou menos cem shows por ano, cuja produção está sob a responsabilidade de Pena Schmidt, um dos responsáveis por festivais como Hollywood Rock e Free Jazz Festival, além de ex-produtor de bandas como Titãs e Paralamas do Sucesso.

Universidade de música
Além dos espetáculos, o IAI conta hoje com a Escola do Auditório. Participam 120 crianças carentes da Zona Sul de São Paulo, escolhidas durante as atividades do projeto TIM Música nas Escolas. "Elas foram identificadas como as que têm vocação musical. Aqui, fazem o que chamamos de Universidade da Música. Em um período de três a cinco anos, sairão daqui como uma orquestra", explica Galvão.

O auditório ainda recebe um terceiro projeto: Acalanto, o canto entoado para adormecer crianças. A intenção do instituto é coletar informações sobre o assunto, artigos, pesquisas e referências sobre o tema.

Um sonho de meio século
Criado em 1954 pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o projeto do Auditório do Ibirapuera ficou quase 50 anos no papel. Em 2002, a 1818 Branding, de Mario Cohen, responsável por cuidar da imagem e da marca TIM no Brasil, decidiu oferecer à cidade de São Paulo a construção do espaço. A obra foi doada à prefeitura em outubro de 2005, depois de cerca de R$ 30 milhões investidos pela operadora.

A obra completa o conjunto de edifícios do Parque do Ibirapuera e muito se discutiu, à época, sobre sua construção. O Auditório é inteiramente branco e tem 4,87 mil metros quadrados de área construí­da, com capacidade para 800 pessoas. Hoje se encaixa perfeitamente no espaço onde foi pensado por Niemeyer. Suas divisões são simples: o conjunto palco e platéia ocupa a porção oposta do trapézio que dá forma ao auditório. No subsolo encontram-se a administração, os camarins e a escola de música. Uma porta de 20 metros, localizada no fundo do palco, quando aberta, permite espetáculos na área externa para cerca de 15 mil pessoas.

O local abriga três grandes obras de arte. Na entrada principal está a Labareda, escultura de metal de Niemeyer que chegou erroneamente a ser relacionada com a marca da TIM. No hall principal há uma escultura da artista plástica Tomie Ohtake, e no hall central da escola, o Ensaio de Orquestra, painel artístico de Luis Antônio Vallandro Keating, com 16 metros de comprimento e 2,5 metros de altura.


Renato Pezzotti
Meio & Mensagem Online, 26/11/08

Mais...

Unesco alerta para o atraso na garantia da educação

A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) lançou um alerta nesta terça-feira sobre o grande atraso dos governos no objetivo de fazer com que toda a população mundial tenha acesso à educação em 2015 e afirmou que milhões de crianças estão "condenadas a viver na pobreza".

» Unesco avalia analfabetismo no Brasil
» Analfabetismo: desafio é garantir a continuidade dos estudos

A Unesco advertiu que o problema consiste em que os governos não fizeram o suficiente no combate às desigualdades na educação, apesar de terem prometido em 2000 que as terão superado em 2015.

No documento, divulgado em Paris e apresentado simultaneamente em Genebra e Santiago do Chile, se destaca que o acesso à educação ainda depende de "inaceitáveis desigualdades" fundadas na renda, no sexo, na etnia ou no local de residência.

Por isto, em 2006 (último ano do qual se têm dados) havia 75 milhões de crianças - 55% meninas - sem escolarização e 776 milhões de adultos - dois terços mulheres - analfabetos.

Esta é a principal conclusão do Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos 2009.

No estudo é dito que os especialistas da Unesco consideram que, caso a tendência atual seja mantida, haverá em 2015 pelo menos 30 milhões de crianças sem escolarização e 700 milhões de adultos analfabetos.

A Unesco afirma que a "indiferença política", os Governos e o "fracasso dos doadores" são parcialmente culpados por isto.

Do lado dos progressos alcançados, o relatório destaca o aumento do índice de escolarização nos países em desenvolvimento, que passou na África Subsaariana de 54% em 1999 para 70% em 2006, e no sudeste e oeste da Ásia de 75% para 86%.

Na América Latina o relatório constata que a maior parte dos países já conseguiu universalizar o ensino primário, enquanto acontece uma expansão do ensino pré-escolar, secundário e superior.

A Unesco destaca o "exemplo encorajador" dos programas impulsionados no Equador, no Brasil e no México "de transferência de renda" às famílias mais pobres.

A estratégia para enfrentar o desafio mundial educacional é, segundo os autores do relatório, atuar o mais rápido possível e destinar a ajuda externa voltada à educação para os grupos mais vulneráveis e desfavorecidos.


Agência EFE - Todos os direitos reservados.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/educacao/interna/0,,OI3351582-EI8266,00.html, via Carla Corrêa, Da Rede do Terceiro Setor de Porto Alegre

Mais...

Análise: Por que a ajuda externa é ruim para a África

O continente africano abriga 10% da população do mundo e responde por apenas 1% do comércio global. Mas nós, africanos, não podemos continuar culpando o Ocidente por nossos problemas --está na hora de assumirmos nossa parcela de responsabilidade.

Na região de onde venho, no oeste da África, existe um ditado: "Um bobo aos 40 é um bobo para sempre". A maioria dos países africanos conquistou sua independência há mais de quatro décadas.

Grande parte deles foi abençoada com todos os elementos necessários para a competição no plano global --recursos naturais em abundância, uma população jovem e o clima e as condições para que sejam grandes potências agrícolas. Ainda assim, toda essa riqueza natural e cinco décadas de ajuda estrangeira não conseguiram tirar a África da pobreza. Seria a corrupção o grande vilão dessa história?

Os sintomas da corrupção são facilmente identificáveis. Professores exigem suborno dos alunos porque não conseguem sobreviver com seus salários. Funcionários públicos, médicos e enfermeiras roubam drogas destinadas aos pacientes para vendê-las no mercado negro. Líderes africanos possuem propriedades em várias partes do mundo, enquanto seus cidadãos vivem com US$ 1 por dia, ou menos.

Na procura pelas respostas, tive de perguntar a mim mesmo algumas questões difíceis. É comum as pessoas dizerem que cada país tem o governo que merece. E nós africanos certamente fizemos algumas escolhas ruins ao elegermos nossos líderes. Os líderes ruins, no entanto, quase sempre são salvos pela ajuda externa.

A ajuda estrangeira tem dado legitimidade à corrupção e a regimes autoritários, permitindo que eles continuem no poder mesmo quando perderam a popularidade com os próprios cidadãos. Enquanto filmávamos dentro do hospital Mulago, o maior de Uganda, essas idéias vieram à minha mente com clareza.

Vimos dezenas de mães com bebês recém-nascidos deitadas no chão sujo de sangue, ao lado de seringas usadas ainda com as agulhas. Vítimas de acidentes de trânsito foram carregadas para os pronto-socorros por parentes, porque há poucos atendentes, poucas macas e ainda menos ambulâncias. Alguns pacientes foram deixados no chão, sangrando.

Estas foram imagens que vi repetidas por toda a África e que me fizeram perguntar a mim mesmo: por que nós africanos não podemos exigir mais de nossos líderes? Por que eles continuam escapando ilesos apesar de tanta negligência? Logo me lembrei de um outro ditado, uma cantiga de roda que os africanos aprendem na infância: quem paga o flautista escolhe a música.

Prestação de Contas
Muitos países subsaarianos vêm dependendo da ajuda estrangeira há décadas. Em alguns casos, ela corresponde a mais de 10 % do produto interno bruto, ou mais de a metade dos gastos públicos. Quando a metade do orçamento do governo vem da ajuda externa, o líder fica menos inclinado a cobrar imposto dos cidadãos.

Como resultado, governos que são altamente dependentes em ajuda dão muita atenção aos doadores e pensam pouco nas necessidades da população. Infelizmente, os doadores têm seus próprios objetivos, que nem sempre são os mesmos dos cidadãos de países africanos.

Construir escolas e hospitais novos em número recorde parece bom no papel e dá boa imagem aos políticos junto aos eleitores. Mas se os hospitais não têm os equipamentos mais básicos e se não há professores suficientes na sala de aula, quem sofre é o povo africano.

Oportunidades Perdidas
No que diz respeito à ajuda estrangeira, outra crítica cada vez mais freqüente entre os africanos, e raramente ouvida no Ocidente, é que ela patrocina o fracasso mas quase nunca premia o sucesso. Enquanto eu filmava em Uganda com minha equipe, o editor de um jornal local, Andrew Mwenda, nos levou ao vilarejo onde nasceu, perto da cidade de Port Loco, no oeste do país.

No vilarejo, ele nos apresentou a dois homens. Um, com cerca de 60 anos, outro, com 26. "Este homem representa a tragédia da ajuda externa", disse o editor, apontando para o mais velho. "E este representa o potencial da ajuda", ele disse, indicando o mais jovem.

Mwenda explicou que o sexagenário era diretor de um departamento da prefeitura local e durante grande parte de sua vida havia sido sustentado por dinheiro estrangeiro, enquanto supervisionava projetos que tinham como objetivo beneficiar a comunidade. Hoje ele é um alcoólatra que ainda mora com a mãe.

O homem mais novo começou vendendo batatas na praça do vilarejo aos 17 anos. Menos de dez anos depois, ele é o dono da maior e mais movimentada loja da vila. Ele não recebeu um centavo em ajuda, mas comprou terras e construiu uma casa.

"Você vê", disse Mwanda. "Se este jovem recebesse apoio na forma de crédito a juros baixos, ele poderia não apenas expandir seu negócio, gerando empregos e um serviço valioso para sua comunidade, mas poderia também, mais adiante, devolver o dinheiro". Mas ao invés de financiar inovações e criatividade, a ajuda externa financiou o estilo de vida irregular do homem mais velho.

Elevação de preços
Programas de ajuda que se estendem por vários anos também têm implicações para as economias em desenvolvimento. Trinta anos de dólares entrando na economia de Uganda deixaram o país sofrendo do que os economistas chamam de "doença holandesa". Grandes quantidades de moeda estrangeira entrando no país elevam o valor da moeda local, tornando seus produtos agrícolas e manufaturados menos competitivos.

Isto resulta em menos exportações e ainda menos ganhos domésticos, sustentáveis, para o país.

Empresários locais, como exportadores de café e de farinha, deveriam estar se beneficiando da alta global nos preços de alimentos e commodities, mas estão sendo marginalizados em sua própria economia pelos dólares da ajuda externa. Pequenos produtores africanos também tiveram de competir com produtos altamente subsidiados na Europa e América do Norte.

A indústria de algodão de Uganda é capaz de explorar quase meio milhão de fardos por ano, mas até o momento, em 2008, o país só conseguiu exportar 160 mil fardos. Altos subsídios do governo americano para os produtores de algodão nos Estados Unidos impedem que os agricultores de Uganda ofereçam preços competitivos nos mercados internacionais.

Em seus panfletos impressos em papel caro e nos seus websites high-tech, os doadores tendem a falar da importância do comércio para o futuro da África, mas muito pouco progresso tem sido feito na abertura dos mercados internacionais. A produção africana ainda representa apenas 1% do comércio global.

E pelo menos 70 mil profissionais recém-formados abandonam o continente todos os anos, freqüentemente após receber treinamento financiado pela ajuda externa, mas incapazes de permanecer no mercado local porque os salários são muito baixos. Até que essas pessoas talentosas e cheias de iniciativa possam ser atraídas de volta para a África, grande parte das missões de paz, e certamente a maior parte da ajuda externa, vão ter pouco resultado.


Sorious Samura, da BBC
Folha Online, 25/11/08

Mais...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A convergência das normas contábeis

Padronização das Normas Internacionais de Contabilidade traz mais transparência aos resultados apresentados

A contabilidade, assim como qualquer elemento da vida humana, está passando por grandes transformações neste início de século. A mais fundamental delas é a padronização das Normas Internacionais de Contabilidade (International Accounting Standard – IAS), atualmente conhecidas como normas do International Financial Reporting Standard (IFRS). Trata-se de um conjunto de pronunciamentos de contabilidade internacionais publicados e revisados pelo International Accounting Standards Board (IASB).

O objetivo dessa adequação, que chega aos poucos ao Brasil e a outros países – tendo começado pela União Européia em 31 de dezembro de 2005 –, é harmonizar as demonstrações financeiras consolidadas publicadas pelas empresas. Desse modo, ganha-se mais transparência nas informações sobre a posição financeira, os resultados e as mudanças na posição financeira de uma entidade, que são úteis a um grande número de usuários (investidores, empregados, fornecedores, clientes, instituições financeiras ou governamentais, agências de notação e público) em suas tomadas de decisão.

Os pressupostos básicos da contabilidade internacional são o regime de competência e a continuidade. Já as características qualitativas das demonstrações financeiras em IFRS são clareza, relevância, confiabilidade, comparabilidade e equilíbrio entre custo e benefício.

O Terceiro Setor também será inserido nesse processo, e seus profissionais (contadores e administradores) devem se adequar às novas legislações. As demonstrações contábeis sofrerão alterações quanto a sua estrutura e nomenclaturas. Mas a grande pergunta para quem atua na gestão de organizações sociais é: será que a minha entidade está preparada para esta adequação contábil? O melhor a fazer é consultar o seu contador e tirar suas dúvidas a respeito desse tema.

Regulamentações
No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários, por meio da CVM nº 457, de 13 de julho de 2007, publicada no Diário Oficial da União de 16 de julho do mesmo ano, dispôs sobre a elaboração e divulgação das demonstrações financeiras consolidadas. Com base no padrão contábil internacional esta instrução resolveu que:

Art. 1º - As companhias abertas deverão, a partir do exercício findo em 2010, apresentar as suas demonstrações financeiras consolidadas adotando o padrão contábil internacional, de acordo com os pronunciamentos emitidos pelo International Accounting Standards Board (IASB).

Sendo assim, o Brasil criou o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) através da resolução CFC 1.055/05, que está elaborando a padronização com as Normas Internacionais da União Européia através de pronunciamentos técnicos.

Além disso, há a lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007, antigo projeto de lei nº 3.741, de 2000, que introduz mudanças fundamentais na Lei das Sociedades por Ações. O principal objetivo é a convergência com as Normas Internacionais. A convergência vai abrir uma porta mais larga para facilitar o ingresso do Brasil no mercado global.

No mesmo caminho, a resolução nº 1.106/07 do Conselho Federal de Contabilidade determinou que as Normas Brasileiras editadas pelo CFC seguissem os padrões das Normas Internacionais a partir de 1º de novembro de 2007. Já a resolução nº 1.121/08, do CFC, que aprova a NBC T 1 – Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis –, veio para emitir procedimentos de contabilidade e divulgar informações desta natureza visando permitir a emissão de normas uniformes pelas entidades-membro do CPC, levando em consideração o processo de convergência às Normas Internacionais. Cabe salientar que a NBC T 1 já existia, e foi reescrita para atender às Normas Internacionais.

Até o momento foram emitidas sete Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS), incorporadas pelas IAS, e 41 Normas Internacionais de Contabilidade (IAS). Podemos citar, a título de exemplo, a “IAS ou NIC 1 – Apresentação das Demonstrações Contábeis”, que prevê as demonstrações obrigatórias que devem ser apresentadas anualmente e comparativamente ao exercício anterior: balanço patrimonial; demonstração do superávit ou déficit do exercício; demonstração das mutações do patrimônio social; demonstração do fluxo de caixa; e notas explicativas. Existem também as demonstrações opcionais: demonstração do valor adicionado (DVA) e informe sobre impacto ambiental.

Estrutura de balanço patrimonial prevista na NIC 1
ATIVO
PASSIVO
ATIVOS CORRENTES PASSIVOS CORRENTES
• Caixas e equivalentes
• Clientes e outras contas a receber
• Fornecedores e contas a pagar
• Passivos fiscais
• Provisões da folha

ATIVOS NÃO CORRENTES PASSIVOS NÃO CORRENTES
• Títulos negociáveis a LP • Contas a pagar a LP

ATIVOS TANGÍVEIS E INTAGÍVEIS PATRIMÔNIO LÍQUIDO
• Propriedades para investimento
• Imobilizado tangível
• Imobilizado intangível
• Patrimônio social
• Reservas
• Superávit ou déficit do exercício



Alexandre Chiaratti e Ivan Pinto
Alexandre Chiaratti. Contador, perito contábil e auditor com mais de dez anos de experiência em entidades do Terceiro Setor, filantrópicas ou não. Sócio da Audisa Auditores Associados, é especialista em Finanças (FGV-SP) e pós-graduado em Gestão de Organizações do Terceiro Setor pelo Mackenzie.
Ivan Pinto. Contador, perito contábil e auditor, com mais de 12 anos de experiência em entidades do Terceiro Setor, filantrópicas ou não. Sócio da Audisa Auditores Associados, é membro do colegiado de auditoria do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), do Instituto dos Auditores Internos do Brasil (Audibra) e do Institute of Internal Auditors (IIA).
Revista Filantropia - OnLine - nº176

Mais...



Acesse esta Agenda

Clicando no botão ao lado você pode se inscrever nesta Agenda e receber as novidades em seu email:
BlogBlogs.Com.Br