quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Atlantica Hotels Arrecada Primeiro Milhão para Childhood Br

Renda é destinada a prevenção e enfrentamento da exploração sexual

A Atlantica Hotels International, maior administradora multimarcas da América do Sul, atingiu a marca de R$ 1 milhão arrecadados em prol dos projetos e programas da Childhood Brasil, organização criada pela Rainha Silvia da Suécia que trabalha pela proteção da infância e adolescência contra o abuso e a exploração sexual. “Este resultado reflete nosso compromisso de forma consistente com a causa, superando sempre nossos limites para um apoio cada vez mais relevante para a realização dos programas apoiados pela Childhood Brasil”, diz Paul J. Sistare.

Desde 2005, a Atlantica Hotels realiza diferentes campanhas e ações para arrecadar fundos destinados aos projetos apoiados e programas desenvolvidos pela Childhood. Em maio deste ano, o total levantado já havia superado 50% da meta de R$ 500 mil esperada para 2009.

Poucos meses depois, em julho de 2009, foi alcançado o primeiro R$ 1 milhão em arrecadação, que segue em paralelo às ações contínuas de treinamento dos colaboradores dos hotéis e de conscientização dos hóspedes e parceiros. Em 2008, outras ações somaram R$ 350 mil em arrecadações feitas, na maior parte, por hóspedes da rede.

“A Atlantica Hotels é um exemplo de como as empresas podem se engajar de forma plena e criativa com uma causa social. Fica claro para as pessoas que é um compromisso verdadeiro. Ainda mais valiosas do que este primeiro milhão arrecadado, são as milhares de vidas que, juntas, Atlantica e Childhood estão ajudando a transformar”, diz Ana Maria Drummound, diretora da Childhood Brasil.

A Atlantica Hotels foi a primeira rede hoteleira no Brasil a adotar o Código de Conduta contra a Exploração Sexual Infanto-Juvenil em nível nacional. Os projetos e ações realizados visam promover o turismo sustentável, com atitudes de proteção de crianças e adolescentes contra a exploração sexual. Com mais de 1,1 milhão de beneficiários, a Chidhood Brasil desenvolve iniciativas que visam informar a sociedade sobre o problema, gerando conscientização, educar diferentes profissionais, transformando-os em agentes de proteção, e prevenir a violência, reduzindo o número de casos.

Fundada em 1998 por Paul J. Sistare, atual presidente e CEO da companhia, a Atlantica Hotels International, sediada em São Paulo, é a maior administradora independente de hotéis na América do Sul, e detém alianças estratégicas com a Choice Hotels International (dona das marcas Sleep, Comfort, Comfort Suites, Quality e Clarion) e com o Carlson Companies (bandeiras Radisson e Park Suítes), além das marcas próprias Go Inn e Atlantica Collection, para hotéis independentes. A rede tem 71 unidades em operação que somam mais de 12 mil apartamentos para hospedagem nas principais cidades do Brasil e mais seis mil hotéis ao redor do mundo no seu portfólio de reservas. A Atlantica Hotels é apoiadora do Childhood Brasil para o enfrentamento da exploração infantil e em favor do turismo sustentável.


Pauta Social, 03/09/09

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Brasil adere a banco de dados sobre ODM

Rede IDEEA, criada por comissão da ONU para América Latina, reúne informações sobre projetos sociais em prol dos Objetivos do Milênio

Projetos sociais brasileiros vão entrar em um banco de dados da internet que reúne iniciativas de países da América Latina sobre os ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - http://www.pnud.org.br/odm/index.php?lay=odmi&id=odmi), uma série de metas socioeconômicas que os países da ONU se comprometeram a alcançar até 2015.

A Rede IDEEA-ODMs (Rede de Intercâmbio e Difusão de Experiências Exitosas para Alcançar os ODM - http://ideea.cepal.org/ideea/ideea.htm) é um banco de boas práticas, que divulga ações sociais em áreas relacionadas aos ODM, como o combate à pobreza e à fome, melhorias na educação, na saúde da mulher e da criança.

A rede, criada pela CEPAL (Comissão Econômica para América Latina e Caribe), já lista 144 experiências em 16 países da região, como Argentina, México, Cuba e Colômbia. O Brasil passa a participar agora como resultado de um acordo que o governo está assinando com a CEPAL. A Secretaria Geral da Presidência, responsável pela negociação, passará a promover o banco de boas práticas no Brasil e estimular ONGs ou setores do governo e de administrações locais a se cadastrarem. O país já entra com o maior número de ações cadastradas. Até agora, são 52 iniciativas brasileiras no site. Em segundo lugar, vem o Perú, com 8 projetos.

De início, estão sendo cadastradas na Rede IDEEA as iniciativas que estiveram no Prêmio ODM Brasil, realizado pela Secretaria em parceria com movimentos sociais e o PNUD. O prêmio homenageia, a cada dois anos, 20 projetos sobre os ODM em diferentes regiões do país. Os finalistas das duas edições já realizadas, em 2005 e 2007, foram colocados no banco e, em 2010, serão anunciados os vencedores da terceira edição.

“É uma forma de divulgar e aprofundar o intercâmbio entre as instituições”, afirma Davi Schmidt, assessor da Secretaria. Ele acredita que o banco facilita que uma experiência bem sucedida em uma região inspire outras ações em lugares e países diferentes. O objetivo é que qualquer interessado possa se cadastrar, mas, antes de irem ao ar, os projetos são avaliados por um comitê da CEPAL.

Os dados de projetos inseridos na Rede IDEEA ficam gravados em uma ficha detalhada. Por exemplo, na descrição de um programa que atende meninas de rua no Recife, há uma lista com todos as atividades feitas e resultados estatísticos: quantas deixaram a rua, quantas passaram a estudar, entre outras coisas. “É bom ter um espaço para expor com detalhes, porque um tema tratado aqui pode ser um problema também na Venezuela, no Chile, em vários lugares”, observa Schmidt.

O acordo com a CEPAL deve ser finalizado até este mês de setembro, diz o assessor. Depois disso, a Secretaria vai divulgar a ideia do banco de boas práticas em um seminário aberto ao público. Desde julho, estão sendo realizados eventos em todos os estados para promover o Prêmio ODM e a promoção do banco de dados deve ocorrer em algum deles.

Em 18 de agosto, o Brasil participou de um seminário internacional promovido pela CEPAL na Guatemala para discutir o funcionamento da rede. Um dos objetivos, segundo Schmidt, foi criar mais mecanismos dentro do site para que os autores dos projetos cadastrados conversem e também promover encontros presenciais entre eles.


Dayanne Souza, do Pnud
Envolverde, 03/09/09
© Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.

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O debate sobre o PIB: estamos fazendo a conta errrada

"Crescer por crescer, é a filosofia da célula cancerosa" - Banner colocado por estudantes, na entrada de uma conferência sobre economia.

PIB, como todos devem saber, é o produto interno bruto. Para o comum dos mortais que não fazem contas macroeconômicas, trata-se da diferença entre aparecerem novas oportunidades de emprego (PIB em alta) ou ameaças de desemprego (PIB em baixa). Para o governo, é a diferença entre ganhar uma eleição e perdê-la. Para os jornalistas, é uma ótima oportunidade para darem a impressão de entenderem do que se trata. Para os que se preocupam com a destruição do meio-ambiente, é uma causa de desespero. Para o economista que assina o presente artigo, é uma oportunidade para desancar o que é uma contabilidade clamorosamente deformada.

Peguemos o exemplo de uma alternativa contábil, chamada FIB. Trata-se simplesmente um jogo de siglas, Felicidade Interna Bruta. Tem gente que prefere felicidade interna líquida, questão de gosto. O essencial é que inúmeras pessoas no mundo, e técnicos de primeira linha nacional e internacional, estão cansados de ver o comportamento econômico ser calculado sem levar em conta – ou muito parcialmente – os interesses da população e a sustentabilidade ambiental. Como pode-se dizer que a economia vai bem, ainda que o povo va mal? Então a economia serve para quê?

No Brasil a discussão entrou com força recentemente, em particular a partir do cálculo do IDH (Indicadores de Desenvolvimento Humano), que inclui, além do PIB, a avaliação da expectativa de vida (saúde) e do nível da educação. Mais recentemente, foram lançados dois livros básicos, Reconsiderar a riqueza, de Patrick Viveret, e Os novos indicadores de riqueza de Jean-Gadrey e Jany-Catrice. Há inúmeras outras iniciativas em curso, que envolvem desde o Indicadores de Qualidade do Desenvolvimento do IPEA, até os sistemas integrados de indicadores de qualidade de vida nas cidades na linha do Nossa São Paulo. O movimento FIB é mais uma contribuição para a mudança em curso. O essencial para nós, é o fato que estamos refazendo as nossas contas.

As limitações do PIB aparecem facilmente através de exemplos. Um paradoxo levantado por Viveret, por exemplo, é que quando o navio petroleiro Exxon Valdez naufragou nas costas do Alaska, foi necessário contratar inúmeras empresas para limpar as costas, o que elevou fortemente o PIB da região. Como pode a destruição ambiental aumentar o PIB? Simplesmente porque o PIB calcula o volume de atividades econômicas, e não se são úteis ou nocivas. O PIB mede o fluxo dos meios, não o atingimento dos fins. Na metodologia atual, a poluição aparece como sendo ótima para a economia, e o IBAMA vai aparecer como o vilão que a impede de avançar. As pessoas que jogam pneus e fogões velhos no rio Tieté, obrigando o Estado a contratar empresas para o desassoreamento da calha, contribuem para a produtividade do país. Isto é conta?

Mais importante ainda, é o fato do PIB não levar em conta a redução dos estoques de bens naturais do planeta. Quando um país explora o seu petróleo, isto é apresentado como eficiência econômica, pois aumenta o PIB. A expressão “produtores de petróleo” é interessante, pois nunca ninguém conseguiu produzir petróleo: é um estoque de bens naturais, e a sua extração, se der lugar a atividades importantes para a humanidade, é positiva, mas sempre devemos levar em conta que estamos reduzindo o estoque de bens naturais que entregaremos aos nossos filhos. A partir de 2003, por exemplo, não na conta do PIB mas na conta da poupança nacional, o Banco Mundial já não coloca a extração de petróleo como aumento da riqueza de um país, e sim como a sua descapitalização. Isto é elementar, e se uma empresa ou um governo apresentasse a sua contabilidade no fim de ano sem levar em conta a variação de estoques, veria as suas contas rejeitadas. Não levar em conta o consumo de bens não renováveis que estamos dilapidando deforma radicalmente a organização das nossas prioridades. Em termos técnicos, é uma contabilidade grosseiramente errada.

A diferença entre os meios e os fins na contabilidade aprece claramente nas opções de saúde. A Pastoral da Criança, por exemplo, desenvolve um amplo programa de saúde preventiva, atingindo milhões de crianças até 6 anos de idade através de uma rede de cerca de 450 mil voluntárias. São responsáveis, nas regiões onde trabalham, por 50% da redução da mortalidade infantil, e 80% da redução das hospitalizações. Com isto, menos crianças ficam doentes, o que significa que se consome menos medicamentos, que se usa menos serviços hospitalares, e que as famílias vivem mais felizes. Mas o resultado do ponto de vista das contas econômicas é completamente diferente: ao cair o consumo de medicamentos, o uso de ambulâncias, de hospitais e de horas de médicos, reduz-se também o PIB. Mas o objetivo é aumentar o PIB ou melhorar a saúde (e obem-estar) das famílias?

Todos sabemos que a saúde preventiva é muito mais produtiva, em termos de custo-benefício, do que a saúde curativa-hospitalar. Mas se nos colocarmos do ponto de vista de uma empresa com fins lucrativos, que vive de vender medicamentos ou de cobrar diárias nos hospitais, é natural que prevaleça a visão do aumento do PIB, e do aumento do lucro. É a diferença entre os serviços de saúde e a indústria da doença. Na visão privatista, a falta de doentes significa falta de clientes. Nenhuma empresa dos gigantes chamados internacionalmente de “big pharma” investe seriamente em vacinas, e muito menos em vacinas de doenças de pobres. Ver este ângulo do problema é importante, pois nos faz perceber que a discussão não é inocente, e os que clamam pelo progresso identificado com o aumento do PIB querem, na realidade, maior dispêndio de meios, e não melhores resultados. Pois o PIB não mede resultados, mede o fluxo dos meios.

É igualmente importante levar em consideração que o trabalho das 450 mil voluntárias da Pastoral da Criança não é contabilizado como contribuição para o PIB. Para o senso comum, isto parece uma atividade que não é propriamente econômica, como se fosse um bandaid social. Os gestores da Pastoral, no entanto, já aprenderam a corrigir a contabilidade oficial. Contabilizam a redução do gasto com medicamentos, que se traduz em dinheiro economizado na família, e que é liberado para outros gastos. Nesta contabilidade corrigida, o não-gasto aparece como aumento da renda familiar. As noites bem dormidas quando as crianças estão bem representam qualidade de vida, coisa muitíssimo positiva, e que é afinal o objetivo de todos os nossos esforços. O fato da mãe ou do pai não perderem dias de trabalho pela doença dos filhos também ajuda a economia. O Canadá, centrado na saúde pública e preventiva, gasta 3 mil dólares por pessoa em saúde, e está em primeiro lugar no mundo neste plano. Os Estados Unidos, com saúde curativa e dominantemente privada, gastam 6,5 mil, e estão longe atrás em termos de resultados. Mas ostentam orgulhosamente os 16% do PIB gastos em saúde, para mostrar quanto esforço fazem. Estamos medindo meios, esquecendo os resultados. Neste plano, quanto mais ineficientes os meios, maior o PIB.

Uma outra forma de aumentar o PIB é reduzir o acesso a bens gratuitos. Na Riviera de São Lourenço, perto de Santos, as pessoas não têm mais livre acesso à praia, a não ser através de uma séria de enfrentamentos constrangedores. O condomínio contribui muito para o PIB, pois as pessoas têm de gastar bastante para ter acesso ao que antes acessavam gratuitamente. Quando as praias são gratuitas, não aumentam o PIB. Hoje os painéis publicitários nos “oferecem” as maravilhosas praias e ondas da região, como se as tivessem produzido. A busca de se restringir a mobilidade, o espaço livre de passeio, o lazer gratuito oferecido pela natureza, gera o que hoje chamamos de “economia do pedágio”, de empresas que aumentam o PIB ao restringir o acesso aos bens. Temos uma vida mais pobre, e um PIB maior.

Este ponto é particularmente grave no caso do acesso ao conhecimento. Trata-se de uma área onde há excelentes estudos recentes, como A Era do Acesso, de Jeremy Rifkin; The Future of Ideas, de Lawrence Lessig; O imaterial, de André Gorz, ou ainda Wikinomics, de Don Tapscott. Um grupo de pesquisadores da USP Leste, com Pablo Ortellado e outros professores, estudou o acesso dos estudantes aos livros acadêmicos: o vslume de livros exigidos é proibitivo para o bolso dos estudantes (80% de famílias de até 5 salários mínimos), 30% dos títulos recomendados estão esgotados. Na era do conhecimento, as nossas universidades de linha de frente trabalham com xerox de capítulos isolados do conjunto da obra, autênticos ovnis científicos, quando o MIT, principal centro de pesquisas dos Estados Unidos, disponibiliza os cursos na íntegra gratuitamente online, no quadro do OpenCourseWare (OCW). Hoje, os copyrights incidem sobre as obras até 90 anos após a morte do autor. E se fala naturalmente em “direitos do autor”, quanto se trata na realidade de direitos das editoras, dos intermediários.

É impressionante investirmos por um lado imensos recursos públicos e privados na educação, e por outro lado empresas tentarem restringir o acesso aos textos. O objetivo, é assegurar lucro das editoras, aumentando o PIB, ou termos melhores resultados na formação, facilitando, e incentivando (em vez de cobrar) o aprendizado? Trata-se, aqui também, da economia do pedágio, de impedir a gratuidade que as novas tecnologias permitem (acesso online), a pretexto de proteger a remuneração dos produtores de conhecimento.

Outra deformação deste tipo de conta é a não contabilização do tempo das pessoas. No nosso ensaio Democracia Econômica, inserimos um capítulo “Economia do Tempo”. Está disponível online, e gratuitamente. O essencial, é que o tempo é por excelência o nosso recurso não renovável. Quando uma empresa nos obriga a esperarmos na fila, faz um cálculo: a fila é custo do cliente, não se pode abusar demais. Mas o funcionário é custo da empresa, e portanto vale a pena abusar um pouco. Isto se chama externalização de custos. Imaginemos que o valor do tempo livre da população econômicamente ativa seja fixado em 5 reais. Ainda que a produção de automóveis represente um aumento do PIB, as horas perdidas no trânsito pelo encalacramento do trânsito poderiam ser contabilizadas, para os 5 milhões de pessoas que se deslocam diariamente para o trabalho em São Paulo, em 25 milhões de reais, isto calculando modestos 60 minutos por dia. A partir desta conta, passamos a olhar de outra forma a viabilidade econômica da construção de metrô e de outras infraestruturas de transporte coletivo. E são perdas que permitem equilibrar as opções pelo transporte individual: produzir carros realmente aumenta o PIB, mas é uma opção que só é válida enquanto apenas minorias têm acesso ao automóvel. Hoje São Paulo anda em primeira e segunda, gastando com o carro, com a gazolina, com o seguro, com as doenças respiratórias, com o tempo perdido. Os quatro primeiros itens aumentam o PIB. O último, o tempo perdido, não é contabilizado. Aumenta o PIB, reduz-se a mobilidade. Mas o carro afinal era para quê?

Alternativas? Sem dúvida, e estão surgindo rapidamente. Não haverá o simples abandono do PIB, e sim a compreensão de que mede apenas um aspecto, muito limitado, que é o fluxo de uso de meios produtivos. Mede, de certa forma, a velocidade da máquina. Não mede para onde vamos, só nos diz que estamos indo depressa, ou devagar. Não responde aos problemas essenciais que queremos acompanhar: estamos produzindo o quê, com que custos, com que prejuizos (ou vantagens) ambientais, e para quem? Aumentarmos a velocidade sem saber para onde vamos não faz sentido. Contas incompletas são contas erradas.

Como trabalhar as alternativas? Há os livros mencionados acima, o meu preferido é o de Jean Gadrey, foi editado pelo Senac. E pode ser utilizado um estudo meu sobre o tema, intitulado Informação para a Cidadania e o Desenvolvimento Sustentável. Porque não haverá cidadania sem uma informação adequada. O PIB, tão indecentemente exibido na mídia, e nas doutas previsões dos consultores, merece ser colocado no seu papel de ator coadjuvante. O objetivo é vivermos melhor. A economia é apenas um meio. É o nosso avanço para uma vida melhor que deve ser medido.

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[1] O material do MIT pode ser acessado no site www.ocw.mit.edu; Em vez de tentar impadir a aplicação de novas tecnologias, como aliás é o caso das empresss de celular que lutam contra o wi-fi urbano e a comunicação quase gratuita via skype, as empresas devem pensar em se reconverter, e prestar serviços úteis ao mercado. A IBM ganhava dinheiro vendendo computadores, e quando este mercado se democratizou com o barateamento dos computadores pessoais migrou para a venda de softwares. Estes hoje devem se tornar gratuitos (a própria IBM optou pelo Linux), e a empresa passou a se viabilizar prestando serviços de apoio informático. Travar o acesso aumenta o PIB, mas empobrece a sociedade.


Ladislau Dowbor
Doutor em Ciências Econômicas pela Escola Central de Planejamento e Estatística de Varsóvia, professor titular da PUC de São Paulo e consultor de diversas agências das Nações Unidas. É autor de “Democracia Econômica”, “A Reprodução Social: propostas para uma gestão descentralizada”, “O Mosaico Partido: a economia além das equações”, “Tecnologias do Conhecimento: os Desafios da Educação”, todos pela editora Vozes, além de “O que Acontece com o Trabalho?” (Ed. Senac) e co-organizador da coletânea “Economia Social no Brasil“ (ed. Senac) Seus numerosos trabalhos sobre planejamento econômico e social, inclusive o artigo Informação para a Cidadania mencionado acima, estão disponíveis no site http://dowbor.org – Contato: ladislau@dowbor.org ;
Envolverde, 03/09/09

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