sexta-feira, 18 de maio de 2007

Saída de Wolfowitz pode impulsionar progresso do Banco Mundial

Jerry Norton
Publicado no site da Reuters Brasil em 18/05/2007

CINGAPURA (Reuters) - A saída de Paul Wolfowitz da presidência do Banco Mundial abre caminho para que a entidade avance, disseram muitos observadores depois que ele anunciou sua demissão. Porém, por não ter saído antes, ele feriu sua própria reputação e a do banco.

A reação inicial foi a de constatar que a prolongada crise provocada por uma promoção dada à namorada de Wolfowitz havia inviabilizado a permanência dele na presidência do Banco Mundial.
"Os mais pobres do mundo merecem o melhor que temos a oferecer", disse Wolfowitz em nota na quinta-feira. "Agora é necessário encontrar uma forma de avançar." Ele deixa efetivamente o cargo em 30 de junho.

"As ações de Wolfowitz estavam impedindo a capacidade do Banco Mundial em realizar sua missão crítica de aliviar a pobreza global", disse o senador norte-americano Christopher Dodd, pré-candidato democrata à presidência dos Estados Unidos. "Sua renúncia ajudará a restaurar a integridade e credibilidade do Banco Mundial, centrais para que o banco cumpra sua missão."

Wolfowitz assumiu em 2005 o cargo no banco --responsável pela distribuição de bilhões de dólares em projetos de ajuda ao desenvolvimento mundo afora. Ex-subsecretário de Defesa dos EUA, um dos mentores da invasão do Iraque em 2003, ele vinha recebendo elogios de alguns na África e na Ásia pela atuação do banco, que incluía uma forte campanha contra a corrupção nos programas de ajuda e nos governos receptores. Pouco antes do anúncio da demissão, o ministro japonês das Finanças, Koji Omi, disse que Wolfowitz estava fazendo "um bom trabalho". O Japão é o segundo maior acionista do banco, atrás apenas dos EUA.

Na Indonésia, um dos países que mais recebem ajuda do Banco Mundial, Wolfowitz também é tido em alta consideração. "É uma vergonha que um homem como ele renuncie. Ele era conhecido por sua campanha vigorosa anticorrupção e de erradicação da pobreza", disse o economista Fauzi Ichsan, do Standard Chartered Bank, à Reuters.

Mas muitos acharam que a promoção e aumento salarial dados a Shaha Riza, especialista do banco em Oriente Médio e namorada de Wolfowitz, destruíram qualquer credibilidade que ele poderia ter como paladino da honestidade. Uma comissão interna disse que Wolfowitz violou várias regras para ajudar a namorada.

"Acabei de voltar de uma missão na África Ocidental onde comecei a sentir mais agudamente o impacto da crise em termos da legitimidade que temos para defender um bom governo", disse Daniel Owen, do departamento de desenvolvimento social do banco. "Temos um trabalho a fazer para reconstruir nossa credibilidade nessas questões e vai ser mais fácil agora que Wolfowitz saiu."

O ministro alemão das Finanças, Peer Steinbruck, também elogiou a demissão de Wolfowitz. "Agora será importante focar não no passado, mas reconstruir assim que possível a reputação do Banco Mundial e sua capacidade de funcionar," disse Steinbruck a uma rádio alemã.

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RS criará nesta segunda-feira a Rede de Parceria Social

Publicado no site de Políbio Braga em 18/05/2007

Será lançado na segunda-feira, 19h30m, no Teatro São Pedro, a Rede de Parceria Social. “Vamos reunir as 12 mil entidades do terceiro setor para propor-lhes parceria com o governo gaúcho”, avisou a esta página o secretário da Justiça e Desenvolvimento Social, Fernando Schüller.

O secretário Schüller e o editor desta página conversaram nesta quinta durante quase duas horas. A idéia é criar de cara 10 carteiras de apoio a ONGs que trabalham com “adoção e apadrinhamento afetivo”, por exemplo. Assim, uma entidade como a Federação das Apaes, apenas para exemplificar, captará apoio das empresas, entidades nacionais e estrangeiras, além dos governos, podendo depois disto abrir um edital para que as Apaes municipais inscreverem os projetos para os quais pretendem apoio. Isto valerá para cada uma das 10 carteiras.

A Rede de Parceria Social desenvolverá um programa bastante redondo. O secretário Fernando Schüller já acertou com
1) a Parceiros Voluntários que caberá a ela capacitar as ONGs, melhorando-lhes a gestão e treinando os líderes, enquanto que
2) outro acerto, este com a Unesco, permitirá a realização do acompanhamento dos serviços de cada carteira e também o trabalho de auditoria externa.

O programa se completará com a criação do Observatório do Terceiro Setor, que terá o apoio do Instituto Nestor de Paula e da Caixa RS, e cujo foco serão de duas naturezas:
1) o diagnóstico técnico sobre o Terceiro Setor
2) a identificação e busca de recursos nacionais e internacionais para as ONGs.

Quem tocará tudo isso ? “A Fundação Gerações, totalmente privada”, avisou o secretário Fernando Schüller. A Fundação gerirá também o Fundo Gerações, cujo objetivo será o de garantir a sustentabilidade para o Terceiro Setor, que em 99% dos casos come da mão para a boca. O governo estadual, nesse sentido, enviará projeto para a Assembléia, propondo a mudança da Lei da Solidariedade, exigindo que 5% dos recursos captados destinem-se a um fundo de poupança que garanta a sustentabilidade.

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