quarta-feira, 10 de outubro de 2007

FAO publica guia sobre educação alimentar em escolas primárias

Publicado pela Envolverde em 10/10/07

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, publicou um guia sobre educação alimentar em escolas primárias. O novo guia da FAO é dirigido a professores, nutricionistas, profissionais da saúde e integrantes de governos.

O objetivo é ensinar hábitos saudáveis às crianças para eliminar doenças relacionadas à má nutrição e dietas à base de frituras e doces. Segundo a FAO, o assunto deveria ser adotado no currículo de 1° grau. O presidente do Departamento de Nutrição da Sociedade de Pediatria de São Paulo, Claudio Leone, disse à Rádio ONU, que a merenda escolar jamais deve ser a principal fonte de alimento das crianças.

"Nós estamos atravessando, no mundo todo inclusive no Brasil, uma epidemia de obesidade. E, por outro lado, a melhoria das condições de vida e o acesso maior a alimentos fizeram com que começasse a surgir a obesidade. E esta obesidade hoje está sendo detectada em idades cada vez mais precoces. Os números brasileiros mostram que, em idade escolar, nós temos cerca de 1/4, ou seja, um em cada quatro alunos na condição de sobrepeso ou obesidade", disse.

A diretora da FAO para a Divisão de Nutrição e Proteção ao Consumidor, Ezzeddine Boutrif, disse que os hábitos alimentares de uma criança têm efeito direto na capacidade de aprendizado e crescimento. Cerca de 1,6 bilhão de adultos em todo o mundo estão acima do peso. E deste total, a grande maioria vive em países de rendas média ou baixa. O médico Claudio Leone explicou a situação nas escolas brasileiras.

"A criança come a merenda e depois ela vai à cantina, compra outros alimentos e talvez alimentos processados, industrializados e nem sempre os mais adequados para o consumo na idade escolar, ou pelo menos para consumo regular. Comer uma batatinha frita, de vez em quando, não faz mal a ninguém, mas comer todos os dias seguramente faz mal. Tomar um refrigerante, de vez em quando, a mesma coisa, mas quando se começa a tomar com muita freqüência, ele passa a ser uma fonte de calorias importante", contou.

O manual pode ser obtido na página da FAO na internet em inglês e francês.

Para ouvir esta notícia clique em
http://webcast.un.org/radio/portuguese/mp3/2007/0710091.mp3

(http://radio.un.org/por/story.asp?NewsID=4156)

(Envolverde/Rádio ONU)

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PPP-ECOS tem US$720 mil para projetos sustentáveis no Cerrado

Publicado pelo ISPN em 01/10/07

O Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-ECOS) destinará este ano US$ 720 mil para organizações sociais comunitárias, ONGs e instituições que atuam nos doze estados abrangidos pelo bioma Cerrado. Os recursos serão aplicados no apoio e criação de alternativas econômicas sustentáveis para as comunidades da região. As propostas poderão ser enviadas até 12 de novembro para o Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), que coordena o PPP-ECOS no Brasil desde a criação do programa em 1994.

O programa existe em cem países e é financiado pelo Small Grants Programme (SGP), vinculado ao Fundo para o Meio Ambiente Global (GEF) da Organização das Nações Unidas. A execução dos projetos apoiados pelo PPP-ECOS se dá por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com interveniência do Escritório de Serviços de Projetos das Nações Unidas (UNOPS). O PPP-ECOS também constitui co-financiamento ao Projeto Florelos (Elos Ecossociais entre as Florestas Brasileiras: modos de vida sustentáveis em paisagens produtivas, com apoio da Comunidade Européia

O PPP-ECOS tem duas categorias de apoio: Pequenos Projetos, com recursos de até US$30 mil para apoio geral e Projetos de Consolidação, com recursos de até US$50 mil para experiência/projeto com resultados e impactos positivos já comprovados e que possam ser replicados em outras comunidades.

Terão prioridade os projetos voltados para a promoção das capacidades e potencialidades de comunidades locais, inclusive tradicionais e indígenas, resultando na promoção de modos de vida sustentáveis. As propostas também devem demonstrar a viabilidade dos objetivos, gerando resultados concretos nos prazos previstos e com os recursos disponíveis.

Para concorrer ao edital, os projetos devem se referir ao bioma Cerrado ou às zonas de transição entre o Cerrado e Caatinga, Amazônia ou Pantanal. A entidade proponente não precisa estar sediada nesses biomas, mas deve atuar na região. Organizações governamentais, empresas privadas ou pessoas físicas não podem participar da seleção. A duração do projeto deve ser de até dois anos.

Sustentabilidade
Apesar de sua biodiversidade, os recursos hídricos estratégicos e sua importante participação na manutenção do clima do Planeta, o Cerrado sofre fortes pressões com a expansão da fronteira agropecuária, as obras de infra-estrutura e do crescimento urbano. Estima-se que o bioma já tenha perdido cerca da metade de sua cobertura vegetal nas últimas décadas, com perdas incalculáveis para a biodiversidade mundial.

“O apoio às comunidades rurais, sejam elas tradicionais ou de agricultores familiares é uma forma de ajudar a manter o Cerrado para as gerações futuras”, explica Andréa Lobo, presidente do ISPN. Segundo ela, os impactos positivos decorrentes do apoio do PPP-ECOS às comunidades do Cerrado podem ser percebidos nos 236 projetos localizados em toda a região de abrangência do bioma.

São mais de 150 organizações atendidas e cerca de US$6 milhões destinados aos beneficiários nos 12 anos de existência do programa. A lista completa de projetos apoiados pelo PPP-ECOS pode ser encontrada no site do ISPN (www.ispn.org.br)

Clique aqui para baixar o edital em sua íntegra em formato .doc (91 Kb)
Clique aqui para baixar o roteiro em sua íntegra em formato .doc (172 Kb)


Mais informações:
Jaime Gesisky
(61) 3327 8085/8122 6042

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Mudar caridade por justiça para ter desenvolvimento

Miren Gutiérrez
Publicado pela
Envolverde em 10/10/07

O Chamado Mundial contra a Pobreza (GCAP) conseguiu iniciar um processo de mudança no “sentido da percepção da assistência internacional “desde a caridade para a justiça”, disse uma das presidentes desta rede da sociedade civil, Sylvia Borren. Ela, que também preside a organização humanitária holandesa Oxfam Novib, alerta que dentro do GCAP se reproduzem as tensões entre o Norte rico e o Sul pobre e entre homens e mulheres, bem como outros conflitos. Mas, “a chave é trabalharmos juntos de modo pratico, nos comunicarmos e encontrar soluções”, explica a ativista, que integra a presidência coletiva desta rede mundial junto com Kumi Naiddoo, secretário-geral da Civicus, e Ana Agostino, integrante do Grupo de Trabalho Feminista do GCAP.

Esta é uma síntese da longa entrevista que Borren concedeu à IPS.

P- No último dia 17 de outubro, o GCAP e a Campanha do Milênio da Organização das Nações Unidas bateram o recorde do Guinness de maior mobilização coordenada da história, quando 23,5 milhões de pessoas em mais de cem países ficaram de pé contra a pobreza. O presidente de Malawi, Bingu wa Mutharika, uniu-se às manifestações. Em Jaipur, na Índia, 38 mil fanáticos do cricket ficaram de pé. Nas Filipinas, milhares de pessoas fizeram uma caminhada contra a pobreza. Esperam voltar a bater este recorde neste ano?
R- Que 23, 5 milhões de pessoas em todo o mundo tenham se colocado de pé contra a pobreza é um feito que ainda me entusiasma, mas me entristece que a mídia quase não tenha prestado atenção. Espero que isso seja muito diferente este ano, mas não poderia prever a quantidade de pessoas que participarão. Desta vez os participantes escolherão diferentes maneiras de pedir justiça. Haverá grupos que ficarão de pé, outros irão cantar, e haverá partidas de futebol nos quais se “soprará o apito” para denunciar a pobreza.

P- A senhora escreveu a letra de uma canção, Réquiem pela pobreza, que será interpretada por orquestras e coros infantis em vários países no dia 17 de outubro. Como acha que cantar fará uma diferença?
R- Esta canção foi extraída do mais extenso Réquiem pela pobreza, que escrevi junto com o musico Peter Maissan. A peça foi coreografada pela companhia de dança intercultural Le Grand Cru. Esperamos que seja representada em 20 países. Na Holanda, um coro de mais de 700 vozes o cantará diante do Parlamento de Haia, e também será representada em Maastricht e Heerenveen. Também nos disseram que a cantarão em 16 lugares diferentes da Índia.
O Réquiem pela pobreza é muito comovedor, e conecta a audiência com a realidade cotidiana da pobreza em um nível emocional. O mais importante é que qualquer um pode cantá-lo, e ninguém que o faça poderá tirar a melodia nem a letra da cabeça. É uma peça composta para coro, dois solistas e bailarinos. Vimos gente que a contou uma e outra vez em diferentes atuações.

P- Este ano, o lema é “!Maniufeste-se!”. Como planejam canalizar as opiniões e demandas do público?
R- Às vezes, se fala e escreve sobre a pobreza com fatos e números: meio milhão de mulheres morrendo no parto por ano, 80 milhões de crianças não vão à escola e trabalham. Estes fatos se tornam abstratos. Não é conexão suficiente com cada mulher, com cada criança a quem se rouba o futuro. Precisamos que todos entendam o profundo sofrimento que a pobreza produz e como podemos mudar esta situação através de nossa própria conduta e de nossas cobranças políticas.
Espero que as pessoas se comovam de coração para que muitos mais se conectem com nossa causa, se manifestem, exijam novas políticas comerciais e de assistência, se convertam em consumidores justos... trata-se de reconhecer e sentir nossa humanidade comum e nossa necessidade de atuar pela justiça.

P- Comenta-se que neste ano a campanha é mais política. Em que sentido?
R- Me convenci de que os líderes políticos necessitam que, em nossa qualidade de eleitores, sejamos extremamente claros em nossas demandas. De outro modo, promessas com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio serão feitas, mas não cumpridas.
A União e a Comissão Européia falam muito sobre a erradicação da pobreza, mas suas previsões de investimento para isso até 2013 mostram uma queda significativa do dinheiro que será destinado à educação, saúde, luta contra a aids, e não haverá quase dinheiro para empregar em justiça de gênero, para apoiar meninas e mulheres.
Portanto, precisamos explicar aos cidadãos de todo mundo o quanto são injustas as regras do comércio mundial, que vão contra os agricultores e produtores do Sul em desenvolvimento, mas também contra os do Norte, em particular contra pequenas empresas que, com grande freqüência, são dirigidas por mulheres.
Necessitamos defender que a produção e o tráfico de armas reduzem nossa segurança. Precisamos demonstrar como a ajuda ainda está atada a condições que favorecem os países ricos.
Conhecemos todos os fatos e números para expor estas injustiças, que literalmente matam em todo o mundo nossas meninas e mulheres, que carregam nas costas as injustiças mais pesadas. Antes de estabelecer qualquer política em nível local, nacional e mundial, pode e deve ser avaliado seu impacto sobre as mulheres. E esse será um indicador seguro sobre o potencial de uma política para levarmos a um mundo justo e sem pobreza. Nesse sentido, o GCAP é, e deve ser, muito político. Mas, trata-se de povos, não de partidos.

P- Pode mencionar efeitos específicos da campanha do ano passado?
R- O movimento GCAP é uma ampla coalizão de muitas organizações civis, grupos comunitários, movimentos religiosos, sociais e sindicais. É jovem, tem poucos anos de vida, e deixou sua marca, por exemplo ao pressionar o Grupo dos Oito (países mais poderosos do mundo) para que assumam compromissos concretos sobre a ajuda a África.
O GCAP está mudando o sentido da percepção da assistência da caridade para a justiça. Expõe a uma audiência muito mais ampla de cidadãos de todo o mundo que a pobreza é uma questão de privilégios e de exploração, de despojar as pessoas de seus direitos e suas vidas.

P- A campanha começou em 2005. Depois do enorme esforço que esta aliança mundial fez para mobilizar massas em todo o mundo, já não há sinais de cansaço?
R- Os movimentos e as redes sociais se esforçam muito para ser organizarem, mas estou assombrada com a energia que as coalizões do GCAP em nível nacional conseguiram gerar. Por isto estou tão convencida de que este amplo movimento da sociedade civil mundial poderá comover políticos e empresários como ninguém mais.
Dentro do movimento teremos de enfrentar e solucionar todas as tensões presentes em qualquer relação desigual de poder: homens/mulheres, Norte/Sul, diferenças de classe, raça, idade, religião, de educação, capacidades especiais, orientação social... não há diferenças que não existam dentro do GCAP. A chave é trabalharmos juntos de modo prático, nos comunicarmos e encontrar soluções.
Nos demos conta de que podemos ir mais além dos estereótipos e das posturas ideológicas. Isso nem sempre é fácil, mas minha experiência no GCAP indica que podemos fazê-lo. O que podemos alcançar na prática? As metas do milênio, naturalmente, além de justiça de gênero, direitos humanos, cuidado com o meio ambiente... mas, não queremos reduzir pobreza pela metade, queremos erradicá-la.
(Envolverde/ IPS)

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2º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental começa hoje

Ulisses A. Nenê
Publicado pela
Envolverde em 10/10/07

Começa nesta quarta-feira, 10/10, na Reitoria da Ufrgs, em Porto Alegre, o 2º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, que reunirá jornalistas de todo o país, convidados estrangeiros, ambientalistas, cientistas e autoridades da área. As inscrições ainda podem ser feitas pelo site www.cbja2007.com.br por profissionais, estudantes e todos que tiverem interesse no tema do evento: "Aquecimento global, um desafio para a mídia".

A conferência de abertura, quarta-feira, às 19h, estará a cargo do documentarista inglês Adrian Cowell, autor do documentário “A década da destruição”, uma das primeiras e mais contundentes denúncias da destruição da floresta amazônica.

A programação se desenvolve até sexta-feira, 12/10, e inclui:
- conferências sobre as grandes questões ambientais do momento com especialistas;
- painéis que discutirão a situação e perspectivas do jornalismo ambiental;
- oficinas paralelas;
- uma programação de filmes e vídeos na sala de cinema da universidade;
- apresentação de trabalhos acadêmicos;

Participação de escolas
As escolas interessadas poderão levar os alunos do terceiro ano do ensino médio, assim como os cursos pré-vestibulares, para acompanharem a programação, mediante inscrição prévia e acompanhamento de um responsável. Isso faz parte de um esforço de educação ambiental dos organizadores, Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul e EcoAgência de Notícias, visando motivar as novas gerações a se interessarem pela causa ambiental.

Programação extra-congresso
A programação extra-congresso inclui uma visita orientada à 6ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul e para o sábado, após o encerramento, passeios gratuitos pela cidade, no Ônibus Turismo, e pelo Lago Guaíba, no barco Martin Pescador. Interessados (as) devem se inscrever para estas atividades ao chegar no evento, na secretaria do congresso.

Conferencistas
Virão a Porto Alegre, como conferencistas e palestrantes, renomados profissionais do jornalismo ambiental do Brasil e do mundo, representando a grande imprensa, a imprensa especializada, a imprensa alternativa, os produtores independentes e a universidade. Também estarão presentes alguns dos maiores cientistas e especialistas em temas como as mudanças climáticas, recursos hídricos e Amazônia.

Entre eles, por exemplo Philip Martin Fearnside, recentemente apontado pela Thomsom ISI como o segundo cientista mais citado do mundo sobre o aquecimento global. Serão representadas, ainda, ONGs e entidades ecológicas do país, apresentando sua visão acerca da atuação dos meios de comunicação e seus profissionais, bem como sua análise dos impasses ambientais deste início de século.

Ojetivos do 2º. CBJA:
• Contribuir para a qualificação profissional na construção de pautas sobre a temática ambiental, apuração de informações e produção de conteúdos jornalísticos;
• Incentivar a abertura de novos espaços específicos sobre questões ambientais em todas as mídias, consolidar e ampliar a sua presença em outras editoriais além da Geral, especialmente Economia/Finanças e Política;
• Estimular estudantes e profissionais de Comunicação, em particular de Jornalismo, para a pesquisa e produção acadêmica na área ambiental;
• Possibilitar à sociedade o contato com importantes temas da realidade ambiental do país e do mundo.

Mais informações no site do congresso www.cbja2007.com.br.

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PDA lança chamada para projetos em rede na Mata Atlântica

Daniela Mendes
Publicado pela Envolverde em 10/10/07

O componente "Ações de Conservação na Mata Atlântica" do Subprograma Projetos Demonstrativos (PDA) do Ministério do Meio Ambiente lança nesta quarta-feira (10) a chamada 5 com recursos da ordem de R$ 2,5 milhões para apoiar projetos em rede no bioma. Com esses recursos, serão financiadas iniciativas que promovam estratégias de geração de conhecimento - na área de monitoramento, sistematização, comunicação e negociação -, e que possam ser transformadas em políticas públicas por gestores das três esferas de governo.

Além de fortalecer a atuação das organizações sociais, e das redes em que elas se articulam, com a chamada pretende-se aperfeiçoar os instrumentos de conservação e uso sustentável da sociobiodiversidade no bioma. O objetivo é atingir agricultores que usam e manejam os recursos naturais de forma inovadora e sustentável, sem nunca ter tido oportunidade de colaborar na definição de políticas públicas com as instituições responsáveis pela regulamentação do manejo destes recursos.

Para isso, o PDA promove a criação e implementação de unidades de conservação federais, estaduais, municipais e privadas; implantação de microcorredores ecológicos; recuperação de cobertura florestal e promoção do ecoturismo na Mata Atlântica. Mais informações sobre a chamada 5 do subprograma estão disponíveis em http://www.mma.gov.br/pda.

De acordo com o secretário técnico adjunto do PDA, Luiz Carlos Pinagé, até o final do ano mais chamadas para a Mata Atlântica devem ser publicadas. "Estamos trabalhando em uma (chamada) de serviços ambientais com foco em água, seqüestro de carbono e paisagens sustentáveis para ecoturismo e, também, monitoramento participativo da cobertura vegetal", informou.

Atualmente, o PDA, por meio dos seus três componentes, apóia 196 projetos - 123 na Mata Atlântica e 73 na Amazônia. Na primeira fase, entre 1996 e 2003, 194 projetos receberam apoio nos dois biomas.

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ABN AMRO Real vence prêmio Valor Social

Raquel Salgado
Publicado pelo
Valor Online em 10/10/2007

Philipe Crettex, Figueiredo Campos, Rodrigo Caracas e Péricles Pereira Druck, na entrega do Prêmio Valor Social
Foto Julio Bittencourt/Valor


Em um cenário de aquecimento econômico, com crescimento do setor produtivo, os investimentos em áreas que, tradicionalmente não são o foco da gestão das empresas, ganham força. As dez empresas vencedoras da sétima edição do Prêmio Valor Social têm ampliado sua atuação nas áreas de responsabilidade social e sustentabilidade. O banco ABN AMRO Real, por exemplo, concorreu em quatro das seis categorias do prêmio, venceu em duas delas e ainda abocanhou o Grande Prêmio na escolha do júri especializado. No total, o Prêmio Valor Social recebeu 180 projetos na edição 2007, que concorreram em sete categorias. O prêmio, criado em 2001, é realizado com o apoio técnico do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e do Instituto Akatu e é uma homenagem às companhias que se destacam pela gestão socialmente responsável.

O ABN AMRO venceu nas categorias "Respeito ao consumidor/cliente/fornecedor" e em "Gestão Sustentável". Com o seu "Fórum de Fornecedores", reuniões realizadas com os parceiros, o banco tem conseguido disseminar seu modelo de gestão, que se baseia na sustentabilidade e na responsabilidade social. Essa última preocupação permeia também outro programa com o qual o banco foi finalista, o Amigo Real. O objetivo é engajar funcionários na construção de uma sociedade mais justa, por meio de apoio a instituições que cuidam de crianças e adolescentes.

Também envolvida com a comunidade, a Celulose Irani seguiu a máxima do provérbio que diz que é melhor ensinar a pescar do que dar o peixe. O projeto de mobilização dos moradores de uma vila vizinha à fábrica para revitalizar e desenvolver a região foi premiado pelo júri popular na categoria "Relações com a comunidade". Os especialistas escolheram o projeto dos Laboratórios Pfizer, que reduziu a incidência de doenças e melhorou a qualidade de vida de 5,2 mil índios em Pernambuco.

A clínica de psicoterapia Jorge Jaber inspirou-se nos grupos de apoio como os Alcoólicos Anônimos para criar um programa de prevenção e orientação em relação ao uso de drogas. Hoje são realizadas 1,8 mil consultas gratuitas por ano. Esse projeto chamou a atenção tanto do júri popular quanto dos especialistas, que escolheram a Clínica Jorge Jaber como vencedora na categoria "Micro e pequenas empresas". A perspectiva é de ampliar ainda mais o atendimento a pessoas carentes. No setor de internação da clínica existem hoje dois leitos para esse público. "Devemos, em breve, chegar a 12 leitos", conta Eduardo Hoffmann, diretor da clínica.

Em um ano em que o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre aquecimento global preocupou chefes de Estado em todos o países e fez pipocar idéias sobre como reduzir os efeitos do progresso sobre o meio ambiente, duas ações voltadas à redução e destinação de resíduos foram as vencedoras na categoria "Respeito ao meio ambiente". Os especialistas escolherem o programa "Reciclou, Ganhou", tocado pela Coca-Cola desde 1996. Inicialmente a idéia do programa era realizar educação ambiental em escolas públicas e privadas. Com o passar dos anos, o projeto se ampliou e hoje agrega 4,7 mil associados, de escolas a hospitais e cooperativas de catadores de lixo.

"Em um ambiente de crescimento econômico, a reciclagem é fundamental, uma vez que o aumento do consumo de embalagens precisa ser seguido pela expansão da reciclagem dos produtos também. E é isso que temos visto", afirma Rodrigo Caracas, vice-presidente da Coca-Cola.

A Ambev, escolhida pelo júri popular como vencedora dessa mesma categoria, também precisou pensar em um projeto que ajudasse a minimizar o impacto ambiental. A solução não passa apenas pela destinação dos resíduos, mas sim pela redução das perdas do processo produtivo. Quanto menos lixo, melhor. Para isso a empresa investe em pesquisas para identificar alternativas que criem valor para os resíduos em outras atividades. São garrafas quebradas, latas amassadas, bagaço de malte etc, que terão novas aplicações.

Na categoria "Gestão Sustentável" os premiados foram ABN Amro Real (júri de especialistas) e ArcelorMittal Brasil (popular). O banco busca desde 1998 aprofundar os mecanismos de gestão da sustentabilidade e ampliá-los para fora da estrutura da empresa. A Arcelor segue pela mesma linha, promovendo o engajamento dos fornecedores de sua cadeia produtiva na adoção de práticas sócio-ambientais responsáveis. "Os projetos têm efeito multiplicador. Na medida em que somos bem sucedidos em um deles, podemos passar a investir em outros", explica José Armando de Figueiredo Campos, presidente da Arcelor.

O Boticário, por sua vez, estendeu seu projeto de responsabilidade social para o varejo, ramo de atividade no qual essas práticas ainda são incipientes. "Expandimos a cultura da nossa empresa para todos os franqueados, e ajudamos na gestão e na avaliação dessas práticas", conta Marcia Vaz, gerente de responsabilidade social.

A extensão de benefícios como plano de saúde e previdência a casais homossexuais, entre outras ações, fez com que o júri popular escolhesse a Caixa Econômica Federal como vencedora do prêmio "Qualidade do ambiente de trabalho". Os especialistas escolheram o Laboratório Sabin, com seu programa de qualidade de vida.

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Brasil é país onde uso de computadores mais cresce, revela pesquisa

Publicada pelo IDG Now! em 09/10/07

Nos últimos cinco anos, uso de PCs pelos brasileiros passou de 22% para 44%. Aquisição de máquinas aumentou de 17% para 34%

Entre 2002 e 2007, o Brasil foi o País cujo uso de computadores mais aumentou, segundo um levantamento do Pew Institute Research. No período, o uso de PCs passou de 22% para 44%.

Em segundo lugar na usabilidade ficou a Eslováquia, crescendo de 52% para 73%. Este país tem o maior índice de crescimento da população que tem um computador - 28%, alcançando 68%.

Já na América Latina, depois do Brasil, o ranking seguiu com a Bolívia, que cresceu de 31% para 46%. O único país latino-americano em que a maioria da população - 53% - usa PCs é a Venezuela.

A pesquisa aponta, porém, que mesmo com o aumento do uso de PCs nos países em desenvolvimento, ainda há um abismo digital entre estes e os países ricos.

O maior índice mundial de uso de computadores é da Suécia, com 82%. O último lugar dos 47 países analisados ficou com Bangladesh, com apenas 5%.

O continente com maior desigualdade foi a Ásia, com 81% de usabilidade na Coréia do Sul contra 9% no Paquistão.

De um modo geral, o levantamento revela que há mais pessoas que usam do que aquelas que efetivamente têm um computador. O número de brasileiros que possui um PC também cresceu nestes cinco anos - de 17% para 34%.

A pesquisa aponta também que os brasileiros usam mais a internet do que e-mails - 42% e 36%, respectivamente.

Também foi avaliado o aumento da aquisição de celulares no mundo. No Brasil, desde 2002, os donos destes dispositivos passaram de 36% para 64%. Veja aqui a íntegra do estudo (em PDF).(em PDF).

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