quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Leilão de crédito de carbono em SP deve render R$ 30 milhões

Walter Aluizio, secretário de Finanças da prefeitura de SP: bom resultado do primeiro leilão justifica otimismo
Foto Gustavo Lourencao/Valor


A Prefeitura de São Paulo realizará no dia 25 de setembro o segundo leilão de créditos de carbono dos aterros sanitários do município. Serão ofertados ao mercado cerca de 713 mil toneladas de CO2, o que poderá resultar em uma receita extra ao município de pelo menos R$ 30 milhões, segundo cálculos do governo.

O leilão será realizado na plataforma eletrônica da BM&F e contemplará os créditos gerados no aterro Bandeirantes, na zona norte, e São João, na zona leste. "Estamos bem otimistas. O primeiro leilão foi considerado um sucesso", disse ao Valor o secretário de Finanças, Walter Aluízio.

O leilão ofertará em um lote único 454.343 créditos de carbono - as chamadas Reduções Certificadas de Emissão (RCE), no mercado regido pelo Protocolo de Kyoto - referentes ao período de janeiro de 2007 a março de 2008 do aterro Bandeirantes e outros 258.657 créditos do São João, referentes ao período de maio de 2007 a maio deste ano.

"O volume total ofertado será um pouco menor neste leilão, mas a arrecadação deverá se manter igual", afirmou Aluízio. Segundo o secretário, isso ocorrerá porque o preço mínimo dos créditos deverá ficar no mesmo patamar do leilão anterior - na casa de ? 16,00 euros por tonelada.

O edital determina que o preço mínimo para o lance de compra dos créditos será a média das últimas dez sessões diárias de negócios realizados na European Climate Exchange (ECX), a bolsa européia de carbono. "Sobre este valor aplicaremos um deságio de 40%", afirmou o secretário. Assim, tomando-se como base o valor de ? 24,00 euros por tonelada negociada no mercado europeu, os créditos dos aterros paulistanos teriam o preço mínimo de ? 14,4 euros.

O leilão de carbono dos aterros do município de São Paulo é uma iniciativa inédita no mundo. O primeiro foi realizado em setembro do ano passado e ofertou 808.450 toneladas de CO2, volume referente ao período de dezembro de 2003 a dezembro de 2006. Os papéis foram disputados por 14 participantes, entre eles ABN Amro, Merrill Lynch e Goldman Sachs. O holandês Fortis Bank arrebatou o lote pagando ? 16,20 euros por tonelada de carbono, o que totalizou ? 13,09 milhões de euros (R$ 34 milhões, na cotação da época) aos cofres públicos.

A comercialização de créditos de carbono é possível graças à queima do metano, o principal gás emitido no processo de decomposição do lixo. O metano é altamente nocivo ao ambiente e sua queima contribui no combate ao aquecimento do planeta - muitos aterros já estão também produzindo energia elétrica a partir de conversão desse gás. Cada tonelada de gás que deixa de ser jogada na atmosfera equivale a um crédito de carbono, negociado no mercado internacional.

No caso de São Paulo, o volume total de gás gerado pelos dois aterros é dividido igualmente entre a Prefeitura e a Biogás Energia Ambiental, empresa responsável pelos investimentos e pela administração da captação de gases no Bandeirantes e São João.

Segundo Manoel Antonio Avelino, diretor de desenvolvimento da Arcadis Logos, empresa acionista da Biogás, a previsão é que os aterros gerem, entre este ano e 2012, cerca de 5 milhões de toneladas de créditos de carbono - o próximo prefeito terá, portanto, mais 2,5 milhões de créditos para vender no mercado regulado.

Todo o dinheiro obtido é destinado ao Fundo Especial de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Fema) do município e investido diretamente em melhorias no entorno dos aterros - Perus, no caso do Bandeirantes, e São Mateus, no caso do São João. Entre os projetos previstos para essas regiões estão a criação de parques, ciclovias e viveiros.

"A Prefeitura terá, no final, R$ 60 milhões de receita extra para investimento direto", prevê Aluízio. "Se você pensar que o orçamento da Secretaria do Verde e Meio Ambiente é de R$ 250 milhões, mas R$ 40 milhões são gastos só com pessoal, fora manutenção, isso é um bom dinheiro".

O edital para o leilão do dia 25 foi colocado ontem à tarde para consulta no site da Prefeitura. Ao contrário do primeiro leilão, realizado às 10h, este terá início às 8h30, para facilitar a participação de europeus e japoneses.

Mais em www.prefeitura.sp.gov.br



Bettina Barros
Valor Online, 27/08/08

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SP isenta de ICMS venda de Big Mac no McDia Feliz

O governo de São Paulo isentou de ICMS a venda de sanduíches Big Mac nos restaurantes do McDonald's do Estado que participarem do evento McDia Feliz, marcado para o próximo domingo, dia 30. O McDia Feliz completa 20 anos em 2008 e consiste em reverter toda a renda obtida com a venda de sanduíches Big Mac - exceto alguns impostos - para projetos de instituições que atendem crianças e adolescentes em tratamento de câncer.

Em julho, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) autorizou os Estados a isentar do ICMS a comercialização dos sanduíches durante a promoção. Segundo o Instituto Ronald McDonald's, essa resolução fará com que as doações às instituições sejam de 7% a 18% maiores, dependendo do Estado, pois o dinheiro que seria utilizado para o pagamento do imposto poderá ser totalmente revertido para as entidades apoiadas pelo McDia.

Em São Paulo, isenção está atrelada ao compromisso dos organizadores de destinarem os recursos a 23 instituições ou projetos. No ano passado, o McDia Feliz arrecadou R$ 10,1 milhões em todo o Brasil e a meta em 2008 é de um crescimento de 10%. Ao longo de duas décadas, a campanha já arrecadou cerca de R$ 80 milhões, beneficiando mais de 100 instituições de todo País.


Portal Exame, 27/08/08

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Sichuan leiloará doações rejeitadas por vítimas de tremor

Cerca de 60 toneladas de roupas que foram doadas às vítimas do terremoto na Província chinesa de Sichuan irão a leilão no próximo sábado (30), porque as vítimas não precisam mais de roupas
Arte Folha Online

Segundo informou a imprensa estatal chinesa nesta quarta-feira, as autoridades da Província disseram que não há mais espaço para armazenar as doações excedentes.

"As pessoas simplesmente largam (as roupas) no chão e vão embora", disse ao jornal "China Daily" Zhao Linjiang, chefe do depósito central de Chengdu, capital da Província.

Segundo Zhao, Sichuan recebeu cerca de 2,5 milhões de peças de vestuário desde maio --total que equivale a todas as doações feitas nos três anos anteriores ao do terremoto.

"Uma semana após o terremoto nós dissemos às pessoas que parassem de mandar roupas usadas, mas elas continuaram a chegar", afirmou Zhao.

O terremoto, que atingiu a Província de Sichuan no dia 12 de maio, matou cerca de 67 mil pessoas e deixou aproximadamente 5 milhões desabrigadas.

Armazenagem
As autoridades dizem que o governo está gastando recursos para armazenar as roupas em excesso.

Segundo números citados pela imprensa estatal, mais de US$ 34 mil (cerca de R$ 55 mil) já foram destinados ao aluguel de espaço extra para armazenar as peças.

"Uma vez que os armazéns lotaram, tivemos de alugar uma quadra de badminton para estocar as roupas", contou Li Huarong, chefe do Departamento de Assuntos Civis do distrito de Qingbai, na capital Chegdu.

A verba arrecadada com o leilão de sábado será revertida para projetos de reconstrução nas áreas afetadas pelo terremoto.

Segundo Zhao Linjiang, um relatório enviado ao Departamento de Assuntos Civis de Chengdu sugeriu que 500 mil das 2,5 milhões de peças estocadas sejam recicladas.

As roupas virariam recheio de colchões e esfregões de pano, ao custo de 1,7 milhão de yuans (R$ 400 mil). O restante das peças seria esterilizado e distribuído.

O governo não informou se adotará a sugestão de reciclagem, mas reforçou que está estudando a melhor forma de lidar com o excedente em doações.


Marina Wentzel, da BBC, em Hong Kong
Folha Online, 27/08/08

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Envolverde realiza o Encontro Latino-Americano de Comunicação e Sustentabilidade

As novas pautas da sustentabilidade. Este enfoque será trabalhando durante os três dias em São Paulo, durante o 1º Encontro Latino-Americano de Comunicação e Sustentabilidade, de 16 a 18 de outubro. O evento terá três linhas temáticas, a primeira sobre Amazônia, a segunda sobre Água e a terceira sobre Energia. Estes são os temas de maior desafio para a América Latina no presente e nos próximos anos e, também, são os setores que exigem dos profissionais de comunicação um olhar com a transversalidade da sustentabilidade.

O objetivo principal deste encontro é ser um espaço de diálogo entre os diversos atores das pautas jornalísticas, de forma a mostrar para profissionais dos meios de comunicação e das assessorias que existem novas interfaces de pautas. Amazônia, Água e Energia são os temas do século XXI para a mídia, para as empresas forma o grande cenário de desafios para a gestão da sustentabilidade na região. Empresas e ONGs e governos estão atuando fortemente nestas três vertentes e a comunicação social tem de acompanhar os esforços e oferecer uma visão integrada das iniciativas.

As inscrições estão abertas através da internet no blog do Instituto Envolverde: http://institutoenvolverde.blogspot.com/.

Para trabalhar estes temas a Envolverde convidou profissionais de comunicação e especialistas nas diversas áreas de conhecimento envolvidas:


PROGRAMAÇÃO

16 DE OUTUBRO - AMAZÔNIA

9h15 - Palestra Magna: Marina Silva - a confirmar - senadora e ex-ministra do meio ambiente

10h30 – Mesa redonda: Amazônia e Sustentabilidade
Moderador: Adalberto Marcondes
João Meirelles – diretor do Instituto Peabiru
Ricardo Young – a confirmar - Instituto Ethos
Nelson Cabral - Petrobras

14h – Mesa redonda: Sustentabilidade na Mídia
Moderador – Ricardo Voltolini
Joaquin Costanzo — IPS
Ladislau Dowbor – PUC
Luciano Martins - jornalista

16h30 – Mesa redonda: Sustentabilidade como Conceito
Moderador — Vilmar Berna
Fernando Almeida – a confirmar - CEBDS
Rogério Ruschel – consultor em RSE e comunicação
Nemércio Nogueira — a confirmar - Alcoa

17 DE OUTUBRO - ÁGUA

9 horas – Palestra Magna José Machado -- Insumo Econômico e Direito Social

10h15 – Apresentação de projeto da Fundação Banco do Brasil

10h30 – Mesa redonda: Água no século XXI
Moderador: Peter Milko - Horizonte Geográfico
Daniel G. Allasia Piccilli — a confirmar - Global Water Partnership
Rosane Aguiar – Gerente de Meio Ambiente da Petrobras
Pedro Jacobi — Procam-USP

14h00 – Mesa redonda: mudanças climáticas
Moderadora — Fátima Cardoso
Paulo Artaxo — a confirmar - Instituto de Física - USP
José Goldemberg — a confirmar - Poli - USP
Marcelo Leite — a confirmar - jornalista, Folha de S. Paulo

16h30 – Mesa redonda: Comunicação corporativa da sustentabilidade
Moderador – Andréa de Lima
Fabio Feldmann – Fórum Paulista de Mudanças Climática e Biodiversidade
Homero Santos — a confirmar - consultor em sustentabilidade e RSE
Luiz Fernando Neri – Gerente de Sustentabilide da Petrobras

18 DE OUTUBRO - ENERGIA

9 horas – Palestra Magna: Dilma Roussef –a confirmar - Caminhos energéticos do Brasil

10h15 – Apresentação de projeto de Haroldo de Castro

10h30 – Mesa redonda: A Energia para o Desenvolvimento
Moderador: Luciano Martins Costa
Karen Suassuna — a confirmar - WWF
Representante do Ministério de Minas e Energia
Eduardo Martins — a confirmar - E-labore

14h00 – Mesa redonda: A Energia na Mídia
Moderador – André Trigueiro
Paula Scheidt – a confirmar - Carbono Brasil
Roberto Schaeffer - a confirmar - COPPE
Celso Ming — a confirmar - jornalista de O Estado de S. Paulo

16h30 – Mesa O Continente da Biomassa
Moderador – Alex Branco
Ignacy Sachs – a confirmar - professor da Universidade de Paris
Marcos Jank - a confirmar - UNICA
Luis Fernando Laranja – WWF
Roberto Waack — ARES

SERVIÇO
Dias 16, 17 e 18 de outubro de 2008
Hotel Jaraguá - São Paulo - SP – Brasil
Rua Martins Fontes 71 - Bela Vista
Informações
Instituto Envolverde
55 11 3539-5743
instituto@envolverde.org.br


Envolverde, 27/08/08
© Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.

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Portal facilita contratação de jovens

Onze organizações pertencentes ao Grupo de Afinidade em Juventude do GIFE lançaram, na última semana, o portal Busca Jovem. O site é um instrumento gratuitos para empresas dialogarem diretamente com organizações formadoras, na hora de contratar jovens para seus quadros de funcionários.

A idéia surgiu em 2007, a partir de dificuldades analisadas pelo grupo de investidores sociais, formado por: BASF, Citigroup, Fundação Avina, Fundação Bunge, Fundação Iochpe, Fundação Itaú Social, Instituto Hedging-Griffo, Instituto ibi, ISMART – Instituto Social Maria Telles, Instituto Unibanco e Instituto Votorantim.

Foram demandas identificadas internamente, junto aos departamentos de RH de suas empresas ou mantenedoras – que levaram o grupo a assumir conjuntamente a viabilização de uma ferramenta virtual, de contato entre quem forma e quem contrata.

Para os fundadores do Busca Jovem, espaços para os jovens disponibilizarem seus currículos existem de sobra. A lacuna, no entanto, está na ausência de contato entre as empresas e as organizações formadoras, de forma que as empresas possam encontrar os jovens com o perfil desejado e as organizações, onde estão os nichos de empregabilidade do mercado.

Para isso, a ferramenta funciona com dois grandes bancos de dados. O primeiro é de oportunidades de trabalho para jovens. Nele, os anúncios de vagas podem ser publicados por empresas, consultorias de RH ou centrais de emprego (governo, sindicatos etc).

Já no segundo, as organizações formadoras (ONGs formadoras ou Instituições de Ensino) promovem seus estudantes para serem contratados.

A estrutura é semelhante a um portal de empregos, com a diferença que os anúncios de jovens formados serão sempre mediados pela Instituição Formadora. Não há hipótese do próprio jovem publicar o seu currículo individual.

“A principal contribuição do Busca Jovem para a juventude está na otimização dos esforços feitos por empresas e organizações formadoras para que a colocação do jovem no mercado seja feita adequada e rapidamente”, afirma o secretário-geral do GIFE, Fernando Rossetti.

O portal disponibiliza tammbém notícias sobre temas inerentes ao mercado de trabalho para jovens no Brasil, tal como uma biblioteca temática, com legislação, dicas de leitura, pesquisas e um rol de sites, recomendados, sobre o assunto.

Os visitantes do portal ainda poderão conhecer a seção Projetos em Destaque, onde encontrarão informações sobre ações sociais voltadas para jovens. Idéia criativas de inclusão profissional, reconhecimento ao talento, ensino profissionalizante, educação financeira, gestão de escolas e bolsas de estudo, promovidas pelos associados do GIFE, pertentes ao Grupo de Afinidade em Juventude.

Dados
De acordo com o relatório Jovens em Situação de Risco no Brasil, divulgado pelo Banco Mundial em 2007, as taxas de desemprego excepcionalmente altas entre jovens de 16 a 24 anos resultam em rendimentos anuais perdidos de até R$ 1,2 bilhão. Um em cada cinco jovens trabalha e estuda simultaneamente e 60% dos brasileiros entre 15 e 19 anos são trabalhadores não-pagos ou sem carteira de trabalho assinada. São dados preocupantes que terão um impacto extremamente negativo a curto e longo prazo.

Outra pesquisa, esta da Organização Internacional do Trabalho (OIT) - com lançamento marcado para outrubro deste ano, mostra que dos 14,7 milhões de empregos gerados entre 1986 e 2006 no Brasil, os jovens entre 15 e 24 anos ocuparam apenas 7,8% do total.

Outro dado da pesquisa da OIT mostra que persiste uma elevada desigualdade em termos de acesso à educação entre pessoas com a cor da pele diferente. Enquanto 39,7% dos jovens negros tinham de cinco a oito anos de estudo, o número cai para 29,5% quando se trata de brancos com mesmo período de escolaridade. Mais de 13% dos brancos tinham 12 anos ou mais de estudo. Esse número cai para 3,7% entre os negros. O estudo considerou como população negra o total de pessoas pardas e pretas.

Conheça o Portal Busca Jovem - http://www.buscajovem.org.br


Redação da Rede Gife
Envolverde, 26/08/08
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Convergência em Debate: presente, passado e futuro das comunicações

A Cidade Maravilhosa foi a quarta capital brasileira a receber o ciclo Convergência em Debate, um encontro realizado pela HSM Management no dia 19 de agosto. A convergência das tecnologias e a conseqüente transformação das comunicações nas próximas décadas foram o tema da palestra proferida pelo Professor Sílvio Romero de Lemos Meira. Para ele o usuário ganhará mais e mais poder sobre a configuração dos negócios e dos serviços. É a era da “informaticidade”. Leia abaixo, um resumo desta intrigante palestra.

Convergência de tecnologias
Docente de Engenharia de Software da Universidade de Pernambuco, Sílvio Meira, é reconhecido por sua dedicação a estudar o impacto das tecnologias sobre a sociedade. Sob seu bom-humor característico, Meira colocou ao público sua visão sobre como as tecnologias evoluíram até os dias de hoje e apresentou, em seguida, suas previsões para os próximos estágios. Para o palestrante, o termo “telecomunicações” é coisa do passado. Devemos, agora, falar em “comunicações”. Estamos vivendo uma época de redes, criatividade, inovação e colaboração sem precedentes na história da humanidade. Para ele, este é o tempo da “informaticidade”: a informática tão simples quanto a eletricidade.

Sinais dos tempos
No início de sua apresentação, Meira fala aos presentes sobre Mina e Lisa, uma novela destinada à comunidade japonesa, exclusivamente transmitida pela Web, que chega a um milhão de expectadores. “Só nesta manhã, havia 450.000 expectadores conectados ao capítulo três. A novela já está no capítulo 23”, conta o palestrante. “Sinal dos tempos: destina-se a uma comunidade determinada e está disponível a qualquer hora. Nessa esteira, sabe-se que o You Tube vai começar a ter canais empresariais. Você poderá montar a sua televisão fechada, sobre o seu negócio ou o seu campo de atuação no governo.”

Sobre a atualidade, Meira diz: “Vivemos um mundo confuso”. Ao mostrar ao público uma imagem do trânsito da cidade de São Paulo, ele ilustra sua fala. Soluções são demandas para os problemas urbanos. Uma delas é trabalhar de modo tal que sejam exigidos menos deslocamentos. A virtualização permite que o escritório seja transferido para quase qualquer ponto e que seja, inclusive, compartilhado com outras empresas.

História da humanidade: a vida é busca
O palestrante lembra que o guru Peter Drucker, em 1968, disse que a era da informação começou com o fim da era da energia, que começou em 1650 com a máquina a vapor e terminou em 1945, quando tínhamos tecnologia para criar a bomba atômica. Começamos, então, a nos preocupar com a biologia, que pressupõe um tipo diferente de energia: uma energia que é processada por informação.

Para Meira, iniciativas como a da Honda, que desenvolve robôs para executar tarefas antes tidas como exclusivamente humanas, são necessárias num mundo em que várias funções desaparecerão e em que a população fica cada vez mais idosa. “Em breve, não haverá moça do cafezinho, pois não poderemos mais pagar salário mínimo a ela. Alguém tem que fazer as coisas funcionarem e a Honda supõe que vai haver tantos robôs quanto haverá carros em 2040”, explica o palestrante.

No ponto de vista do palestrante, a história da informação começou mesmo antes do que postula Drucker. Teve início com o DNA, 3,5 bilhões de anos atrás. O cérebro foi o segundo evento importante e o terceiro foi o desenvolvimento da capacidade do cérebro de estender o corpo humano com ferramentas, como a faca. O quarto marco foi o texto, que surgiu há 5.000 anos e mudou o mundo, estendendo nosso cérebro no tempo. O quinto marco foi o software, ou o texto executável, que existe há cerca de cinqüenta anos e virtualiza o mundo ao nosso redor.

“O mundo é virtual há muito tempo, desde que começamos a nos expressar. E ele é criado por abstrações”, defende Meira. O professor explica que a linguagem abstrai o tempo (por ela podemos contar histórias passadas e pensar o futuro), as técnicas abstraem as ações (projetamos e implantamos aparatos, como a roda, para viver melhor) e os contratos abstraem a violência (por eles, selamos acordos e resolvemos conflitos).

É nesse mundo virtual que ocorrem as grandes buscas da humanidade: a busca número um é entender como o Universo funciona. A segunda busca é relativa aos nossos corpos e a terceira é a busca relacionada à nossa mente, que é um grande ponto de interrogação até agora. “Em resumo, a vida é um conjunto de grandes buscas no mundo virtual, imerso na história da informação”, arremata o especialista.

Duas maneiras de ver a evolução das tecnologias
Pensando nos usos que se faz da informática, Meira divide a evolução em três momentos essenciais, com base no referencial das instituições empresariais: 1. fase “antes do balcão”, da década de 60, mas que persiste ainda hoje (empresas não usam o computador para atender diretamente o cliente; utilizam formulários que são, nos bastidores, processados); 2. fase “computador no balcão”, que está em todas as empresas (o caixa do supermercado, por exemplo); 3. fase “depois do balcão” (transações são operadas pelo consumidor, como nos caixas eletrônicos, ou até remotamente). O acesso à tecnologia, então, foi sendo ampliado com a evolução.

Outro modo de ver a história é a partir do referencial humano: há a informática “com você” (celulares, laptops etc.) e informática “em você”. “Poderíamos pensar em olhos artificiais eletrônicos, substitutos dos óculos e com mais funcionalidades que o olho humano”, ilustra Meira. As coisas também podem ser referências: há a informática “para as coisas”, (sistemas de informação, ERP, logística), a informática “nas coisas” (o código de barras) e também “as coisas sendo informatizadas” (os robôs para limpeza da casa).

Meira explica que o cenário é plural: “Convivemos com praticamente todas essas gerações da informática ao mesmo tempo”.

Informática tão simples quanto a eletricidade
Segundo o professor, vai chegar o tempo em que tudo estará em rede única, com as coisas em formato sem fio, embarcadas, imperceptíveis, múltiplas e invisíveis quanto às interfaces, como postula Adam Greenfield em seu conceito de everyware. Isso cria a possibilidade de olharmos mais de perto para uma pilha de bananas e identificar cada banana, saber sua história e orientação de consumo. “Mas isso só funcionará na ‘informaticidade’, na qual eu não precisarei me preocupar com como coisas tão complexas funcionam. É a informática tão simples quanto a eletricidade: tem que estar atrás da parede.”

Para Meira, os usuários, na informaticidade, não têm que se preocupar com firewall, endereço de IP, proxy. “Quando você liga o liqüidificador da sua casa, você não quer saber como a energia chegou ali, ela simplesmente chegou e faz parte, para a maioria das pessoas, da parede”, brinca Meira.

Para que a informaticidade se concretize, é preciso que exista uma só rede e que as gerações de informática conversem umas com as outras, o que hoje raramente acontece.

No caso de uma geladeira, por exemplo, a fábrica poderia vender um serviço a distância, pelo qual identificaria a possibilidade de problemas no funcionamento e enviaria uma mensagem ao usuário, que decidiria quando seria a visita do técnico. “A empresa não deixaria a geladeira quebrar e estaria a serviço de um dono de geladeira que estaria sempre conectado. Isso pode valer para qualquer coisa”, explica o palestrante.

“A transformação de refrigeradores de ‘caixas que esfriam’ em serviços para os quais eu tenho atendimento e pago sob demanda é informaticidade. Talvez, no futuro, não tenhamos coisas, mas usaremos coisas.” O palestrante ressalta que tudo isso depende da internet, que fará com que todas as coisas virem informação.

A internet é uma idéia de 40 anos, que deu certo por ser um meio de comunicação fácil, barato e que se faz entre seres humanos, não entre máquinas, como o faz o telex. Também é bem-sucedida por ser uma rede que funciona no protocolo do “melhor esforço”, isto é, a rede tenta fazer com que as coisas aconteçam, que se chegue de A até B, mas não garante que isso aconteça. “Às vezes, tentamos por três vezes executar uma operação, até conseguirmos. É o modo beta de operar”, exemplifica Meira.

O telefone é mera aplicação
70% das pessoas na Europa e nos Estados Unidos dormem com o celular ligado e ao alcance da mão, o que dá a dimensão da importância atribuída hoje à mobilidade – que é apenas uma aplicação em cima da noção de infra-estrutura, aplicações e serviços da internet. O mesmo se dá com a TV digital.

“As pessoas querem se localizar melhor, querem se divertir, querem definir seus próprios celulares e querem internet mais flexível”, anuncia o professor. É o que mostra a pesquisa realizada no Japão em maio: mais de 60% das pessoas querem internet melhor do que a que já têm acesso hoje. As pessoas querem celulares abertos. 30% querem poder definir as capacidades do seu celular; 26% querem TV digital no celular; 23% querem GPS melhor do que têm hoje e 20% querem e-mail melhor do que têm hoje. “Isso tudo é software, é fácil de fazer. Telefones ou qualquer outra coisa são meras aplicações em cima de uma plataforma de serviços e infra-estrutura.”

O futuro desde hoje, em rede
“Uma parte do futuro está no presente, sendo usada por alguns de nós hoje”, diz Meira. Ele expõe que, na década de 2010, chegaremos à era da atenção, na qual precisaremos da mediação das plataformas de comunicação e computação para sentir o que acontece no mundo. “Todos nós estaremos agudamente conscientes de um mundo conectado ao nosso redor e do qual nós não podemos escapar e que nós próprios programamos.” Para o pesquisador, não temos alternativa senão ir à rede.

Estamos nos dirigindo para transformar nossos negócios em comunidades, nas quais a empresa é um serviço. “É o regime que Kevin Kelly, editor da revista Wired, chama de execução imperfeita do desconhecido: em vez de melhorar o que eu tenho, eu tenho que começar a fazer, mesmo que não perfeitamente, o que eu não sei fazer”, elucida Meira, que salienta que isso é o que cria o diferencial inovador entre o um negócio e os demais. A web se adequa perfeitamente a esse regime, com sua execução imperfeita em modo beta, intrinsecamente programável.

O palestrante destaca a importância das pessoas. Nessa rede, serão criadas ferramentas, infra-estrutura e ambientes de colaboração. “Para isso, necessitaremos de conceitos, idéias, capacidade de executar, de conexões para relacionar nossas execuções com as dos outros e um grau muito grande de curiosidade”, diz ele. “Também uma confiança na inevitabilidade da mudança será necessária.”

Reinterpretar, reprogramar, inovar
A web 1.0, era definida pelo fato de que qualquer um podia fazer transações, sem mediadores. Na 2.0, qualquer um pode participar, por meio de blogs e outros recursos, sem mediação. A web 3.0, na qual estamos entrando, será aquela na qual poderemos inovar. “Poderei usar a estrutura da Amazon para montar uma loja virtual que custe perto de zero”, exemplifica o palestrante. Ele esmiúça a idéia: “Eu serei o programador e combinarei o que já existe para colocar novas propostas, com apenas uma pequena parte feita por mim, mas talvez essa pequena parte faça a diferença”.

A partir dessa explicação, Meira chega ao conceito de inovação: “Inovar é reinterpretar o que existe e fazer uma nova proposta, em cima de plataformas que eu monto sob demanda, como as da Atrium Telecom.” Nesse sentido, as empresas de telecom que têm futuro são aquelas que se preocuparão em não deixar que os clientes se preocupem com infra-estrutura e serviços.

O palestrante acrescenta que não basta existir a internet. A ela, deve ser adicionado o software para fazer aplicações para implementar business processes (processos de negócios), que são o que interessa, de fato, às empresas. “Antigamente, fazíamos softwares básicos e softwares de aplicativos. Vamos adicionar business processes, para criar ‘empresas como serviços’ (business as a service).”

A grandiosa revolução digital
Estamos, segundo o palestrante, a meio caminho da evolução do mundo analógico para o digital, que começou em 1980, com o PC (computador pessoal). Os primeiros 30 anos dessa evolução focaram colocar a tecnologia nas empresas. Nos próximos trinta, a tecnologia atingirá todos os indivíduos, o que vai impactar a forma pela qual os negócios acontecem.

“A revolução digital é, para as pessoas, o que a revolução industrial foi para as empresas. Isso vai ter um gigantesco impacto na maneira de funcionar das empresas, abrindo os negócios para as suas comunidades e mudando completamente o mundo da tecnologia da informação e da comunicação”. O Pix 2.0 já é uma mudança radical, de acordo com Meira, uma vez que é ‘informaticidade’. Pix 2.0 significa uma grande mudança em nossa forma de ver e viver o mundo.

“O que fazemos agora?”, indaga o professor. Ele mesmo dá a resposta: “Mudamos rapidamente”.


Portal HSM On-line, 26/08/08

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Governo divulga Lei de Incentivo ao Esporte

Para o Ministério do Esporte, as empresas já conhecem a Lei, mas é preciso fazer com que as pessoas físicas também façam a aposta no esporte para garantir a formação dos atletas do país

O Governo quer incentivar empresas e pessoas físicas à destinarem parte do valor que pagariam de Imposto de Renda ao esporte, conforme prevê a Lei de Incentivo do setor. Segundo o presidente da Comissão Técnica da Lei de Incentivo ao Esporte, Alcino Reis Rocha, cerca de R$ 2 bilhões anuais estão disponíveis para fomento de ações desportivas no país. Ele explica que as grandes empresas já conhecem esses mecanismos, porém é preciso tornar isso ainda mais evidente e fazer com que grupos locais destinem essa fatia que vai para os cofres públicos para o esporte.

Com o incremento das receitas para o esporte, as empresas costumam investir também em ações de divulgação disto, através da associação das suas marcas aos atletas e projetos patrocinados a exemplo do que ocorre em eventos como as Olimpíadas. Somente nos sete primeiros meses deste ano foram capitados aproximadamente R$ 70 milhões para o esporte e estima-se que ainda há R$ 230 milhões disponíveis. Esses são os recursos com destinação exclusiva para o setor.

A proposta do governo é esclarecer a esses potenciais patrocinadores da atividade que, no caso de empresas, 1% do imposto devido pode ser destinado às ações de desporto e, a população geral, pode repassar às atividades esportivas 6% do imposto sobre a renda. Tudo já está na lei desde 2006, no entanto as pessoas muitas vezes desconhecem essa ferramenta.

Para o governo, depois de encerrar a etapa de aperfeiçoamento dos projetos - necessários para capitação destes recursos - será a hora de chamar os "donos" do dinheiro para conversar. "Há uma série de ações sendo desenvolvidas junto às empresas e pessoas físicas. Mas, neste momento, nosso objetivo principal é levar aos investidores bons projetos para que ele se anime a aportar recursos" completou Rocha.

Pela lei de 2006, as empresas e pessoas físicas recebem benefícios fiscais para incentivar as ações desportivas e paradesportivas. A destinação dos recursos só deverá ser feita para os projetos que já passaram pela análise do Ministério do Esporte, que avalia se ações e as entidades envolvidas estão relacionadas com o fim: promoção do esporte e da inclusão social por meio dele.

Além da falta de conhecimento por parte da sociedade em geral sobre a possibilidade de investir no esporte com benefícios fiscais, os projetos que antes de sair para o mercado em busca de recursos passam pelo Ministério do Esporte, têm sido um dos grandes entraves para capitação mais efetiva. Segundo o presidente da Comissão Técnica da Lei, apesar da melhora na qualidade destes textos, eles ainda apresentam problemas de estruturação o que implica na não aprovação e no veto à busca de recursos. Isso, de acordo com Rocha, levou o Ministério a organizar o 1º Seminário Nacional da Lei do Incentivo ao Esporte, que visa capacitar os interessados em captar recursos para investimento em projetos desportivos e paradesportivos.

"Não basta simplesmente ter a idéia e a boa vontade, é preciso ter um projeto de qualidade para buscar investimentos. Os projetos já estão melhores, mas ainda há uma série deles com dificuldades", disse o presidente da comissão de seleção dos projetos.

O evento está sendo realizado em Brasília desde a última segunda-feira, 25, e termina nesta terça-feira, 26. No primeiro dia de debates, o ministro do Esporte, Orlando Silva, ressaltou a importância da lei para qualificação do esporte nacional. Silva aproveitou o evento para comentar a participação do Brasil nas Olimpíadas de Pequim. Para o ministro, o Brasil teve uma boa participação e esteve presente "duas vezes mais nas disputas finais".


Alexandra Bicca
Meio & Mensagem, 26/08/08

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terça-feira, 26 de agosto de 2008

De cinema a mostras de arte, grupo Ink monta sua estratégia

Os negócios de entretenimento e cultura tiveram um início curioso dentro do grupo: surgiram como uma Ong para projetos culturais. "Percebemos que as empresas estão muito interessadas em [patrocinar] cultura", diz Paulo Schmidt, presidentre do Grupo

Quando foi criada, há 12 anos, a Academia de Filmes estava voltada para um negócio bem específico: a produção de comerciais de TV. Agora, no entanto, depois de um processo de expansão iniciado em 2003, a companhia tornou-se parte de uma estrutura muito mais ambiciosa - uma holding de produção de conteúdo e entretenimento que inclui oito empresas, com áreas de atuação que incluem desde a produção de filmes de longa-metragem e criação de jogos para internet até a realização de exposições de arte. Todas funcionam sob o mesmo o mesmo guarda-chuva, a do grupo Ink, uma marca criada há um ano.

Segundo Paulo Schmidt, presidente do grupo Ink, a diversificação tem gerado resultados positivos. "Sempre desejamos trabalhar com cultura e audiovisual e enxergamos essa possibilidade como negócio", diz. "Percebemos que, no futuro, a publicidade estará muito ligada ao entretenimento e não será mais apenas ao intervalo comercial."

O executivo estima que o grupo vai faturar R$ 70 milhões neste ano, com crescimento de 15% em relação a 2007. Os filmes publicitários - que sob a nova estrutura são responsabilidade da produtora Margarida Flores e Filmes - continuam sendo a principal fonte de receita da casa, com uma participação de 80%, ou R$ 55 milhões. Os braços de entretenimento e cultura respondem pelos R$ 15 milhões restantes. A previsão de Schmidt, no entanto, é que essa proporção vai se inverter em cinco anos, quando publicidade responderá por 40% da receita do grupo.

Os negócios de entretenimento e cultura tiveram um início curioso dentro do grupo: surgiram como uma Ong para projetos culturais. "O objetivo era a realização pessoal dos diretores. A idéia era produzir vídeos e curta-metragens. Ainda não olhávamos a área como um negócio", afirma Schmidt.

O primeiro projeto comercial na área de audiovisual foi a série "A Pedra do Reino", exibido pela Rede Globo no ano passado. A história, baseada em um romance do escritor Ariano Suassuna, também foi parar no cinema, em outro projeto do grupo.

Hoje, há quatro projetos prontos para ser lançados: um documentário sobre a banda Titãs e três filmes de ficção - "Natimorto", "Cabeça à Prêmio" e "Amanhã Nunca Mais". "É a primeira vez que temos tantos projetos simultâneos [nessa área]", diz o executivo.

Sob o desenho do grupo Ink, várias empresas podem trabalhar no mesmo projeto. É o caso de "Natimorto", baseado na obra do autor de histórias em quadrinhos Lourenço Mutarelli. O filme foi concebido pela Ipanema, unidade do grupo responsável por elaborar projetos, mas sua realização ficou por conta da Academia de Filmes, que se tornou a central de produção de longa-metragem do Ink.

Na área de promoção cultural, o grupo comprou uma participação societária na empresa Base7 Projetos Culturais, cujos fundadores idealizaram o instituto Itaú Cultural. "Percebemos que as empresas estão muito interessadas em [patrocinar] cultura", diz Schmidt. A Base7 já realizou a exposição da artista modernista Tarsila do Amaral, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, no semestre passado. Depois de passar por São Paulo, a mostra foi para o museu Malba, de Buenos Aires, com patrocínio do Credit Suisse e Confab Tenaris.

Com a aposta nas novas divisões do grupo, Schmidt resolveu ampliar o espaço físico da sede da empresa. Até o fim do ano, a equipe vai mudar-se para uma área de 13 mil m² que englobará nove estúdios. A previsão é de investir R$ 30 milhões no projeto em três anos. Um terço desse total foi viabilizado pelo Programa de Apoio à Cadeia Produtiva do Audiovisual (Procult), linha de financiamento do BNDES para o setor.


Tainã Bispo
Valor Online, 26/08/08

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Britânica de 61 anos completa volta ao mundo correndo

Uma britânica de 61 anos foi recebida com festa no País de Gales após dar a volta ao mundo correndo [para divulgar e levantar dinheiro para organizações beneficentes dedicadas a pessoas que sofrem de câncer de próstata]

Depois de passar quatro anos e meio na estrada, Rosie Swale-Pope chegou a Tenby, sua cidade natal, de muletas, devido a fraturas na perna. "Foi uma aventura que começou após um episódio triste e se transformou em alegria", disse ela.

Rosie decidiu iniciar uma volta ao mundo em outubro de 2003 depois que seu marido morreu de câncer de próstata. Seu objetivo era divulgar e levantar dinheiro para organizações beneficentes dedicadas a pessoas que sofrem da doença.

Ela retornou ao Reino Unido no dia 19 de junho e continuou correndo até chegar em casa. O fim do percurso foi ameaçado por causa das fraturas, mas ela conta que o problema serviu para dar "mais emoção".

O filho de Rosie disse estar muito orgulhoso da mãe. "Eu estou muito feliz porque deu tudo certo. É um grande alívio que ela tenha completado a volta e chegado em casa com segurança. Estava muito preocupado que algo desse errado", disse James, 37.

Propostas de casamento
A britânica percorreu um trajeto de 32 mil quilômetros em 12 países tendo enfrentado temperaturas de até 60ºC negativos, pneumonia dupla e fortes dores quando quebrou uma costela.

Ela contou ter recebido 29 propostas de casamento e sido perseguida por lobos e por um homem nu que carregava uma machadinha.

Depois de dar largada à aventura no Reino Unido, Rosie passou pela Holanda, Bélgica e Polônia antes de chegar à Rússia, onde percorreu correndo o caminho por onde passa a ferrovia Transiberiana.

Em seguida, atravessou o estreito de Bering, alcançando o Alasca, de onde seguiu para os Estados Unidos, Canadá e Groelândia.

Na reta final, ela atravessou a Islândia e a Irlanda, até desembarcar na Escócia. Nos anos 70, a britânica havia ficado famosa ao dar a volta ao mundo num barco a vela.

Ela espera entrar para o Guinness, o livro dos recordes, como a primeira pessoa a dar duas vezes a volta ao mundo velejando e correndo.


Folha Online, 26/08/08

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Banco Mundial eleva número de miseráveis

O Banco Mundial conclui que existem mais miseráveis no mundo que se imaginava, cria uma nova linha internacional da pobreza e alerta: o combate contra a pobreza será mais difícil que os governos esperavam. Em um novo estudo publicado hoje, a entidade alerta que 1,4 bilhão de pessoas no planeta vive com menos de US$ 1,25 por dia. Salvo a China, que vem conseguindo resultados positivos no combate contra a pobreza, o mundo continua vendo um aumento no número de miseráveis nos últimos 25 anos, inclusive na América Latina.

Até mesmo a Índia, que alegava ser um exemplo de crescimento, demonstra ter um número maior de pobres hoje que em 1981 em termos absolutos. O recálculo da linha da pobreza foi feito a partir de novos dados obtidos pelos economistas do banco e que chegaram à conclusão de que a antiga medida de pobreza - US$ 1,00 - não era adequada para avaliar a situação da humanidade. Para a entidade, a elevação da linha da pobreza para US$ 1,25 reflete de forma mais adequada a realidade das populações. A nova medida foi feita com base em estudos que há três anos estão sendo feitos pelos economistas do Banco Mundial. Um número maior de pessoas em 116 países foi entrevistado para que a entidade determinasse a nova linha da pobreza.

O resultado das condições de vida de cada população chocou até mesmo os especialistas. As conclusões são de um em cada quatro habitantes dos países em desenvolvimento devem ser considerados como pobres. Por esse mesmo cálculo, existiam 1,9 bilhão de pessoas em situação de pobreza em 1981. Isso, na época, representava 50% da população dos países em desenvolvimento. Pelos cálculos antigos, de US$ 1,00, o número de pobres era de 985 milhões de pessoas em 2005. Por esse mesmo cálculo, o número de pobres em 1981 era de 1,5 bilhão de pessoas."As estimativas sobre os preços e renda comprovaram que esses números de quantidade de pobres eram muito baixos", afirmou o banco em um comunicado. Segundo os especialistas, o novo cálculo é baseado na linha de pobreza dos 20 países mais miseráveis do mundo, entre eles Etiópia.


Portal Exame, 26/08/08

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segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Benefícios públicos e privados devem ser transparentes

Quais os desafios de comunicação enfrentados por empresas que buscam dar notoriedade às suas ações socioambientais? Estas podem ser instrumentos de marketing para atrair mais públicos à marca? Os consumidores têm se tornado mais confiantes ou céticos sobre a publicidade dos investimentos sociais e ambientais do setor privado?

Não foram poucas as questões levantadas durante a sexta edição do “Com:Atitude”, realizado entre os dias 19 e 20 de agosto, em São Paulo. Promovido pela agência Significa, o evento tem como objetivo debater como funcionam as políticas institucionais e mercadológicas de empresas nas áreas cultural, social, ambiental, esportiva, comportamental e de entretenimento.

Na prática, busca discutir as formas como as empresas podem agregar valor às suas marcas, seja por meio de um show de música eletrônica, pelo patrocínio de um time de futebol, ou por um programa de desenvolvimento comunitário em uma região pobre da cidade. O que importa, no fim, é garantir imagem e reputação fortes para a marca.

"O povo brasileiro é ávido por estímulos e, ainda, historicamente, o governo não prima pelas ações de interesse público, possibilitando um espaço amplo para as ações diferenciadas das marcas", defende o presidente da Significa, Yacoff Sarkovas.

Na abertura do evento, o celebrado filósofo francês, Gilles Lipovetsky, teórico da "hipermodernidade", palestrou sobre as implicações do hiperconsumo no cotidiano. Em sua exposição, Lipovetsky definiu o consumidor como individualista, infiel e imprevisível. "Existe uma crença de que ele é apático também. Mas temos notado que, apesar de todas essas características, as questões éticas passaram a ser caras ao consumidor. A causa do meio ambiente é que pode dar identidade a ele”, argumentou.

Padrões éticos
Embora grande parte dos temas analisados pelos convidados do Com: Atitude tenha sido específico para profissionais de marketing e comunicação, alguns palestrantes centraram-se nos eixos sociais dessas ações. Para o diretor-presidente do Instituto Akatu, Helio Mattar, as empresas não deveriam ter práticas socioambientais apenas com o objetivo de ser um diferencial comercial.

“A organização deve entender que, se ela agir dentro de padrões éticos, automaticamente integra ações sociais, ambientais e culturais em seu cotidiano. Empresas que seguem esses padrões têm consistência em suas ações de marca”, argumentou.

Helio Mattar constatou ainda que há poucas empresas com um trabalho realmente sério para mostrar (“conta-se nos dedos”, disse) e que a publicidade, em centenas de casos, “joga para fora atributos que a organização não tem”. Isto é, anunciam-se ao público ações socioambientais que não existem ou que estão na periferia do negócio, não estratégicas ou contínuas.

Dados apresentados pelo diretor-presidente do Instituto Akatu, divulgadas pela organização em março deste ano (Pesquisa 2006 e 2007 – Responsabilidade Social Empresarial – Percepção do Consumidor Brasileiro), mostram dos números curiosos. Embora 64% dos consumidores brasileiros esperam que as empresas contribuam ativamente com o desenvolvimento da sociedade, 80% não acreditam nas nelas.

“Elas criaram uma imagem que não conseguem manter, levando ao descrédito. Isso é daninho para todo o movimento de responsabilidade social”, criticou.

Outro ponto fundamental nessa discussão foi levantado pelo coordenador dos cursos de especialização em Gestão de Marketing e Comunicação da Escola de Comunicação e Artes da USP, Mitsuro Yanaze. Ele explicou o conceito de social equity da empresa, definido como o resultado da equação entre direitos e deveres da organização.

“Trata-se do que a empresa está fazendo a mais. Por exemplo, um programa de qualificação de seus funcionários. Quem ganha com isso? Quem é a parte interessada? Se for a empresa, não faz sentido ela tentar comunicar essa ação como social, pois não será verdade”.

Benefícios Públicos e Privados
Com esse contexto, como avaliar a credibilidade da ação socioambiental de uma empresa? A economista carioca, Maria Cecília Rodrigues, consultora em avaliação em projetos sociais, acredita que isso pode ser feito ao dar transparência aos objetivos e resultados das ações.

”Quando uma empresa tem uma ação social é importante deixar claro quais são seus objetivos público e privado”, explicou. Isto significa dizer que um projeto tem obrigatoriamente duas dimensões: o impacto que ele terá com determinado público beneficiado (educação, geração de renda, trabalho etc) e para a organização (imagem, lealdade do cliente, facilidade de conseguir financiamento etc). É a eficácia nesses dois campos que pode ser a base de uma boa ação de comunicação.

Para Maria Cecília, é preciso haver ganhos para a empresa e para a comunidade. Afinal, se um projeto não trouxer resultados a quem se quer beneficiar, ele não tem porquê existir. “Da mesma forma, se não trouxer retornos para a empresa ele não terá continuidade caso a empresa passe por uma crise”, lembrou


Rodrigo Zavala
redeGIFE, 25/08/08

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Banco do Povo atinge R$ 500 mi em microcrédito

Ao longo dos últimos dez anos, o Banco do Povo Paulista, programa de governo do Estado de São Paulo, já realizou quase 170 mil operações de financiamento a microempreendedores em mais de 435 municípios. O volume total concedido desde então é de R$ 498,23 milhões.

"Nosso objetivo é emprestar outros R$ 500 milhões até 2013", afirma o diretor-executivo do Banco do Povo, Antonio Sebastião Teixeira Mendonça. Hoje existem 27 mil operações ativas, que somam R$ 64,1 milhões. Os empréstimos, em média, são de R$ 2,951 mil, por 16 meses, e taxas de juros de 1% ao mês.

Formalmente, o Banco do Povo não é uma instituição financeira, mas sim um fundo administrado pela Nossa Caixa e que transfere os recursos para os microempresários. Mas tal qual um banco, o programa conta com "agências" nos municípios que integram a parceria; e com agentes de crédito, que fazem o papel dos gerentes.

Mesmo sem ser um banco, o controle do crédito tem apresentado bons resultados, na avaliação do diretor. "Não tivemos prejuízo desde o primeiro ano e nossa inadimplência, considerados os atrasos acima de 60 dias, é de 1,2% da carteira ativa. É importante reduzir essa taxa para garantir que os recursos possam ser novamente emprestados."

Em média, os microempreendimentos atendidos têm faturamento mensal de R$ 2,9 mil e funcionam há mais de nove anos. Cerca de 80% do aportes são usados para investimentos. Já o microempreendedor tem, em média, 40 anos, com uma renda familiar líquida de R$ 1,936 mil, e a grande maioria, 79%, está na informalidade. "Queremos ser a porta de entrada para a formalização das microempresas."

O Estado centraliza o controle do programa e os municípios são responsáveis pela parte operacional, com ambos aportando recurso no fundo. O Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal (Cepam) também faz parte da parceria, acompanhando o negócio.

"Neste ano, o desafio é integrar o banco e o microcrédito como uma ferramenta de desenvolvimento local e que façam parte de uma política de inclusão socioprodutiva dos governos. Isso é importante para que o microcrédito não seja uma ferramenta subutilizada", afirma Fátima Fernandes de Araújo, coordenadora de gestão de políticas públicas do Cepam.

Segundo ela, essa integração irá contribuir não só para a formalização das microempresas, mas também para que elas funcionem como uma porta de saída para programas de transferência de renda. "Achamos que o microcrédito é uma boa solução. Mais do que a inclusão produtiva, é um resgate de cidadania."

Além disso, o Cepam realizou uma ampla avaliação do programa para formular propostas de aprimoramento. Entre os pontos observados estão a localização das unidades de atendimento, um maior acompanhamento do agente de crédito depois da concessão do crédito, além da elaboração de um manual de boas práticas para o microempreendedor, como o controle das contas e dos recursos, o que ajudaria até no controle da inadimplência. "Esses pontos contribuirão até mesmo para reduzir a inadimplência nos empréstimos."


Valor Online, 25/08/08

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Plantão Jurídico

A Federação de Obras Sociais (FOS), criada para auxiliar organizações do Terceiro Setor, disponibiliza um plantão jurídico, em funcionamento nos meses de agosto e setembro. Os assuntos abordados são: organização das entidades, elaboração de estatutos sociais, imunidades e isenções fiscais, obtenção de títulos e registros públicos, legalização de OSCIPs no Ministério da Justiça e legislação em geral.

Para mais informações, acesse www.fos.org.br


Revista Filantropia - OnLine - nº 164

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9º Congresso Brasileiro de Direito e Contabilidade do Terceiro Setor

No dia 2 de outubro, acontece no Hotel Renaissance, em São Paulo, a nona edição do Congresso Brasileiro de Direito e Contabilidade do Terceiro Setor, realizado pela Econômica Desenvolvimento Empresarial. O objetivo do evento é debater com os operadores do Direito, contabilistas, administradores de organizações sociais, religiosos, políticos e representantes de empresas sobre os impactos legais do projeto de lei 3021/08 e da lei 11.638/07, além de outras inovações que envolvem o Terceiro Setor.

Confira a programação:

8h45 - Abertura Solene do Congresso
Justiça e Contabilidade Social como sinônimo de desenvolvimento humano
Marcos Biasioli
Presidente da Comissão Científica e Coordenador geral do Congresso

1º Painel - Contabilidade do Terceiro Setor
9hs00 - Reflexos na Contabilidade do Terceiro Setor por conta da nova lei contábil – 11.638/07
* O cenário contábil das entidades sociais e a necessidade da sua adequação aos padrões internacionais de contabilidade;
* Os reflexos da nova Lei Contábil na classificação das contas, na avaliação do ativo e passivo, na demonstração do resultado do exercício e demais apurações das Entidades;
* As obrigações acessórias das Entidades em face da nova legislação: demonstração do fluxo de caixa, valor adicionado (antigo DOAR) e livros auxiliares.
João Luís Romitelli
Graduado em Ciências Econômicas pela Unicamp e Ciências Contábeis pela PUC. Atuou como auditor externo e diretor financeiro pela Arthur Andersen. Foi Professor universitário e representante da Confederação das Misericórdias do Brasil. Um dos fundadores e sócio diretor da Teorema Contabilidade S/S, empresa de consultoria em contabilidade e finanças, especializada nos segmentos de saúde, educação e entidades do terceiro Setor.

9hs30 - Análise dos impactos derivados do Projeto de Lei 3021/08 na contabilidade das entidades beneficentes
* Impactos na contabilidade da entidade social decorrentes do Projeto de Lei 3021/08;
* Novo comportamento da demonstração contábil da gratuidade frente às exigências contidas no referido projeto;
* Possibilidade de compensação da gratuidade aplicada e os registros contábeis competentes para demonstrá-la.
Sérgio Roberto Monello
Salesiano Cooperador, advogado, contabilista, professor, Bacharel em Direito pela Faculdade Paulista de Direito da PUC-SP, Pós- graduado em Direito Educacional, Especialista em Direito Filantrópico e Assistencial, sócio diretor do Escritório Contábil Dom Bosco SS Ltda e sócio titular da Advocacia Sérgio Monello, Coordenador e Professor dos Cursos de Administração, Direito e Contabilidade da Conferência dos Religiosos do Brasil – CRB.

10hs00 - Coffee-break e visita ao espaço cultural

10hs30 - Sistema Público de Escrituração Digital (SPED)e o acompanhamento diferenciado das entidades imunes pela Receita Federal do Brasil
* Reflexões a respeito das finalidades do SPED e do acompanhamento diferenciado das entidades imunes/isentas;
* Exame das Entidades Sociais que estão sujeitas a integrar o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) e ao monitoramento diferenciado;
* Procedimentos práticos para atender a tais exigências da Receita Federal pelas entidades sociais.
Antonino Ferreira Neves
Vice Presidente Regional da FENACON, Contador; Bacharel em Ciências Contábil, Pós Graduado em Auditoria e Análise Contábil, Titular da Organização Contábil Analis Assessoria Procontábil; Conselheiro do Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS de 2004/2006 e 2006/2008, o primeiro mandato pela Fenacon e o segundo pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC; Membro do grupo da construção do Sped Contábil – Escrituração Contábil Digital - ECD, representando a Fenacon desde outubro/2005.

2º Painel - Auditoria e a Responsabilidade Contábil do Terceiro Setor
11hs00 - Auditoria do Terceiro Setor e as suas peculiaridades frente às atuais mudanças legislativas
* Impactos da Lei 11.632/07 nas próximas auditorias das entidades sociais;
* Critérios de avaliação de ativos que deverão ser relevados pelo auditor da entidade social;
* A função da auditoria na mudança da estrutura jurídica da entidade social: transformação, cisão, fusão e incorporação.
Angela Zechinelli Alonso
Ex-Presidente do IBRACON, Bacharel em Ciências Contábeis, jornalista, Foi presidente da Comissão de Sindicância e Relatora da CCAP- Câmara de Contadores da Área Privada, Diretora de Administração e Finanças. É sócia da Alonso, Barretto e Cia – Auditores Independentes e Conselheira do Conselho Técnico e de Administração da 5ª Seção Regional do Ibracon.

11hs30 - Limites de Responsabilidade do Contabilista que assina a contabilidade das entidades sociais
* Autonomia e limites de atuação do profissional de contabilidade junto às Entidades Sociais, e análise de sua responsabilidade frente às demonstrações contábeis;
* Recomendações acerca da conduta contábil que deve ser adotada pelo profissional contábil, visando uma harmonia com a gestão das entidades sociais sem infringir a sua missão;
* Penalidades éticas e criminais impostas aos profissionais que atuam em desconformidade com os parâmetros legais.
Sérgio Prado de Mello
Presidente do Conselho Regional de Contabilidade – CRC SP (2008-2009). Contador, Economista e Advogado. Sócio da SMJ Perícias Contábeis, Árbitro da Câmara de Arbitragem Empresarial de São Paulo. Foi diretor financeiro da Câmara de Comércio Brasil – Colômbia e presidente do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo.

Debates dos 1º e 2º Painéis
12h00 - Debates com os palestrantes disponíveis e presentes na mesa diretora

12hs30 - Intervalo para almoço

13hs30 - Apresentação do grupo Associação de Balé de Cegos Fernanda Bianchini

3º Painel - Direito do Terceiro Setor
14h00 - Reflexões sobre a constitucionalidade do Projeto de Lei 3021/08 e o seu conflito com a ADIN 2.028
* Aspectos (in)constitucionais do Projeto de Lei 3021/2008;
* Conflito do referido Projeto com o mérito da Adin 2028;
* Caminhos legais e processuais mais céleres a serem adotados pelas Entidades Sociais para o enfrentamento das eventuais inconstitucionalidades advindas da convolação do Projeto em Lei.
Fátima Fernandes Rodrigues de Souza
Advocacia Ives Gandra Martins, Procuradora do Estado de São Paulo, Bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo. Membro do Instituto dos Advogados de São Paulo, do Conselho Jurídico da Federação do Comércio de São Paulo, Corpo de Árbitros da Federação do Comércio de São Paulo, Ministrou palestras no Centro de Estudos da Procuradoria Geral do Estado e tem diversas obras publicadas

14h30 - Análise legal da extensão dos efeitos da nova Súmula nº 352 do STJ e as Gratuidades das Entidades Beneficentes
* Análise dos reflexos e das conseqüências decorrentes da Súmula nº 352 do STJ, nos processos que estão em fase de renovação administrativa e/ou judicial do Certificado Beneficente de Assistência Social;
* Novo comportamento que as entidades de educação, saúde e assistência social deverão adotar para fins de demonstrar a gratuidade, após a edição da referida Súmula e em face do PL 3.021/08;
* Debate acerca da recente polêmica a respeito da confusão econômica entre as gratuidades oriundas de sacrifício econômico e aquelas extraídas de recursos públicos.
Marcos Biasioli
Consultor Jurídico do Terceiro Setor, Titular da M. Biasioli Advogados; Mestrado em Direito pela PUC/SP, Pós-graduado em Direito Empresarial pela The European University e Administrador de Empresas pela Universidade Mackenzie/SP. Ex-Professor de Legislação Social e Gestão do Terceiro Setor (PUC/SP, Universidade Federal do Espírito Santo, UNIFMU, UNIRADIAL, UNIP/SP). Editor da Revista Filantropia e Coordenador Geral do Congresso.

15hs00 - Súmula Vinculante do STF nº 8 e a Prescrição e Decadência do Crédito Tributário das Entidades Beneficentes frente à Teoria da Modulação reconhecida pelo STF
* Análise do prazo da prescrição e decadência dos créditos tributários das entidades sociais;
* Teoria da Modulação utilizada pelo STF por advento da Súmula nº 8, e os seus reflexos;
* Caminhos e oportunidades processuais para se invocar a decisão sumular, bem como o debate acerca da possibilidade ou não, de ajuizamento de ação de repetição de indébito.
Rodrigo de Carvalho
Advogado e Consultor Jurídico nas áreas de direito do Terceiro Setor, Tributário e Previdenciário, Mestre em Ciência Jurídica, Professor, Conselheiro titular no Conselho Deliberativo da Sociedade de Previdência Complementar do Sistema Federação das Indústrias de Santa Catarina – PREVISC, Membro titular da Comissão Técnica Regional Sul de Assuntos Jurídicos da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar – ABRAPP.

15hs30 - Coffee-break e visita ao espaço cultural

4º Painel - Processo Administrativo
15h50 - A missão e os novos desafios do CNAS
* Posicionamento do Conselho Nacional de Assistência Social face ao Projeto de Lei nº 3.021/2008;
* Novos procedimentos internos que estão e serão adotados pelo Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS, no tocante às cerificações;
* Mudanças na gestão das ações na área de assistência social mediante o Sistema descentralizado e participativo denominado Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que está sendo debatido pelo Congresso Nacional com o apoio do CNAS, através do Projeto de Lei nº 3.077/2008.
Valdete Barros Martins
Assistente Social, Professora Universitária, Mestrada em Serviço Social: Trabalho e Sociedade, Foi membro da direção da Federação Internacional dos Assistentes Sociais Presidente do Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS 2008-2009.

5º Painel - Legalização da Prestação de Contas
Sub-Painel - Prestação de Contas Federais

16hs30 - Prestação de Contas derivada da mobilização de Recursos Públicos por meio do SISTEMA DE GESTÃO DE CONVÊNIOS E CONTRATOS DE REPASSE – SICONV
* Análise das novas normas de celebração, acompanhamento e prestação de contas públicas federais;
* Debate sobre a função e competência do SICONV na referida prestação de contas dos convênios celebrados com a União;
* Forma de acesso às informações do SICONV e análise dos sujeitos que poderão incluir informações no referido Sistema, a respeito da execução dos convênios publicados, bem como conseqüências por eventual desvio de finalidade.
Carlos Henrique de Azevedo Moreira
É Engenheiro Civil e com Pós-Graduação em Consultoria de Informática e Filosofia da Educação). Desde julho/2000 atua na Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento e Gestão, onde exerce o cargo de gerente do Sistema de Compras do Governo Federal (SIASG - Comprasnet), coordenando sua evolução e utilização pelos órgãos públicos.

Sub-Painel - Prestação de Contas Estaduais
17hs00 - Prestação de Contas das Fundações e demais Entes Sociais por meio do SICAP ao Ministério Público e suas implicações
* Análise da essência e função do SICAP, bem como dos sujeitos que estão obrigados a cumprir o seu cadastramento;
* Mecanismos operacionais para a prestação de contas por meio do SICAP e o papel do Ministério Público na sua fiscalização;
* Medidas judiciais e as peculiares penalidades às Entidades que deixam de preencher o SICAP.
Tomáz de Aquino Resende
Procurador de Justiça e Coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Tutela de Fundações e Entidades de Interesse Social – MG, Representante do Ministério Público no Projeto Novos Rumos da Execução Penal (APACS) do TJMG, Ministrou diversas aulas sobre gestão no Terceiro Setor e inúmeras palestras sobre o tema, autor de diversas obras. Fundador, presidente por dois mandatos e membro do atual Conselho de Administração da Cooperativa de Crédito dos integrantes e servidores do Ministério Público Estadual.

Sub-Painel - Prestação de Contas Municipais
17hs30 - Prestação de Contas das Entidades Sociais aos Tribunais de Contas do Município
* A função do Tribunal de Contas do Município no controle da verba pública municipal, direcionada às Entidades Sociais por meio de convênios, termos de cooperação, parcerias, contratos e outros;
* Debate sobre os caminhos legais (licitação, tomada de preços, cotação prévia e outros) que a Entidade Social deve adotar quando do emprego do recurso público municipal, visando à aprovação das contas pelo TCM;
* Conseqüências jurídicas e criminais decorrentes da reprovação das contas pelo TCM.
Valmir Leôncio da Silva
Auditor do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, Mestre em Administração, Bacharel em Ciências Contábeis, Professor Universitário e Co-autor dos livros Guia Municipal de Administração pública. SP: NDJ, 2006 e Lei de Responsabilidade Fiscal para os Municípios – Uma Abordagem Prática. 2ª Ed. SP: Atlas, 2007.

18hs00 - Debates com os palestrantes disponíveis na mesa diretora

18hs30 - Encerramento


Para mais informações
Consulte o site www.economica.com.br ou envie um e-mail para congressos@economica.com.br
Tel.: (11) 5102-4654
Fax: (11) 5102-4656


Revista Filantropia - OnLine - nº 164

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Campanha está 83% mais rica que em 2004

Candidatos a prefeito nas capitais, em menor número que há quatro anos, recebem juntos R$ 17,9 mi no primeiro mês
Tesoureiros de partidos apontam, como explicação para o aumento da receita, a maior fiscalização sobre as contas após o mensalão


Os tesoureiros reclamam de portas fechadas e telefonemas não respondidos por potenciais doadores, mas os números mostram que a campanha de 2008, pelo menos nas 26 capitais estaduais, começou muito mais rica do que a de quatro anos atrás -naturalmente, no caixa um, na doação legal.

É o que mostra a prestação de contas do primeiro mês de campanha, divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral. Segundo levantamento feito pela Folha, entraram R$ 17,97 milhões nas contas de campanha dos 156 candidatos a prefeito nas capitais, um valor 83,5% maior do que o total das doações nos primeiros 30 dias da campanha de 2004, já descontada a inflação do período. Isso ocorre apesar de naquele ano ter havido mais candidatos a prefeito nas capitais -173.

Em contabilidade separada, a que registra as doações para comitês financeiros de prefeitos e comitês financeiros únicos (incluindo vereadores), o aumento da arrecadação se repete. Foram R$ 13,47 milhões declarados em 2008 contra R$ 8,23 milhões de 2004 (valor atualizado), um salto de 63,6%.

Tradicionalmente, o primeiro mês de campanha, quando ainda não há propaganda na TV, é o mais fraco na receita.

Partidos
O crescimento ocorreu de forma mais expressiva nos maiores partidos. Os candidatos a prefeito do DEM somados arrecadaram agora R$ 4,7 milhões no primeiro mês de campanha, 176% a mais do que no mesmo intervalo em 2004. O PT, na primeira eleição municipal depois do escândalo do mensalão, viu a receita conjunta nas capitais mais do que dobrar, enquanto no PMDB ela cresceu 35,8% em termos reais. O PSDB teve crescimento na conta em nome dos candidatos, mas não na contabilidade dos comitês (os dois dados não podem ser somados, pois há duplicidade de informações).
Entre os partidos médios, PP e PTB tiveram aumentos substanciais, mas houve queda no PDT, PSB, PC do B, PR e PPS.

Esta é a primeira campanha municipal desde a mudança na legislação, que foi uma resposta ao mensalão. Além de tornar obrigatória a divulgação mensal das contas das campanhas (mas não dos doadores e fornecedores), a lei restringiu bastante a utilização de material publicitário. Mas o objetivo de reduzir os custos de campanha não está sendo alcançado.

Tesoureiros de partidos consultados pela Folha atribuíram o aumento na arrecadação ao medo da fiscalização sobre o caixa dois, depois do escândalo de 2005. Em menor grau, também apontam o aquecimento da economia. "Uma cultura da formalização das doações está ganhando espaço", diz Paulo Ferreira, tesoureiro do PT, partido que gerou o valerioduto.

Para ele, a necessidade de publicar balanços mensais agora incentiva a antecipação de doações. "Mas eu continuo com dificuldade. Peço 300 aos doadores e recebo 30."
Saulo Queiroz, do DEM, vê os doadores mais receptivos. "Estamos arrecadando mais porque temos candidatos competitivos em várias capitais agora, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza."

Segundo Queiroz, há um entendimento entre os candidatos de que é preciso tomar mais cuidado com o caixa dois. "Até a eleição municipal passada, os candidatos e as empresas preferiam o caixa dois. As empresas não queriam ficar carimbadas como doadoras. Agora, é imperativo doar dentro da lei."

No PSDB, o tesoureiro Márcio Fortes diz que a campanha ficou mais cara após a mudança na lei, principalmente para os prefeitos. "Os vereadores antes carregavam muito da campanha do prefeito em seus materiais de campanha. Mas agora esses materiais estão proibidos, e o prefeito tem de gastar mais para divulgar o número."
O que ainda é permitido, como as placas exibidas em semáforos por uma ou mais pessoas de pé, é bem mais caro, diz ele. "Muitos candidatos estão precisando de mais dinheiro no começo da campanha e propõem ao doador que antecipe sua contribuição, ainda que num valor menor", diz Fortes.

Para Leodegar Tiscoski, tesoureiro do PP, esta eleição "está diferente". "A mudança na regra está favorecendo a prestação de contas real." Segundo ele, muitos doadores estão prometendo abrir o cofre mais próximo da eleição. Procurados, os tesoureiros de PTB e PMDB não ligaram de volta.


Fábio Zanini
Folha de São Paulo, 25/08/08

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Turismo Solidário

Daniel, 25, deixou o conforto da Inglaterra para morar numa favela Para esses estrangeiros, ajudar os pobres vale mais que a praia e o Carnaval do Brasil
Foto Henrique Manzera/Folha Imagem


Praia, Carnaval, futebol... Se muitos estrangeiros vêm visitar o Brasil sonhando com delícias exóticas, outros preferem passar temporadas em favelas, periferias e municípios pobres, dispostos a conhecer realidades diferentes e munidos do desejo de ajudar a transformá-las.

A holandesa Saskia Groot Koerkamp, 20, passou seis meses no pequeno município de Polvilho, interior de São Paulo, quando tinha 18 anos. Depois de terminar o colegial, ela estava determinada a encarar trabalho voluntário em outro país. "Eu queria fazer alguma coisa pelos outros e ao mesmo tempo aprender mais sobre outras culturas", diz.

Aconselhada por uma prima de seu pai, que mora no Brasil, entrou em contato com a ONG Sítio Agar, que se ocupa de crianças e adolescentes portadores do HIV. Pouco tempo depois, já estava de malas prontas para embarcar. "No início tive que me virar para aprender o português, mas a vantagem de trabalhar com crianças é que a linguagem da brincadeira é universal."

Para Saskia, a melhor parte da experiência foi o convívio com as pessoas. "Todos eram muito legais. Eu era sempre convidada para almoçar ou jantar na casa de alguém. Os brasileiros são muito hospitaleiros."

De volta à Holanda, ela afirma que sente falta dos amigos que fez. "Espero que eu possa voltar para visitá-los. E também para comer suas frutas maravilhosas, como manga, e churros!"

A também holandesa Barbara Wilenbrack, 20, tem parentes brasileiros em São Paulo, por isso queria conhecer a cidade. "Decidi que a melhor forma de me integrar mais à cultura seria fazer um trabalho voluntário", explica.

Há sete meses, ela auxilia o berçário da Associação Comunitária Monte Azul, ONG criada por uma alemã que desenvolve atividades sociais na favela de mesmo nome. "Trabalho lá todas as manhãs, e à tarde ajudo na cozinha. Está sendo ótimo porque aprendo muita coisa nova -antes eu não sabia cozinhar quase nada."

Mas a nova vida de Barbara não deixará apenas boas lembranças. "Fico incomodada com as drogas e com a prostituição", diz a estudante.

Para a japonesa Rie Nishihara, 28, que há um ano e meio é voluntária da creche da Monte Azul, a pior parte de viver na capital paulista é o trânsito.

Rie mora no centro com o marido e leva uma hora e meia para chegar à associação todos os dias. "Odeio aquele cheiro de Marginal", desabafa.

Apesar disso, a japonesa adora o Brasil. "Antes eu só sabia que aqui tinha Carnaval, Amazônia, futebol e uma grande diferença entre ricos e pobres. Minha imagem de uma favela era a de um local escuro e sem comida", conta. "Mas, agora que moro aqui, sei que as pessoas são carinhosas, simpáticas e cheias de energia de viver."

Rie vai voltar para o Japão em dois meses, devido ao trabalho do marido, mas está decidida a retornar. "O coração dos brasileiros é mais rico do que o dos japoneses."
Para a alemã Kathrin Fechter, 26, a imagem de que os brasileiros são mais abertos não corresponde totalmente à realidade. "Dizem que os alemães são fechados e que os brasileiros não são, mas não é bem assim", acredita.

"Quando visitei o Nordeste, concordei com essa percepção -lá todos estão sempre dispostos a oferecer ajuda- mas aqui em São Paulo as pessoas se fecham, pois estão mais preocupadas em sobreviver."

Kathrin é formada em enfermagem em seu país de origem, e trabalha no ambulatório da favela há sete meses. "Tive uma infância muito boa, pais e professores maravilhosos, mas sempre soube -em teoria- que existiam lugares onde as coisas eram diferentes", explica em português quase perfeito.

"Por isso, resolvi ser voluntária: para conhecer outras realidades na prática e poder ajudar, mesmo que seja muito pouco."

Quando retornar à Alemanha, Kathrin pretende voltar para a universidade. "Quero estudar educação, que eu descobri ser a melhor forma de fazer alguma diferença no mundo."

O inglês Daniel Cowlard, 25, acredita que o futebol pode ter tido influência em sua decisão de vir para cá. "Meu pai adora esse esporte e me lembro que, quando criança, ficava fascinado pela vibração da camisa amarela e dos shorts azuis", conta. "Quando fiquei de saco cheio do meu trabalho na Inglaterra, o primeiro país que pensei em visitar foi o Brasil."

Daniel encontrou no voluntariado um meio de prolongar legalmente sua estadia no país. "Graças ao projeto, posso ficar mais tempo", diz. Há sete meses em solo nacional, ele começou como ajudante de cozinha. Quatro meses depois, cortou o dedo e teve que levar três pontos. "Aí eles me colocaram no centro cultural, trabalhando com garotos de 9 a 11 anos", conta o inglês.

Dessa experiência Daniel tirou uma lição inesquecível: "Nunca mais vou trabalhar com crianças na vida, não tenho paciência", se diverte. Mas o inglês garante que não se arrepende: "Eu gosto demais do Brasil, é um país jovem. A Inglaterra se parece com uma pessoa muito velha."


Luana Villac
Folha de São Paulo, 25/08/08

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Inscrição de projetos para apoio do Criança Esperança vão até 30 de setembro

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO seleciona projetos de organizações da sociedade civil sem fins lucrativos (incluindo OSCIPs) para o recebimento de apoio financeiro do Programa Criança Esperança com recursos da campanha de 2008.

Quem pode concorrer?
Poderão candidatar-se organizações da sociedade civil sem fins lucrativos que apresentem projetos com o objetivo principal de promover a inclusão social, o empoderamento e o desenvolvimento humano e social e a educação inclusiva de grupos vulneráveis por meio de ações de educação, cultura, comunicação e informação, esporte e meio ambiente.

A organização proponente deve ainda preencher os seguintes quesitos:
- Ser legalmente constituída no país (possuir personalidade jurídica);
- Ter no mínimo dois anos de fundação e atuação;
- Possuir experiência na área temática proposta;
- Estar inscrita no Conselho Municipal e/ou Estadual e/ou Nacional de sua área de atuação (Conselhos de Assistência Social, Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselhos de Educação, Conselhos de Saúde);
- Apresentar contrapartida para o desenvolvimento do projeto.

Importante: Além de recursos financeiros, serão aceitos como contrapartida elementos que comprovem a capacidade instalada da organização proponente para a execução do projeto, incluindo instalações físicas adequadas e recursos humanos.

Critérios considerados na análise e seleção dos projetos
Os projetos apresentados serão analisados e avaliados considerando os seguintes critérios:
- Inovação da proposta;
- Atuação em comunidades vulneráveis, situadas em regiões do país com baixos indicadores educacionais, sociais, de desenvolvimento humano, entre outros;
- Promoção ou estímulo ao fortalecimento da qualidade da educação formal;
- Estímulo à permanência de crianças, adolescentes e jovens na escola;
- Promoção da inclusão social;
- Estímulo e promoção do fortalecimento do vínculo familiar;
- Oferta de formação e qualificação profissional;
- Promoção da inserção de jovens no mercado de trabalho;
- Existência de rede de parcerias;
- Sustentabilidade financeira;
- Atuação com participação comunitária;
- Condições de replicabilidade (ou seja, de difusão e replicação do trabalho em contextos semelhantes);
- Capacidade de contribuir para a promoção do desenvolvimento da comunidade local;
- Qualificação da equipe técnica e administrativa; e
- Existência de capacidade instalada.

Valor máximo dos projetos
Poderão concorrer projetos que solicitem financiamento ao Criança Esperança de até R$ 150.000 (cento e cinqüenta mil reais) para um período de 12 (doze) meses.
Projetos de valor superior a R$ 150.000 poderão ser aceitos, desde que o excedente a esse valor seja proveniente de outras fontes.

O financiamento desse excedente deve estar assegurado junto a outras fontes, sendo obrigatória a sua comprovação no caso de eventual seleção pelo Criança Esperança.

Como participar da seleção de projetos
As organizações proponentes deverão encaminhar seus projetos encadernados em formato A4, acompanhados dos documentos descritos no item 6 a seguir, em um único volume lacrado.

Cada organização proponente poderá encaminhar até três projetos, mas somente um poderá ser contemplado.

O encaminhamento dos projetos deverá ser feito, por via postal, entre os dias 15 de agosto a 30 de setembro de 2008, para:
SELEÇÃO CRIANÇA ESPERANÇA 2008
UNESCO – Setor de Ciências Humanas e Sociais/Criança Esperança
SAS Quadra 05 – Lote 06 – Bloco H – sala 910
70070-914 – Brasília/DF

Serão considerados no processo seletivo os projetos postados até o dia 30de setembro, independentemente da data que chegarem a UNESCO.

Orientações sobre a elaboração e apresentação dos projetos serão dadas por meio do endereço eletrônico criancaesperanca@unesco.org.br até o dia 23 de setembro de 2008.

Como será feita a seleção dos projetos
A seleção dos projetos será coordenada e realizada pelo Setor de Ciências Humanas e Sociais da UNESCO, em colaboração com os demais setores programáticos da Organização, segundo critérios definidos nesta convocatória e metodologia de seleção especialmente elaborada para o Programa Criança Esperança.

Divulgação dos resultados
O prazo previsto para a conclusão do processo seletivo é de cerca de 3 (três) meses, a contar da data de encerramento do período de recebimento dos projetos, podendo esse prazo sofrer alterações.

A lista dos projetos selecionados será divulgada no site www.criancaesperanca.com.br ao final do processo.

Veja aqui a Convocatória completa e o formulário de inscrição.

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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Feira Internacional para o Intercâmbio das Boas Práticas Socioambientais

De 23 a 25 de Setembro de 2008 no Centro de Convenções CADORO em São Paulo se realiza a 1ª FIBoPS – Feira Internacional para o Intercâmbio das Boas Práticas Socioambientais. Estarão presentes especialistas, pesquisadores e profissionais atuantes para debater as práticas de sustentabilidade adotadas por empresas Benchmarking nacionais e internacionais. Os cases nacionais e internacionais serão apresentados em painéis mediados por representantes das melhores universidades do país.

A FIBoPS é resultado de seis anos de trabalho envolvendo a participação de diferentes atores sociais. Entidades representativas, mídia especializada, personalidades e especialistas com atuação e reconhecimento internacional, universidades e instituições e empresas Benchmarking (detentoras das melhores praticas) faz parte desta iniciativa independente e de fomento a sustentabilidade.

Todo este esforço para compartilhar o conhecimento socioambiental aplicado de excelência já beneficiou mais de 20 mil pessoas entre atuais e futuros gestores, incluindo as apresentações presenciais do Dia Benchmarking, compartilhar para crescer, o BBPG - Banco de Boas Praticas Gerenciais de livre acesso na internet, o Livro BenchMais com 5 mil exemplares distribuídos gratuitamente nas universidades e entidades representativas, e a partir deste ano, também o Banco de Boas Praticas da FNQ - Fundação Nacional da Qualidade. Fazer parte deste movimento é por si só, uma prática de responsabilidade socioambiental.

O rigor e criticidade da academia aliados ao espirito prático e empreendedor dos especialistas é a marca deste intercâmbio internacional de boas praticas. Na união da linguagem corporativa e acadêmica, o publico terá pela primeira vez em nosso país acesso as práticas de gestão com imediata aplicabilidade em seu negócio, informa Marilena Lino de A. Lavorato, Coordenadora do Programa Benchmarking Ambiental Brasileiro responsável pela seleção dos cases de excelência das empresas Benchmarking.

Especialistas, Pesquisadores, Ambientalistas, mídia especializada, universitários e profissionais atuantes, legítimos influenciadores de novos comportamentos estarão presente para debater as melhores praticas socioambientais, aquelas que apresentam soluções inovadoras com benefícios reais ao meio ambiente natural e comunidades. Além dos painéis temáticos, a FIBoPS terá oficinas de boas praticas sob a coordenação da FNQ – Fundação Nacional da Qualidade, Banco de Currículos para captação e disponibilização as empresas participantes, e talk show com empresas e gestores Benchmarking.

A feira será aberta ao publico (entrada franca) das 09h00 às 20h00 e fornecerá certificado de presença aos participantes dos painéis temáticos e oficinas. Informações e Inscrições no Hot Site: http://www.institutomais.org


Envolverde, 22/08/08
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Concurso traz debate sobre Tecnologias Sociais para salas de aula

Cinqüenta professores, dez de cada região do país, serão selecionados para concorrer à premiação. Objetivo é estimular a discussão, entre professores e estudantes, sobre ações que utilizam Tecnologias Sociais em projetos de desenvolvimento local

Está no ar o concurso "Aprender e Ensinar Tecnologia Social", uma iniciativa da Fundação Banco do Brasil e Revista Fórum que pretende estimular a discussão, entre professores e estudantes, sobre ações que utilizam Tecnologias Sociais em projetos de desenvolvimento local.

Para participar, é preciso ser professor da rede pública de ensino (federal, estadual ou municipal) ou de um espaço não-formal de educação - ação educacional, organizada e sistemática, que ocorra fora do sistema formal de ensino. No concurso, é necessário que o/a professor/a trabalhe com o ensino fundamental, independente da idade dos estudantes.

Os participantes deverão propor formas para apresentar o conceito de tecnologia social aos estudantes e justificar a proposta. Além disso, o concorrente deverá indicar como pretende envolver escola e comunidade no debate.

Cinqüenta finalistas, dez de cada região do país, serão selecionados para concorrer à premiação. Os critérios para a seleção desta etapa são: clareza da apresentação, reaplicabilidade e originalidade da proposta.

Na etapa final do concurso, um professor de cada região do Brasil será selecionado e os cinco professores vencedores ganharão uma viagem ao Fórum Social Mundial 2009 - o FSM Amazônico, que acontece de 27 de janeiro a 1º de fevereiro de 2009 em Belém (PA).

As inscrições, que seguem até 31 de outubro, podem ser realizadas no endereço eletrônico http://www.revistaforum.com.br/ts/inscreva-se/ . Cada professor inscrito vai ganhar uma assinatura da revista Fórum, válida até fevereiro de 2009.


Notícias da Rede, 21/08/08

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