segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Instituto Ronald McDonald lança o Programa Diagnóstico Precoce.


Publicado pelo Instituto Ronald McDonald

Considerando a importância do diagnóstico precoce no cenário do câncer infanto-juvenil, o Instituto Ronald McDonald lança o Programa Diagnóstico Precoce.

O Programa irá viabilizar a execução de projetos de capacitação dos profissionais do Saúde da Família, para que os mesmos possam suspeitar e encaminhar adequadamente os potenciais casos de câncer infanto-juvenil.

No primeiro ano do Programa, a estratégia do Instituto é apoiar ao menos um projeto em cada região geográfica brasileira.

Faça o download do edital e saiba quem pode participar e como participar. De acordo com o cronograma do Programa, os interessados devem encaminhar suas propostas até o dia 30 de setembro.

Através dessa iniciativa, o Instituto espera contribuir para a redução do tempo entre o aparecimento de sinais e sintomas e o diagnóstico em um serviço especializado, aumentando a expectativa de cura dos pequenos pacientes.

Mais informações
Para mais informações, entre em contato: projetos@instituto-ronald.org.br ou pelos telefones (21) 2176-3830 / (21) 2176-3832.

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Prazo do Instituto C&A para envio de solicitações de apoio é estendido

Publicado pelo Instituto C&A em 14/09/07

Em função da greve dos Correios, o prazo para as organizações interessadas em enviar solicitações de apoio a projetos ao Instituto C&A foi estendido a 26 de setembro de 2007. Originalmente, a data-limite para postagem era 19 de setembro.

O processo de seleção de projetos é válido para apoio no exercício orçamentário de 2008/2009 do Instituto C&A (março de 2008 a fevereiro de 2009). O edital e o formulário para encaminhamento de propostas estão disponíveis no link http://www.institutocea.org.br/instituto/site/content/apoio/

Desta vez, o edital prevê apoio apenas a projetos inseridos no escopo do programa Prazer em Ler de promoção da leitura, em 13 cidades brasileiras: Balneário de Camboriú (SC), Belém (PA), Campina Grande (PB), Fortaleza (CE), Franca (SP), Juiz de Fora (MG), Mogi das Cruzes (SP), Niterói (RJ), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São João do Meriti (RJ), São José dos Campos (SP) e Teresina (PI).

O edital não contempla a renovação de projetos vinculados ao programa Prazer em Ler que já estejam em desenvolvimento. Nesses casos, as solicitações de renovação de apoio serão negociadas mediante a apresentação e análise de um plano de ação pelas instituições parceiras para o período 2008/2009.

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Para formular e avaliar políticas públicas

Rodrigo Zavala
Publicado pelo
redeGife Online em 17/09/07

Extraindo aproximadamente 40% do PIB brasileiro, o Estado brasileiro devolve à sociedade serviços públicos e políticas públicas de qualidade abaixo do esperado. Assim, em certa medida, acredita-se que o modelo atual do governo, burocrático e anacrônico, deveria ser substituído por um modelo gerencial voltado para maior eficiência de seus resultados.

Esse é o ponto central para o professor adjunto da FGV-EAESP, George Avelino, coordenador do inédito Mestrado Profissional em Economia das Políticas Públicas, que está com inscrições abertas. Baseado nas questões emergentes relativas à qualidade do gasto público e ao desenho mais efetivo e eficiente das políticas públicas, o curso tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento nacional.


Para mais informações sobre o curso, acesse o site da FGV.

Em entrevista ao redeGIFE, o professor fala sobre o monitoramento de políticas públicas e sobre porquê os gestores sociais devem se formar para lidar com essas questões.

redeGIFE - Qual é o objetivo do curso?
George Avelino - O objetivo do curso é formar profissionais qualificados, capazes de formular e avaliar políticas públicas, de forma a aumentar a eficiência do setor público. Para cumprir esse objetivo, o curso terá três fontes de inspiração: métodos quantitativos (gerenciamento de dados é hoje uma necessidade na discussão sobre políticas públicas), economia (avaliação de externalidades, relação custo/benefício e outros aspectos que devem orientar a formulação e avaliação de políticas) e ciência política (a necessidade de incorporar as restrições políticas, além das econômicas, é condição fundamental para as propostas bem sucedidas de mudança).

redeGIFE - Pelo fato de ser um curso inédito, quais foram os desafios para promovê-lo?
Avelino - Os desafios são enormes, pois não existe curso similar no Brasil. Além disso, temos de lutar contra vários mitos. Um deles é que os assuntos referentes ao governo são puramente políticos e, portanto, não existe espaço para avaliações técnicas. Não negamos que as decisões do governo são políticas, mas acreditamos que a disputa política possa se dar em um patamar mais elevado se orientada tecnicamente.

redeGIFE - Quem deveria fazer esse curso?
Avelino - Em princípio, o curso interessa a todos aqueles que acreditam que o Estado brasileiro, em seus diferentes níveis - federal, estadual ou municipal - pode ser um agente positivo para promover o desenvolvimento e o crescimento do bem estar da população do país.

Mais especificamente, nós acreditamos que o curso seria especialmente útil para quatro grupos de profissionais: i) profissionais empregados no setor público voltados para formulação e avaliação de políticas públicas, assim como os interessados em ingressar na carreira pública ; ii) representantes de organizações não-governamentais que objetivam influenciar as políticas públicas; iii) profissionais vinculados a agências multilaterais de fomento com foco em políticas públicas, como o BID e o Banco Mundial; e, finalmente, iv) profissionais do setor privado que têm interface freqüente com o setor público.

redeGIFE - Por que é importante para gestores sociais?
Avelino - Este curso é importante para os gestores sociais porque torna sua atividade mais produtiva. Ele vai tornar os gestores capazes de monitorar políticas públicas, avaliar erros e acertos e, se for o caso, propor correções de rumo a tempo de evitar o desperdício do dinheiro público.

As repercussões do curso tendem a ser maiores na área social, pois um outro mito que precisamos combater é que as necessidades desta área são menos técnicas que as de outras, tais como a área econômica. Ora, quase dois terços do gasto do governo é feito na área social; portanto, seria, um contra-senso não dar especial atenção aos problemas da área social. Como disse antes, a área social é uma área onde pequenas mudanças podem ter enormes repercussões.

redeGIFE - No que essa formação por mudar nas gestão pública?
Avelino - O programa está baseado nas questões emergentes relativas à qualidade do gasto público e ao desenho mais efetivo e eficiente das políticas públicas como forma de impulsionar o desenvolvimento nacional. Extraindo aproximadamente 40% do PIB brasileiro, o Estado brasileiro devolve à sociedade serviços públicos e políticas públicas de qualidade abaixo do esperado.

Neste contexto, eleva-se a demanda pela reforma do Estado na qual o modelo atual, visto como anacrônico e burocrático, seja substituído por um modelo gerencial voltado para maior eficiência de seus resultados, uma mudança que já foi bem sucedida em vários países do mundo. redeGIFE - Qual é a diferença fundamental entre o MPEPP e o Master in Public Policy (MPP), criado em várias universidades americanas?
Avelino - A proposta dessa nova área tem como origem os mestrados profissionalizantes similares em universidades dos Estados Unidos. Este mestrado é diferente dos Masters in Public Administration (MPA), criados no início do século XX com o objetivo de ensinar como gerenciar a estrutura e a burocracia das instituições públicas, incluindo orçamento, administração de recursos humanos e controles internos.

O MPEPP se assemelha aos Master in Public Policy (MPP), criados na década de 1960 em várias universidades entre as quais a John F. Kennedy School of Government na Universidade de Harvard e a Goldman School of Public Policy na Universidade da Califórnia em Berkeley. Nesses mestrados, são utilizadas teorias e métodos de várias disciplinas, tais como as já referidas Economia, Ciência Política, Estatística, entre outras; o que permite transferir o foco do curso para a elaboração e análise de políticas públicas.

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Investimentos sociais devem partir de uma visão sistêmica

Rodrigo Zavala
Publicado pelo
redeGife Online em 17/09/07

Há três anos, a cidade mineira de Barroso, com pouco mais de 20 mil habitantes, vive um processo de desenvolvimento sustentável. Capitaneado pela administração pública local e pela empresa suíça Holcim, o Projeto Ortópolis Barroso propõe uma mudança no comportamento de todos os moradores, para a construção de uma comunidade responsável.

Por trás dos belos discursos, a iniciativa tem uma marca considerada vital para muitos especialistas: possuir uma visão sistêmica não apenas da realidade da qual se quer mudar, mas de todos os processos a serem implementados. “O primeiro objetivo foi mudar cultura de dependência dos moradores da cidade com a Holcim, grande empregadora da região. O desafio era desenvolver a cidade inteira para isso”, argumenta o Prefeito de Barroso, Arnaud Baldonero Napoleão (PSD).

O passo inicial consistiu em fazer um raio-X da cidade e identificar as necessidades imediatas da população. Representantes da sociedade, da Holcim e do poder público desenvolveram um plano operacional com o propósito de garantir o funcionamento do programa.

O Instituto Holcim, por sua vez, encarregou-se de organizar eventos para capacitar a população e as lideranças locais, apresentando os conceitos de desenvolvimento sustentável. “Sempre estive convencido de que o caminho correto é por meio do desenvolvimento de base e da educação, capacitando os membros da comunidade a identificar e administrar problemas e oportunidades e a elaborar um programa de ação”, explica o presidente da Holcim Brasil, Carlos Buhler.

Segundo o economista, Edgar von Buettner, presidente do Instituto Edgar von Buettner de Desenvolvimento Humano, o conceito de visão sistêmica se baseia no organismo humano. “Isto é, não podemos ver as coisas de forma linear, como uma cadeia de causas e efeitos. Mas, de uma forma sistêmica, interdependente, em que cada elemento tem sua função, seu papel”, argumenta.

Assim, em busca de consensos comunitários, foram traçadas as estratégias de ação. Um dos mecanismos propostos e realizados para fazer a interação entre o setor público, a iniciativa privada e a comunidade foi a criação da Associação Ortópolis Barroso (AOB), cujo corpo diretor é composto por pessoas eleitas no voto direto.

Essa entidade é a representação norteadora das ações do programa, responsável pelos “Rs”, nove eixos temáticos chaves que analisam os resultados de tudo que é feito. Para isso, trabalha com diversos temas como Mudança Comportamental, Modelo de Políticas Públicas, Empreendedorismo, Agronegócio, Econegócio, Gestão Ambiental, Paisagismo, Infra-estrutura e Plano Urbano.

“O resultado de um processo de desenvolvimento local, para ser efetivo, tem de contar com a participação da comunidade, desde a identificação dos problemas até a implementação das ações. Não é o consultor com uma solução preconcebida, que garantirá o sucesso, pois o resultado não será sustentável”, acredita o coordenador de programas do Instituto Holcim.

Novos debates – O caso de Barroso é oportuno nas discussões sobre investimento social privado e sua participação no desenvolvimento sustentável defendido pelas empresas. Para analisar a opinião da comunidade empresarial sobre o tema, o Grupo Ibope entrevistou 537 executivos de 381 grandes empresas brasileiras (veja reportagem).

Por meio das respostas, foi possível detectar paradoxos entre o que se entende como sustentável e o que realmente se faz para chegar a esse fim, principalmente no que se traduz em questões estratégicas. O CEO do Ibope Inteligência, Nelsom Marangoni, responsável pela pesquisa, acredita que se as empresas não entenderem que fazem parte de um sistema, na qual tem responsabilidades e potenciais formas de atuação, o discurso “sustentável” será falacioso.

A Holcim parece entender o recado. Em um segmento que se automatiza cada vez mais, ter muitas pessoas dependentes à cimenteira seria uma tragédia anunciada. Por isso, fomentou-se o crescimento de toda a cidade. Em um processo em que todos podem ser beneficiados, o investimento social foi providencial para a sustentabilidade.

Mesmo assim, há os negativistas, como o fundador e diretor do Institute of Social Sciences de Nova Délhi, George Mathew, que afirma ainda faltar seriedade nas políticas empresariais de responsabilidade social. Ele dá como exemplo a Índia: “Grande parte das empresas parecem estar mais preocupadas em fazer marketing social do que ações de responsabilidade social. Infelizmente, das 140 filiais de multinacionais instaladas no país, ainda são poucas as que estão preocupadas em colaborar para o desenvolvimento sustentável”.

Para o sócio da PricewaterhouseCoopers, celebrado como o "guru da Nova Economia", o americano Andrew Savitz, sustentabilidade não é filantropia. “Hoje, as empresas são cobradas para que promovam a diversidade, ajudem a recuperar o meio ambiente, combatam o trabalho infantil, monitorem a cadeia de suprimentos, promovam a saúde pública, gerem empregos e levem desenvolvimento para as comunidades em que atuam. E, é claro, precisam continuar ganhando dinheiro", explica.

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