sábado, 26 de julho de 2008

Governo amplia programa Bolsa Família a 1 mês da eleição; beneficiários serão qualificados

Um mês antes das eleições municipais, 1,4 milhão de famílias do Bolsa Família irão receber em suas casas uma carta do governo federal com a boa notícia de que, sem o risco de perder o benefício mensal, poderão disputar uma vaga num plano de qualificação profissional na área da construção civil.

Essas famílias estão localizadas em cerca de 280 municípios, de 20 regiões metropolitanas do país. Em cada um deles, gestores do Bolsa Família irão além do conteúdo da carta.

Informarão às famílias sobre a possibilidade de, em meio às aulas teóricas de qualificação, alguns dos beneficiários seguirem com carteira assinada para canteiros de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Esse beneficiário receberá o piso salarial da categoria e terá a chance de ser efetivado pela empresa. Em São Paulo, por exemplo, o piso de um servente de pedreiro é de R$ 712.

Apenas um integrante de cada família poderá concorrer a uma vaga no programa de qualificação. A condição é que tenha entre 18 e 60 anos e ao menos a quarta série completa. Quanto mais pobre a família e mais instruído o candidato, maiores as chances de seleção.

Ao final do processo, 200 mil candidatos serão selecionados pelo Ministério do Trabalho. Serão quatro meses de treinamento, a partir de novembro. O número de vagas com carteira assinada dependerá dos empresários, que devem receber uma espécie de "selo inserção" pela participação no plano.

Mesmo contratado pela empresa, o beneficiário não deixará de receber o Bolsa Família. Isso porque a verificação da renda familiar mensal, que não pode ultrapassar R$ 120 por pessoa, ocorre apenas a cada dois anos. Hoje o programa paga entre R$ 20 e R$ 182 para cerca de 11 milhões de famílias.

Recebe o teto uma família extremamente pobre, com três filhos de até 15 anos e ao menos dois adolescentes de 16 e 17 anos, sendo R$ 62 de benefício básico, R$ 20 por filho (num limite de três) e R$ 30 por adolescente (limite de dois).

Na semana passada, Lula pediu que, durante o período eleitoral, os ministros da área social dêem "mais publicidade" às realizações do governo para que, segundo ele, a população esteja "bem informada" em meio aos debates municipais.

Para o governo, o envio da carta às vésperas das eleições não configura um eventual auxílio a candidaturas apoiadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A questão eleitoral não pode impedir essa perspectiva de promoção e de emancipação dessas famílias", diz Arlete Sampaio, secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Social. "Eles [beneficiários do programa] vão participar de um processo de qualificação profissional e provavelmente só vão ser admitidos [pelas empresas] depois do período eleitoral", completa.


Eduardo Scolese
Folha Online, 26/07/08

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Miss Universo é a nova madrinha da Comissão Latina Contra Aids

A Comissão Latina Contra Aids aprovou nesta sexta a Miss Universo Dayana Mendoza como a nova madrinha da organização, já que a modelo, durante seu reinado, levará a mensagem sobre a prevenção para evitar o contágio da doença. A organização Miss Universo tem como incumbência de cada uma das rainhas levar a mensagem contra a Aids.

A venezuelana, que em 13 de julho conquistou o título de mulher mais bela do mundo, visitou na quinta-feira a sede da Comissão Latina Contra Aids em Manhattan.

No local, ela se reuniu com o presidente da organização, Dennis de León, e o diretor-executivo, Guillermo Chacón, que informaram do impacto do HIV nas comunidades hispânicas nos Estados Unidos.

"É importante para mim e para a organização Miss Universo demonstrar nosso compromisso e solidariedade para com aquelas pessoas impactadas pelo HIV", disse Dayana.


Folha Online, 26/07/08

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Programa contra Aids do Brasil é modelo mas tem lacunas, diz Bird

O programa brasileiro de prevenção contra a Aids e o vírus HIV "atingiu a maioridade", mas ainda conta com "lacunas" em áreas como gerenciamento e campanhas de informação.

É essa a opinião de Joana Godinho, especialista-sênior na área de Saúde do Banco Mundial (Bird, na sigla em inglês), que deu entrevista à BBC Brasil, por telefone, a partir de Washington, na sede da instituição.

O Bird tem desde 1988 uma parceria com o governo brasileiro na área de prevençao à Aids e já investiu um total de US$ 400 milhões em diferentes programas ligados ao combate da epidemia.

No começo dos anos 90, a epidemia de Aids vinha crescendo no Brasil e os índices de pessoas que viviam com HIV eram semelhantes aos da África. Atualmente, a taxa de soropositivos caiu para 0,6% da população adulta e o número de mortes causadas pela Aids caiu para metade.

As estimativas iniciais do Bird eram de que o Brasil teria 1,2 milhões de pessoas com o vírus da Aids até o ano 2000, mas atualmente o índice de infectados é de 620 mil.

Futuro da parceria
Os avanços feitos pelo Brasil levam a especialista até a dizer que a parceria com o banco pode até estar caminhando para o fim, já que o país "começa a deixar de precisar do auxílio técnico e financeiro do Bird".

Mas ela vê a necessidade de progressos em diferentes setores, como o de informações relativas aos grupos considerados mais vulneráveis: homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo, usuários de drogas injetáveis e mulheres grávidas.

Godinho afirma que o mais recente programa aprovado pelo Bird, chamado Aids-SUS, quer contornar esse problema, trabalhando mais de perto com o Sistema Único de Saúde (SUS) e procurando obter dados mais específicos a respeito destes grupos.

"Como a epidemia está a avançar para o interior do país, entre grupos mais pobres e entre as mulheres, é preciso atuar muito mais com o SUS para alcançar pessoas em comunidades mais remotas, por exemplo, no Norte e no Nordeste. Essa seria uma importante área de trabalho, garantir o acesso à cobertura dos novos grupos atingidos pela doença."

Gerenciamento
A especialista acredita ainda que seria preciso progredir no sistema de gerenciamento dos programas de combate à Aids. "Outros setores da sociedade brasileira têm avançado para a gestão de resultados", através dos quais "municípios e Estados recebem financiamentos baseados em programas de monitoramento e avaliação".

Godinho acredita que o programa brasileiro é um sucesso porque há uma sintonia entre os diversos participantes envolvidos com o combate e a prevenção da doença.

"Temos no Brasil uma parceria entre todos os vários envolvidos. As pessoas com HIV estão muito ativas e organizadas e defendem os seus interesses. Há hoje mais de mil organizações da sociedade civil que trabalham na questão dos direitos, prevenção e aconselhamento e o governo exerce suas responsabilidades nas áreas de tratamento e prevenção".

Conferência
A especialista do Bird acredita que a experiência brasileira servirá de modelo durante a 27ª Conferência Internacional sobre Aids, a ser realizada entre os dias 3 e 8 de agosto, na cidade do México.

O evento contará com a participação de representantes de diversos países, entre eles o Brasil, além da presença do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, e do ex-presidente americano Bill Clinton, atualmente à frente de uma fundação que financia programas de combate à Aids.

"O Brasil está desenvolvendo muitas parcerias no âmbito sul-americano, além de exportar medicamentos retrovirais para países como Bolívia e Paraguai, e para nações africanas de língua portuguesa, como Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, São Tomé e Cabo Verde", afirma.

"O Brasil tem um grande manancial de conhecimento nessa área, que já está sendo exportado. E pode fazer ainda muito mais", conclui Godinho.


Bruno Garcez, da BBC Brasil, em Londres
Folha Online, 26/07/08

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CNS patrocina Orquestra Sinfônica de Israel

A Orquestra Sinfônica de Israel, que se apresentará no Teatro Municipal carioca no dia 14 de agosto, faz sua estréia no Brasil com o patrocínio da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e apoio máster da Klabin.

A apresentação tem caráter beneficente e é uma iniciativa do Beit Lubavitch. A renda arrecadada será revertida às obras assistenciais da Associação e ao Lar de Esperança, que assiste mensalmente cerca de 250 famílias no Rio.

Natan , CHL, CSC Brasil, e Real Assets também apóiam a iniciativa. A Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (Fierj) parceira institucional do evento.


Meio & Mensagem, 25/07/08

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Search Marketing Expo chega ao Brasil em agosto

Depois de levar as mais recentes informações a respeito da comunicação da internet para diversos países, em mais de 50 edições, a Search Marketing Expo chega ao Brasil

Nos próximos dias 7 e 8, a cidade de São Paulo receberá o evento sobre marketing de buscas, que trará especialistas europeus, norte-americanos e brasileiros das áreas de publicidade e tecnologia para mostrar como a web pode ser utilizada na divulgação e apresentação de marcas.

Links patrocinados, buscadores, integração digital e as várias possibilidades de utilização da internet serão alguns dos temas discutidos durante o evento, que conta com o apoio do International Advertising Bureau (IAB-Brasil) e é produzido pelo Online Marketing Espanha (OME) e pelo portal SEM Brasil.

O encontro acontecerá no Hotel Unique, em São Paulo. Outras informações podem ser obtidas no site do evento.


Meio & Mensagem, 25/07/08

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O compromisso com o ensino do Novo Telecurso

O Brasil tem 52,96 milhões de estudantes matriculados na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, Médio e Técnico. São 46,61 milhões em estabelecimentos públicos e 6,35 milhões em instituições privadas

Os dados, revelados pelo "Censo Escolar da Educação Básica 2007", são expressivos e apontam avanços na meta da universalidade do acesso à escola. Entretanto, ainda estão aquém desse objetivo imprescindível para o desenvolvimento, considerando que 800 mil crianças com idade para o ensino fundamental não estão estudando, assim como 18% dos adolescentes entre 15 e 17 anos, conforme mostram, respectivamente, estudos da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e da Fundação Getulio Vargas.

O número ainda elevado dos "sem-escola" não se deve à falta de vagas no ensino público, mas às suas condições inadequadas, favorecendo a evasão e repetência. Professores mal pagos, segurança precária, baixa qualidade e os problemas sociais e familiares são as principais causas. Além de cercear o direito ao estudo, as deficiências da educação geram alto prejuízo socioeconômico, como demonstra o Banco Mundial (Bird), no recente relatório "Jovens em Situação de Risco no Brasil": nossa economia deixa de crescer meio ponto percentual por ano em decorrência de um grande contingente de indivíduos não terminar a escola. Isto significa que, a cada quatro décadas, o País desperdiça R$ 300 bilhões, o equivalente a cerca de 16% do PIB de 2007.

O cenário é muito atenuado pela intervenção da sociedade. Nesse sentido, não há dúvida de que o Telecurso 2000 seja o mais amplo projeto educacional do Terceiro Setor no País. Além de sua abrangência, foca exatamente o principal problema da educação brasileira, que é a evasão, oferecendo oportunidade concreta às pessoas, de recuperarem o tempo perdido, resgatarem a escolaridade básica e se credenciarem à universidade ou a uma carreira qualificada.

São 27 mil telessalas, 5 milhões de alunos beneficiados, 30 mil professores capacitados, 24 milhões de livros e 1,8 milhão de fitas distribuídas. Há, ainda, 1.500 instituições parceiras. Estes são os números da iniciativa conjunta da Fundação Roberto Marinho e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), por meio do Sesi-SP e do Senai-SP.

O primeiro, presente em 123 municípios paulistas, com 210 unidades e mais de 190 mil matrículas por ano, ministra Educação Infantil, Ensino Fundamental e, desde 2007, Médio. Agora, também abrimos a possibilidade dos estudantes cursarem de modo integrado o Ensino Médio do Sesi-SP e os cursos técnicos do Senai-SP. Esta instituição, com 152 unidades, atende a mais de 30 segmentos industriais, alcançando quase um milhão de matrículas anuais. Oferece cursos de Aprendizagem Industrial, Técnicos e Superiores (Mecatrônica, Meio Ambiente, Vestuário e Gráfica), incluindo pós-graduação latu sensu nessas mesmas áreas.

Ante a dimensão dos desafios persistentes, surge o Novo Telecurso, incorporando as disciplinas de Filosofia, Artes Plásticas, Música, Teatro e Sociologia, 110 novas aulas, mais 48 livros para alunos e professores, criação de um banco de dados único para promover a formação continuada dos docentes e a comunicação entre estudantes e inclusão de portadores de deficiência auditiva, a partir da criação de legendas na Linguagem Brasileira de Sinais (Libras).

Com os avanços, o Novo Telecurso, que está sendo lançado em março, passa a cumprir ainda melhor a função de permitir que milhões de brasileiros continuem estudando. Seu conteúdo é o currículo básico do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), do Ministério da Educação. As aulas dos ensinos Fundamental e Médio irão ao ar na Rede Globo, Canal Futura, TV Cultura, Rede Minas e Globo Internacional, com audiência semanal estimada em 7 milhões de pessoas. O acesso é garantido, ainda, nas telessalas, que contam com mediação de um professor, recursos audiovisuais, livros e a vivência de atividades complementares.

Com certeza, o Novo Telecurso inclui-se entre os fatores capazes de melhorar o acesso à educação. E isto é decisivo, pois o ingresso do Brasil no Primeiro Mundo e a solução efetiva do déficit social estão condicionados à sua capacidade de prover ensino universal de qualidade. Desse modo, o desafio do conhecimento é prioridade absoluta. Vencê-lo, porém, não é responsabilidade apenas do Estado. Cabe às organizações do setor privado um papel relevante, como demonstra a atitude dos parceiros do Novo Telecurso.


Paulo Skaf
Presidente da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp)
Gazeta Mercantil, 25/07/08

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