terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Prêmio Criança 2008

Estão abertas as inscrições para o Prêmio Criança 2008, da Fundação Abrinq, que reconhecerá projetos sócio-educacionais sem fins lucrativos que garantam a defesa dos direitos e a proteção da criança de zero a seis anos. As inscrições vão até 30 de março.

Podem participar empresas e organizações da sociedade civil que atuem na defesa e garantia de direitos da primeira infância ou desenvolvam trabalhos com gestantes e parturientes.

Mais informações em http://www.fundabrinq.org.br/premiocrianca, pelo telefone (11) 3848-4881 ou pelo correio eletrônico premiocrianca2008@fundabrinq.org.br.

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Planejamento e captação de recursos

Embora o artigo abaixo, da Pequenas Empresas, seja direcionado a empresas, ele é aplicável às organizações do terceiro setor.

Bons financiadores, cada vez mais, têm a atitude de investidores na hora de decidir onde colocar seus recursos. As organizações que entenderem isso não terão problemas de sustentabilidade.

A idéia de elaborar um plano de "negócios" pode parecer absurda para muitos que acreditam que devem se dedicar principalmente à atividade-fim da organização, mas qualquer um sabe que sem recursos - ou com recursos insuficientes - não é possível fazer muito, nem fazer bem.

Outra observação importante é que a complexidade do plano está diretamente relacionada com a complexidade do que se quer fazer. Portanto, qualquer organização, independentemente do nível em que se encontra - dos recursos de que dispõe ou da profissionalização de seus dirigentes, funcionários e colaboradores - é capaz de elaborar um plano para o que é capaz de realizar.

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Plano de negócios é usado para atrair investidor

Nos últimos anos, a chegada do capital de risco deu a pequenos empreendedores um novo sentido à palavra plano de negócios. Antes apenas ferramenta burocrática de gestão, o documento tornou-se essencial para atrair investidores, cada vez mais interessados em arriscar seu dinheiro em novos negócios no país. "O plano servia apenas para começar um negócio. Hoje, é fundamental em outros momentos da vida da empresa, especialmente na busca de recursos", diz José Dornelas, professor de Empreendedorismo do Ibmec-SP e autor do livro Plano de Negócios que Dão Certo, informou o jornal O Estado de São Paulo.

Para fisgar os capitalistas - e também possíveis parceiros, fornecedores e bancos, outros "alvos" do plano de negócios -, é preciso ir além de apenas boas idéias. Segundo Dornelas, o empreendedor tem que entregar hoje uma fotografia completa da empresa que tem ou pretende criar. Isso inclui pesquisas de mercado, planejamento de marketing, estruturação da equipe e das operações do negócio e uma minuciosa análise financeira. "O plano precisa mostrar que o negócio tem vantagem competitiva, um equipe de primeira linha e um potencial de retorno considerável." Tudo sem esquecer da objetividade: 15 a 20 páginas é o tamanho ideal, avalia o especialista.

Na opinião do professor de Empreendedorismo e Inovação da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), Tales Andreassi, mais que o plano financeiro - que geralmente é revisto após a entrada do capital - o investidor hoje está atento para a equipe que está por trás do projeto. "A experiência do empreendedor e do time é fundamental" diz ele.

Foi tentando e errando que Daniel Heise, de 35 anos, aprendeu a melhor forma de apresentar a proposta de expansão de sua empresa para investidores. O empreendedor, sócio da companhia de produção de software para call center Direct Talk, conta que já fez mais de quinze planos de negócios. "Só fazendo esse exercício, refleti e pude dar consistência para minhas idéias", diz Heise.

Há cinco anos, a Direct Talk conseguiu o aporte de uma empresa de capital de risco para financiar seu projeto de expansão. Em 2004, outros dois fundos investiram no negócio. "O plano foi importante pois me deu total segurança para enfrentá-los", diz Heise. Ele acredita que o cuidado com os números - orçamento e valor dos recursos necessários para o projeto - também foi fundamental para conquistar os investidores.

Na Rio Bravo Investimentos são recebidos até 30 planos de negócios todos os meses. Mas nem todos têm o mesmo destino do elaborado por Heise. Segundo o sócio Marcelo Romeiro, muitos empreendedores apresentam projeções financeiras sem fundamento. "Isso tira de cara a chance de ter o plano aprovado", diz ele. Paulo Henrique de Oliveira Santos, presidente da Votorantim Novos Negócios, especializada em gestão de capital de risco, concorda. "Há muitos planos conceituais demais", afirma Santos, que recebe cerca de 15 planos de empreendedores por mês.


Pubicado pelo Projeto Envolverde em 22/02/08

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Por que planos estratégicos não saem do papel?

Paulo Cury *

"Estratégia sem ação é um sonho; ação sem estratégia é um pesadelo", diz um antigo provérbio japonês.

Todos sabem que o mundo dos negócios está cada vez mais complexo e que fatores como a globalização, a hipercompetição e a multisegmentação dos públicos-alvo, só reforçam essa complexidade. Nos dias de hoje, ter um plano estratégico é a peça- chave para lidar com esse grau de complexidade, além de ser um diferencial competitivo e permitir que os recursos, quase sempre escassos, sejam alocados de forma adequada.

Qualquer executivo sênior competente acredita na importância de ter um plano estratégico, pois ele estabelece para onde a empresa deve seguir e o que deve ser feito para alcançar seus objetivos, a médio e longo prazos.

Para isso, as empresas investem recursos, reúnem seus principais executivos em inúmeras discussões, em hotéis e "retiros", para elaborar o plano que será a base do seu negócio para os anos futuros.

Ao final do trabalho, discursos são realizados e assinaturas são coletadas dos participantes, com o intuito de reforçar o compromisso de todos com o plano desenhado. Porém, a realidade é que grande parte dos planos estratégicos morre, ou melhor, aproximadamente, 75% não saem do papel.

Você deve estar se perguntando: por que isso acontece? Como algo tão importante como o plano estratégico, que tem o apoio de altos executivos, não se torna realidade?
Uma análise mais aprofundada dos motivos pelo quais os planos estratégicos não saem do papel demonstra que existem cinco fatores principais que contribuem para que isso ocorra:

Não gerar o "buy-in" da organização - comumente as empresas deixam de fora das discussões estratégicas os "middle-managers"; e esse grupo é responsável por fazer as coisas acontecerem no dia-a-dia das organizações. E como não são convocados a participar do desenho da estratégia, não têm como colocar em prática algo que não conhecem ou não entendem o racional. Além disso, a maioria das empresas comunica de forma inadequada para a organização, os macroobjetivos do plano fazendo que seus colaboradores não estejam alinhados na mesma direção.

Acreditar que implementar um plano estratégico é uma tarefa simples - essa é uma visão enviesada e um tanto perigosa; pois a implementação de um plano estratégico é muito complexa, pois lida, ao mesmo tempo, com duas variáveis de grande impacto nas organizações: promover mudanças e construir o futuro. E quanto maior a empresa, mais difícil é fazer com que os colaboradores, no meio das dificuldades e correria do dia-a-dia, percebam a importância de mudar e construir um futuro, que muitas vezes é bem diferente da realidade atual e pouco entendido em um primeiro momento.

Não avaliar o impacto financeiro no negócio com a implementação do plano estratégico - é fundamental deixar claro ao desenhar o plano, quais são os resultados esperados com a efetivação da estratégia e, qual será o impacto nos indicadores-chave do negócio. Isso faz com que o plano tenha maior aderência com a realidade da empresa e não seja simplesmente um exercício de futurologia descolado da realidade.

Não criar um time específico para implementar o plano - a maior parte das empresas coloca a implementação do plano, como mais uma tarefa diária dos executivos (que já tem inúmeras outras coisas para se preocuparem) e isso é um grande erro. É fundamental criar um time de executivos que dedicará 100% do seu tempo para a efetivação do plano, e que, a avaliação e a remuneração variável desse grupo, estejam atreladas ao sucesso dessa implementação.

Distanciamento do CEO da implementação do plano estratégico. É comum o principal executivo da empresa participar de toda estruturação do plano e depois "desaparecer" no andamento do processo. A estratégia da empresa é a base do seu negócio e o executivo número um da organização deve acompanhar de perto um processo de tal magnitude.

Ter um plano estratégico sólido, consistente com a realidade, é uma poderosa arma competitiva. Ela possibilita que os recursos do seu negócio sejam alocados de forma mais eficiente e concentra esforços em uma única direção. Entretanto, um plano que não sai do papel não gera resultados para as empresas e valor para os seus acionistas... É um exemplo típico de um dinheiro mal gasto.

* Presidente da Condere Consultoria

Gazeta Mercantil
Publicado pelo Projeto Envolverde em 22/02/08

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Jornal critica sistema tributário brasileiro e defende reforma

"O sistema de impostos bizantino do Brasil enfraquece o espírito empreendedor", afirma o jornal britânico "Financial Times" ("FT") em uma análise publicada nesta terça-feira. "Leis complexas prejudicam os negócios enquanto a política dificulta as reformas prometidas", diz o artigo.

O "FT" afirma que, segundo um estudo recente do Banco Mundial, no Brasil uma empresa típica precisa trabalhar 2.600 horas por ano para pagar todos os impostos, tornando-o o pior dos 177 países analisados. Na Irlanda, bastam 76 horas.

"Grandes empresas contratam batalhões de advogados para guiá-los pelo labirinto dos regulamentos", diz o jornal.

"Além dos impostos trabalhistas e das contribuições para a seguridade social, as empresas têm que lidar com impostos de venda estaduais - governados nos 27 Estados brasileiros por 27 conjuntos de leis diferentes - e uma série de outros impostos municipais, estaduais e federais em vendas, lucros e pagamentos."

Segundo o jornal, o sistema tributário impede que os negócios cresçam e acaba "empurrando" pequenos empresários para a informalidade, ou os forçam a desistir do negócio.

"O peso dos impostos no Brasil chega a 37% do produto interno bruto, tão alto quanto o de muitos países desenvolvidos, mas sem a qualidade de seus serviços", afirma o "FT".

O jornal lembra que, com a derrota do governo na votação da CPMF, no fim do ano passado, a reforma tributária se faz ainda mais necessária.

"A reforma vem sendo prometida desde que Luiz Inácio Lula da Silva se tornou presidente em 2003. Mas agora tem um incentivo extra: em dezembro, o governo sofreu um golpe quando o Senado rejeitou o projeto de lei para perpetuar a CPMF, um imposto sobre transações financeiras que teria arrecadado cerca de R$ 40 bilhões neste ano."

O "FT" afirma que a reforma iria unificar e simplificar impostos e contribuições sociais, mas os Estados maiores, dominados pela oposição, são os que mais perderiam com qualquer reforma, dificultando as mudanças.

Segundo o jornal, as eleições municipais de outubro, em que muitos congressistas devem sair candidatos, vão complicar ainda mais "o equilíbrio de forças necessário para uma reforma tão ambiciosa".

da BBC Brasil
Publicado pela
Folha de São Paulo em 26/02/08

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Lula integra programas sociais já existentes e oposição vê uso eleitoral

Paulo de Tarso Lyra

Lula anuncia o Territórios de Cidadania: "O mais extraordinário programa de atendimento de políticas de oportunidades combinadas com políticas sociais"
Foto Ruy Baron/Valor


Em pleno ano eleitoral, o governo federal resolveu reunir programas de 15 ministérios, totalizando R$ 11,3 bilhões e criou os chamados Territórios de Cidadania. São 135 ações em 60 municípios - a meta é atingir 120 municípios até 2010. Os recursos estão assegurados no Orçamento e compõem o planejamento de cada uma das Pastas para este ano. Apesar de ser apenas uma reunião formal de várias ações já previstas pelo União, em diferentes ministérios, Lula classificou o programa Territórios de Cidadania como "o mais extraordinário programa de atendimento de políticas de oportunidades combinadas com políticas sociais que nós já tínhamos preparado no Brasil".

Algumas regras permearam a escolha dos municípios. São áreas com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), maior concentração de agricultores familiares e assentamentos da reforma agrária, maior concentração de população quilombola e indígena, maior número de beneficiários do Bolsa Família e maior organização social. Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, a intenção "é resgatar populações carentes de cidadania e infra-estrutura básica".

De acordo com o ministro, existem comunidades, por exemplo, atendidas pelo Luz para Todos mas que não são contempladas pelo Pronaf. "A integração do conjunto de ações e dos investimentos previstos contribuirá para melhorar o IDH, evitar o êxodo rural e superar as desigualdades regionais".

Lula afirmou que o novo programa precisa da parceria entre a União, Estados e municípios para funcionar. "Não é possível fazê-lo dar certo daqui de Brasília. As pessoas vão ter que estar de corpo e alma presentes, acompanhando, porque envolve dezenas de ministros e ações desde fazer o registro civil de uma criança que nasce até você criar condições para que as pessoas cresçam", afirmou o presidente.

Lula aposta que o Territórios de Cidadania poderá funcionar como uma complementação ao Bolsa Família. Mas destacou que não tem nenhuma intenção de acabar com o principal programa social do governo federal nessas áreas rurais. "Eu não tenho pressa de acabar com o Bolsa Família. Ele vai acabar no dia em que a sociedade brasileira, junto com todos nós, conseguir construir as políticas de distribuição de renda para que o povo não precise mais dessa política de governo".

Lula disse também que existem pessoas que se incomodam com o fato de, em pouco tempo, o governo ter conseguido colocar 11 milhões de pessoas no Bolsa Família. "Eu espero que o Territórios faça essa complementação e que a gente consiga, definitivamente, fazer com que essa gente tenha vez no nosso país", discursou.

Lula acha que o programa lançado ontem é "o segundo grande passo para a gente acabar com a pobreza". E ressaltou o crescimento da economia, sobretudo a notícia da semana passada de que o Brasil tem reservas internacionais maiores do que o montante de sua dívida externa. E atacou: "Uns poucos continuam teimando e torcendo para que as coisas não dêem certo".

No Congresso, a resposta foi imediata. Os presidentes do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), e do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), criticaram o lançamento do programa Territórios da Cidadania. Segundo Maia, o programa é eleitoreiro e Lula quer, com ele, favorecer o PT nas eleições de outubro próximo. "É um programa 100% eleitoreiro. Estão pulverizando o assistencialismo nas Pastas do PT para tirar proveito eleitoral".

Para Sérgio Guerra é "estranho" que o lançamento do programa tenha ocorrido neste momento - já que o pacote prioriza os municípios em um ano em que serão palco da disputa eleitoral.

"Não se questiona investimento, mas a oportunidade de investimento. O governo não disse que estava quebrado sem a CPMF? Como lança, então, esse programa agora?", questionou o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN). Segundo o senador, a oposição vai acompanhar a "coerência" na distribuição de recursos do programa para avaliar um eventual recurso à Justiça Eleitoral. "Por que esse pacote não foi editado no ano passado, quando o governo tinha tantos recursos? Isso foi agora só porque é ano eleitoral."

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, disse que o lançamento do Territórios da Cidadania em ano eleitoral poderá ser contestado judicialmente. "Temos de aguardar que os que se sintam prejudicados recorram ao Poder Judiciário. Em tese fica muito difícil eu me pronunciar", afirmou Mello.

DEM e PSDB estudam ir ao STF contra o projeto. O DEM solicitou à sua assessoria técnica estudo com detalhes do programa e aguarda sua publicação oficial para verificar se a maioria dos potenciais favorecidos está em Estados governados pela base, para entrar com recurso.

"Queremos saber quais são os critérios adotados para definir as áreas beneficiadas e, se verificarmos o caráter eleitoreiro, claro que vamos ao Supremo", disse o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA).

Lula e os ministros que atuam no programa poderão ser alvos de ações por abuso de poder político. A Lei Eleitoral não admite repasses de recursos da União para Estados e municípios e dos Estados para municípios 90 dias antes das eleições.


(Com agências noticiosas)

Publicado pelo Valor Online em 26/02/08

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