segunda-feira, 31 de março de 2008

Encontro da ABCR é nesta quarta, em Salvador

O encontro sobre Mobilização de Recursos antecede o 5º Congresso do Gife sobre Investimento Social Privado em Salvador e será realizado no dia 2 de abril, no Pestana Bahia Hotel, em Salvador.

A programação inclui oficinas e palestra internacional. Eu também estarei lá!

As vagas são limitadas, por isso
inscreva-se o quanto antes.

Objetivos:
- Discutir sobre os avanços da sustentabilidade das ONGs no Brasil;
- Discutir o papel do captador de recursos na busca pela sustentabilidade;

Contexto:
O crescimento vertiginoso do número de ONGs no Brasil a partir dos anos 90 e a pressão dos novos financiadores do Terceiro Setor (organismos internacionais e empresas) por resultados, fez com que a profissionalização e algumas ferramentas típicas do mundo empresarial fossem incorporadas ao dia-a-dia das ONGs. Planejamento estratégico, avaliação, indicadores, marketing, foram algumas das palavras que passaram a compor o vocabulário de quem trabalha no terceiro setor.

Nesse cenário, nasce, no início dos anos 2000 a ABCR – Associação Brasileira de Captadores de Recursos, inspirada em movimentos internacionais pela ética na atividade da captação de recursos e pelo fortalecimento dessa atividade como fundamental para fortalecer todo o setor da Sociedade Civil. Essa também é missão da Resource Alliance, uma ONG internacional com presença na Europa, Ásia, África e a partir de 2008 no Brasil.

Mas depois de quase dez anos do início desse processo, afinal, quais foram os avanços na profissionalização da atividade de captação de recursos no Brasil? E como evoluiu a atividade do captador de recursos? As ONGs valorizam ter em sua equipe um profissional de captação de recursos? Qual o perfil desse profissional? Como formar um captador de recursos?

Essas são algumas das perguntas que inspiram o Encontro de Mobilização de Recursos ABCR e Resource Alliance.


Programação:

8h30 a 9h00 - MESA DE ABERTURA E BOAS VINDAS
Norma Galafassi - Conselheira da Resource Alliance
Marcelo Estraviz - Presidente da ABCR
Fernando Rossetti - Secretário Geral do GIFE

9h00 a 11h00- PALESTRA INTERNACIONAL
Norma Galafassi - "Panorama mundial da mobilização de recursos e a sustentabilidade das ONGs"

11h00 a 11h30 - COFFE-BREAK
Mesas Temáticas para intercâmbio e discussão

11h30 a 13h00 - OFICINAS DA MANHÃ
Oficina M1: Michel Freller - "Captação de Recursos através de Incentivos Fiscais Federais"
Oficina M2: Claudia Amaral - "Captação de Recursos para o Desenvolvimento Local"

13h00 14h00 -ALMOÇO

14:00 a 16:00 - OFICINAS DA TARDE
Oficina T1: João Meirelles - "Cadeias de valor: empresas & comunidades tradicionais em parceria"
Oficina T2: Rodrigo Alvarez - "Negócios sociais: criando valor financeiro ao que tem valor simbólico"

16:00 a 16:30 - COFFE-BREAK
Mesas Temáticas para intercâmbio e discussão

16:30 a 17:00 - COMUNICAÇÃO
Marcio Zepellini - "Marca X Causa: agregando valor à comunicação no Terceiro Setor"

17:0 a 18:00 - PALESTRA NACIONAL
Marcelo Estraviz - "Rumo ao desenvolvimento institucional: 'Mobilizando' mobilizadores de recursos"

18:00 A 18:30 - MESA DE ENCERRAMENTO
Norma Galafassi e Marcelo Estraviz - Resumo do dia e convite para o coquetel.

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domingo, 30 de março de 2008

Classe C tem mais de um quarto do poder de consumo

O potencial de consumo da classe C, que já é a maioria da população brasileira, somou R$ 365 bilhões em 2007. É um pouco mais de um quarto da capacidade total de compra de todas as famílias que moram nas cidades, que atingiu no ano passado R$ 1,4 trilhão, segundo projeção feita a partir das contas nacionais e da estrutura de gastos dos brasileiros medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Nenhuma classe social isoladamente tem maior potencial de consumo do que a classe C", afirma Marcos Pazzini, diretor da consultoria Target, que estimou o potencial de compra das camadas sociais. A capacidade de consumo da classe C, que no ano passado teve renda média mensal familiar de R$ 1.062, desponta em relação às demais quando se consideram as subdivisões das camadas A e B. A projeção mostra que as classes B1 e B2 têm potencial de consumo de R$ 315,6 bilhões e R$ 286,9 bilhões, respectivamente. No caso da classe A1, a cifra atinge R$ 80,2 bilhões e da classe A2, R$ 260,8 bilhões.

A importância dessa imensa classe média que se está formando no País ganhou contornos mais nítidos na semana passada, quando a financeira Cetelem, do grupo francês BNP Paribas, divulgou uma radiografia da classe C. A pesquisa, feita pelo Instituto Ipsos a partir de 1.500 entrevistas, revela que a classe C reúne hoje 86,2 milhões de pessoas e é a maioria da população, com 46%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Publicado pelo Portal Exame em 30/03/08

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Inscrições para Revelando os Brasis Ano III prorrogadas

O prazo de inscrições para o Concurso de Histórias do Revelando os Brasis Ano III foi ampliado até o dia 15 de abril.

O projeto - que tem como objetivo viabilizar a produção de vídeos digitais nas pequenas cidades brasileiras - é uma parceria entre a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e o Instituto Marlin Azul, com patrocínio da Petrobras.

Para participar, é preciso ter mais de 18 anos e ser morador de município com até 20 mil habitantes. As 40 histórias selecionadas serão transformadas pelos seus autores em vídeos com duração de 15 minutos.

O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no site http://www.revelandoosbrasis.com.br e nas agências e postos de atendimento dos Correios e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) localizados nas cidades com até 20 mil habitantes.


Mais informações no Instituto Marlin Azul pelo telefone (27) 3327-2751 ou pelo e-mail revelandoosbrasis@gmail.com.

Podem ser inscritas histórias reais (baseadas em fatos históricos, personagens e tradições populares) ou de ficção. Os autores selecionados participarão de oficinas preparatórias de roteiro, direção, produção, operação de câmera, edição, no Rio de Janeiro, com todas as despesas pagas pelo projeto. Na etapa seguinte, eles contarão com o apoio da estrutura de produção oferecida pelo Revelando os Brasis para realizar os vídeos.

Publicado no site do Ministério da Cultura em 28/03/08

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Ações de sustentabilidade têm resultados modestos

Para quem quiser entender um pouco mais as razões destes "resultados modestos", sugiro a leitura da Carta Rede Social 160 de Augusto de Franco.


O Brasil está mais avançado do que outros grandes países emergentes, como Índia e China, em ações ligadas ao desenvolvimento sustentável. Mas, a despeito dos esforços, os resultados concretos ainda são modestos. A análise foi feita pela gerente da área de economias emergentes da consultoria SustainAbility, Jodie Thorpe, que participou, no Rio, de um evento sobre o assunto. Ela também alerta que, de forma geral, ações pouco consistentes de sustentabilidade no mundo podem vir a ser afetadas pela crise econômica internacional.

“O Brasil está na frente. Há alguns bons exemplos no País de ações que até se destacam globalmente. Algumas empresas fazem um excelente trabalho. Mas ainda se vê que a grande maioria das companhias discute esse assunto, faz relatórios, se interessa, cria departamentos, mas suas ações ainda não tiveram impacto efetivo”, diz. O evento Sustentável 2008, promovido pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), reunirá especialistas e executivos de grupos que investem nessa área.

Na avaliação do presidente do CEBDS, Fernando Almeida, as empresas já estão fazendo bastante, mas “todo esse investimento ainda não foi suficiente para mudar a tendência”. Ele pondera que, na prática, o assunto está difundido apenas numa “certa elite” empresarial, de especialistas ou grupos ligados ao assunto. O próprio tema da sustentabilidade parece difícil de se explicar, porque envolve uma série de conhecimentos e áreas dentro das empresas.

“É sinônimo de sobrevivência. É quando você consegue ter as três dimensões de um negócio, a econômica, social e ambiental, unidas e sem atropelo de uma pela outra. Hoje, a dimensão econômica atropela as demais”, diz Almeida. Jodie comenta também que ações rotuladas como sustentáveis tendem a ser afetadas pela crise global. “Acredito que, com a alarmante crise econômica nos EUA e na Europa, veremos algumas coisas que são apresentadas como ‘sustentabilidade’ caírem por terra. Mas as iniciativas que são realmente estratégicas irão sobreviver à crise.”

Jodie argumenta que a nova concepção já ganha espaço em países emergentes. “Empresas foram capazes de assimilar tendências globais, desde a crescente escassez de água, petróleo e outros recursos naturais até as necessidades particulares de diferentes segmentos da população, e foram capazes de criar processos e produtos inovadores como resultado”, diz ela. No Brasil, ela cita iniciativas do ABN Real, Natura e Amanco, dentre outras.

O Real criou, por exemplo, um espaço para compartilhar experiências com parceiros e o público externo, uma espécie de fórum para a troca de conhecimentos sobre o assunto. A Amanco adaptou sistemas de irrigação para pequenos produtores rurais. No caso da Aracruz Celulose, um dos objetivos traçados no plano de sustentabilidade é conservar a biodiversidade nos 154 mil hectares de reservas nativas da empresa, assim como a ampliação dessas áreas. Além disso, a empresa definiu a “busca por uma solução estável e juridicamente segura para a disputa de terras com as comunidades indígenas do Espírito Santo”, o que acabou sendo alcançado, segundo a empresa, com a assinatura de um acordo em dezembro de 2007.

Nilson Brandão Junior, O Estado de S. Paulo
Publicado pelo Projeto Envolverse em 26/03/08

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Facebook versus LinkedIn: qual é o melhor para negócio?

Teste detalhado compara características de cada uma das redes sociais em relação a como podem ajudar no seu trabalho, para encontrar vagas, identificar oportunidades, etc

O texto é para profissionais de TI e muito focado nos EUA. Mas dá uma boa idéia, para quem não tem nenhuma, de como funcionam os 2 ambientes para redes sociais e de como usá-los para o trabalho.

As redes sociais não são mais a “próxima” onda fantástica. Elas já fazem parte da nossa experiência na web tanto quanto as ferramentas de busca. Os serviços de rede social, antes considerados domínio da garotada que queria dar continuidade às fofocas da sala de aula, vêm sendo cooptados por adultos que estão explorando novos meios de usá-los dentro e fora do emprego.

Pelo menos um site de relacionamento, o LinkedIn, disputa a atenção dos adultos desde seu lançamento em 2003. O LinkedIn permite que os usuários criem e mantenham uma lista de seus contatos profissionais (e amigos também).


O objetivo é se conectar — ter acesso aos contatos dos seus contatos e, assim, ampliar seus horizontes profissionais. Você quer encontrar um emprego? Uma nova oportunidade de venda? Informações sobre um cliente? Pois este é um meio de fazer isso.

O LinkedIn continua oferecendo serviços extraordinariamente estáveis. Ele fez algumas concessões às expectativas da web 2.0 acrescentando um quadro de empregos e áreas com recomendações de provedores de serviços ou respostas para perguntas.

Além disso, oferece serviços premium que permitem aos usuários acessar mais informações e se comunicar com contatos de segundo ou terceiro graus (em outras palavras, amigos de amigos de amigos). Entretanto, o LinkedIn não se desviou de sua missão original: ser um serviço de cunho profissional, em vez de um site de relacionamento generalizado.

Existem poucos sites tão focados quanto o LinkedIn, mas pelo menos um deles deixou de ser apenas um site de socialização e passou a ser, também, uma ferramenta de negócio. O Facebook foi criado em 2004 para que estudantes universitários — isto é, indivíduos com endereços de e-mail de universidades — se comunicassem online. Só foi aberto ao público geral em 2006.

Desde então, disputa com o MySpace o posto de lugar preferido para passar o tempo, mas tem atraído uma audiência adulta crescente que quer utilizá-lo para discutir suas profissões em vez das últimas paixonites.

O Facebook oferece uma gama de serviços muito maior do que o LinkedIn – principalmente graças ao grande número de aplicativos de terceiros que as pessoas podem instalar e usar – e, portanto, é um meio de comunicação mais flexível. Também pode ser vantajoso, para as empresas, utilizar um serviço com o qual provavelmente os funcionários estão familiarizados.

Contudo, há controvérsias em relação a adotar o Facebook como uma rede de negócio. As empresas que querem usar o Facebook para manter em contato seus funcionários cada vez mais móveis estão preocupadas, e com razão, que todos estes games, grupos sociais e quizzes (“Quais são os nomes dos personagens dos Muppets?”) acabem desviando as pessoas do trabalho.

Qual, então, é melhor para uso profissional, tanto por empresas quanto por funcionários atuais e potenciais: o LinkedIn com sua abordagem focada ou o Facebook com sua grande quantidade de aplicativos?

Para descobrir, montamos seis cenários de negócio rotineiros e pedimos a dois membros da nossa equipe que os destrinchassem: um com o Facebook e o outro com o LinkedIn. Em algumas situações, ficou claro qual serviço se sairia melhor, mas em outros casos foi difícil, até mesmo impossível, escolher um vencedor.

No fim das contas, não existe um vencedor absoluto. O Facebook e o LinkedIn se destacam em diferentes cenários. Tudo depende do que o usuário precisa fazer.

Qual você escolheria? Confira nossos seis cenários de negócio e tire suas conclusões. Talvez você prefira um ou outro, ou, quem sabe, simplesmente decida juntar aos dois. — Barbara Krasnoff


1. Procurar emprego sem seu chefe saber
Você não agüenta mais. Trabalha 10 horas por dia, ganha apenas dois terços do salário do seu melhor amigo que ocupa cargo idêntico em outra empresa e está quase assassinando o cliente que não entende a diferença entre um navegador e um sistema operacional. Chegou a hora de mudar de emprego. Você sabe que uma rede de contatos na web é um bom ponto de partida, mas não quer que seu chefe (infelizmente, ele não é um imbecil completo) descubra antes de você pedir as contas.

Facebook
Você decidiu se mandar, mas não quer que seu chefe saiba que você já está olhando para a saída? Com o Facebook é relativamente fácil procurar emprego. Mas, para garantir que seu chefe não descubra suas pretensões, é uma boa idéia criar uma nova identidade no Facebook e usá-la quando for à caça.

Depois disso, vá até o Facebook Markeplace e clique em Jobs. Quando fiz isso, havia 1.262 disponíveis. Acredite ou não, muitos eram empregos de verdade, não uma isca para trabalhar em casa, de pijama, ganhando 4 mil do dólares por mês.

As mais de duas dúzias de empregos em Sistemas/Rede/TI, por exemplo, pareciam reais. E havia 80 postagens de empregos nas áreas de Software/QA/DBA, 71 vagas para web design e desenvolvimento web e muitas outras, como suporte ao cliente e vendas.

Vale a pena experimentar o aplicativo Jobster Career Network do Facebook. Ele está vinculado diretamente ao site de empregos Jobster. Diga quais tipos de emprego você está procurando e ele informa, via e-mail, os mais relevantes.

Você também pode pesquisar empregos com o aplicativo. Além disso, ele lista todos os seus amigos pela empresa onde trabalham e permite você lhes faça perguntas sobre a empresa, individualmente ou em grupo.

Uma observação importante: quando você acrescentar este aplicativo, não se esqueça de desmarcar as caixas ao lado de “Put a box in my profile”, “Place a link in my left-hand navigation”, “Publish stories in my News Feed and Mini-Feed” e “Place a link below the profile picture on any profile”. Se o seu chefe, por algum acaso, conseguir ver seu perfil, não saberá que você está procurando emprego. — Preston Gralla

LinkedIn
O LinkedIn tem uma área formal para busca de emprego onde você pode pesquisar empregos postados por palavras-chave, setores de negócio, localização — os parâmetros normais que você pode usar em um site de empregos. Os resultados da pesquisa são classificados em duas áreas.

Uma delas, denominada Web, apenas reproduz as listagens que estão em SimplyHired.com. A outra, LinkedIn Jobs, agrega valor, já que os empregos são postados por membros do LinkedIn -- os postados por pessoas da sua rede de contatos ficam no topo da lista. Clique no título para ver a descrição detalhada do emprego.

A partir da lista completa, clicando no botão Apply Now você obtém um formulário com um espaço para escrever uma carta de apresentação e uma opção para carregar seu currículo. Mas, como se trata do LinkedIn, você pode seguir uma abordagem mais pessoal.

O LinkedIn exibe números ao lado dos nomes dos membros que revelam seu grau de proximidade com eles — “1” significa que eles são uma conexão direta (basicamente, alguém que que você conhece), “2” significa que uma das suas conexões diretas também é uma conexão direta deles e “3” significa que você conhece alguém que conhece alguém que conhece eles.

Se o potencial empregador fizer parte da sua rede em algum grau de separação, você verá um botão Request Referral sob o botão Apply Now. Clique nele e o LinkedIn fornecerá uma lista de suas conexões que também estão conectadas ao empregador. (Evidentemente, se o empregador for uma conexão direta sua, você pode pular toda esta etapa e apenas contatá-lo você mesmo.)

Escolha uma e você receberá um formulário de contato com uma mensagem gerada automaticamente para o empregador explicando que você pediu a uma conexão para enviar a ele uma recomendação, e uma segunda mensagem para seu contato explicando que você está se candidatando a um emprego e pedindo uma recomendação. Você pode personalizar as mensagens como quiser.

Lembre-se de que você não conhece, necessariamente, as pessoas entre sua conexão e o empregador. Se você não quiser que seu chefe descubra o que você anda fazendo, precisa usar estas mensagens para pedir à sua conexão e ao potencial empregador que mantenham sigilo sobre sua procura por trabalho. Seria constrangedor se a recomendação acabasse passando pelo seu chefe sem você saber! — Jake Widman

Vencedor: Empate
O LinkedIn parece oferecer serviços de procura de emprego melhores, principalmente se você for um profissional, graças à atmosfera mais séria, a ênfase em rede de relacionamento de negócios e os perfis estilo currículo que cada usuário fornece. Entretanto, se você fica nervoso com a perspectiva de que seu chefe descubra que você está procurando outro emprego, o Facebook proporciona muito mais anonimato ao permitir que você crie uma personalidade alternativa só para isso. O formato do LinkedIn desencoraja o anonimato enfaticamente. Você pode criar uma identidade falsa, mas perderia todas as suas conexões.


2. Descobrir informações sobre o emprego ao qual você está se candidatando
De repente, você recebe um telefonema de um headhunter sobre uma vaga que pode ser o emprego dos seus sonhos — salário maior, mais responsabilidade e a chance de fazer alguma coisa realmente criativa. Mas você nunca ouviu falar desta empresa e nenhum dos seus amigos conhece alguém que trabalhe lá. Como não é uma empresa negociada em bolsa, não há muita informação circulando. Seria ótimo se você pudesse conseguir alguma informação privilegiada antes de tomar qualquer decisão.

Facebook
Talvez nenhum dos seus amigos na vida real saiba qualquer coisa sobre a empresa, mas e quanto aos seus amigos virtuais no Facebook? Acesse este conhecimento coletivo. Instale o aplicativo My Questions e use-o para pedir informação sobre a empresa ou descobrir se alguém conhece alguém que trabalha lá. A pergunta será exibida nas páginas de Perfil dos seus amigos e você obterá as respostas deles instantaneamente.

Você também pode checar se no Facebook há uma rede de funcionários da empresa. Clique no topo da sua página de Perfil, escolha Browse All Networks e clique na guia Workplaces. Você verá uma lista em ordem alfabética de todas as redes de locais de trabalho do Facebook. A maioria delas é exclusiva dos funcionários, provavelmente você não poderá ingressar. Mas poderá descobrir quem trabalha na empresa e como entrar em contato. (Veja detalhes em “Não perder de vista ex-colegas de trabalho”) — Preston Gralla

LinkedIn
A possibilidade de o LinkedIn ajudá-lo, aqui, vai depender da existência de outros membros trabalhando na empresa almejada. Caso o emprego esteja postado no LinkedIn, a entrada terá uma caixa denominada Inside Connections se alguém da sua rede ampliada trabalha lá. Clique no link e verá estes nomes.

Se eles estão a um ou dois graus de separação de você, pode acessar os perfis deles e iniciar um processo de apresentação semelhante ao processo de recomendação descrito anteriormente.

Se a vaga de emprego não estiver postada no LinkedIn, você ainda pode pesquisar pelo nome da empresa e descobrir se existe alguém em sua rede estendida que trabalha lá. Pegue os nomes e vá atrás de uma apresentação.

Existem também os funcionários da empresa que estão no LinkedIn, mas não fazem parte da sua rede. Neste caso, você não vê os nomes, só os cargos. Você não pode ver o perfil completo destas pessoas ou contá-las a menos que desembolse no mínimo US$20 mensais por uma conta Business. (A conta Business Plus sai a US$50 por mês e a conta Pro, US$200.) Com uma conta paga, você pode enviar ao contato sem nome um InMail, que é uma maneira de contatá-lo sem saber quem ele é.

Por outro lado, se você conseguir descobrir o nome associado ao título (por exemplo, no web site da própria empresa), pode procurar por ele, obter seu perfil público completo e utilizar o recurso de apresentação para enviar uma mensagem mais pessoal. — Jake Widman

Vencedor: LinkedIn
Tanto o LinkedIn quanto o Facebook são excelentes para relacionamento. Se os seus “amigos” no Facebook estão empregados em uma variedade de empresas, eles podem oferecer-lhe uma boa chance de descobrir contatos em uma empresa na qual está interessado, assim como o LinkedIn.

O LinkedIn, porém, proporciona mais oportunidades de contato através do seu serviço InMail, que permite contatar os amigos dos amigos — muito útil quando você está à procura de contatos em uma organização específica. Custa US$20 por mês, mas, se você busca uma colocação bem remunerada, a possibilidade de conexão compensa o custo.


3. Encontrar alguém para um projeto web de três meses
O timing não poderia ser pior. Uma das suas melhores web designers decidiu ter filho e vai entrar de licença dois dias antes da equipe começar a trabalhar no novo visual do site. Ela já deu algumas boas idéias para você desenvolver, mas vai ficará pelos próximos três meses e você precisará de um substituto temporário. Você não tem tempo nem disposição para lidar com o RH, já que eles não saberiam distinguir um bom web designer mesmo se fossem mordidos por um no calcanhar. Você tentará encontrar seu profissional através da sua rede de contatos.

Facebook
Para começar, siga a mesma orientação que recebeu para procurar um emprego e dirija-se aos mesmos lugares. Mas, quando chegar lá, siga as instruções para quem está oferecendo trabalho, e não quem está procurando.

O Facebook tem outro aplicativo que deverá ajudar. Experimente o Application Developer Services. Ele lista desenvolvedores, expertise, o tipo de trabalho que estão procurando e, às vezes, os preços que cobram. Você também pode fazer buscas por área de especialização — vale tudo, desde AJAX a XML. — Preston Gralla

LinkedIn
Se este trabalho temporário for totalmente transparente — em outras palavras, o departamento de RH aprovou e você seguirá toda a burocracia corretamente — então pode postá-lo no LinkedIn.

A forma de postar a abertura de uma vaga não oferece surpresas: tem os espaços para o nome da empresa, título e descrição do cargo, menus pop-up para especificar setor da indústria, nível de experiência, função e tipo de trabalho (contratação, temporário e assim por diante).

Se alguém se candidatar à vaga através do post no LinkedIn, o aplicativo incluirá uma lista de pessoas na sua rede que trabalharam no(s) mesmo(s) lugar(es) que o seu candidato. Você pode pedir referências para as suas conexões, da mesma forma que pediria cartas de apresentação se fosse o contrário.

Veja bem, postar um emprego no LinkedIn por 30 dias custa US$195. No Craigslist, em comparação, sai por US$75 na área da Baía de San Francisco e US$25 nas demais localidades. Você tem que decidir se é tão importante obter referências. (Em San Francisco, basta ir até a janela e gritar “Procura-se um web designer” para ter 50 currículos na hora do almoço.) — Jake Widman

Vencedor: Facebook
O LinkedIn realmente oferece um quadro de empregos, mas não é barato e não há garantia de que você terá resultados melhores do que através de outro quadro de empregos qualquer. (Você pode conseguir algum feedback sobre candidatos via contatos que trabalharam com eles, mas isso é incerto.) Os recursos de rede de relacionamento do Facebook, sem as taxas adicionais, concedem-lhe a vitória aqui.


4. Solicitar idéias e fomentar discussões na equipe
Você foi encarregado do seu primeiro projeto realmente grande, uma nova maneira de incentivar a interação ativa da base de assinantes da empresa. O projeto foi orçado e aprovado pelos “ poderes constituídos” e você deseja verdadeiramente que ele tenha êxito. Você planejou seu cronograma inicial, montou a equipe e está pronto para começar. O próximo passo? Fazer sua nova equipe gerar idéias criativas e sólidas para atrair o interesse dos assinantes.

Facebook
É o tipo de coisa que o Facebook foi concebido para fazer — reunir grupos de pessoas para debater e compartilhar informação online. Para criar seu próprio grupo, basta clicar em Groups na sua página de Perfil e, na página que surgir, clicar no botão Create a New Group e seguir as instruções.

O grupo tem que ser privado, para que somente ingressem nele as pessoas que você convidar. Depois de criar o grupo, convide todos da equipe para participar. Eles terão acesso aos seus quadros de discussão privados, listas das próximas reuniões, postagens de mensagens, fotos e vídeos compartilhados e muito mais. — Preston Gralla

LinkedIn
O LinkedIn não tem muito a oferecer para este tipo de comunicação de equipe. Ele possui o recurso de Groups, mas é só uma maneira de melhorar a eficiência de utilizar outros recursos: você pode limitar suas buscas a membros de um grupo ao qual pertence, criar ou ingressar em um grupo de pessoas com os mesmos interesses ou backgrounds (ex-alunos, por exemplo) e outras tarefas similares.

O FAQ do site abre o jogo: “O LinkedIn Groups é projetado especificamente para o indivíduo e não como uma ferramenta de comunicação de grupo. Portanto, um usuário individual não tem como enviar mensagens de difusão a todos os membros do grupo”.
Depois que você já faz parte de um grupo, porém, todos os membros passam a constar de sua lista de contatos. Quando você envia uma mensagem via LinkedIn, pode endereçá-la a múltiplos contatos, como faz em um programa de e-mail comum.

Mas não há grande vantagem nisso — você não pode criar uma lista de endereços e, de qualquer forma, seus contatos receberão um e-mail do LinkedIn com o conteúdo da mensagem. O site não agrega eficiência ao processo de comunicação. — Jake Widman

Vencedor: Facebook
Não há a menor dúvida: o Facebook é o vencedor. Ele é estruturado para a comunicação dentro de grupos de pessoas, enquanto o LinkedIn é mais individual.


5. Obter feedback de colegas fora da empresa para um problema de TI desagradável
Você é muito bom no que faz, mas, às vezes, isso não resolve. Um funcionário novo — infelizmente, alguém lá no alto da pirâmide — tem um novo notebook com o Vista que é incompatível com a rede Wi-Fi da empresa, não importa o quanto você mexa, reinstale e xingue.

Você fica tentado a trocar o notebook, mas isso equivaleria a admitir a derrota e o novo contratado é inteligente o bastante para perceber. Está na hora de obter algumas respostas fora da empresa — sem revelar segredos da empresa, é claro.

Facebook
O Facebook foi criado para estudantes que querem, entre outras coisas, votar em “quem é quente” e “quem não é”. Ele não foi concebido exatamente para resolver os infortúnios de TI. A melhor abordagem, aqui, é descarregar a metralhadora e torcer para que alguma bala atinja o alvo.

Isso significa, principalmente, instalar o aplicativo My Questions e disparar sua pergunta para a sua lista de amigos na esperança de que alguém tenha uma solução. Você também deixar mensagens privadas no Facebook para contatos que você acredita que poderão ajudá-lo.

Não se surpreenda se não conseguir uma resposta. O Facebook não parece ter feito grandes progressos junto à turma de TI. Mas no Facebook há um grupo que talvez possa oferecer ajuda: a Association of Information Technology Professionals. Com muitas centenas de membros, é provável que alguém possa auxiliá-lo. — Preston Gralla

LinkedIn
A utilidade do LinkedIn para este tipo de tarefa depende da sua disposição para permitir que outras pessoas saibam que você não conseguiu responder à pergunta. Evidentemente, você pode tentar obter a resposta da maneira mais difícil: usar as diversas funções de busca para encontrar pessoas que considera capazes de lhe dar a resposta, fazer uma apresentação, se necessário, e pedir ajuda. Mas será que existe uma maneira mais fácil?

Sim, o LinkedIn tem uma área chamada Answers onde você pode postar uma pergunta para a sua rede de contatos e até classificá-la por tema, como Tecnologia ou Lei e Legal. Qualquer pessoa pode responder e as respostas são postadas como comentários em um blog.

Todo mundo pode ver as respostas de todo mundo e comentá-las. Você pode encontrar perguntas no site sobre qualquer assunto, desde conselhos sobre a carreira a opiniões sobre software ou o que as pessoas acharam do Super Bowl. Postar uma pergunta é maneira eficaz de solicitar respostas para este tipo de problema técnico.

Esta abordagem, contudo, tem seu risco. Se a pergunta for visível para todos na sua rede, não há como garantir que seus supervisores não a vejam também. Há uma grande chance de que eles façam parte da sua rede estendida, mesmo sem você saber. E o LinkedIn funciona com nomes reais, eles saberão que a pergunta vem de você.

Por outro lado, você pode limitar a visibilidade da pergunta às pessoas que especificar. O aspecto negativo é que você obtém respostas de um número menor de pessoas. Mas, ao postar a pergunta no LinkedIn, você colhe os benefícios da capacidade dos seus respondentes de comentar sobre as respostas de outros. — Jake Widman

Vencedor: LinkedIn
Novamente, sem contestação. O Facebook não é um lugar onde você encontre funcionários de TI (ou entusiastas da tecnologia) facilmente, a menos que saiba onde procurar. Presumindo que não se importe que as pessoas saibam que você não é capaz de resolver um problema específico, o LinkedIn é o melhor lugar para conseguir uma resposta.


6. Não perder de vista ex-colegas de trabalho
Faz 10 anos que você saiu do seu primeiro emprego e, apesar de estar muito satisfeito no emprego atual, não consegue se esquecer de como gostava de trabalhar e sair com seus antigos colegas. Você se pergunta como vai a velha turma, quantos continuam na empresa ou saíram. E, afinal, não é má idéia manter contato com pessoas da sua área que podem recomendá-lo se você precisar algum dia.

Facebook
É para isso que o Facebook existe — não só contatar pessoas com as quais você conversa freqüentemente, mas também localizar velhos amigos e ex-colegas de trabalho, o que é muito fácil. O Facebook pode fazer uma busca rápida nos contatos do seu Outlook, Thunderbird, Outlook Express ou outro de software de e-mail, além dos contatos no seu web mail (Gmail, Hotmail, Yahoo Mail e muitos outros) e do AOL Instant Messenger.

Depois de reunir todos os seus contatos, você pode enviar convites de amigo para os seus contatos que estão no Facebook. Para isso, escolha Friends --> Invite Friends no alto da tela do Facebook e siga as instruções.

Você também pode buscar contatos individuais no Facebook digitando nomes na caixa Search. Melhor ainda, pode pesquisar a lista de amigos dos seus amigos. Afinal, provavelmente você se esqueceu de muitas pessoas com as quais gostaria de manter contato e esta é melhor maneira de localizá-las.

Clique nos nomes de cada um dos seus amigos e pesquise a lista de amigos deles. Quando vir alguém que deseja contatar, clique no link Add to Friends e um convite será enviado. Depois que você convidou um amigo e ele aceitou seu convite, você saberá o que ele anda fazendo (contanto, é claro, que ele atualize o próprio Perfil no Facebook).

Outra possibilidade é procurar, em todas as Facebook Networks existentes, todas as organizações para as quais trabalhou. Clique em Networks --> Join a Network, ou Networks --> Browse All Networks.

Um aviso: em muitos casos, você precisará ter um endereço de e-mail do trabalho se quiser se juntar à rede, mas há um jeito de contornar isso. Você pode ver a lista de pessoas na rede, mesmo que não possa fazer parte dela. Encontre a rede da antiga empresa e clique nela. Em seguida, clique em Find Coworkers e, na página que aparecer, não digite um nome, deixe o nome em branco e clique em Search for Coworkers. Você verá uma lista de todas as pessoas na rede. Quando achar alguém com quem você deseja fazer contato, clique em Add to Friends.

A propósito, se você for membro do LinkedIn, pode localizar pessoas que você conhece do LindedIn e convidá-las para serem suas amigas no Facebook, se eles forem membros do Facebook. Procure o aplicativo LinkedIn, instale-o e siga as instruções. — Preston Gralla

LinkedIn
O LinkedIn se supera nesta área. Se você quer reencontrar um velho amigo, sempre pode procurá-lo por nome e, se encontrá-lo, enviar um bilhete rápido e/ou um convite para fazer parte da sua rede.

É ainda mais fácil encontrar ex-colegas de trabalho ou amigos de escola. Você pode clicar nos links Classmates ou Colleagues para abrir uma página com uma lista de escolas ou empresas em seu perfil. Nesta página, escolha See All para encontrar todos que estavam na escola ou na empresa na mesma época que você ou Find New para ver quem entrou desde a última vez que você checou.

A busca não é infalível. Enquanto preparava este artigo, procurei antigos colegas da revista Publish e me deparei com um homem que tinha trabalhado na Publish-Industry GmbH e uma mulher que tinha trabalhado na Publish-Ability. Mas também encontrei 15 pessoas com as quais eu havia trabalhado, convidei oito delas para entrar na minha rede e, até agora, três aceitaram. E, já que estou a apenas dois graus de separação de todo mundo em suas próprias redes, é impossível dizer quantas conexões novas eu tenho. — Jake Widman

Vencedor: Empate
Impasse novamente. Networking é o que fazem estes dois serviços, seja a busca informal por amigos no Facebook ou a busca mais formal por colegas de profissão no LinkedIn. Em ambos os casos, você pode localizar antigos colegas buscando em redes de escolas e empresas, contatando amigos/colegas atuais e usando a rede social como ela deve ser usada.

Publicado por Computerworld em 28/03/08

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sábado, 29 de março de 2008

Rede Ecoblogs - Agregador e Biblioteca Online de Posts Sobre Meio Ambiente e Sustentabilidade

Depois de um período de testes foi inaugurado oficialmente hoje o site da Rede Ecoblogs, um agregador de posts sobre meio ambiente e sustentabilidade. Inicialmente a Rede estréia com 5 blogueiros que escrevem usualmente sobre o tema, expressando de forma particular o esforço e a preocupação com a mudança de hábitos e a adoção de atitudes ambientalmente corretas.

Os primeiros participantes selecionados - Carol Costa (do blog Guindaste), Denise Rangel (Sturm Und Drang), Jorge Henrique Cordeiro (O Escriba), Lucia Freitas (Ladybug Brasil) e Rodrigo Barba (Rodrigobarba.com) – publicam relatos e opiniões sobre diversos assuntos em seus blogs e a partir de agora terão replicados no site da Rede Ecoblogs apenas os posts que julgarem adequados ao tema socioambiental.

Desta forma, se tudo der certo, a Rede Ecoblogs pretende reunir em um só endereço os textos e referências sobre meio ambiente e sustentabilidade publicados pelos participantes. Além disso, pode funcionar como uma biblioteca online, deixando organizado e acessível o conteúdo replicado dos blogs. Junto com toda a mobilização da sociedade em torno da causa ambiental a Rede Ecoblogs pretende atingir os leitores dos blogs participantes preocupados com este tema, ao mesmo tempo que divulga e apoia seus autores. De repente, também pode motivar a discussão sobre o assunto entre outros blogueiros ou mesmo inspirar o surgimento de novos blogs.

Syndication, Parceria e Apoio
Com apoio da Fundação MAPFRE, a Rede Ecoblogs também inaugura no Brasil uma alternativa para incentivar os blogs e sua eventual profissionalização. Inspirada no modelo americano de “syndication”, utiliza e remunera o trabalho intelectual dos blogueiros, sem exigir exclusividade ou impor o conteúdo editorial. Este formato é bastante adotado por cartunistas, colunistas e agências de notícias que, atuando de maneira independente, distribuem suas produções em vários veículos simultâneamente. Em meio ao debate do papel dos blogs como midia e alternativas viáveis de monetização, este modelo pode se tornar atraente ou complementar os diferentes cenários.

O projeto da Rede Ecoblogs foi concebido quando eu ainda trabalhava na colmeia e será o primeiro atendido através de uma parceria com a Espalhe. A colmeia é responsável pelo design, desenvolvimento e implementação da plataforma de publicação e do agregador e a Espalhe fará a gestão do blog e relacionamento nas Redes Sociais. O Passamani, sócio e produtor executivo da colmeia, acredita que a Espalhe tem um trabalho completo em buzz marketing e com minha tranferência para cá a Rede Ecoblogs ganha profundidade em redes sociais, área que estou dedicado atualmente.

Finalizando, vale revelar que a Rede Ecoblogs é uma das ações do programa ambiental Eco MAPFRE, que envolve a substituição de processos dispendiosos de papel e tinta dentro do Grupo MAPFRE por alternativas ecoeficientes e o maior uso de recursos web. Toda a economia com a não impressão de documentos será destinados às ações ambientais do Parque Estadual da Serra do Mar. A Fundação MAPFRE, além de efetuar projetos na área de meio ambiente, gestão de risco e saúde, atua em educação, segurança no trânsito e no desenvolvimento do setor de seguros na América Latina, Portugal e Espanha.

W. Tamanaha
Publicado no
Blog de Guerrilha em 25/03/08

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Recicle e o final, você decide

Desde 1996 a Tomra lançou na Noruega um jeito inovador de encarar a reciclagem. O famoso dois em um do marketing, aplicado no terceiro setor. Uma máquininha onde você deposita o seu lixo reciclável e decide que fim você prefere. Apertando o botão amarelo aquele lixo vira dinheiro para uma associação. Apertando o verde, o lixo vira dinheiro só que para o seu bolso.

A idéia fez tanto sucesso que já se espalhou por vários países da Europa, chegou ao Japão e até nossos hermanos já tem alguns exemplares (Paraguai, Argentina, Peru, Chile…). Só falta chegar aqui.

Publicado pela Área3 do Update or Die em 27/03/08

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Marketing esportivo no Brasil carece de profissionalização

José Estevão Cocco, presidente da J. Cocco Comunicação

Ainda falta ao marketing esportivo praticado no País maior profissionalização. Há carência de informações que sirvam de base para a tomada de decisão pelos anunciantes. Na dúvida, eles não investem, alerta o especialista José Estevão Cocco, presidente da J. Cocco Comunicação.

“No marketing esportivo, o importante não é competir, mas vencer. E para vencer é preciso conhecimento”, diz Cocco, que participou nesta sexta-feira (28/03) do comitê de Marketing da Amcham-São Paulo.

De acordo com ele, a maior dificuldade na área é adequar as modalidades esportivas às marcas e aos objetivos das empresas patrocinadoras. Não valeria a pena, por exemplo, que uma marca popular investisse no golf.

Cocco considera também que o segmento se ressente da escassez de profissionais especializados, o que cria uma barreira junto a agentes de mídia e patrocinadores exigentes. “O profissional de marketing esportivo por enquanto está muito mais para cartão vermelho do que para amarelo”, compara.

Robert Mills,
gerente de Marketing da ESPN no País

Metas
Também presente à reunião, o gerente de Marketing da ESPN no Brasil, Robert Mills, elenca os principais objetivos do marketing no esporte:
. Consumo movido a emoção;
. Exploração da fidelidade para valorizar a marca;
. Criação de lealdade e identidade com a marca;
. Definição de diferenciais competitivos;
. Maximização de resultados;
. Análise do retorno sobre o investimento;
. Comunicação em veículos da mídia convencional e da alternativa;
. Ativação promocional;
. Patrocínio de eventos;
. Ações de relacionamento e fidelização.

“O aspecto paternal na negociação de patrocínio foi-se há muito tempo. Hoje a empresa quer resultado”, assegura Mills.

A indústria esportiva e cultural movimenta hoje no País cerca de R$ 60 bilhões, o equivalente a 3% do Produto Interno Bruto, segundo informações da Fundação Getúlio Vargas. Nada menos que 60% das marcas mais lembradas pela última pesquisa Top of Mind têm ligação com o esporte.

Para participar do comitê de Marketing da Amcham-São Paulo ou conhecer seu trabalho, clique aqui.

Publicado no site da Amcham em 28/03/08

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sexta-feira, 28 de março de 2008

abertas as inscrições para o Programa Internacional de Bolsas de Pós-Graduação da Fundação Ford

Cultura é um dos tema prioritários das bolsas da Fundação Ford

Estão abertas as inscrições para a Seleção Brasil 2008 do Programa Internacional de Bolsas de Pós-Graduação da Fundação Ford (International Fellowships Programa - IFP). A iniciativa oferece 40 bolsas de mestrado (por até 24 meses) e de doutorado (por até 36 meses) para o aperfeiçoamento acadêmico de líderes em questões relacionadas à justiça e igualdade social. As oportunidades são para cursos no Brasil e no exterior. Os interessados podem se inscrever até o próximo dia 26 de maio de 2008.

A iniciativa é destinada a profissionais com potenciais de liderança em seus campos de atuação que pretendam prosseguir seus estudos superiores para promover o desenvolvimento de seus países. Para participar, é preciso ter o diploma da graduação com comprovado desempenho acadêmico, experiência em trabalhos comunitários ou voluntários e, ainda, ter residência permanente no Brasil. As áreas prioritárias são: Conhecimento, criatividade e liberdade; Formação de recursos e desenvolvimento comunitário; Paz e justiça social.

O Programa é implementado em diversos países da África, América Latina, Ásia, Oriente Médio e na Rússia - locais onde a Fundação Ford atua. No Brasil, a iniciativa, além de estar atenta à igualdade de gênero, destina-se prioritariamente a pessoas negras ou indígenas, originárias das regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste do Brasil ou provenientes de famílias de baixa renda e pouca escolaridade.

Os candidatos interessados em participar do IFP 2008 devem acessar o site oficial do programa (http://www.programabolsa.org.br/) e fazer o download do Caderno de Instruções da Candidatura 2008, para conhecer todas as regras do processo seletivo.

Fonte: Universia

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Equipe vencedora da Semana do Empreendedor de Stanford cria campanha para a luta contra o câncer de mama


O desafio era utilizar um objeto do dia a dia para criar algo com o maior valor possível. A equipe vencedora estabeleceu o desafio de conseguir 3.000 assinaturas em 24 horas, em favor de sua causa: a luta contra o cancer de mama. Cada assinatura valia um elástico. O elástico vai para uma bola de elástico que por sua vez é leiloada e a renda direcionada para Susan G. Komen Breast Cancer Foundation.

Fonte: Update or Die

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Inscrições para curso avançado de sobre investimento social privado da ESPM encerram dia 2

O curso avançado de Gestão do Investimento Social Privado ESPM/Gife recebe inscrições até o dia 02 de abril, quarta-feira.

O programa é voltado para capacitar funcionários de institutos, fundações e empresas que praticam o Investimento Social Privado (ISP); executivos de empresas que buscam maior capacitação para implantar e gerenciar projetos e profissionais que procuram oportunidades no Terceiro Setor. As aulas serão ministradas por professores da ESPM e profissionais ligados às áreas sociais das empresas que compõem o GIFE (Grupo de Instituições Fundações e Empresas).

As aulas abordam temas como o investimento social privado no século 21, o fortalecimento do 3° setor, elaboração de projetos de ISP, comunicação e mobilização social, alianças e parcerias, entre outros.

O programa tem carga horária de 240 horas/aula distribuídas em seis módulos e duração aproximadamente de 12 meses. As inscrições podem ser feitas pelo site da ESPM (www.espm.br) ou pelo telefone (11) 5081-8225. Informações pelo e-mail candidato@espm.br


Programa

Módulo I – Abertura: Desafios do ISP no século 21

Módulo II - Cenários e Conceitos: O fortalecimento do 3° setor; Marco Legal e Incentivos Fiscais.
Módulo II – Fundamentos da Administração: Ambiente de negócio e estratégia; Gestão de pessoas; Gestão financeira.

Módulo IV – Ferramentas: Planejamento Estratégico e o ISP; Elaboração e Avaliação de projetos de ISP; Marketing e relacionamento com stakeholders; comunicação e mobilização social.

Módulo V – Gestão Estratégica e Política: Alianças, parcerias e redes; Governança Corporativa; Políticas públicias; Tecnologias sociais; Gestão do conhecimento; Gestão do ISP.

Módulo VI – Projeto de Conclusão

Inscrições até 02 de abril de 2008
Início das aulas: 11 de abril de 2008
Carga-horária: 240 horas/aula
ESPM - Campus Rodolfo Lima Martensen
Rua Joaquim Távora, 1240, Vila Mariana, São Paulo
Tel. (11) 5081-8225
candidato@espm.br
http://www.espm.br/

Fonte: Tamer Comunicação Empresarial

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Cresce no Brasil venda de iates de mais de R$ 1 milhão

Christiansen, da Spirit Ferretti: faturamento aumentou 60% em 12 meses
Foto David Dourado/Valor

Quem tem acompanhado a discussão internacional sobre captação de recursos sabe que o futuro, cada vez mais presente, está nos grandes doadores individuais (chamados no nosso jargão de major donors). Portanto, é cada vez mais importante acompanhar este tipo de notícia que nos diz "onde está o dinheiro" - nome de um novo marcador que inauguro com esta postagem.

Na onda do crescimento do consumo interno, o setor de barcos e iates de lazer vive um momento de euforia no Brasil. Ao largo da crise americana e da ameaça de algum efeito sobre a economia brasileira, a venda de barcos e iates tem explodido e a estimativa é de expansão de pelo menos 10% em 2008. "Nos últimos 12 meses, nosso faturamento cresceu 60%", diz Marcio Christiansen, presidente da Spirit Ferretti. A empresa brasileira é licenciada do grupo italiano Ferretti, o maior do mundo no segmento, e monta barcos e iates que custam, no mínimo, R$ 1 milhão.

Christiansen conta que seu público é aquele que está ficando rico com as aberturas de capital de empresas na bolsa. "Os executivos dos IPO's (ofertas públicas iniciais de ações, na sigla em inglês) são o nosso grande filão. Eles estão ganhando dinheiro em empresas beneficiadas pelo aumento da base de consumidores no país, em áreas como cosméticos, vestuário e alimentação", diz o empresário. Sua empresa importa kits da Itália e monta os barcos em um estaleiro em São Paulo.

Na outra ponta, surge o consumidor de classe média que, com mais mais crédito disponível e ganhos de renda, pôde entrar nesse mercado. "A base de consumo aumentou. Há barcos de R$ 30 mil, R$ 40 mil, R$ 50 mil. É o preço de um carro", diz Lenilson Bezerra, diretor-executivo da Associação Brasileira de Construtores de Barcos e seus implementos (Acobar).

No ano passado, foram produzidas no Brasil 3,9 mil unidades e a projeção é de que o total chegue a 4,2 mil em 2008. Para Bezerra, as condições de crédito têm ajudado a impulsionar esse mercado, que movimentou R$ 470 milhões em 2007.

Por conta do consumo interno mais forte, os fabricantes e montadores náuticos não sofreram tanto com o dólar desvalorizado, que provocou queda nas exportações. De 2006 para 2007, as vendas externas do segmento passaram de R$ 16 milhões para R$ 9 milhões e a expectativa é de que caiam ainda mais em 2008. As importações, por sua vez, tendem a aumentar. "Como as vendas estão em forte alta, chegamos a importar barcos inteiros", afirma o presidente da Spirit Ferretti, que espera vender em 2008 de 35 a 40 unidades, mas tem encomendas de alguns modelos para até 2011.

Segundo o presidente da Acobar, as vendas do segmento só não devem crescer mais porque há limites de capacidade de produção e de mão-de-obra. Como esse segmento é formado muitas empresas pequenas, é necessário haver uma maior consolidação para que elas passem a investir mais no aumento da capacidade, diz Bezerra.

Paulo Sérgio Renha, dono da brasileira Real Power Boats, estima crescimento de 30% no faturamento deste ano. A maior parte da sua clientela é considerada de luxo e compra barcos na faixa dos R$ 500 mil, mas ele já percebe uma maior movimentação na classe média alta. "O barco ficou mais acessível, conseguimos financiamento", diz ele, que vende barcos a partir de R$ 70 mil.

Em 2007, sua empresa, que fabrica peças e monta as embarcações em Nova Iguaçu, na região metropolitana do Rio, vendeu 336 unidades e a previsão é de crescimento de 40% em 2008.

Ana Paula Grabois
Publicado pelo
Valor Online em 28/03/08

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Cartilha de Orientações para Organizações Sem Fins Lucrativos

A Secretaria Municipal de São Paulo de Assistência e Desenvolvimento Social, em parceria com o Fórum para o Desenvolvimento do Terceiro Setor e Instituto Sollus, lançaram a Cartilha de Orientações para Organizações Sociais Sem Fins Lucrativos – Profissionalização para a auto-sustentabilidade.

Com textos acessíveis, o objetivo da publicação é auxiliar as instituições e entidades sociais a se profissionalizarem e atingirem sua sustentabilidade.

Faça aqui o download da Cartilha em pdf ou solicite o documento ao Instituto Sollus pelo telefone (11) 5084-7583. O endereço é rua Vergueiro Nº2556, conjuntos 33 e 34, 3º andar.

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quinta-feira, 27 de março de 2008

Edital do BNDES destina R$ 12 milhões ao cinema

Desde 1995, o BNDES apóia o cinema brasileiro no âmbito da Lei do Audiovisual. Até agora foram apoiados 304 filmes, com recursos que atingem mais de R$ 106 milhões, fazendo do Banco o segundo maior patrocinador do cinema nacional no Brasil.

O apoio do BNDES destina-se ao desenvolvimento do cinema brasileiro e tem como objetivo ampliar a produção independente de obras cinematográficas realizadas por empresas produtoras brasileiras. Os projetos que recebem apoio são escolhidos através de seleção pública realizada anualmente.



Seleção Pública de Projetos Cinematográficos 2008


Veja também:

Fonte: site do BNDES

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quarta-feira, 26 de março de 2008

FDD - Fundo de Defesa de Direitos Difusos abre seleção de projetos

O Conselho Federal Gestor do Fundo de Direitos Difusos, abre inscrições para apresentação de novos projetos até 30 de abril. Direitos difusos são todos aqueles direitos que não podem ser atribuídos a um grupo específico de pessoas, pois dizem respeito a toda a sociedade.

Esta seleção será baseada em quatro chamadas:
Chamada I - promoção da recuperação, conservação e preservação do meio ambiente, e melhoria da qualidade de vida da população brasileira";
Chamada II - "proteção e defesa do consumidor e da concorrência";
Chamada III - "patrimônio cultural brasileiro";
Chamada IV - "outros direitos difusos e coletivos tutelados". Ministério da Justiça.

As propostas (chamadas pelo MJ de cartas-consulta), deverão ser encaminhadas até 30 de abril de 2008.

Veja o modelo de carta consulta e o Manual Básico para apresentação de projetos. Mais informações podem ser obtidas no site do Ministério da Justiça.

Fonte: site do Ministério da Justiça

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Como se tornar um gestor de gestores

Você quer alcançar resultados através das pessoas, certo? Elas é que deverão fazer as coisas acontecerem, atingir os resultados a serem alcançados, essas pessoas é que serão seu recurso principal. Então é necessário definir o tipo de indivíduo, de profissional que vai atender a essas expectativas.

Por melhor líder que você seja, se não compuser uma equipe de acordo com seus objetivos, dificilmente chegará a algum lugar. A boa liderança requer também boa equipe. Não existem bons gestores que tirem “leite de pedra”, esse é um conceito no mínimo infantil. Um bom trabalho requer instrumentos bons, matéria-prima boa e certamente mão-de-obra e pessoas adequadas. Aliás, uma característica do empresário bem sucedido está na sua habilidade em escolher colaboradores, em identificar talentos que realmente agreguem valores, idéias, criatividade e principalmente capacidade de levar a cabo as tarefas, as missões e os desafios mais difíceis. Isso é que faz a diferença.

A formação das pessoas depende fundamentalmente da matéria-prima da qual elas são feitas. Seu perfil comportamental é parte fundamental no processo pois é fator quase que determinante sobre o quanto o indivíduo tem as aptidões naturais necessárias para desenvolver-se sob a sua batuta. Como qualquer chefe de equipe, você deve procurar a melhor matéria-prima possível e isso quer dizer gente, as melhores pessoas, as que tenham a melhor condição de frutificar, de se desenvolver sob seu comando. Por isso é tão importante conhecer o estilo, o perfil comportamental das pessoas que trabalham ou pretendem trabalhar para você.

Alguns grandes empreendedores são experts em identificar e coordenar talentos, principalmente talentos gerenciais, talentos de liderança, que multipliquem fecundidade de idéias, criatividade, responsabilidade pessoal com o trabalho e com a empresa. Esse é um tópico interessante. Existe uma linha, uma fronteira entre os empresários centralizadores, que constroem um empreendimento onde eles são a única cabeça pensante, e aqueles outros empresários que conseguem criar uma estrutura pensante abaixo deles, com pessoas que tomam decisões e vêem o negócio como seu também.

Um exemplo de gestão centralizadora está nas empresas familiares antigas, onde só o pessoal da família tem voz ativa e mesmo assim, apenas o patriarca ou os mais velhos.

Outro exemplo são os profissionais que galgam um primeiro posto de chefia e nele ficam para o resto da vida. Essa é a linha divisória que mencionamos, ou seja, esses profissionais não cruzaram a divisa que separa o pequeno do grande gestor.

Podemos definir assim: o pequeno empresário ou gerente é o que administra, gerencia diretamente uma operação. A partir do momento em que ele identifica, prepara e delega essa função de gerenciamento para alguém que também tenha a aptidão de formar pessoas, está cruzando a linha que separa o pequeno do grande gestor. Esse é o processo que transforma pequenas em grandes organizações e supervisores iniciantes em diretores de grandes divisões nas empresas.

André Dametto, Professor de MBAs (UFRJ), consultor de empresas e coach certificado ICI.

Publicado pela HSM Online em 25/03/08

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Provas de fogo para líderes

O que faz um líder inspirar confiança, lealdade e dedicação ao trabalho de seus comandados, em detrimento de outros com igual visão e inteligência, que fracassam nesse aspecto?

As formas como as pessoas lidam com a adversidade fornecem dicas sobre isso. Líderes extraordinários encontram sentidos para eventos negativos e aprendem com eles. Como a fênix que renasce das cinzas, eles saem dessas situações fortalecidos, mais confiantes em si, em suas propostas e mais comprometidos com os papéis que desempenham.

Tais eventos transformadores são chamados de “prova de fogo” – um teste duro e diferenciador. As “provas de fogo” são intensas, freqüentemente traumáticas e comumente ocorrem sem serem planejadas.

Algumas delas chegam a ser violentas e ameaçam a vida (doenças, por exemplo); outras são mais positivas, ainda que profundamente desafiadoras (como chefes exigentes, etc.).

Quaisquer que sejam os formatos delas, os líderes criam narrativas de como se defrontam com elas e principalmente, como saem melhor delas.

Habilidades essenciais de liderança:
Quatro habilidades tornam líderes aptos a aprender com a adversidade:
1. Saber envolver outras pessoas, compartilhando com elas o significado da adversidade.
2. Ter voz ativa e distinta.
3. Ter integridade.
4. Ter capacidade de se adaptar. Esta é a habilidade mais crítica e inclui a competência em compreender o contexto e a dificuldade. E isso demanda a sabedoria de dar o peso correto a diversos fatores (por exemplo, como as pessoas irão interpretar cada gesto tomado). Sem essa qualidade, os líderes não conseguem se conectar com seu “eleitorado”.

Ser “duro na queda” gera a perseverança e resistências necessárias para se manter esperançoso, independentemente de qual foi o desastre.

Warren G. Bennis e Robert J. Thomas
Fonte: Harvard Business Online

Publicado pela HSM Online em 25/03/08

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terça-feira, 25 de março de 2008

Prêmio “Educar para a igualdade racial” recebe inscrições

O Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert), em parceria com o banco ABN Amro Real, recebe até 5 de maio inscrições para a quarta edição do prêmio "Educar para a igualdade racial. O objetivo do prêmio é sensibilizar e subsidiar profissionais da educação sobre a inclusão social de crianças de diferentes etnias.

As inscrições podem ser feitas pela Internet ou pelos Correios, neste caso os candidatos devem enviar a ficha de inscrição para o Ceert, na Rua Duarte de Azevedo 737, no bairro Santana, CEP 02036-0222.

Podem participar professores e escolas da rede pública ou privada de educação infantil e ensino fundamental I (da 1ª à 4ª série) do Estado de São Paulo. Os candidatos podem inscrever projetos político-pedagógicos que valorizem a igualdade racial, como pesquisas, exposições, produções teatrais. As atividades devem ter sido desenvolvidas entre 2005 e 2007 e devem estar relacionada a pelo menos uma das seguintes áreas de conhecimento: ciências, educação artística, educação física, geografia, história, matemática, língua estrangeira e língua portuguesa.

Os quatro professores premiados (dois de educação infantil e dois de ensino) receberão R$ 5.000, participarão de um curso sobre a temática racial desenvolvido pelo Ceert e ganharão um kit de livros que envolvem o tema da diversidade humana e pluralidade cultural.

Na categoria "Escola" quatro instituições receberão R$ 10.000, um kit de livros sobre a temática racial e os setores dos estabelecimentos de ensino participarão de um curso organizado pelo Ceert.

Publicado pelo redeGIFE Online em 24/03/08

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A Necessária Participação em Ações Políticas

Luiz Carlos Merege*

As conquista do terceiro setor nos últimos anos foram significativas, mas ainda não são suficientes para colocá-lo como um ator na formulação de políticas sociais públicas. Da ausência de identidade até o seu reconhecimento como componente do PIB não se passaram 15 anos. Trata-se, portanto de um setor nascente que está aos poucos construindo seu papel na sociedade brasileira.

Foram os economistas latinos americanos que elaboraram uma concepção sobre o que seria um setor nascente e quais seriam as políticas econômicas necessárias para o seu fortalecimento. Tal teoria se referia ao reconhecimento de um frágil setor industrial que não crescia e não tinha condições para tanto, já que prevalecia uma visão hegemônica de que o país tinha um destino agrícola.

Era uma visão da classe dos grandes proprietários de terras que acumulavam riquezas com os saldos positivos de nossa balança comercial e, portanto, podiam formar e influenciar a classe política para defender seus interesses.

Os economistas desenvolvimentistas conseguiram provar que o quê era bom para uma classe social não era bom para o país. No longo prazo, se o país permanecesse essencialmente agrícola ele se empobreceria em relação aos países industrializados. Provaram que havia a necessidade de se aumentar constantemente a produção agrícola para se adquirir a mesma quantidade de bens de consumo industriais, já que estes, pela inovação tecnológica constante, agregam mais valor. Defenderam que o setor nascente industrial necessitava de proteção cambial e enorme incentivos para o seu crescimento. Foram adotadas medidas radicais tal como o fechamento do mercado brasileiro para importações de bens industriais e criado forte incentivo fiscal para garantir uma atrativa taxa de lucro para o setor.

A renúncia fiscal do Estado foi enorme, o que acabou criando uma colossal dívida interna. Mas, o nosso setor industrial se fortaleceu e se tornou um dos mais importantes do planeta. Tudo isto foi possível graças a uma forte articulação das lideranças do nascente setor industrial brasileiro. A defesa de seus interesses econômicos se constituiu em uma luta permanente frente ao poder legislativo e executivo para que a legislação fosse favorável ao crescimento do setor industrial.

O nascente terceiro setor ainda não tem forças para uma ação de tal envergadura. Constituído majoritariamente por micro organizações que atuam em campos dos mais distintos, o setor ainda se sente refém do poder público. Nos trabalhos de pesquisa de campo até agora realizados, nota-se uma forte dependência das organizações de favores dos governos locais. Como influenciar a formulação de políticas públicas se as organizações se sentem temerosas de perderem os parcos recursos que conseguem como uma dádiva que não deve ser questionada?

O papel hoje passivo das organizações deverá ser convertido em um papel ativo de tal forma que possa influenciar na formulação de políticas publicas que fortaleçam o setor. Assim como ocorreu no setor industrial, isto é possível através da organização das mais expressivas lideranças do setor em um forte “lobby” que atue nos mais distintos níveis de decisões governamentais. Influenciar a formulação da legislação social com o intuito de fortalecer o setor tem que fazer parte das prioridades na agenda das organizações.

Recentemente foi publicado pelo Instituto Aspen (www.aspeninstitute.org) um livro intitulado “Seen but not Heard: Strengthening Nonprofit Advocacy” que faz um diagnóstico da atuação de defesa de interesses das organizações do terceiro setor apontando que elas são esporádicas e ainda fracas.

Para mudar tal cenário o livro faz cinco recomendações para que as organizações promovam cada vez mais a participação e comprometimento de suas lideranças em ações de defesa dos interesses do terceiro setor frente aos poderes governamentais. São elas:

(i) discutir advocacy com os conselhos e os dirigentes da organização. Os principais diretores devem explicitar o seu envolvimento e apoio nas ações que poderão influenciar políticas públicas;

(ii) estabelecer como um procedimento interno da organização a preparação e discussão de assuntos que melhorem a participação da organização em ações coletivas de defesa de interesses;

(iii) designar membros da direção que sejam responsáveis no dia a dia por assuntos de defesa de interesses da organização e do setor;

(iv) engajar a organização em redes que representem os interesses do setor frente a órgãos governamentais e

(v) formar colaboradores especialistas em defesa de interesses, assim como uma estrutura que favoreça a sua ação.

Uma recente notícia exemplifica o tipo de ação necessário para que o setor se torne um protagonista na formulação de políticas públicas. Ela dizia respeito à formação de duas redes de organizações. Uma para exercer o controle e monitorar o poder legislativo municipal de São Paulo nas áreas de juventude, infância, adolescência, educação, arte e cultura. E, outra, para acompanhar o trabalho de vereadores com relação aos temas de diversidade e direitos humanos.

É o pontapé inicial que precisávamos. Cabe seguir o exemplo e semeá-lo pelo país afora. Os necessários frutos para fortalecer o setor certamente virão!

* Luiz Carlos Merege é professor titular, doutor pela Maxwell School of Citizenship and Public Affairs da Universidade de Syracuse, coordenador do Centro de Estudos do Terceiro Setor - CETS da FGV-EAESP, do curso de Administração para Organizações do Terceiro Setor e do Projeto Censo do Terceiro Setor do Pará .

Publicado na edição de setembro da revista Integração

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Últimos dias para inscrever-se no Encontro de mobilização de recursos ABCR - Resource Alliance

O encontro antecede o 5º Congresso do Gife sobre Investimento Social Privado em Salvador e será realizado no dia 2 de abril, no Pestana Bahia Hotel, em Salvador.

As vagas são limitadas, por isso inscreva-se o quanto antes.

Objetivos:
- Discutir sobre os avanços da sustentabilidade das ONGs no Brasil;
- Discutir o papel do captador de recursos na busca pela sustentabilidade;


Contexto:
O crescimento vertiginoso do número de ONGs no Brasil a partir dos anos 90 e a pressão dos novos financiadores do Terceiro Setor (organismos internacionais e empresas) por resultados, fez com que a profissionalização e algumas ferramentas típicas do mundo empresarial fossem incorporadas ao dia-a-dia das ONGs. Planejamento estratégico, avaliação, indicadores, marketing, foram algumas das palavras que passaram a compor o vocabulário de quem trabalha no terceiro setor.

Nesse cenário, nasce, no início dos anos 2000 a ABCR – Associação Brasileira de Captadores de Recursos, inspirada em movimentos internacionais pela ética na atividade da captação de recursos e pelo fortalecimento dessa atividade como fundamental para fortalecer todo o setor da Sociedade Civil. Essa também é missão da Resource Alliance, uma ONG internacional com presença na Europa, Ásia, África e a partir de 2008 no Brasil.

Mas depois de quase dez anos do início desse processo, afinal, quais foram os avanços na profissionalização da atividade de captação de recursos no Brasil? E como evoluiu a atividade do captador de recursos? As ONGs valorizam ter em sua equipe um profissional de captação de recursos? Qual o perfil desse profissional? Como formar um captador de recursos?

Essas são algumas das perguntas que inspiram o Encontro de Mobilização de Recursos ABCR e Resource Alliance.


Programação:

8:30 a 9:00 - MESA DE ABERTURA E BOAS VINDAS
Norma Galafassi - Conselheira da Resource Alliance
Marcelo Estraviz - Presidente da ABCR
Fernando Rossetti - Secretário Geral do GIFE


9:00 a 11:00- PALESTRA INTERNACIONAL
Norma Galafassi - "Panorama mundial da mobilização de recursos e a sustentabilidade das ONGs"


11:00 a 11:30 - COFFE-BREAK
Mesas Temáticas para intercâmbio e discussão


11:30 a 13:00 - OFICINAS DA MANHÃ
Oficina M1: Michel Freller - "Captação de Recursos através de Incentivos Fiscais Federais"
Oficina M2: Claudia Amaral - "Captação de Recursos para o Desenvolvimento Local"


13:00 14:00 -ALMOÇO


14:00 a 16:00 - OFICINAS DA TARDE
Oficina T1: João Meirelles - "Cadeias de valor: empresas & comunidades tradicionais em parceria"
Oficina T2: Rodrigo Alvarez - "Negócios sociais: criando valor financeiro ao que tem valor simbólico"

16:00 a 16:30 - COFFE-BREAK
Mesas Temáticas para intercâmbio e discussão


16:30 a 17:00 - COMUNICAÇÃO
Marcio Zepellini - "Marca X Causa: agregando valor à comunicação no Terceiro Setor"


17:0 a 18:00 - PALESTRA NACIONAL
Marcelo Estraviz - "Rumo ao desenvolvimento institucional: 'Mobilizando' mobilizadores de recursos"


18:00 A 18:30 - MESA DE ENCERRAMENTO
Norma Galafassi e Marcelo Estraviz - Resumo do dia e convite para o coquetel.

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Empresas criam Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresarial

Objetivo é incentivar, qualificar e fortalecer o trabalho voluntário

Cerca de 30 empresas de todo o Brasil reúnem-se para lançar nesta segunda-feira, 24, na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresarial (CBVE). Entre as empresas participantes do Conselho, que é uma iniciativa pioneira no país, estão Coca Cola, Carrefour, Light, Petrobras, Shell, Souza Cruz, TV Globo e Vale, entre outras.

O objetivo do CBVE é incentivar, qualificar, fortalecer e disseminar o trabalho voluntário em empresas, institutos e fundações empresariais a ele associados. Escolhida por unanimidade como presidente do CBVE, Wanda Engel, superintendente-executiva do Instituto Unibanco, afirma que sempre acreditou na união de esforços, apontando a fragmentação como um dos maiores males nas lutas coletivas. “A dispersão de esforços diminui o impacto das ações sociais”, diz a presidente do CBVE.

Para assumir a secretaria-executiva do CBVE foi escolhida a ONG RIOVOLUNTÁRIO, por sua experiência na consultoria de programas de Voluntariado Empresarial. “É muita honra assumir essa posição em um conselho dessa natureza. O país precisa muito de força de voluntários e, nesse sentido, é fundamental a participação da iniciativa privada. As empresas estão conscientes de seu papel e da oportunidade de aderirem a esse processo de construção e engajamento”, afirma Heloisa Coelho, diretora-executiva do RIOVOLUNTÁRIO.

Após o lançamento, outras empresas poderão ingressar no Conselho. Basta entrar em contato com a coordenação do CBVE, no RIOVOLUNTÁRIO – empresarial@riovoluntario.org.br.

Publicado pela Pauta Social em 24/03/08

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quarta-feira, 19 de março de 2008

Projeto de lei e acusações mudam regras da assistência social

Na última semana, um Projeto de Lei (PL) encaminhado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso Nacional e uma operação da Polícia Federal deixaram setores ligados à assistência social em polvorosa.

Se por um lado o PL muda as regras da concessão do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas) e das atribuições do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), as investigações, segundos especialistas consultados pelo GIFE, abalaram a credibilidade do órgão contrário às mudanças: o próprio CNAS.

Para entender o imbróglio, é preciso analisar os dados cronologicamente. No dia 12 de março, o presidente envia o projeto ao Congresso. Antes de qualquer reação do conselho, a Polícia Federal, em uma operação batizada de Fariseu, prende, na manhã do dia 13, seis pessoas – entre eles o ex-presidente do CNAS, Carlo Ajur - que atuavam junto ao conselho por meio de suposta concessão fraudulenta do Cebas.

Na coletiva de imprensa sobre as prisões e a operação policial, o ministro da Previdência, Luiz Marinho, disse ter sido só coincidência o governo anunciar a alteração no conselho na véspera das prisões. “Não sabia que essa operação estava em curso”, disse. No entanto, ao final da coletiva, cometeu uma indiscrição: “ouvi um disse-me-disse”.

Órgão Paritário
O CNAS é composto por 18 integrantes, sendo nove representantes de entidades da sociedade civil e nove do governo. Ele tem como objetivo acompanhar a política nacional de assistência social, em articulação com as demais políticas públicas.

O conselho também é responsável pelo Cebas, um reconhecimento do poder público federal de que uma instituição não tem fins lucrativos e presta atendimento ao público-alvo da assistência social. A entidade portadora do certificado emitido pelo CNAS passa a ter isenções tributárias. Em troca, os beneficiados são obrigados a dar bolsas de estudos para alunos carentes e, no caso de hospitais particulares, atendimento gratuito a quem não tem condições de pagar.

Segundo dados do ministério da Previdência, anualmente, as nove mil entidades deixam de recolher R$5 bilhões por serem filantrópicas. “Mas isso não quer dizer que sejam bilhões de reais que vão direto para o bolso dessas entidades, como o Marinho (ministro da Previdência) quer fazer crer. Para conseguir o Cebas é preciso comprovar que existe um atendimento no mesmo valor isentado no imposto”, afirma o advogado Eduardo Szazi, especialista em legislação do terceiro setor.

O que muda
O Projeto de Lei encaminhado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso Nacional prevê mudanças nas funções do CNAS. A medida pretende deixar as liberações de certificados de filantropia a cargo dos ministérios a que as entidades são relacionadas.

Com a nova regra, por exemplo, os hospitais filantrópicos receberão o certificado do Ministério da Saúde, as entidades de ensino serão avaliadas pelo Ministério da Educação e as entidades de assistência social vão receber o aval do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

“Se aprovado no Congresso, o CNAS não mais avaliará e certificará entidades filantrópicas. O CNAS vai passar a ser um conselho puro, ou seja, vai funcionar como os conselhos da Saúde, Previdência e da Educação discutindo as diretrizes da política assistencial e não vai mais discutir filantropia”, explicou Marinho.

O projeto também antecipa a fiscalização sobre o cumprimento das exigências por parte das entidades beneficiadas. Hoje, um Cebas é concedido pelo prazo de três anos, e a instituição só é fiscalizada após esse período. Se for constatada alguma irregularidade e o certificado acabar cancelado, o imposto que deixou de ser recolhido dificilmente volta aos cofres públicos.

Pela proposta do governo, os Cebas terão validade de um a três anos e a fiscalização poderá ser exercida a qualquer momento.

As exigências para concessão do Cebas continuam praticamente as mesmas. Um hospital, por exemplo, terá que destinar pelo menos 60% de seu atendimento, incluindo internações a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). No caso de instituições educacionais, no mínimo 20% de sua receita bruta devem ser destinados à gratuidade, incluindo o oferecimento a estudantes de baixa renda de uma bolsa de estudo integral a cada nove alunos pagantes. As filantrópicas deixam de pagar impostos como PIS e Cofins e também ficam isentas da contribuição patronal de 20% ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Segundo a secretária nacional de Assistência Social, Ana Lígia Gomes, cada ministério vai poder regular melhor, fiscalizar melhor. “Para as entidades também vai ser melhor, porque elas vão ter uma legislação precisa, vão saber o que se espera delas em cada política pública”, explicou.

O projeto de lei foi fechado em uma reunião realizada no último dia 6 na Casa Civil. O texto é fruto de uma negociação liderada pelo ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, conforme informou o jornal Correio Braziliense.

Críticas
Pessoas vinculadas ao debate, e que pediram para seus nomes serem ocultados desta matéria, mostraram-se completamente contrários ao projeto. “Não vai mudar nada. Apenas irá colocar o tema nas mãos de técnicos e abrir uma nova forma potencial de corrupção. Não vejo como essa idéia poderá melhorar a transparência das concessões”, disse uma importante liderança social.

Ela lembra da Operação Mecenas, também da Polícia Federal, que prendeu no final do ano passado três produtores culturais, uma servidora federal e um policial civil acusados de organizar um esquema de corrupção em torno da Lei Rouanet, no Ministério da Cultura.

A quadrilha usava um modelo de estelionato recorrente no Estado, mas de difícil identificação: aproveitava-se da burocracia no setor público para simular dificuldades na aprovação de projetos e, assim, vender serviços de consultoria. O lucro girava em cerca de 5% em cima do dinheiro que a produção cultural levantava do setor privado com estímulo de incentivos fiscais.

O procurador da República Pedro Antônio Machado também criticou o projeto do governo. “Esse projeto do governo é muito ruim. Os ministérios da Educação e da Saúde não têm condições de analisar as informações fornecidas pelas entidades. Quem teria que fazer isso é a Receita” disse ao jornal O Globo.

Um dos especialistas entrevistados pelo redeGIFE, e que também pediu anonimato, acredita que a redução da validade das concessões implicará em problema burocrático, que poderá tornar inviável as ações de muitas entidades.

Simplificar
Para manter as instituições filantrópicas vivas, o superintendente da Confederação das Misericórdias do Brasil, José Luis Spigolon, destacou a importância de o governo atualizar a legislação que determina os critérios de concessão do certificado de filantropia, a fim de simplificá-los. “O decreto (2536/98) que está hoje em vigor já foi mexido por diversas vezes. Ficou poluído. Defendemos a necessidade de uma atualização em todo o decreto, sem comprometer a sobrevivência das instituições”, disse à Radiobrás.

A elaboração deste novo decreto já começou e, segundo informou a assessora da Secretaria Nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social, Márcia Maria Biondi Pinheiro, em breve será editado. Ela disse que as novas regras nos critérios de concessão do certificado de filantropia não vão endurecer, em hipótese alguma, a legislação hoje em vigor.

Prisões
Entre os principais crimes possivelmente praticados pelo grupo de seis pessoas presas na última quinta feira (13) estão a corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa e o tráfico de influência. Acusa-se ainda que eles ainda gerenciando a pauta de votação do CNAS, retirando e incluindo processos nas pautas segundo seu interesse.

Foram presos o ex-presidente do conselho Carlo Ajur Cardoso Costa, os conselheiros Márcio Ferreira e Euclides da Silva Machado, os advogados Ricardo Vianna Rocha e Luiz Vicente Dutra e a secretária de Dutra, Andréa Schran.

As investigações começaram em 2004 após representantes de uma entidade terem denunciado à PF que o então presidente do CNAS havia se oferecido para ajudar na aprovação da renovação do CEBAS, mediante pagamento de propina. Dois advogados que atuariam como intermediários entre as entidades interessadas e alguns conselheiros também estavam envolvidos.

Segundo a superintendente da Polícia Federal em Brasília, Valkiria Teixeira de Andrade, até agora foi identificado o envolvimento de 60 entidades no esquema, principalmente hospitais e faculdades. Valkiria disse não poder revelar os nomes das instituições porque o processo tramita em segredo de Justiça.

Investigado, o presidente do conselho, Sílvio Iung, pediu, na sexta-feira, 14 de março, afastamento do cargo. Iung será intimado nesta semana para depor no inquérito da PF. Em nota divulgada pelo CNAS, a vice-presidente do órgão, conselheira Simone Albuquerque, assume, interinamente, o cargo.

A nota Informa ainda que, até abril, o órgão se dedicará à revisão dos processos aprovados nas últimas sessões comandadas por Iung e que tiveram a participação de conselheiros presos na operação.

Segundo a assessoria de imprensa do Ministério do Desenvolvimento Social, o calendário das eleições dos representantes da sociedade civil no CNAS, para a gestão 2008/2010, não foi modificado. O conselho deve publicar no Diário Oficial da União (DOU), até o dia 20 de março, a listas dos novos conselheiros eleitos para posse no dia 19 de maio.

Erros
A cobertura sobre o tema oferecida pela imprensa apresentou uma série de erros, que prejudicam ainda mais a imagem das entidades consideradas beneficentes e não estão sendo investigadas. “Ninguém diz que essas isenções são direitos constitucionais dados a organizações que fazem o trabalho do governo, onde o Estado não chega”, analisa Eduardo Szazi.

Imprecisões também são recorrentes. Na edição do dia 14 de janeiro, o jornal O Estado de S.Paulo publicou reportagem na qual “governo teria deixado de arrecadar R$4 bilhões por conta da irregularidade no Conselho Nacional de Assistência Social”. A mesma informação passada pelo jornal Folha de S.Paulo, diz que o valor é de R$2 bilhões.

Rodrigo Zavala, da Rede Gife
Publicado pela
Envolverde em 18/03/08

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