segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Soldados e voluntários são flagrados furtando doações para vítimas das chuvas em Blumenau (SC)

Flagelados de Itajaí (SC) recebem doações de diversos Estados brasileiros; número de desalojados diminui, mas situação é grave
Fernando Donasci/Folha Imagem


Um grupo de voluntários e soldados do Exército foi flagrado furtando donativos do Pavilhão 1 do Parque Vila Germânica, em Blumenau, onde funciona um posto de arrecadações da Defesa Civil de Santa Catarina. As imagens foram exibidas na noite deste domingo (14) por uma emissora de TV local.

Nesta segunda-feira, o governo do Estado e a Prefeitura de Blumenau anunciaram um pacote de medidas para prevenir novos furtos. De acordo com o secretário de Assistência Social do município, Mário Hildebrandt, ainda não é possível saber ainda quanto foi levado do depósito.

Segundo o secretário, o fato foi "isolado" e, ainda hoje, a Prefeitura de Blumenau registrou um boletim de ocorrência na 1ª DP da cidade para que o caso seja investigado.

Em um comunicado divulgado hoje, a prefeitura e o governo do Estado anunciaram a contratação de uma empresa especializada em logística, sob a coordenação da Secretaria Regional de Blumenau, para realizar os serviços de recepção e distribuição das cargas.

Segundo Hildebrandt, uma empresa de segurança e vigilância também deverá ser contratada para impedir que novos furtos ocorram no local.

Tanto a Prefeitura de Blumenau quanto o governo de Santa Catarina lamentaram o ocorrido, mas elogiaram a atuação dos "milhares de voluntários sérios, honestos e comprometidos com a recuperação de Blumenau e região", por meio de nota.

"Esta não é, de maneira alguma, a imagem que os soldados do Exército deixam aqui. Eles prestaram um excelente serviço no atendimento às vítimas em Blumenau. Isso é um fato lamentável, mas pontual", afirmou Hildebrandt, à Folha Online.

Blumenau foi uma das cidades mais atingidas pelas chuvas que devastaram o Estado de Santa Catarina. Segundo a Defesa Civil Estadual, das 128 mortes confirmadas no Estado até hoje, 24 ocorreram no município.

Ao menos 5.567 pessoas continuam em abrigos públicos no Estado, e outras 27.236 continuam desalojadas, informou o órgão.

O ministério da Defesa, por meio de sua assessoria, informou que o Comando do Sul do Exército abriu um processo administrativo para apurar os fatos.


Folha Online, 15/12/08

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National Geographic no varejo

A famosa sociedade sem fins lucrativos investe US$ 44 milhões para abrir uma rede de lojas. O objetivo? Fazer dinheiro para financiar suas pesquisas

A National Geographic Society (NGS), sociedade sem fins lucrativos, que nasceu em 1888 com a missão de difundir o conhecimento geográfico e financiar pesquisas científicas, é conhecida principalmente pelo canal de televisão e pela revista que levam o seu nome. Mas ela quer muito mais do que isso: pretende se tornar sinônimo de varejo.

É que recentemente ela abriu uma loja no coração da cidade de Londres, em Regent Street, e, na semana passada, inaugurou uma loja em Cingapura. "Temos planos para mais lojas em 2009", diz Liz Nickless, diretora de comunicação da National Geographic. Os próximos passos apontam para Istambul, na Turquia, e Barcelona, na Espanha, em um investimento total de US$ 44 milhões - dinheiro levantado em parceria com a empresa espanhola Worldwide Retail Store.

Nas lojas, os clientes encontrarão - além de produtos relacionados a viagens como guias - roupas e acessórios esportivos, móveis de design, brinquedos, objetos de arte e até jóias importadas da África.

O objetivo da sociedade é aumentar o faturamento, que hoje já é de aproximadamente US$ 550 milhões, para reverter parte do lucro para cerca de nove mil projetos de pesquisa da própria Nat Geo, como a sociedade é chamada. "Abrir lojas é o caminho natural da organização", afirma Kátia Murgel, diretora de programação do canal National Geographic no Brasil.

Ainda não há planos para que o comércio chegue por aqui. Porém, na capital inglesa, desde que foi aberta, a loja tornou-se ponto turístico e passou a concorrer, quem diria, com museus como a National Gallery ou mesmo com o British Museum. Com 1,8 mil metros quadrados divididos em três andares, o espaço abriga auditório, restaurante, estúdio fotográfico, agência de viagens, biblioteca e pavilhão para exposições. O mais impressionante, porém, é a forma como os produtos à venda podem ser testados.

A loja conta com salas especiais que simulam tempestades de vento e mudanças bruscas de temperatura para provar a resistência dos equipamentos de aventura. Outra novidade inclui uma parceria com a Sony para instalar um sistema exclusivo de som e imagem. Através de uma rede interna, o mesmo conteúdo pode ser passado simultaneamente nas 42 televisões do local.

"Por enquanto, essa é uma ação isolada da National Geographic Society International", explica Gustavo Leme, vice-presidente da Fox Latina, que possui os direitos do canal no Brasil. "Não há previsão de ter nada parecido por aqui." A idéia, pelo menos por enquanto, é investir no canal, que, com nove anos de presença no País, alcança cerca de cinco milhões de casas.

As novidades com foco na América Latina incluem dois documentários sobre as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e dois documentários de produção nacional: um de viagem pela selva, batizado de Across the Amazon, e uma série com o navegador Amir Klink.

"Queremos aumentar em 25% a receita de publicidade do canal", conta Leme. Ao que parece, toda a National Geographic passa por um desafio de se multiplicar sem perder a essência. "A National Geographic vende conhecimento, com uma proposta que se aproxima dos museus", aponta Jeaninne Carvalho, consultora de marcas da Brand Up. "Eles só têm de tomar cuidado para não sofrer com a superexposição."


Carolina Guerra
Boletim IstoÉ Dinheiro - Edição 585

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Imagem das Empresas Socialmente Responsáveis

Ações institucionalizadas de Responsabilidade Social alavancam reputação das empresas

Doar alimentos a grupos carentes, financiar reformas em uma instituição escolar, patrocinar um evento comunitário ou esportivo, plantar mudas de árvores... Ações isoladas como essas, de engajamento comunitário e ambiental por parte das grandes empresas, têm definido durante muito tempo o entendimento de responsabilidade social corporativa. Algumas empresas até definem erroneamente tais empreendimentos, soltos como partes de algum programa empresarial de cidadania corporativa. Porém, o que o brasileiro hoje demanda – e, sobretudo, que define com força a respeitabilidade que sente pelas empresas – está muito mais próximo de iniciativas institucionalizadas de RSE do que medidas emergenciais ou práticas avulsas de sensibilidade socioambiental.

Pesquisa da Market Analysis nas nove principais capitais do país revela que a imagem das grandes empresas melhora, e muito, quando elas desenvolvem atividades institucionais de longo prazo, antes que emergenciais, tais como parcerias com organizações sociais, criação de fundações filantrópicas ou mesmo quando elas permitem que seus funcionários tirem dias de folga para realizar trabalhos voluntários.

Das três opções de institucionalização possíveis, a parceria com ONGs ou instituições de caridade é a que mais desperta empatia pela empresa por parte do consumidor médio: sete em cada dez respondem que a imagem da empresa que faz tais parcerias melhora muito. Quando se trata de viabilizar ações de voluntariado ou formalizar uma fundação própria, o impacto positivo de reputação dessas ações continua sendo majoritariamente positivo, mas não com a força das parcerias com entidades independentes da sociedade civil. Essas diferenças parecem apontar para uma preferência entre os consumidores por iniciativas validadas externamente e que reúnam atores autônomos (como as ONGs ou instituições de caridade), capazes inclusive de dar um aval objetivo tanto nas intenções como nos resultados concretos obtidos a partir do investimento social das corporações.

Quem reage mais favoravelmente a esta opção de RSE institucionalizada? Embora o apoio seja alto, nem todos os consumidores demonstram a mesma sensibilidade. Algumas características pessoais, como o grau de interesse por assuntos de cidadania corporativa ou o engajamento em conversas sobre a conduta das empresas, claramente apontam diferenças importantes. Assim, o efeito positivo de estabelecer parcerias é muito mais intenso entre aqueles que expressam alto interesse por RSE (72%) do que entre os que permanecem desinteressados (58%), e o mesmo ocorre entre aqueles que se envolvem muito freqüentemente em conversas sobre o comportamento das empresas (79%) e aqueles que permanecem apáticos (67%).

Mas não se trata apenas de quem já está predisposto culturalmente a dar valor a tais ações. Por exemplo, quem acha que o governo deveria intervir mais para estimular ações de sustentabilidade socioambiental das empresas está menos predisposto a transferir uma boa imagem para aquelas empresas parceiras de instituições da sociedade civil. Em outras palavras, desenvolver parcerias de sucesso com ONGs pode resultar, também, em uma estratégia que minimize incentivos para o governo intervir e regulamentar a esfera de atuação corporativa.

Um último dado relevante é que a opção de formar parcerias com ONGs redunda em benefícios de imagem, tanto para consumidores que trabalham em empresas de pequeno e médio portes, como para aqueles empregados de corporações com mil ou mais funcionários. É, nesse sentido, a alternativa que reúne o maior consenso sem importar o âmbito de trabalho do entrevistado (já as outras duas opções tendem a ser privilegiadas particularmente por aqueles que trabalham para as maiores corporações do país).

Naturalmente fica pendente a resposta sobre que tipo de parceria e quais ONGs e instituições de caridade emergem como as opções mais coerentes para uma determinada empresa ou setor. Empresas líderes da sustentabilidade em setores geralmente questionados pelo seu impacto ambiental, como o petroleiro e o químico, ou pelo seu baixo impacto social, como o bancário, têm sido capazes de resolver essa questão de maneira competente, consultando seus diferentes stakeholders e conhecendo os valores e objetivos priorizados pelas potenciais parceiras. Uma das conseqüências de tais decisões é que esses pioneiros da RSE conseguem capitalizar positivamente suas ações institucionalizadas em reputação corporativa, mesmo quando o setor como um todo é visto de modo crítico.

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O quanto a sua impressão sobre uma empresa melhora
quando você descobre que a empresa

Faz parcerias com ONGs ou com instituições de caridade - 70%
Permite que funcionários tirem folga para realizar trabalho voluntário
para instituições de caridade ou entidades comunitárias - 59%
Criou sua própria fundação filantrópica - 55%
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Ficha técnica
Entrevistas pessoais por amostragem probabilística realizadas com 805 adultos (18 a 69 anos) nas nove principais capitais do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Brasília e Goiânia.
Market Analysis - www.marketanalysis.com.br, info@marketanalysis.com.br
(48) 3234-5853


Revista Filantropia - OnLine - nº180

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Cooperação entre países em desenvolvimento

O Programa África-Brasil de Cooperação em Desenvolvimento Social, com o objetivo de facilitar a implementação de políticas sociais, tornou seu site bilíngüe, com o conteúdo em inglês e português.

O programa, resultado de uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o Ministério Britânico para o Desenvolvimento Internacional e o Centro Internacional da Pobreza, é inspirado em um projeto-piloto de cooperação entre Brasil e Gana assinado em 2007.

O site é uma ferramenta que visa promover uma crescente modalidade de cooperação técnica internacional e disseminar o conhecimento sobre a cooperação entre o Brasil e os países africanos. www.undp-povertycentre.org/africa-brazil


Revista Filantropia - OnLine - nº180

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Mulheres lideram projetos inovadores no país

Cátia Jourdan, depois do MBA, assumiu a gerência da Incubadora Social de Comunidades do Instituto Gênesis, da PUC, no Rio de Janeiro
Foto Leo Pinheiro/Valor

A executiva Cátia Jourdan tirou o salto e subiu o morro. Antes de ser gerente da Incubadora Social de Comunidades do Instituto Gênesis, da PUC-RJ, a formação como psicóloga a ajudou a atender novos empreendedores no Morro do Pereirão, no Rio Janeiro. Ao mesmo tempo, para adquirir mais habilidades na área de negócios, cumpriu um MBA em administração. "Minha meta era melhorar a auto-estima das empresas, alavancar oportunidades de trabalho e afinar a relação delas com a população carente do entorno". Graças ao seu trabalho, assumiu a gerência da instituição, em 2006.

As incubadoras oferecem apoio gerencial e técnico para micro e pequenas empresas interessadas em desenvolver novos projetos. Hoje, o Instituto Gênesis abriga três delas, todas gerenciadas por executivas. A unidade de Cátia tem quatro empreendimentos incubados e dois a caminho. Em 2009, graças a um aporte de US$ 150 mil do Banco Mundial, vai montar na Vila Parque da Cidade, no bairro da Gávea, um centro de tecnologia com dez computadores, acesso à internet e uma cozinha-escola. "Vamos desenvolver in loco o potencial empreendedor dos habitantes do lugar."

Sem saber, Cátia faz parte de um movimento observado na área do empreendedorismo inovador no Brasil. Uma pesquisa realizada no segundo semestre deste ano constatou que as mulheres estão tomando conta dos cargos de chefia de incubadoras e parques tecnológicos no país- uma área tradicionalmente masculina. Hoje, 48,6% dos parques e incubadoras são liderados por executivas.

O estudo "Mulheres Empreendedoras: Gênero e Trabalho nas Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos" foi realizado pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), em parceria com a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ITCP/UFRJ). O Brasil tem 400 incubadoras e parques que geram 33 mil empregos e abrigam mais de 6 mil companhias.

"O levantamento retrata transformações ocorridas na sociedade brasileira nas três últimas décadas, em relação à inserção das mulheres no mercado de trabalho", aponta o coordenador da pesquisa, Gonçalo Guimarães. A análise mostrou que mais de 40% das profissionais da área de inovação têm de 26 a 35 anos, 50% delas são pós-graduadas e conseguiram um nível de escolaridade melhor do que o que viam dentro de casa: mais de 30% declararam que suas mães só concluíram o primeiro grau.

Os dados mostraram também que 41,8% das profissionais são casadas, 48,1% são mães e 51,9% não têm filhos. "Há relatos de perda de emprego por causa da família", comenta o antropólogo e pesquisador Marcelo Ramos, consultor da Anprotec para a realização do estudo.

Segundo Ramos, os números constroem um cenário pouco comum para os padrões de inserção da mulher no ambiente produtivo. "Pesquisas mostram que na faixa etária de 30 a 40 anos, quando elas se tornam mães ou estão criando os filhos, há uma queda de participação no mercado de trabalho. Em campos tradicionalmente masculinos, o número de executivas nos cargos diretivos era, até pouco tempo atrás, inexpressivo", diz. "Foi surpreendente encontrar esse volume de mulheres jovens ocupando posições de coordenação e direção."

Embora batam cartão em áreas de ponta do empreendedorismo, as pesquisadas também se deparam com algumas ilhas de atraso. De cem entrevistadas, 45% afirmaram ter sofrido ou presenciado algum tipo de preconceito relativo à idade ou pelo simples fato de serem mulheres. "Mesmo com um alto nível de formação e de ocuparem cargos de direção, 50,7% das pesquisadas dizem que, com a mesma escolaridade e funções, ganham menos que os colegas homens". Entre as entrevistadas, apenas 17% do total recebem salários acima de R$ 2,5 mil.

Para Henry Etzkowitz, professor de gestão da inovação da Universidade de Newcastle, na Inglaterra, a mulher tem trocado a vida acadêmica por outras atividades. Etzkowitz coordena o projeto "As Mulheres na Inovação, Ciência e Tecnologia na Inglaterra", que estuda o comportamento de pesquisadoras e cientistas no setor.

Em visita ao Brasil, o especialista afirma que a necessidade de anos de estudo e a demanda por produção científica batem de frente com o período fértil da mulher. "O sistema caminha no sentido contrário ao relógio biológico feminino", diz. Etzkowitz acredita que exigências como a mudança ou a permanência em uma cidade ou país para a realização de mestrados e doutorados são pontos limitadores da presença da mulher no meio acadêmico.

Para ele, a diminuição da participação feminina na ciência pode estar relacionada com o crescimento da quantidade de mulheres no setor do empreendedorismo inovador. "Elas mostram habilidades como articulação e socialização, que lhes garantem vantagens nesse campo."

Em Belém (PA), a engenheira civil e mestre em engenharia de produção Verônica Nagata não reclama da dupla jornada. Além de ser coordenadora da Rede de Incubadoras de Tecnologia (RITU) da Universidade do Estado do Pará (UEPA), ensina empreendedorismo e gestão da qualidade para alunos da graduação e pós-graduação da instituição.

Casada, com uma filha, coordena a incubadora desde 2002. Antes, era responsável pela área de engenharia de produção da rede, que tem 11 empresas incubadas e oito em período de pré-incubação- cinco já foram graduadas. A presença feminina fala alto entre os negócios da unidade paraense: 54,5% das empresas também são chefiadas por mulheres.

Entre as companhias supervisionadas por Verônica, a Coopsai desenvolve brinquedos educativos a partir de madeira reaproveitada para crianças de três a 12 anos, enquanto a Mamma Di Mais, especializada em tecnologia de alimentos, cria massas utilizando elementos da culinária amazônica, como o jambu e o açaí.

Em Florianópolis (SC), a coordenadora da incubadora Micro Distrito Industrial de Informática (MIDI), Jamile Marques, já tem uma longa história no centro que dirige. "Em dez anos de atuação da incubadora, já graduamos 41 empresas". Administradora e mestranda em gestão da inovação, Jamile é casada, tem dois filhos e cuida da incubadora desde 2004. Ex-executiva da Kodak, mantém 13 companhias incubadas e vai receber mais duas em breve. "Mais de 90% das empresas graduadas aqui obtiveram sucesso no mercado, um número superior à média nacional dos negócios que passam por incubadoras, que é de 80%", comemora.

É o caso da Pixeon, que deixou o MIDI em 2005. Especializada no desenvolvimento de produtos para o setor hospitalar, criou um sistema que faz o armazenamento, interpretação, distribuição e gerenciamento de exames médicos em formato digital. Segundo Jamile, a Pixeon cresceu mais de 250% em 2007. No último ano, o faturamento da empresa saltou de R$ 550 mil para R$ 1,4 milhão e a previsão para 2008 é chegar a R$ 2,1 milhões.

Para o professor Geraldo Borin, coordenador do curso de empreendedorismo e gestão da PUC-SP, a participação feminina na área da inovação é uma conseqüência natural do avanço da mulher no mercado de trabalho. No curso coordenado por Borin, que já formou 200 alunos em quatro anos, 50% dos diplomados são mulheres e a maioria tem entre 25 e 35 anos.

Segundo ele, para gerenciar uma incubadora, o profissional, independentemente do sexo, deve possuir bom conhecimento sobre negócios, ter vivência em processos administrativos da atividade de incubação, além de conhecer novas tecnologias e a legislação dos segmentos onde irá atuar. "Frente a um empreendimento, as mulheres revelam uma percepção mais intuitiva da viabilidade econômica das empresas, enquanto os homens são inclinados a elaborar planos financeiros mais técnicos."

De acordo com Jamile Marques, da incubadora MIDI, de Santa Catarina, o setor de tecnologia ainda é dominado pelos homens, mas é notório o crescimento da ocupação feminina nas empresas da área, principalmente nos postos gerenciais. "Já temos incubadas em Florianópolis onde as mulheres são a maioria do capital humano", garante a executiva.


Jacílio Saraiva, Para o Valor, de São Paulo
Valor Online, 15/12/08

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