Sete jovens empreendedores tocam os chamados negócios sociais, economicamente viáveis e que pretendem reduzir a pobreza
Eles não abriram negócios tradicionais. Nem criaram ONGs. Os sete jovens empreendedores abaixo escolheram o caminho do meio. Tocam os chamados negócios sociais, iniciativas economicamente viáveis que têm como meta reduzir a pobreza com seus produtos, serviços ou a inclusão dos menos favorecidos na cadeia produtiva. Conheça o negócio de cada um deles.
O sócio capitalista
Antonio Moraes, 23 anos, idealizador do fundo de capital de risco Vox Capital
Se empresas convencionais já enfrentam dificuldades em captar recursos de sócios capitalistas, a situação é ainda mais espinhosa nos negócios sociais, geralmente pouco apetitosos aos olhos dos investidores. Disposto a solucionar o problema, Antonio Moraes, neto do megaempresário Antonio Ermírio, rejeitou a proposta de emprego numa consultoria. Preferiu se dedicar à criação do Vox Capital, o fundo de capital de risco que havia concebido em seu trabalho de conclusão do curso de administração pública da Fundação Getulio Vargas de São Paulo. Alimentada com recursos de investidores americanos, a Vox injeta de R$ 150 mil a R$ 1 milhão em empresas com até dois anos de estrada, que, além de rentáveis e com potencial de escala, ajudem a reduzir a pobreza ou melhorar a qualidade de vida da população de baixa renda – seja com seus serviços, produtos ou inclusão social na cadeia produtiva.
A Vox tem ainda outra peculiaridade: diferentemente dos fundos de venture capital convencionais, que compram participação em empresas com a intenção de vender suas ações mais tarde, ali a saída dos sócios capitalistas não é necessariamente parte do jogo. Nada os impede de continuar no negócio por tempo indeterminado.
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