quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Empreendedorismo e geração de renda própria

Empreendedor competente é aquele que sabe não ser personalista e faz o nome da entidade maior que o seu próprio

A Terra gira, as empresas mudam, as entidades e as pessoas se transformam. Nada mais natural. Assim vem acontecendo no Terceiro Setor já há algum tempo. As instituições se deram conta de que não basta apenas ter espaço físico e colaboradores, mas é necessário estar presente no mundo virtual.

A construção de um site eficiente focado em ser um importante canal de comunicação com seus stakeholders torna-se necessária, dado, ainda, aos escassos espaços destinados ao Terceiro Setor na mídia.

Diversas entidades se deram conta desta nova realidade, como o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon-SP), que recentemente colocou no ar uma nova página virtual. A Gota de Leite, sediada em Santos (SP), também estreou seu novo site há alguns meses e ainda trabalha continuamente para reforçar essa ferramenta.

Há organizações como a SOS Mata Atlântica, que alavancam campanhas de preservação usando o site com habilidade, e o Clickarvore, que é um programa de fomento e restauração florestal em que usuários da internet podem clicar gratuitamente e doar uma árvore por dia. Desde agosto de 2000, ano de sua criação, até outubro de 2007, foram doadas 10.968.471 mudas de espécies nativas.

O site registra picos de 12 mil cliques por dia. Além de colaborar para um mundo melhor, a ferramenta é um ótimo meio de consolidação da imagem institucional e de conquista de novos adeptos da causa.

As possibilidades são infinitas, porém, há alguns aspectos que essa janela virtual para o mundo real deve possuir para ser eficiente. Vejam a seguir.

Conteúdo objetivo, mas atraente
A abrangência e o poder da internet como meio de comunicação, ligação e conjunção com o mundo real podem passar despercebidos ou vistos superficialmente. É comum que as idéias para a montagem de um site parem de fluir após os primeiros rabiscos, situação também encontrada no ambiente empresarial.

Parece uma missão difícil, mas torna-se fácil quando se entende o processo de construção de um site e a maneira como levá-lo adiante. Uma simples analogia do problema é suficiente para ajudar no primeiro passo.

Imagine um evento realizado por uma ONG, sem importar o motivo. Pense na quantidade de pessoas que estão em contato com a organização. Perceba a quantidade de informação que entra e sai daquele ambiente por meio de conversas, fotografias, vídeos, opiniões.

Esse é o resultado do contato físico no mundo real que jamais será substituído. No meio virtual, entretanto, essa experiência pode ser repetida inúmeras vezes por dia, por hora ou milésimos de segundo. E o melhor é que tudo isso pode ser registrado, mensurado e melhorado.

O visitante virtual quer ter uma experiência tão rica quanto a presencial. Ele pode se interessar por diversos aspectos da entidade, como ideais, objetivos, infra-estrutura, histórico, necessidades etc. A clareza, a coesão e a profundidade das informações são fundamentais, mas elas devem vir acompanhadas de recursos atrativos como fotos, vídeos e gráficos. Além, é claro, de abrir um caminho para a difusão de notícias, pesquisas e meios de contato.

O importante é imaginar que, assim como o evento presencial, o leque de possibilidades que enriquecem o contato virtual pode ser até mais abrangente. É ir além dos portões da ONG, ligando-se a outras organizações e profissionais que defendem os mesmos ideais, foco ou campo de atuação.

Parodiando Drummond: “João amava Teresa que amava Raimundo que amava...”. Os estudiosos afirmam que estamos a apenas cinco pessoas de contato de qualquer outra na face da Terra. O público-alvo da entidade pode estar perto ou longe, mas ele só vai encontrá-la se houver um elo de ligação entre as pessoas e os assuntos pelos quais elas se interessam, ou seja, o conteúdo da organização.

Por isso, é importante que o site também contenha notícias, que podem ser copiadas de portais jornalísticos ou da página de outras entidades. Muitos dispõem de termos de direitos autorais que permitem a cópia, desde que citada a fonte.

Design: bom, bonito e para todos
A disposição do conteúdo de um site é sempre uma questão delicada, pois é preciso entender o funcionamento da web e como pensam as pessoas que por ali passam, a fim de prender a atenção das mesmas. Esse mandamento está ligado com design e diagramação.

Sem essas duas ferramentas organizacionais, de nada adianta ter um bom conteúdo. As páginas do site não podem ser cansativas visualmente, mas devem despertar interesse. Trata-se de padronizar o site, dando a ele uma identidade facilmente identificável pelo internauta nas próximas visitas.

Diferentemente do que muitos pensam, vale a pena seguir padrões e convenções na montagem de um site, pois essas características são pré-definidas com base em experiências reais. Muitos acessos são apenas para obter informações básicas, como endereço, telefone e e-mail da entidade.

Prefira um layout leve e que tenha uniformidade (uso dos mesmos símbolos – ícones, traços, cores, fontes, gráficos), imagens de qualidade, identidade visual e hierarquia. Outra dica é que espaço em branco não é falta de informação, mas descanso para os olhos. O importante nesse complexo mundo chamado internet é ser objetivo a tal ponto que o visitante não gaste tempo tentando entender o site, mas vá direto ao assunto que procura, sem dispersar sua atenção.

Um mecanismo inteligente é manter o conteúdo mais importante (logo, menu e matéria principal) no canto superior esquerdo em uma área limitada a 750 x 420 pixels (unidade de medida digital). Por dois motivos: porque é a área preservada em qualquer resolução de tela e é onde os olhos mais se apóiam durante uma navegação. Usar desse critério não significa ser igual aos outros, mas ser acessível e de fácil compreensão.

A animação é o sucesso ou a ruína de um site, sendo bastante discutida sua inclusão por conta de sua proliferação nos últimos anos. Incomodam muito quando obrigam o internauta a esperar o seu fim para acessar o conteúdo. Ou quando ficam piscando ao lado de um texto que tentamos ler. Em contrapartida, a animação é indicada em infográficos, sites de e-learning (ensino pela internet) e apresentações.

Na internet, que é um organismo “vivo”, temos diversas nuanças de visualização, desde a configuração do computador, passando pelos dispositivos móveis até o acesso aos deficientes. A visualização do site deve ser democrática, atendendo a todos, levando em conta a acessibilidade e a usabilidade.

O Consortiun (órgão internacional que busca uma internet democrática) abriu recentemente um escritório no Brasil e colocou à disposição diversos textos em português com o objetivo de difundir o conhecimento a um maior número de pessoas. Fica aqui a indicação.

Links
www.clickarvore.com.br
www.gotadeleite.org.br
www.sescon.org.br
www.w3c.br
www.youtube.com


10 dicas fundamentais

Hospedagem – Utilize provedores de confiança, que tenham renome no mercado e lhe dêem segurança e estabilidade tanto na hospedagem como no serviço de e-mail. Atualmente, uma hospedagem profissional varia entre R$ 18 e R$ 30 mensais. Cuidado com provedores muito baratos, que podem estar no exterior, pois causam lentidão no acesso ao site ou utilizam máquinas caseiras que não oferecem segurança aos dados. O custo no desenvolvimento é proporcional à hospedagem, porque é ela quem vai guardar o investimento inicial.

Registro de domínio – No Brasil, o NIC.br é a entidade responsável pelo registro de domínios. Para registrar e administrar um domínio é necessário obter gratuitamente um ID (identificador) com senha no site Registro.br. Prefira que o ID esteja ligado à entidade. É comum sites ficarem amarradas a desenvolvedores ou provedores por causa do registro do domínio.
Utilize sempre o DPN (domínios de primeiro nível) “.ORG.BR” e tenha como segunda opção o “.COM.BR”. Hoje em dia, os internautas já sabem distinguir bem o que é empresa e o que é uma organização do Terceiro Setor. Para obter o registro, é necessário enviar o estatuto da entidade para o NIC.br.

Ferramentas para doações – O uso do e-commerce pode ser uma maneira de captação de recursos, seja por meio de doações, adoção de assistidos ou venda de produtos da ONG em uma loja virtual. Existem diversas soluções no mercado, algumas mais caras e outras nem tanto. O meio de pagamento PagSeguro do UOL é uma ferramenta interessante, pois simplifica a instalação do sistema e conta com a credibilidade de um provedor de renome. Muitos ainda têm medo de fazer pagamentos eletrônicos; os que o fazem, preferem usar os grandes sites comerciais ou instituições bancárias.

Contato direcionado – É um meio de mostrar como a organização é estruturada. Importante direcionar o contato para a pessoa correta, incluindo um campo de assunto na área de contato (financeiro, administrativos, captação de recursos, voluntariado etc.).

Sala de imprensa – Press releases (textos que falam das ações e atividades da entidade) são ótimas ferramentas de informação à mídia, mas é bom pedir o cadastramento prévio do jornalista para liberar seu acesso. Uma boa decisão, caso haja recursos existentes, é contratar uma agência especializada em assessoria de imprensa, que fará o relacionamento com a mídia na divulgação das ações da ONG. Um banco de imagens também é ferramenta importante, mas precisa ter fotos de todas as pessoas destacadas para conceder entrevistas.

Multimídia/vídeos – Colocar um vídeo em um site exige um conhecimento que nem sempre está às mãos. O Youtube é o melhor e mais fácil meio de publicação, além de ser uma ferramenta de divulgação. Ele gera um script (código) para ser inserido em qualquer site. A dica para despertar a atenção dos internautas é colocar vídeos institucionais e didáticos sobre ações, campanhas, festas e eventos. Fundamental: não utilize vídeos muito extensos; eles devem ter no máximo dois ou três minutos, ou menos, se possível.

Google Maps – Essa ferramenta disponibiliza um script que pode ser inserido em qualquer site, de preferência na área de contato. Além de ser muito simples de operar, oferece um mapa virtual que detalha como chegar à ONG.

Ambiente administrador (back office) – Ter um ambiente administrador dá maior autonomia à organização para gerenciar o conteúdo de seu site, evitando a necessidade de contatar o desenvolvedor sempre que precisar fazer uma atualização. Várias soluções estão disponíveis no mercado que permitem controlar texto, imagens, links, agenda, downloads e contatos de qualquer máquina ligada à internet.

Prestação de contas e relatórios de atividades/gerenciais – Nenhum lugar é melhor do que a internet para inserir esses documentos públicos, que atestam a transparência e a seriedade da entidade. Pode-se criar um espaço dedicado a isso no site, com os relatórios disponíveis para download em formato PDF.

Divulgação – Todos querem estar no topo do Google. Mas, em se tratando de assuntos de interesse comum, o Terceiro Setor acaba competitivo como o meio empresarial. O mais correto é a contratação de uma empresa especializada em Marketing de Otimização em Buscadores (MOB). A prática de MOB está sempre se modificando, devido às próprias regras dos buscadores, que tentam evitar a entrega de resultados indesejados ou perigosos aos seus usuários.

Uma solução mais barata consiste em otimizar o código de navegação do site para facilitar a indexação nos buscadores. Evite redirecionamentos, uso de palavras-chave nos títulos, nomes de imagens, deixando o máximo possível das informações em forma de texto, e não em animações ou banco de dados.


Marcio Zeppelini
Revista Filantropia - OnLine - nº166

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Programa ECC de Apoio ao Terceiro Setor

O Grupo ECC, proprietário das empresas E-Consulting Corp. e DOM Strategy Partners, iniciam a homologação de novas organizações para fazerem parte do Programa ECC de Apoio ao Terceiro Setor (Peats).

Iniciado em 1999, promove um processo de apoio contínuo, sistêmico e profissional a entidades da sociedade civil, fortalecendo o comprometimento social vivido por todos os colaboradores no seu dia-a-dia. A meta é homologar cinco novas instituições até 31 de outubro.

www.grupoecc.com.br


Revista Filantropia - OnLine - nº166

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4º Encontro Paulista de Fundações

A Associação Paulista de Fundações (APF) realiza, em 13 de setembro, das 8h30 às 17h, o "4º Encontro Paulista de Fundações", no auditório do Colégio Rio Branco, à Avenida Higienópolis, 996. Evento discutirá a transparência e sucesso das Fundações. A novidade é que este ano o encontro será gratuito.

Com o objetivo de conscientizar sobre a transparência e o sucesso das fundações e o trabalho que realizam no âmbito do Terceiro Setor, o evento apresenta subsídios para orientação, esclarecimento de dúvidas e encaminhamento de sugestões relativas ao tema, com foco na atuação dessas entidades em São Paulo, no Brasil e no Mundo.

O encontro acontece em 13 de setembro, das 8h30 às 17 horas, no Colégio Rio Branco, instituição mantida pela Fundação de Rotarianos de São Paulo (FRSP), à Avenida Higienópolis, 996 – 3º andar, São Paulo. O tema central é "A transparência e sucesso das fundações".

Nos últimos três anos, o encontro, congregou fundações e instituições, discutiu sua conceituação, atividades a que se dedicam e problemas que enfrentam, além de conscientização a respeito do verdadeiro papel que exercem. Trata-se de oportunidade única para fortalecer a representatividade das fundações frente aos poderes públicos, sociedade e meios de comunicação.

Nesta 4ª edição, a abertura ficará por conta da presidente da Associação Paulista de Fundações e da Confederação Brasileira de Fundações, Dora Sílvia Cunha Bueno. Trata-se de oportunidade única para discutir a transparência, essencial para a credibilidade e sucesso das entidades voltadas ao terceiro setor.

Durante a conferência (encontro) serão apresentados três painéis, por meio do tema "As Fundações em São Paulo, no Brasil e no Mundo". Também haverá palestra sobre as questões tributárias que envolvem as fundações "As Fundações e a Legislação Tributária". Já estão confirmadas as presenças do Juiz de Direito da Vara do Júri da Comarca de Campinas – SP, José Henrique Rodrigues Torres; do Procurador de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais, Tomáz de Aquino Resende; do presidente da Fundação Jean Yves-Neveux, Eduardo José Vanti Sancho e do presidente do Sescon-SP – Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo, José Maria Alcazar Chapina.

Mais informações e inscrições: www.apf.org.br.


redeGIFE Online, 08/09/08

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Comgás busca projetos socioculturais para patrocinar

A Comgás lançou a segunda edição do Fundo Comgás de Patrocínio Sociocultural. Serão destinados recursos de R$ 1,5 milhão a projetos voltados para o desenvolvimento sustentado das comunidades das áreas de concessão da Comgás – Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista, Vale do Paraíba e Região Administrativa de Campinas. Os projetos receberão verbas a partir de R$ 50 mil.

O regulamento do Fundo, a ficha de inscrição e a Política de Patrocínio da Comgás estão disponíveis no site www.fundocomgas.com.br. O objetivo dessa iniciativa é fomentar empreendimentos socioculturais que gerem aprendizado transformador capaz de promover relações sustentáveis.

O lançamento da segunda edição do Fundo Comgás coincide com o 136º aniversário da empresa e com a estratégia de ampliar a participação no segmento residencial. “A proposta de apoio aos projetos socioculturais é uma forma de interferir positivamente nas comunidades onde a Comgás atua, seja por meio do desenvolvimento trazido pelo gás natural disponibilizado como opção energética, seja pelo suporte aos programas capazes de estimular a autonomia de cada uma dessas localidades”, afirma a gerente de comunicação, Bruna Milet.

Os projetos devem estar habilitados conforme o artigo 18 da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313/91 - Rouanet). Os projetos serão analisados em relação a critérios de prioridade, que apontam para o alinhamento da proposta com a Política de Patrocínio da Comgás.

A avaliação e a seleção serão realizadas por especialistas externos, pela Comissão de Seleção da Comgás, constituída especialmente para este fim, pelo Comitê de Comunicação e pela Diretoria da Comgás, respectivamente. A participação de empregados, temporários, estagiários e acionistas é vetada.


redeGIFE Online, 08/09/08

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Projetos comunitários podem ser foco de pequeno investidor

Empresas de pequeno porte podem fazer investimentos planejados, monitorados e sistemáticos para projetos sociais de interesse público. Basta terem estratégia, criatividade e a perspicácia de entender as demandas da comunidade em que estão inseridas para trabalhar conjuntamente com sua população.

As possibilidades foram debatidas no seminário Comércio Varejista e Sustentabilidade, promovido pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo
(Fecomércio), no último dia 5. Nele, especialistas e investidores analisaram os principais desafios para os empresários que pretendem implantar práticas socialmente responsáveis em suas organizações.

Embora estivessem no rol de palestrantes, grandes grupos investidores como o Pão de Açúcar e Wal-Mart - representados por Daniela Fiore e Paulo Pompilio, respectivamente -, um dos pontos fortes do evento foi a discussão de como os pequenos e médios empreendimentos podem iniciar seus próprios projetos sem vultosos aportes.

“A grande oportunidade do setor varejista é a sua capilaridade. Ele está pulverizado na comunidade”, afirmou o coordenador do Programa de Responsabilidade Social e Sustentabilidade no Varejo da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (Eaesp), Fundação Getúlio Vargas, Jacques Gelman.

Novas experiências
Entende-se como do setor de varejo o estabelecimento que dialoga diretamente com o consumidor final, sem intermediários. Nesse sentido, com o ponto vista da pequena e média empresa, ele é o supermercado de bairro, o açougue da rua, a padaria etc. “O varejista é o elo entre o consumidor e fornecedor. Ele pode ser um catalizador de processos”, acredita Gelman.

Um exemplo prático de como é possível iniciar um projeto social, sem gastar muito, vem do Distrito Federal. O que antes era apenas um açougue, vem se tornando, desde 1994, um dos mais irreverentes projetos culturais brasilienses. É o Açougue Cultural T-Bone, na Asa Norte de Brasília.

Os donos criaram, dentro do açougue, nada menos que uma biblioteca com 40 mil livros – começou com 10 volumes - que podem ser consultados ou retirados por qualquer pessoa da cidade. Não contentes, promovem noites culturais duas vezes por ano que já chegaram a reunir, na praça em frente, milhares de pessoas para assistir a shows de música popular e erudita, lançamento de livros e peças de teatro, entre outras atrações.

A experiência não apenas é reverenciada pela comunidade, como também passou a receber apoio do Ministério da Cultura, Petrobrás, Instituto C&A e da Universidade de Brasília.

Outra experiência celebrada pelos especialistas em responsabilidade social e investimento social privado no varejo é o caso do Supermercados Cardoso, em Jequié, Bahia. Em vez dos tradicionais sorteios de brindes para alavancar as vendas, o proprietário resolveu adotar uma postura mais “social”.

Nas cartelas a serem sorteadas, ele inscreveu 20 entidades beneficentes para o consumidor eleger como merecedora de um generoso prêmio em dinheiro, dado pelo supermercado. Enquanto a organização ganhava com o novo aporte de recursos, o consumidor recebia um vale-compra – além da idéia de participar da ação social, mesmo que indiretamente.

“O Supermercado nunca ganhou tanto com uma ação, pois as 20 entidades fizeram boca-a-boca para comprar na loja. Mas, tínhamos a certeza que não levamos à comunidade a qualquer transformação social”, lembrou o empresário Márcio Cardoso.

Com a idéia de que era possível conciliar o negócio com ações sociais, o supermercado não apenas criou um comitê de responsabilidade social, como deu início a uma política de investimento social privado em projetos de cultura, saúde, esporte. As ações envolvem conscientização à doação de sangue, campanhas para a coleta seletiva de lixo e apoio a cooperativas de catadores, incentivo a novos atletas e prática de esporte dos colaboradores, entre outras.

”A empresa não apenas adquire status com o consumidor, mas percebe uma diferença na motivação dos funcionários. Também existe um reconhecimento do poder público, de que você faz algo diferente”, argumentou Cardoso.

Consumidor
O “status” apontado pelo empresário Márcio Cardoso, pode ser identificado nos dado apresentados pelo diretor-presidente do Instituto Akatu, Helio Matttar, durante o evento. Divulgada pela organização em março deste ano, a Pesquisa 2006 e 2007 – Responsabilidade Social Empresarial – Percepção do Consumidor Brasileiro, aponta que cerca de 43% dos consumidores brasileiros esperaram que as empresas tenham ações de investimento social privado.

“O varejo está pressionado pelo lucro trimestral, tal como pelas exigências dos consumidores. O que pode ser feito é começar com poucas práticas. Talvez não consigamos lutar contra o consumo competitivo, mas oferecer boas ações”, crê Mattar.


Rodrigo Zavala
redeGIFE Online, 08/09/08

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9° Congresso Brasileiro de Direito e Contabilidade do 3° Setor

Debater, com os operadores do direito, contabilistas, administradores de entidades não-governamentais, religiosos, políticos, representantes de empresas e fundações socialmente responsáveis, as mutações legais e contábeis do Terceiro Setor, em especial aquelas derivadas do Projeto de Lei n. 3021/08 e da Lei n. 11.638/07.

Programação

8h45 Abertura Solene do Congresso
Justiça e Contabilidade Social como sinônimo de desenvolvimento humano
Marcos Biasioli
Presidente da Comissão Científica e Coordenador geral do Congresso Contabilidade do Terceiro Setor

9h - Reflexos na Contabilidade do Terceiro Setor por conta da nova lei contábil - n. 11.638/07
João Luís Romitelli
Graduado em Ciências Econômicas e Ciências Contábeis.Um dos fundadores e sócio diretor da Teorema Contabilidade S/S, empresa de consultoria em contabilidade e finanças, especializada nos segmentos de saúde, educação e entidades do terceiro Setor.

9h30 - Análise dos impactos derivados do Projeto de Lei n. 3021/08 na contabilidade das entidades beneficentes
Sérgio Roberto Monello
Contabilista, Bacharel em Direito, especialista em Direito Filantrópico e Assistencial, sócio diretor do Escritório Contábil Dom Bosco SS Ltda e sócio titular da Advocacia Sérgio Monello.

10h - Coffee-break e visita ao espaço cultural

10h30 - Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) e o acompanhamento diferenciado das entidades imunes pela Receita Federal do Brasil
Antonino Ferreira Neves
Diretor da Anális Assessoria Procontábil - GO, Auditoria e a Responsabilidade Contábil do Terceiro Setor

11hs00 Auditoria do Terceiro Setor e as suas peculiaridades frente às atuais mudanças legislativas
Angela Zechinelli Alonso
Bacharel em Ciências Contábeis, jornalista.É sócia da Alonso, Barretto e Cia - Auditores Independentes e Conselheira do Conselho Técnico e de Administração da 5ª Seção Regional do Ibracon.

11h30 - Limites de responsabilidade do contabilista que assina a contabilidade das entidades sociais
Sérgio Prado de Mello
Presidente do Conselho Regional de Contabilidade - CRC SP (2008-2009). Contador, Economista e Advogado. Sócio da SMJ Perícias Contábeis, Árbitro da Câmara de Arbitragem Empresarial de São Paulo.

Debates dos 1º e 2º Painéis
12h - Debates com os palestrantes disponíveis e presentes na mesa diretora

12h30 - Intervalo para almoço

13h30 - Apresentação do grupo Associação de Balé de Cegos Fernanda Bianchini
Direito do Terceiro Setor

14h - Reflexões sobre a constitucionalidade do Projeto de Lei n. 3021/08 e o seu conflito com a ADIN n. 2.028
Fátima Fernandes Rodrigues de Souza
Advocacia Ives Gandra Martins, Procuradora do Estado de São Paulo, Bacharel em Direito. Membro do Instituto dos Advogados de São Paulo e do Conselho Jurídico da Federação do Comércio de São Paulo.

14h30 - Análise legal da extensão dos efeitos da nova Súmula n. 352 do STJ e as gratuidades das entidades beneficentes
Marcos Biasioli
Titular da M. Biasioli Advogados e consultor jurídico de inúmeras entidades beneficentes. Mestrado em Direito pela PUC/SP e administrador de empresas pela Universidade Mackenzie/SP. Pós- graduado em Direito Empresarial pela The European University. Editor da Revista Filantropia e Coordenador Geral do Congresso.

15h - Súmula Vinculante do STF n. 8 e prescrição e decadência do crédito tributário das entidades beneficentes ante a Teoria da Modulação reconhecida pelo STF
Rodrigo de Carvalho
Advogado e Consultor Jurídico nas áreas de direito do Terceiro Setor, Tributário e Previdenciário, Mestre em Ciência Jurídica, Professor, Conselheiro titular no Conselho Deliberativo da Sociedade de Previdência Complementar do Sistema Federação das Indústrias de Santa Catarina - PREVISC.

15h30 - Coffee-break e visita ao espaço cultural

Processo Administrativo
15h50 - A missão e os novos desafios do CNAS
Valdete Barros Martins
Presidente do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) de 2008 a 2009. Assistente Social, professora universitária, mestranda em Serviço Social: Trabalho e Sociedade. Foi membro da direção da Federação Internacional dos Assistentes Sociais.

Legalização da Prestação de Contas
Prestação de Contas Federais
16h30 - Prestação de contas derivada da mobilização de recursos públicos por meio do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv)
Carlos Henrique de Azevedo Moreira
É engenheiro civil com pós-graduação em Consultoria de Informática e Filosofia da Educação. Desde julho/2000, atua na Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento e Gestão, onde exerce o cargo de gerente do Sistema de Compras do Governo Federal (SIASG - Comprasnet), coordenando sua evolução e utilização pelos órgãos públicos.

Prestação de Contas Estaduais
17h - Prestação de contas das fundações e demais entes sociais por meio do Sicap ao Ministério Público e suas implicações
Tomáz de Aquino Resende
Procurador de Justiça e Coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Tutela de Fundações e Entidades de Interesse Social - MG, Representante do Ministério Público no Projeto /Novos Rumos da Execução Penal (APACS) do TJMG. Membro do atual Conselho de Administração da Cooperativa de Crédito dos integrantes e servidores do Ministério Público Estadual.

Prestação de Contas Municipais
17h30 - Prestação de contas das entidades sociais aos Tribunais de Contas do Município
Valmir Leôncio da Silva
Auditor do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, mestre em Administração, bacharel em Ciências Contábeis, professor universitário e co-autor dos livros Guia Municipal de Administração Pública. SP: NDJ, 2006 e Lei de Responsabilidade Fiscal para os Municípios - Uma Abordagem Prática. 2ª ed. SP: Atlas, 2007.

18h - Debates com os palestrantes disponíveis na mesa diretora

18h30 - Encerramento

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Sai a lista dos Selecionados da edição 2008 do Programa Benchmarking Ambiental

O programa Benchmarking Ambiental Brasileiro é uma iniciativa independente apoiada por entidades representativas e corpo técnico internacional que há 06 anos consecutivos seleciona e apresenta o Ranking Benchmarking dos Melhores da Gestão Socioambiental do País. Na edição 2008, foram rankeadas 30 instituições que pela excelência de suas praticas apresentaram soluções inovadoras em benefício ao meio ambiente natural, as comunidades, e competitividade a organização. São modelos de gestão aprovados e recomendados para a pratica Benchmarking, um método de desenvolvimento gerencial onde se aprende com os melhores.

“O objetivo do Programa Benchmarking é qualificar o debate socioambiental por meio das práticas selecionadas. Só assim será possível avançar com novas técnicas, e acelerar o desenvolvimento da gestão socioambiental corporativa”, diz Marilena Lino de Almeida Lavorato, Coordenadora do Programa Benchmarking e Co-editora do Livro BenchMais, as 85 melhores práticas em gestão socioambiental do país.

Os cases selecionados pelo Programa passam a integrar o maior Banco de Boas Práticas Socioambientais do país com livre acesso, e, a partir desta edição também serão publicados no Banco de Boas Praticas da FNQ – Fundação Nacional da Qualidade.

O “Dia Benchmarking, Compartilhar para Crescer” acontece em evento fechado para um seleto publico de ambientalistas, especialistas, personalidades acadêmicas e autoridades no dia 25/09, Centro de Convenções CADORO em São Paulo. Na ocasião serão apresentados os cases selecionados, e também a classificação das instituições Benchmarking no Ranking 2008.


Ranking das Instituições Benchmarking 2008 em ordem alfabética

AGCO do Brasil - RS
Reciclar para o Social - Uma atitude que faz a diferença

ALUMAR - Consórcio de Alumínio do Maranhão – MA
Redução no Consumo de Água Potável e Eliminação de Descarga de Efluentes.

AMBEV - Companhia de Bebidas das Américas – SP
Reciclagem Solidária

Anglo American Brasil – SP
Biodiversidade Brasil: Análise e recuperação das áreas de influência da empresa e Projetos sócio-ambientais com comunidades vizinhas.

ArcelorMittal Inox Brasil - MG
Agricultores por Natureza: Utilização do Biodigestor nas comunidades do entorno do Parque Estadual do Rio Doce – Reserva da Biosfera

ArcelorMittal Tubarão - ES
Recifes artificiais construídos à base de escória siderúrgica beneficiam ecossistema e comunidade

Avon Cosméticos– SP
Projeto Formiga

Banco Bradesco- SP
Fundação Amazonas Sustentável: um projeto win-win de desenvolvimento sustentável

Bandeirante Energia – SP
Programa Comunidade Educação

Botica Comercial Farmaceutica – PR
Bioconsciência

Braskem – BA
Redução das Emissões de Compostos Orgânicos na UNIB- BA.

Caixa Econômica Federal - DF
Projeto "ILHAS DE IMPRESSÃO"

Celulose Irani – SC
Inventário de emissões e sumidouros de gases de efeito estufa

DAEE – Depto de Água e Energia - SP
PROGRAMA ÁGUA LIMPA

Dana Indústrias – RS
A natureza ajudando na redução dos resíduos sólidos do Tratamento de Efluentes

Duke Energy Geração Paranapanema – SP
Mitigação de Impactos em Reservatórios Hidrelétricos – Estudo de Caso da UHE Taquaruçu.

Duratex – SP
Projeto de Inovação da Área de Vivênia Ambiental PIATAN - AVAP

Fundação Espaço ECO - SP
SEEBALANCE® - Análise de Sócio-Ecoeficiência

HEMORIO - Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira - RJ
Programa de Educação Ambiental - HEMOCICLE

INPEV - Instituto Nacional de Processamento de Embalagens - SP
Logística Reversa

Itautec – SP
Gestão Ambiental aplicada na cadeia de valor - Case embalagens - Redução de insumos sob a ótica ambiental

Klabin – SP
Programa Monitoramento da Biodiversidade

SABESP - SP
Operação Natureza (Programa Córrego Limpo)

Samarco Mineração- ES
Projeto Salvamar - Educação e Ação Ambiental

Souza Cruz – MG
Parque Ambiental

Subprefeitura Itaim Paulista- SP
Projeto Fluir

Suzano Papel E Celulose – BA
BIOINDEX

Volkswagen Caminhões & Ônibus - RJ
Pensando o ciclo de vida e a tecnologia ambiental

Wal-Mart Brasil – SP
Clube dos Produtores

Yagasai Industria de Fibras – SP
Coleta de côco verde


Envolverde, 08/09/08
© Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.

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Greenwash – empresas vendem falsa imagem ‘verde’

Em meio a atual onda sustentável é difícil distinguir quais empresas e produtos realmente entregam o que prometem. A publicidade é utilizada, em muitos casos, como “greenwash” – termo adotado por ambientalistas para se referir a propaganda corporativa que tenta mascarar um fraco desempenho ambiental das empresas, que passam a enganar o consumidor com anúncios mentirosos.

Uma pesquisa realizada pela TerraChoice Environmental Marketing, consultoria especializada no desenvolvimento de produtos sustentáveis e no reposicionamento de empresas nesse mercado, avaliou a confiabilidade de mais de mil itens com diferenciais teoricamente sustentáveis, em lojas de departamentos americanas e canadenses. O resultado foi surpreendente: 99,9% dos exemplares avaliados eram mentirosos ou, pelo menos, dúbios. O estudo comprovou que apenas um produto — uma marca de papel higiênico produzido sem cloro, com conteúdo reciclado — cumpriu plenamente o que prometia.

"Os consumidores recebem uma enxurrada de produtos que apregoam ser ecologicamente corretos", diz Scott McDougall, presidente da TerraChoice. "Pois nós encontramos uma terrível quantidade de ofertas enganosas". A jornalista Regina Scharf destaca em coluna da Revista Página 22 que “esse tipo de estelionato é particularmente vantajoso, já que os consumidores conscientes costumam aceitar preços mais salgados”.

O fundador da consultoria inglesa SustainAbility, John Elkington, afirma que informações enganosas têm o potencial de prestar um enorme desserviço à causa ambiental. “Elas confundem consumidores e geram ceticismo, fornecendo a muitas pessoas um álibi para não fazer nada”.

Ele acredita que esse processo de desinformação anula uma força motriz importante que poderia levar varejistas e fabricantes a melhorar o desempenho. “Embora muitos consumidores europeus e americanos estejam hoje um pouco mais conscientes, o risco de desorientação continua significativo”, avalia Elkington.

Situação européia
A organização independente que auto-regula a publicidade no Reino Unido (Advertising Standards Authority - ASA), tem controlado de perto um grande número de empresas em resposta a reclamações feitas por Organizações Não-Governamentais (ONGs), como a Amigos da Terra. Em novembro de 2007 a entidade censurou um anúncio da gigante de óleos Shell que dizia: “Nós aproveitamos nosso gasto de CO2 para plantar flores”. As ONGs retrucaram, alegando que a quantidade de CO2 utilizada no projeto das flores representava uma proporção mínima do que era produzido pelas atividades da Shell em todo o mundo.

Reclamações desse tipo cresceram bruscamente no último ano e a ASA tem percebido a recorrência de questionamentos semelhantes – os mais comuns são sobre reduções de carbono, ciclos de vida de produtos e uso de fontes limpas de energia.

As mesmas preocupações chegaram ao Instituto de Relações Públicas do país (CIPR), que em março deste ano aconselhou que as indústrias observassem o código ambiental do Departamento de Meio Ambiente e Relações Agrárias do Reino Unido (Defra), assim como os padrões estabelecidos pela certificação ISO 14021, nas campanhas publicitárias. Sem a obrigatoriedade expressa para que se aderisse às recomendações do instituto, é difícil definir quem as tem seguido.

Uma das advertências diz que os “anúncios devem sempre evitar o uso de termos vagos como ‘verde’, ‘não-poluente’... ou relacionar descrições vagas como ‘amigável’ ou ‘gentil’ com as palavras ‘Terra’, ‘natureza’, ‘meio ambiente’, ‘eco’ e ‘ozônio’”. O guia europeu para marketing sustentável (CSR) aprova as sugestões.

Sem detalhes
Algumas empresas defendem o uso de símbolos genéricos ou de linguagem simplificada na embalagem dos produtos porque, em certos casos, consideram o elemento sustentável muito complicado para ser explicado na embalagem. Elas dizem que explicam os significados ecológicos em seus websites ou os descrevem em letras menores no rótulo. Um exemplo é a fabricante de eletrônicos Philips, que utiliza uma logomarca de “indicação verde” em produtos selecionados.

Um relatório elaborado pelo CSR europeu desaprova essas empresas, sentenciando que as alegações verdes devem ser “explícitas sobre o significado de qualquer símbolo... a menos que o símbolo seja apoiado por lei, regulamentação ou esquema independente de certificação”. De acordo com o documento, os profissionais de marketing estão advertidos para só utilizarem palavras específicas referentes à compostagem, reciclagem e redução de consumo de energia mediante consulta às determinações da ISO 14021 sobre o uso desses termos.

Quanto mais os consumidores se mostram interessados pelas mudanças climáticas, mais os publicitários exaltam as credenciais verdes dos produtos. “Os marqueteiros sempre tentarão expandir os limites”, afirma um porta-voz da ASA, informando que os que as questões referentes aos anúncios com apelações ambientais continuarão a ser avaliadas caso-a-caso.

Elkington entende que “quanto mais investirmos na divulgação de problemas e soluções relacionados à sustentabilidade, maior será o risco de cometer erros”. Por isso, defende, qualquer profissional envolvido com publicidade, marketing e vendas realmente precisa se assegurar de que suas campanhas - por mais espetaculares que sejam - passem no teste do greenwash.

Saiba mais sobre os pecados do Marketing identificados pela pesquisa da TerraChoice Environmental Marketing:
Cortina de fumaça (registrado em 57% dos itens)
Dar destaque para uma qualidade real do produto que desvia a atenção dos problemas existentes. Um exemplo são os eletrônicos de baixo consumo energético (realmente ajudam a economizar energia), mas que possuem altos teores de metais pesados; ou papéis reciclados branqueados com cloro.
Falta de comprovação (26% das ocorrências)
Informar os diferenciais do produto sem apresentar nenhuma prova de que são reais. É o caso de um xampu que se diz orgânico, mas não oferece evidência nesse sentido, nem no rótulo nem no site da empresa. Há também produtos de higiene e beleza que dizem não ter sido testados em animais, mas não apresentavam nenhuma prova disso.
Informações vagas (11% das análises)
Os produtos trazem expressões vagas e ambíguas, afirmando ser “livre de substâncias químicas”, “atóxico”, “verde”, “100% natural”, etc. Besteira comprovada quando se lembra, por exemplo, que todos os elementos da natureza são químicos.
Qualidade irrelevante (4% casos)
Destacar informações que não deveriam fazer a diferença na hora da compra. O exemplo são aerossóis que indicam não conter CFC, sendo que o gás, nocivo à camada de ozônio, foi proibido para esse tipo de produtos há décadas.
Mentira (1% dos produtos)
Enganar o consumidor com informações falsas. É o caso de empresas que afirmam possuir determinadas certificações ambientais ou de um detergente para máquina de lavar louça cuja embalagem totalmente plástica indica ser produzida com papel 100% reciclado. Um famosos restaurante londrino freqüentado por celebridades foi processado quando se descobriu que a carne e o frango orgânicos servidos pelo chef eram preparados com produtos convencionais.
Ética ambígua (1%)
Oferecer, por exemplo, o menor dos males ao consumidor como cigarros orgânicos.


Sabrina Domingos, do Carbono Brasil
Com informações de Climate Change Corp; Revista Página 22 e Época Negócios.
Envolverde, 09/09/08
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Brasil mostra que só crescimento não gera desenvolvimento, aponta estudo da ONU

A experiência brasileira mostra que crescimento econômico é necessário, mas não suficiente, para melhorar o desenvolvimento humano, afirma um relatório lançado nesta segunda-feira em Brasília por três agências da ONU: CEPAL (Comissão Econômica para América Latina e Caribe), OIT (Organização Internacional do Trabalho) e PNUD. Só o acesso a trabalho decente pode fazer a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) traduzir-se em melhoria do bem-estar social, conclui o estudo.

“A ênfase na geração de postos de trabalho pode contribuir de modo significativo para elevar o nível de desenvolvimento humano, sobretudo quando essa geração está associada às outras dimensões do trabalho decente: ausência do trabalho infantil ou forçado; nível adequado de remuneração, formalidade e acesso à proteção social; respeito aos direitos no trabalho, inclusive os relativos à livre organização sindical e à possibilidade de negociar coletivamente o contrato e as condições de trabalho; oportunidades iguais de acesso ao emprego e às ocupações de mais qualidade e mais bem remuneradas, independentemente do sexo, da cor, etnia ou outros atributos”, diz o relatório, intitulado Emprego, Desenvolvimento Humano e Trabalho Decente – A experiência brasileira recente.

A publicação inova ao analisar a relação entre indicadores dessas três áreas, e também de crescimento econômico, para um único país — em geral, a literatura acerca do assunto debruça-se sobre grupos de países. O terceiro capítulo faz cruzamentos entre indicadores como PIB, nível de ocupação (proporção de pessoas que estão em idade de trabalhar e de fato trabalham), componentes do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), horas trabalhadas, contribuição à Previdência, trabalho infantil e taxa de ocupação feminina.

Os cálculos, feitos com base em dados das unidades da Federação referentes 1993, 1997, 2001 e 2005, indicam, por exemplo, grande probabilidade (99%) de haver relação positiva entre bons indicadores de educação e dois outros fatores: nível de emprego e nível de ocupação das mulheres. O indicador de educação utilizado foi o IDH Educação, um componente do IDH que leva em conta a proporção de pessoas de 15 ou mais alfabetizadas e a taxa bruta de freqüência à escola. Além disso, é grande a probabilidade de haver relação negativa entre o IDH Educação e o excesso de horas trabalhadas.

“Níveis mais elevados de emprego dão a segurança (e possivelmente os recursos) necessários para que uma família possa proporcionar melhor educação a seus filhos. Ao mesmo tempo, é provável que uma população mais educada consiga melhores colocações”, afirma o estudo.

Existe também probabilidade (95%) de haver relação positiva entre nível de emprego e expectativa de vida (que também faz parte do IDH) e relação negativa entre expectativa de vida de excesso de horas trabalhadas. “Níveis de ocupação mais elevados põem um número maior de pessoas na posição de poder gastar mais com o tratamento de enfermidades ou simplesmente levar uma vida mais saudável. Também podem dar mais proteção aos recém-nascidos. Por outro lado, é óbvio que uma pessoa adulta, com mais saúde, tem mais facilidade de trabalhar e de encontrar uma colocação no mercado de trabalho”, diz o relatório.

Nos anos analisados, não houve correlação estatística significativa entre expansão do PIB e geração de emprego. “Na maior parte do período considerado, o crescimento do PIB teve pouco impacto na geração de emprego, seja em razão do ajuste das empresas a um novo contexto de concorrência, seja em virtude das alterações pontuais na legislação trabalhista”, observa o texto, ressalvando que “o resultado não é suficiente para negar que crescimento econômico favorece aumento do emprego”.

Metodologia diferente
Para analisar a variação recente dos níveis de desenvolvimento humano nos Estados brasileiros e no país como um todo, o relatório calculou os dados do IDH de 1991 a 2005. O resultado, porém, é fruto de uma metodologia diferente da usada pelo PNUD nos Relatórios de Desenvolvimento Humano e no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil.

No estudo divulgado nesta segunda, o cálculo é feito com base na PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), um levantamento socioeconômico feito anualmente pelo IBGE. Os dados de 1991 e 2000 (anos em que não houve PNAD, mas Censo) foram adaptados para permitir a comparação com o restante da série histórica. No Atlas, há números apenas de 1991 e 2000, extraídos do Censo.

No Relatório de Desenvolvimento Humano, publicado anualmente em Nova York, alguns indicadores são diferentes dos usados no estudo brasileiro. Para calcular o IDH Renda, por exemplo, o relatório internacional usa o PIB per capita; no documento lançado nesta segunda, é usada a renda familiar per capita.

Leia o relatório Emprego, Desenvolvimento Humano e Trabalho Decente – A experiência brasileira recente em http://www.pnud.org.br/arquivos/arqui1220877382.zip


Crédito de imagem: Tarsila do Amaral - Operários (1933)
Redação do Pnud
Envolverde, 10/09/08
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Desenvolvimento: Para ajudar, siga as instruções

Representantes do Norte industrializado e do Sul em desenvolvimento adotaram na sexta-feira (5) a Agenda de Accra para a Ação (AAA) uma normativa para melhorar a efetividade da ajuda internacional. O documento foi adotado fim do Fórum de Alto Nível sobre a Efetividade da ajuda, que reuniu por três dias na capital de Gana mais de 1.200 delegados de 120 países. Pela AAA, as nações em desenvolvimento se comprometem a supervisionar o efetivo uso dos recursos, enquanto os doadores assumem a missão de melhorar suas políticas e a coordenação para a entrega de fundos.

Após duras negociações, as duas partes se comprometeram a serem mais responsáveis uma perante a outra. Uma porta-voz norte-americana negou a versão de que houve discussões entre países do Sul em desenvolvimento, apoiados pela União Européia, com os principais doadores, liderados por Estados Unidos e Japão. “Vários grupos participaram da discussão e contribuíram com idéias. Todos ficaram lado a lado e trabalharam juntos”, afirmou a diretora de Assistência Exterior do Departamento de Estado norte-americano e administradora da agência de ajuda internacional Usaid, Henrietta H. Fore. “Queríamos refletir a urgência, mas também queríamos ser realistas. Desejávamos fixar os objetivos que podíamos alcançar”, disse à IPS.

Outros funcionários norte-americanos disseram que houve “diferenças culturais” entre Estados Unidos e Europa. As nações européias desejavam fixar altos “objetivos de aspiração”, enquanto Washington preferia metas mais realistas a alcançáveis. Os “Estados Unidos se interessam muito pelas metas e pelos resultados”, disse um funcionário desse país na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que representou os principais doadores no Fórum, junto com o Banco Mundial. A AAA estabelece que os governos do Sul devem assumir maior liderança em suas próprias políticas de desenvolvimento, que definirão com seus parlamentos e cidadãos.

“Os doadores os apoiarão respeitando suas prioridades, investindo em seus recursos humanos e instituições, fazendo maior uso de seus sistemas de distribuição da ajuda e aumentando a previsão de imperfeições”, acrescentou o funcionário. Além disso, acordaram “conseguir os resultados de desenvolvimento e serem abertamente responsáveis por eles deve ser o centro do que fazemos”, disse. Já que os cidadãos e contribuintes de todos os países esperam ver resultados tangíveis da assistência ao desenvolvimento, os delegados se comprometeram a “demonstrar que as ações se traduzem em impactos positivos nas vidas das pessoas”.

“Seremos responsáveis perante a outra parte e diante de nossos respectivos parlamentos e órgãos de governos por esses resultados”, afirmaram. “Sem tratar estes obstáculos para acelerar o progresso, ficaremos curtos em nossos compromissos e perderemos oportunidades para melhorar a subsistência dos povos mais vulneráveis do mundo”, acrescentaram. A AAA também tentará aumentar a participação das organizações da sociedade civil como atores independentes para o desenvolvimento, complementando o trabalho dos governos e do setor privado.

Entretanto, grupos civis presentes ao Fórum criticaram o resultado final dizendo que é um acordo fraco com mais palavras do que ação. “Inclusive os esforços de último minuto por parte dos ministros dos países em desenvolvimento e seus aliados apenas permitiram algumas melhorias marginais. Este fórum foi organizado pela OCDE, um clube de países ricos doadores”, disse a diretora-executiva da organização ganesa Netright. “Em um ano em que mais de cem milhões de pessoas foram arrastadas à pobreza pelo aumento nos preços dos alimentos, é escandaloso que os governos doadores se neguem a remover as restrições rígidas danosas que aumentam os custos da ajuda alimentar”, afirmou.

Por sua vez, o ativista Tony Tujan, da Reality of Aid, afirmou que “os doadores não conseguiram um acordo para reduzir as prejudiciais políticas de condições que prejudicam os processos democráticos e reduzem as opções dos países. Apesar dos esforços das nações beneficiadas, os doadores continuam impondo suas próprias estruturas, ignorando os processos internos”, acrescentou. (IPS/Envolverde)


Francis Kokutse e correspondetes da IPS
Envolverde,
09/09/08
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A rica expressão do associativismo brasileiro

Em agosto foi lançado o segundo suplemento sobre as Fundações e Associações Privadas Sem Fins Lucrativos no Brasil, pesquisa desenvolvida a partir da parceria entre IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Instituto de Pesquisa Econômicas e Aplicadas - IPEA, a Associação Brasileira de ONGs – ABONG e o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas – GIFE.

Com base em dados do Cadastro de Empresas – CEMPRE de 2005, a pesquisa demonstra que existem hoje no Brasil 338 mil organizações sem fins lucrativos divididas em cinco catregorias: 1. que são privadas, não integram o aparelho do Estado; 2. que não distribuem eventuais excedentes; 3. que são voluntárias; 4. que possuem capacidade de autogestão; e, 5. que são institucionalizadas.

O crescimento do número de organizações, bem como sua diversificação, são reflexos da democracia brasileira, mas o resultado da pesquisa demanda um olhar atento sobre suas especificidades e não pode ser considerado bom ou ruim a priori. Além disso, é preciso considerar o alto nível de precariedade deste crescimento, considerando hoje as frágeis formas de financiamento dos trabalhos destas organizações.

Dentre várias informações trazidas à cena pelo levantamento, algumas são particularmente interessantes:

1. A pesquisa demonstra a heterogeneidade do associativismo brasileiro, explicitando o quanto esse universo é amplo e complexo. Assim, podemos ver que não existem 338 mil ONGs, na acepção destas como entidades de defesa de direitos e nem do terceiro setor, como são referidas as do campo da filantropia empresarial. Esses conceitos são políticos, sem rebatimento jurídico e esse universo amplo engloba também essas organizações, mas não se limita as mesmas;

2. Existe uma extrema desigualdade entre essas organizações, e, ao contrário de um recorrente “mito”, o associativismo não é uma “forma fácil de enriquecer”. A média salarial nessas entidades é baixa, cerca de 3,8 salários mínimos por mês. Além disso, as organizações empregam em torno de 1,7 milhão de trabalhadores(as) assalariados(as), mas há, de fato, muito trabalho voluntário, militante e precarizado. As que mais empregam são aquelas que trabalham nas áreas da saúde e da educação, sendo que cerca de 70% empregam um milhão de pessoas, e o restante se distribui em 30%, consideradas de pequeno porte;

3. A distribuição regional, ainda que avaliada em proporção à população das regiões, na pesquisa, demonstra, em relação a 2002, um crescimento de organizações no Nordeste e afirma o alto percentual de associativismo da região Sul, já com tradição nesse sentido. O Sudeste é a região que mais apresenta organizações sem fins lucrativos;

4. A pesquisa aponta para um crescimento das entidades classificadas como de “defesa de direitos e de interesses dos cidadãos”, mas vale desmembrar essa informação para reconhecer o crescimento também de entidades corporativas patronais, de defesa de interesses de classe;

5. Há um percentual de entidades situadas na área de assistência social que, em relação a 2002, não sofre aumento significativo, porém cabe considerar que muitas não se enquadram exatamente nas atribuições de assistência social do Ministério de Desenvolvimento Social – MDS;

6. As entidades são relativamente novas, tendo uma média de 12 anos de existência. A pesquisa não aborda a “mortalidade” delas e seria um aspecto interessante a se levantar para avaliar a sustentabilidade. As que de fato demonstram maior longevidade são as que trabalham com saúde, em especial hospitais. Isso é relevante para entender a sustentabilidade em termos das relações com o Estado brasileiro, no acesso a isenções e imunidades fiscais;

7. Há também um crescimento significativo do grupo de organizações ligadas ao grupamento de religião, demonstrando a forte natureza confessional do associativismo;

8. Por outro lado, há de se olhar para o crescimento do agrupamento de cultura e recreação, que pode ser analisado tanto pela proliferação de atividades de caráter assistencial e mesmo assistencialista, quanto de novas formas associativas a partir da cultura;

Nesse sentido, a ABONG acredita ser de fundamental importância o lançamento dessa pesquisa, em momento de tanta evidência do que genericamente é intitulado de “ONG” no Brasil.

A ABONG espera, através do produto dessa profícua parceria, contribuir para um maior entendimento sobre esse amplo universo e um melhor conhecimento sobre o associativismo e sua contribuição para a democracia brasileira.
/noticia_visualiza.php?id_noticia=1205&id_pagina=1

Veja a pesquisa na íntegra e faça o download em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/fasfil/2005/


Fonte: Informes Abong
Envolverde, 08/09/08
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Programa de alfabetização do Banco do Brasil vai beneficiar índios e quilombolas em 2009

A Fundação Banco do Brasil pretende reformular em 2009 o programa BB Educar, de alfabetização de jovens e adultos a partir dos 15 anos, focando-o em comunidades tradicionais, que têm mais dificuldades de serem assistidas em convênios com prefeituras e projetos públicos.
Aí se enquadram comunidades de quilombolas, indígenas, assentados da reforma agrária, cooperativas de catadores de materiais recicláveis e presidiários. “São públicos que a gente pretende priorizar”, afirmou à Agência Brasil o gerente das áreas de Cultura e Educação da Fundação BB, Marcos Fadanelli. Atualmente, o programa contabiliza 58.129 pessoas em sala de aula.

Para 2008, a meta é atender em torno de 50 mil pessoas, considerando alguma evasão. Desde 1992, a média histórica de evasão é de 38%. De 2003 para cá, houve uma redução para 30%, em razão dos aperfeiçoamentos que foram sendo introduzidos no programa. “Está havendo um movimento positivo”. Fadanelli disse que o Brasil ainda tem necessidades muito grandes pela frente para atender, mas observou que houve uma redução significativa no analfabetismo urbano.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o analfabetismo era de 10,2% para maiores de 15 anos, em 2005, e caiu pela primeira vez na história do país para 9,6%, em 2006. “Isso é uma coisa importante, porque a expectativa de vida no nosso país aumentou”.

Os investimentos do BB Educar somam, em média, entre R$ 3 milhões a R$ 4 milhões por ano. A duração média para alfabetização oscila entre seis a dez meses. O tempo varia de acordo com a freqüência semanal. Os quilombolas, por exemplo, podem se reunir apenas duas vezes por semana. Nas colônias de pescadores, na época do defeso, existe possibilidade de se reunirem para estudar com maior freqüência.

O programa BB Educar foi lançado pelo Banco do Brasil em 1992 e há oito anos vem sendo conduzido pela Fundação Banco do Brasil. O projeto nasceu quando o banco, diante da elevada inflação existente à época, teve que promover uma reformulação em seus quadros funcionais, eliminando uma carreira de serviços auxiliares.

Ao fazer isso, percebeu que havia analfabetos entre as pessoas que prestavam serviços de apoio. Alguns funcionários se ofereceram então para realizar um trabalho de alfabetização voluntária, de modo que essas pessoas pudessem fazer uma prova e mudar de carreira. O trabalho melhorou a escolaridade desses funcionários. A partir desse esforço interno, o programa começou a crescer, com a abertura de núcleos de funcionários voluntários em todo o país.

Mais tarde, por causa da demanda, o programa se expandiu para as comunidades, através da assinatura de convênios com entidades sem fins lucrativos do setor público e do terceiro setor. Marcos Fadanelli revelou que nesses 17 anos foram alfabetizadas 369.243 pessoas. O quadro de educadores, formado por funcionários do banco, engloba 102 pessoas, das quais 42 da ativa e 51 ex-funcionários e aposentados. O Banco do Brasil comemora em outubro próximo 200 anos de fundação.


Alana Gandra, da Agência Brasil
Envolverde, 08/09/08
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