quarta-feira, 16 de maio de 2007

Curso trata de comunicação e marketing para organizações sociais



Publicado no Rede Gife Online em 14/05/2007

O Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) promoverá nos dias 01 e 02 de junho o próximo módulo do Curso Ferramentas de Gestão Rio de Janeiro: Comunicação e Marketing para organizações da sociedade civil.

Pela essencialidade da comunicação no mundo contemporâneo, comunicar-se bem é vital para qualquer tipo de instituição - pública, privada ou do terceiro setor. O curso vai ajudar as organizações que financiam ou executam projetos sociais a utilizarem a comunicação como ferramenta de gestão, de mobilização e de relacionamento.

Neste módulo serão apresentados o conhecimento básico e a aplicação objetiva dos conceitos e ferramentas de comunicação e do marketing social, além de experiências bem-sucedidas, como exemplos para re-aplicação.

Os consultores deste módulo são: Anna Penido, jornalista formada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com especialização em Direitos Humanos (Columbia University, EUA), Gestão Social e Comunicação para o Mercado, fundadora e diretora da ONG Cipó - Comunicação Interativa, fellow da Ashoka Empreendedores Sociais e líder Avina; e Ismael Rocha, mercadólogo pós-graduado pela Universidade do Texas (EUA) e professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), da Universidade Mackenzie e da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), além de dirigir a Pulsar Assessoria Integrada de Comunicação e Marketing e coordenar a ESPM Social.

Os outros módulos programados até o final do semestre são: Sustentabilidade e captação de recursos (15 e 16/06); Desenvolvimento e gestão de programas de voluntariado (29 e 30/06) e Gestão de parcerias e alianças (13 e 14/07).

As inscrições devem ser feitas exclusivamente por meio do site http://www.gife.org.br/. Demais informações podem ser obtidas com Rose, no telefone (11) 3816-1209 ramal 15 ou pelo e-mail: cursos@gife.org.br.

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Bench Mais, os modelos para o desenvolvimento sustentável em livro


Publicado pela Agência Envolverde em 16/04/2007

O desenvolvimento de processos de sustentabilidade e excelência em gestão ambiental têm um aliado importante, o Bench Mais - Benchmarking Ambiental Brasileiro, programa de melhores práticas desenvolvido pela Mais Projetos, empresa que nos últimos cinco anos tem trabalhado para trazer à luz os modelos organizacionais e de gestão criados por empresas de todo o País para enfrentar os desafios ambientais e da sustentabilidade no dia a dia empresarial. Este ano a empresária e gestora ambiental Marilena Lino Lavoratto, idealizadora do Bench Mais vai realizar a quinta edição do evento. E para comemorar o sucesso, está preparando um livro, o “Bench Mais – As melhores Práticas da Gestão Ambiental no Brasil”.

Nas quatro edições anteriores um júri formado por especialistas identificou 85 projetos, de 63 empresas, que carregam em seu bojo a semente da excelência e da responsabilidade com a gestão de recursos naturais, energéticos e humanos. “Uma das exigências é que os cases apresentados pelas empresas contribuam com a formação e qualificação de processos além do interesse específico da própria organização”, explica Marilena. A própria Mais Projetos, empresa que organiza o Benchmarking Ambiental Brasileiro, já se tornou referência na formação e capacitação de pessoas para a gestão sustentável.

O Banco de Melhores Práticas, criado a partir dos cases empresariais inscritos nos últimos anos, é um material riquíssimo e com grande potencial de replicação em organizações que enfrentam desafios semelhantes. Entre as empresas que já passaram pelo crivo do Benchmarking estão empresas de todos os portes. Os setores também são múltiplos, vão desde empresas gestoras de estradas, indústrias químicas, distribuidoras de energia, produtores de papel e celulose, a pequenas ONGs que contribuem com seu trabalho para projetos de ação local com grande capacidade de impacto social positivo. Os trabalhos apresentados no Bench Mais – Benchmarking Anbiental Brasileiro são avaliados por profissionais que atuam em empresas e organizações ligadas à sustentabilidade e à responsabilidade social, como Ricardo Rose, diretor de Meio Ambiente da Câmara Brasil Alemanha, Julio Tocalino, diretor executivo da revista meio Ambiente Industrial, Emerson Kapaz e Sebastião Ney Vaz Junior, presidente da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente, entre muitos outros.

Para registrar os cinco anos em que o Bench Mais tornou-se uma referência de melhores práticas em gestão Ambiental, a Mais Projetos se associou este ano à Ruschel & Associados, do jornalista Rogério Ruschel, a ao Instituto Envolverde editar o livro “Bench Mais – As melhores Práticas da Gestão Ambiental no Brasil”. O objetivo desta parceria é aproveitas as experiências acumuladas de três organizações que já têm tradição no universo da informação e do conhecimento em meio ambiente e desenvolvimento sustentável. “Queremos registrar com competência aquilo que as organizações fazem de melhor em gestão ambiental”, diz Marilena.

Para Marilena, a parceria com a Ruschel & Associados e com o Instituto Envolverde vai dar continuidade ao trabalho que a Mais Projetos vem desenvolvendo há anos. “Vamos conseguir dar mais visibilidade às iniciativas vencedoras do Benchmarking Ambiental Brasileiro, de forma que possam ser replicadas e contribuir para a sustentabilidade de mais organizações por todo o Brasil”, diz. O livro será editado pelo Instituto Envolverde, uma ONG ligada à Revista Digital Envolverde, que há doze anos edita no Brasil o Projeto Terramérica, ligado ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, e que em 2006 recebeu do Instituto Ethos o 6º Prêmio Ethos de Jornalismo na categoria Iniciativa Editorial – Mídia Digital.

As organizações que participaram das quatro edições anteriores do Benchmarkink Ambiental Brasileiro e tiveram seus cases selecionados vão poder mostrar seu trabalho a professores e alunos de diversas universidades brasileiras que já reservaram exemplares para suas bibliotecas. “O que pretendemos é levar aos estudantes, os profissionais que estarão nas organizações em poucos anos, o estado da arte em gestão ambiental”, diz Rogério Ruschel. E neste ponto o jornalista tem experiência. Foi ele quem editou o livro “A caminho do desenvolvimento sustentado”, com a memória dos primeiros cinco anos do Prêmio Ambiental Von Martius, oferecido todos os anos pela Câmara Alemã para iniciativas em meio ambiente de empresas, governos e ONGs.

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V Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação acontece de 17 a 21 de junho em Foz do Iguaçu

Publicado no site do CBUV


O Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC) reúne os principais especialistas do mundo em conservação da natureza e propicia a troca de experiências e a aproximação entre as pessoas à frente dessas áreas.

Ao se falar de conservação da natureza, vêm imediatamente à mente da grande maioria das pessoas a diversidade e a pujança dos ambientes naturais do Brasil. Imagens de grandes florestas e imensas riquezas naturais, plasmadas no inconsciente coletivo nacional, não passaram pelo filtro da realidade. Infelizmente ainda é pequeno o número de pessoas que conseguem fazer essa filtragem e enxergar a rápida e crescente destruição dos ambientes naturais e sua apropriação para os fins mais diversos. O que estas pessoas vêem é que esse Brasil de natureza 'infinita' não existe mais, e que é urgente salvar o que ainda nos resta, para que ainda haja uma história a ser vivida e contada.

A Fundação O Boticário de Proteção à Natureza acredita que a melhor estratégia para que isso aconteça se dá por meio da preservação das áreas naturais - as próprias unidades de conservação - que abrigam um patrimônio rico em biodiversidade, e que assim devem permanecer para que nossos descendentes possam ver, sentir e usufruir deste bem tão precioso. O Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC) é considerado hoje um dos mais importantes eventos regulares sobre conservação da natureza da América Latina. Foi criado em 1997, pela Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, em parceria com outras instituições, e chega a sua quinta edição em junho de 2007.

Os Congressos Brasileiros de Unidades de Conservação reúnem os principais especialistas do mundo em cinco dias de atividades que propiciam a troca de experiências, a aproximação entre as pessoas e servem de inspiração e motivação para aqueles que trabalham à frente dessas áreas. Em 2007, o Congresso abrigará o I Simpósio Internacional de Conservação da Natureza, considerando a grande participação de estrangeiros que já se observava nas edições anteriores, além da segunda edição da Mostra Brasileira de Conservação da Natureza. O IV CBUC incluiu ainda uma exposição paralela, aberta ao público: a I Mostra de Conservação da Natureza, onde 43 organizações e empresas apresentaram suas iniciativas dentro da temática ambiental

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Prêmio AFS Voluntário Jovem 2007 abre inscrições

Publicado no site da AFS

Vivenciar uma experiência como voluntário em outro país é considerado um sonho para muitas pessoas. Pois essa aventura se torna realidade todos os anos através do PRÊMIO AFS VOLUNTÁRIO JOVEM, em que jovens solidários exercem seu papel para a promoção do desenvolvimento humano.

O AFS Intercultura Brasil, antigo American Field Service, acaba de abrir inscrições para voluntários de todo país terem a chance de concorrer a uma bolsa integral para exercer durante seis meses a solidariedade em um país estrangeiro. Não à toa, o destino escolhido pela organização foi a África do Sul, país localizado em um dos continentes mais necessitados de ações sociais do mundo.

O prêmio tem o objetivo de reconhecer e estimular o trabalho realizado por jovens voluntários em projetos sociais desenvolvidos por ONGs brasileiras. Durante a experiência no exterior, o selecionado será orientado por uma organização não governamental da região que desenvolve projetos de apoio às condições socioeconômicas das comunidades da África do Sul.

A inscrição do Prêmio vai até o dia 1º de agosto de 2007, por meio do envio de ficha de indicação e ficha de inscrição. Além de ser atuante em projetos sociais realizados por ONG, o candidato deve ter entre 19 e 30 anos e boa fluência em inglês.

A bolsa inclui hospedagem em casa de família, seleção de ONG para realização de atividades voluntárias, passagem internacional de ida e volta, informações sobre processos para obtenção dos vistos, assistência nos aeroportos, monitoramento da experiência por meio de rede de voluntários e profissionais do AFS presentes no país hospedeiro e seguro-médico internacional.
Mais informações sobre o regulamento do Prêmio AFS Voluntário Jovem 2007 podem ser obtidas no site http://www.afs.org.br/ ou pelo e-mail infobrasil@afs.org.br .

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Secretarias de saúde, assistência e serviço social e verde e meio ambiente de São Paulo capacitam educadores e agentes

Juliana Rocha Barroso
Publicado no Boletim do Setor 3 em 14 de maio de 2007

Com o objetivo de fortalecer o trabalho dos agentes locais, para que identifiquem e compreendam melhor os problemas ambientais do seu bairro e seu impacto sobre o dia-a-dia das famílias, nasceu no final de 2006, o Projeto Ambientes Verdes e Saudáveis – Construindo Políticas Públicas Integradas no Município de São Paulo (PAVS), uma iniciativa inédita de formação e mobilização de agentes na temática ambiental, aliando a preservação ambiental à promoção da saúde e ao desenvolvimento social da comunidade. O PAVS constitui uma ação integrada de três secretarias da cidade de São Paulo: Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA); Secretaria Municipal da Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) e Secretaria de Saúde (SMS)

Com apoio do Ministério da Saúde (MS) e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o projeto alcança todas as regiões da capital paulista e tem como público final 5.500 agentes comunitários de saúde, do Programa Saúde da Família (PSF), e 200 agentes de proteção social, do Programa Ação Família (PAF), já atuantes, muitos deles líderes comunitários.

De março a julho, eles estão sendo formados simultaneamente por um grupo de 82 educadores selecionados por instituições parceiras, nas diferentes regiões da cidade. Já os educadores passam por uma capacitação com especialistas em cada um dos temas, em encontros semanais realizados na Universidade do Meio Ambiente e Cultura da Paz (UMAPAZ), no Parque do Ibirapuera.

Cada agente participa uma vez por semana de um encontro de formação realizado na sua região. No total, serão 128 horas de formação em seis temáticas: Lixo, Água e Energia, Biodiversidade e Territórios Saudáveis, Convivência Saudável e Zoonoses, Consumo Responsável e Cultura da Paz e Não-Violência.

Sobre os temas, Isabel Aparecida dos Santos, integrante da equipe pedagógica do PAVS pela parceria com o Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (IBEAC), conta que a equipe composta por representantes das três secretarias envolvidas e das 13 entidades parceiras do PSF, implementadoras do programa, decidiu seguir no Projeto os temas do Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e Não-Violência. O eixo transversal que permeia todo o conteúdo e ações do PAVS é a Cultura de Paz. "Desenvolvemos oficinas para definir que conteúdos contemplariam estes temas e que material didático seria necessário", conta Bel Santos, como é conhecida.

As instituições parceiras na implementação do projeto são: Centro de Estudos, Pesquisa e Documentação em Cidades Saudáveis (CEPEDOC), da Faculdade de Saúde Públicas da USP; Escola Técnica do Sistema Único de Saúde (ETSUS-SP); Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO); Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ); Local Governments for Sustainabilities (ICLEI); entre outros.

Bel explica ainda que os educadores foram selecionados pelas entidades parceiras do PSF, que tinham conhecimento da área ambiental e experiência como educador. "Mas, principalmente, pessoas com disponibilidade e competência para formação e que fossem das regiões que o programa atende", destaca a pedagoga social. Já os especialistas, que ministram as aulas sobre os temas a estes educadores, foram selecionados através de concurso divulgado em edital.

Ação integrada
Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho, secretário do SVMA, responsável pela maior parte do recursos do PAVS, revela que a secretaria pretende atuar com todas as outras áreas no âmbito das políticas públicas. "Para que as pessoas sejam os sujeitos, os artistas da transformação social, trabalhamos com todas as secretarias para que as práticas ambientais sejam incorporadas nas políticas."

São investidos US$ 4.490.359,00 no programa. O secretário diz que, no final de 2005, o Banco Mundial cedeu 4 milhões de dólares para a SVMA. "O Ministério da Saúde destinou mais verba e formatamos o Projeto. Ele é um diálogo entre a promoção da saúde, o desenvolvimento social e a proteção do meio-ambiente. Nosso intuito é possibilitar que especialistas e agentes troquem sua experiência em cima destas três pautas e que isso gere novas posturas na vida deles. O diálogo vai permitir que eles tenham contato com esta pauta emergencial e atual e incorporem em suas vidas", destaca.

A busca de integração entre vários setores é um dos diferenciais do projeto, que também se destaca por monitorar, avaliar e sistematizar as ações desde o primeiro momento, permitindo o aperfeiçoamento da proposta no decorrer do próprio projeto. A Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) é responsável por esta avaliação.
O secretário conta que a SVMA já articula a captação de novos recursos para que, após a fase de diálogo entre especialistas e agentes comunitários, possa haver uma segunda fase, em que estes agentes elaborem projetos. "Contribuímos com o recurso, pessoal e infra-estrutura. Se houver um pouco mais de recurso e de vontade, esse projeto poderá ter uma seqüência com projetos localizados, organizados pelos próprios agentes. São as heranças que a gente quer deixar com esse investimento."

Eduardo Jorge acrescenta ainda que desde que foi implementado, em 1990, o Programa Saúde da Família (PSF) contemplava a questão da promoção da saúde. Como o tema não se desenvolveu da maneira esperada, a saída foi unir área de saúde com proteção ao meio ambiente, que resgata um dos pilares do programa.

Segundo Rosa Marrotta, representante da SMS no PAVS, a contribuição maior da SMS está na mobilização dos agentes comunitários de saúde, do PSF, que acontece no município desde 2001. "São 948 equipes, cada uma composta por um médico, uma enfermeira, dois auxiliares de enfermagem e seis agentes comunitários. Eles fazem promoção e prevenção da saúde, ao contrário de outros projetos e ações com foco no tratamento. Equipes visitam famílias, fazem consultas, mas também realizam encontros para falar de temas importantes de prevenção. Neste sentido, o PAVS pode contribuir muito. Esses agentes vão poder multiplicar o que aprenderam no projeto nas comunidades", justifica.
Rosa valoriza o perfil do Projeto, porque os agentes não recebem apenas informação, mas participam e problematizam. E o conhecimento é baseado em situações reais dos agentes. Além disso, destaca a integração possibilitada pela capacitação.
Para a representante da SMS, o diferencial do Projeto é a união para superar os problemas na ponta. E revela que uma das pretensões é a formação de uma rede de proteção à saúde e ao meio ambiente, junto com as ações locais existentes, composta por todos os agentes, educadores.

"Já existem ações locais, mas são isoladas. Acreditamos que o Projeto vai possibilitar uma visão conjunta delas. As pessoas vão conseguir identificar os problemas e quem deve ser acionado. Esperamos muito do resultado final, que ele motive uma ação intersetorial das subprefeituras. A secretaria valoriza muito o funcionário que participa da capacitação", avalia a representante da SMS.
Pela SMADS, Floriano Pesaro falou do Programa Ação Família Viver em Comunidade, que visa promover o desenvolvimento sócioeconômico ambiental para beneficiar família, comunidade e o ambiente em que as pessoas vivem. A ação é dirigida para famílias de baixa renda e alta vulnerabilidade social. "Geralmente são pessoas que vivem em áreas de mananciais e invadidas. A secretaria entende que para ter desenvolvimento sustentável é preciso pensar no meio ambiente, uma condição básica para o desenvolvimento humano. Por isso, fizemos parceria com a Secretaria do Verde e Meio Ambiente e da Saúde", justifica o secretário.

Segundo Pesaro, a SMADS decidiu participar do Projeto ao ver a importância das atividades com os agentes, que promovem conhecimento e consciência ambiental na comunidade como multiplicadores. "Para ter desenvolvimento social é preciso alinhamento do desenvolvimento humano, ambiental e econômico. Todas essas ações contribuem demais para a periferia. Hoje lemos nos jornais que são os ricos que poluem mais, mas sabemos que é preciso ter um consumo consciente e responsável. A pobreza gera degradação ambiental por falta de educação e orientação.É mais simples resolver a questão da educação ambiental do que imaginamos", destaca o secretário, que garante que já há bons resultados. "Há uma grande compreensão por parte das famílias da periferia que recebem muito bem os formadores. E as pessoas agora já sabem como tratar seu lixo, usar a energia e a água de forma consciente", pontua.

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Amazonas lança pacote de medidas ambientais e cria o "bolsa-floresta"

Bettina Barros
Publicado no Valor Online de 16/05/2007

O governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), irá anunciar no dia 5 de junho - o dia internacional do meio ambiente - um pacote de medidas ambientais para reduzir as emissões de gases do efeito estufa do Estado e preservar suas florestas.

Entre as medidas está a criação de um "fundo de carbono" voltado às mais de 500 empresas instaladas na Zona Franca de Manaus. A idéia é que essas empresas, que liberam toneladas de CO2 por ano na atmosfera, compensem sua poluição através de investimentos nas unidades de conservação estaduais, coberturas florestais protegidas por lei que somam hoje 17 milhões de hectares. Ao ajudarem a preservar a floresta, as empresas se tornariam "neutras em carbono", a nova coqueluche ambiental.

"É uma proposta voluntária, participa quem quer", disse Braga durante uma palestra ontem a empresários em São Paulo. "Mas quem aderir poderá agregar valor a seus produtos em países como o Reino Unido, que se preocupam muito com questões ambientais. O que um celular da Nokia produzido em Manaus teria que o da Motorola, feito em São Paulo, não? A Nokia estaria ajudando a preservar a Amazônia".

Sem fornecer detalhes de como essa operação será feita, o governador amazonense afirmou que está em consultas técnicas com instituições como Fundação Getúlio Vargas (FGV) e BNDES para estruturar o modelo, que lembra o já existente entre países ricos e em desenvolvimento no âmbito do Protocolo de Kyoto.

O pacote também criará o chamado bolsa-floresta, uma espécie de bolsa-família que recompensará financeiramente quem manter a mata em pé. Segundo o secretário de Meio Ambiente do Amazonas, Virgílio Viana, trata-se de uma compensação por serviços ambientais inédita no país. A prioridade será dada às reservas extrativistas - quem não desmatar receberá US$ 500 ao final de cada ano, vindos de recursos próprios do Estado. "Quem mora dentro das reservas deve ter tratamento privilegiado porque está nos prestando um serviço conservando uma área importante", diz Viana, professor licenciado da Esalq/USP, que migrou para o setor público a convite de Braga.

Reeleito no ano passado com uma defesa aguerrida da Zona Franca de Manaus (ZFM), principal empregador e motor da economia do Amazonas, Eduardo Braga saiu a campo nos últimos meses em busca de investimentos para o que ele diz ser o modelo de economia do futuro para a região - a Zona Franca Verde. O projeto ganhou fôlego nessa gestão e prevê fazer da exploração sustentável da floresta amazônica uma fonte de riquezas e, dessa forma, levar o desenvolvimento concentrado hoje no pólo industrial para o interior do Estado.

Munido de mapas e gráficos, Braga apresentou ontem ao empresariado paulista o que ele e Viana já disseram e repetiram em Montreal, Nairóbi, Nova York, Washington e Istambul: é tirar da floresta o que ela pode dar, sem gerar desmatamento. É uma mudança de paradigma, diz Braga, que pode equilibrar o peso econômico no Estado. Hoje, a Zona Franca de Manaus representa 75% do PIB. O setor florestal, 3%.

A palavra-chave, neste caso, é o uso racional dos recursos florestais. Virgílio Viana cita alguns progressos. O peixe pirarucu, espécie ameaçada de extinção, chegou recentemente à rede Pão de Açúcar porque agora está sendo produzido com manejo, diz. "O manejo é bom, manter a floresta em pé é bom. E é essa a equação econômica que a gente está conseguindo muda. Os protagonistas do desmatamento são cada vez mais protagonistas da conservação".

Desde 2003, o governo diz ter feito mais de 700 planos de manejo em pequena escala no Estado, envolvendo áreas de até 500 hectares. Para fomentar esses projetos, foi criada a Agência de Florestas e Negócios Sustentáveis do Amazonas. O órgão já financiou cerca de R$ 5 milhões em máquinas e capital de giro.

"O que vemos é continuidade de plano de governo no Amazonas. Isso é importante no Brasil, onde não há continuidade", elogia o ambientalista Mario Mantovani, do SOS Mata Atlântica.

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Países ricos vêm ao Brasil caçar talentos

Andrea Giardino
Publicado no Valor Online de 16/05/2007

O Brasil está entrando na rota dos países de primeiro mundo que buscam profissionais estrangeiros como alternativa a escassez de mão-de-obra qualificada, reflexo da baixa taxa de natalidade e envelhecimento da população. Resultado, há vagas sobrando e poucas pessoas para preenchê-las.
Para minimizar esse problema, os governos do Canadá, Itália e Austrália vêm intensificando suas ações destinadas a atrair talentos de outras partes.
"Os brasileiros possuem uma boa formação acadêmica, por isso queremos atraí-los", afirma Soraia Tandel, agente de imigração do governo da província de Quebec, que envolve as cidades de Montreal e Quebec. Tanto que há três anos, ela realiza palestras em quase todo o país, divulgando o programa de imigração de Quebec. Sua próxima vinda está programada para o mês de junho, onde visitará São Paulo, Campinas, Salvador e Recife.

Atualmente, existem cerca de 2,5 mil brasileiros morando legalmente no Canadá, principalmente em Montreal. "Mas nossa meta é triplicar esse número". Além do diploma, exige-se que o candidato tenha de preferência até 35 anos e domine o francês (nível intermediário). Também conta como ponto positivo candidatos com filhos.

Em contrapartida, o governo ajuda o profissional a encontrar colocação no mercado - a montar um currículo, fazer uma carta da apresentação e a saber se preparar para uma entrevista -, obter em um ano o visto de residente permanente, além de subsidiar aulas de francês. "Para aqueles que fixarem residência por mais de três anos, será dado o direito de solicitar cidadania e passaporte canadense, e participar da vida política do país", explica Soraia.

Outras vantagens são assistência médica e escolas públicas gratuitas, bem como qualidade de vida e baixos índices de violência. Segundo estimativas do governo local, entre 2005 e 2009 serão criadas 251 mil vagas de empregos - que correspondem a um crescimento de 1,3% ao ano. Há oportunidades de trabalho em diversas áreas, sobretudo para nutricionistas, químicos, matemáticos, economistas, engenheiros e assistentes sociais.

A Austrália já é um destino conhecido dos brasileiros, que há alguns anos mantém uma política de incentivo à "importação" de talentos, como forma de garantir a manutenção das boas taxas de crescimento econômico. Com palestras hoje, em São Paulo, e amanhã, no Rio de Janeiro, o especialista em imigração, Michael Bonney, ministrará palestra onde serão abordados os aspectos que envolvem a vida e o mercado de trabalho no país.
De acordo com Vinicíus Barreto, gerente regional da Viva na Austrália- Southern Cross Alliance-, assessoria de serviços migratórios, só em 2006 houve um crescimento de 35% no volume de estudantes brasileiros no país. E este ano, o programa de imigração do governo australiano oferece 110 mil vistos, voltados principalmente para graduados em engenharia, contabilidade, administração e tecnologia da informação.

"Obter o visto de permanência não é complicado, até porque o país incentiva as pessoas a ficarem", diz. Mas para candidatar-se ao processo de seleção é preciso ter inglês avançado (aprovado no exame IELTS nível 6), idade até 45 anos e experiência profissional no seu campo de atuação. Barreto explica que existem vários tipos de visto para a Austrália. Nesse caso, o candidato se encaixa no "skilled visa". Quem é da área de negócios e pretende ficar pelo menos três anos, precisa do "skilled independent regional".

O visto regional, diz, é mais fácil de se conseguir caso o profissional lide com marketing e vendas, por exemplo". Barreto ressalta que o interesse pelo Brasil deve-se à facilidade de adaptação das pessoas em outras culturas e à a bagagem educacional. "Aqui, muita gente se forma em boas universidades", observa. Prova disso é que pela quarta vez consecutiva a Viva na Austrália- Southern Cross Alliance -- traz ao país o especialista em imigração, Michael Bonney. "A Austrália, nos últimos 10 anos, registrou um crescimento econômico de 4%, em média, o que falta é gente".

Com salários bastante atrativos e uma política mais forte de imigração, o governo local espera atrair um número maior de estrangeiros para as áreas de grande demanda. Em TI, um profissional ganha, inicialmente, em torno de US$ 47,5 mil, por ano. Enquanto engenheiros de mineração e petróleo recebem uma remuneração de aproximadamente US$ 100 mil. Como trabalham em campo de extração, recebem adicionais de casa e alimentação.
No caso da Itália, a busca é por jovens, com idade entre 21 e 30 anos, graduados em enfermagem no período de 2004 a 2006. A Obiettivo Lavoro, empresa de recursos humanos italiana, firmou parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e apresentará nesta quinta-feira, dia 17, o projeto Brasil Itália. No encontro, os participantes conhecerão os pré-requisitos para o processo de seleção, as condições de trabalho, os benefícios concedidos e como funciona o intercâmbio, com duração de até dois anos.

Mais informações no site: http://www.imigracao-quebec.ca/

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UE propõe este mês parceria com Brasil


Humberto Saccomandi e Sergio Leo
Publicado no Valor Online de 15/05/2007

A União Européia divulga no final deste mês documento no qual oferece uma parceria estratégica ao Brasil. Apesar de ser uma proposta de acordo político, e não comercial, a parceria deve incluir dispositivos para facilitar e incrementar o comércio entre Brasil e UE. E pode gerar constrangimentos na relação brasileira com os parceiros do Mercosul, embora o governo brasileiro defenda o contrário.

A proposta, intitulada "Parceria Estratégica com o Brasil", será encaminhada pela Comissão Européia (órgão executivo da UE) ao Parlamento Europeu e o Conselho Europeu (que reúne líderes do bloco). E deve ser discutida na cúpula da UE em junho. Europeus e brasileiros concordam em dar destaque à colaboração na área de biocombustíveis e mudança climática.
A proposta oficial será encaminhada ao governo brasileiro na primeira cúpula UE-Brasil, em Lisboa, em 4 de julho. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará do encontro. De lá, segue para uma conferência sobre biocombustíveis em Bruxelas, na qual "será a grande estrela", segundo um diplomata europeu. A conferência foi uma iniciativa do atual presidente da Comissão, o português José Manuel Durão Barroso, impressionado com o programa brasileiro de combustíveis renováveis.

A escolha do Brasil como parceiro preferencial dos europeus no continente tem o potencial de despertar ciúmes dos vizinhos com fortes laços econômicos e culturais com o Velho Continente, como a Argentina, e alimentar especulações sobre um possível "descolamento" do Brasil em relação a seus sócios no Mercosul. O Itamaraty diz não ver motivo para isso, argumentando que esse tipo de parceria é uma relação bilateral, um tipo de acordo político que o Brasil já vem mantendo individualmente. Estaria em nível semelhante a articulações como o IBAS, que une Brasil, Índia e África do Sul.

O governo brasileiro vê a aproximação com a UE, porém, como decorrência natural do longo relacionamento com o bloco europeu e do maior protagonismo brasileiro em instâncias políticas internacionais, como a ONU e a Organização Mundial do Comércio (OMC).

A proposta ao Brasil é uma iniciativa do governo português, que assume em julho a Presidência rotativa da UE. "O objetivo é elevar a relação com o Brasil para o mesmo patamar que a dos parceiros mais importantes da UE", disse ontem o ministro das Relações Exteriores de Portugal, Luis Amado, antes de reunião com colegas europeus.

A proposta de parceria ao Brasil altera um ponto importante da política da UE para a América do Sul, que vinha privilegiando negociações entre blocos econômicos. No caso do Brasil, com o Mercosul. Desde 1999, os dois blocos negociam um acordo comercial. Mas a UE revisou esta política e decidiu que "não poderia mais ignorar o sócio maior do Mercosul".

Segundo o Valor apurou, contribuiu para que a UE decidisse descolar o Brasil do Mercosul a entrada da Venezuela e da Bolívia no bloco sul-americano. Para um diplomata europeu, agora "não é fácil conversar com o Mercosul como um todo". Isso não significa que o Brasil negociará pelo Mercosul com a UE. Só que ganhará um canal de diálogo próprio e privilegiado com os europeus.

Indiretamente, a UE espera que isso ajude a avançar o acordo com o o Mercosul, criando um clima propício para as negociações. Teme-se, porém, a reação dos parceiros sul-americanos a essa aproximação entre Brasil e UE.

As negociações para o acordo de comercial entre Mercosul e UE não serão tratadas nas conversas para a parceria estratégica, porque só serão retomadas após a definição das discussões comerciais mais amplas entre os sócios da OMC. Antes disso, nem os europeus nem os brasileiros se sentem em condições de decidir que ofertas farão.

Um diplomata europeu ouvido pelo Valor deixou claro que, embora a parceria estratégica não substitua o acordo comercial, poderá incluir dispositivos comerciais. Ele citou explicitamente a questão das exportações de carne e de etanol do Brasil para a UE.

Esses dispositivos não devem mexer nas tarifas aplicadas a produtos brasileiros, mas podem reduzir outras restrições, como cotas ou barreiras fitossanitárias. A parceria com a Rússia (de 1997), por exemplo, proíbe a imposição de quotas de importação. Ele contém ainda uma série de dispositivos facilitadores do comércio, além de garantias a investimentos.

Outra questão comercial que pode constar do acordo é um mecanismo de resolução de litígios, que trataria de pendências antes que elas fossem levadas à OMC.

Um diplomata brasileiro na Europa disse ao Valor que esse acordo é o "sonho de consumo" do Brasil nas relações com a UE. O Brasil já tem "parcerias estratégicas" com a maioria dos países europeus individualmente, o que, na avaliação do Itamaraty, tem facilitado as discussões bilaterais. O acordo com a UE daria uma dimensão maior, em assuntos como facilitação de comércio e ciência e tecnologia.

A UE já tem acordos de parceria estratégica com EUA, Japão, China, Canadá, Índia e Rússia, e negocia com a África do Sul.

Os termos da parceira ainda terão de ser negociados pelos dois lados, mas na proposta a ser encaminhada ao Brasil, a UE deve destacar alguns pontos, como energia e meio ambiente. Um preocupação européia é com o fornecimento de etanol, alternativa à excessiva dependência do continente de energia importada da Rússia.

A UE quer negociar o acordo até meados de 2008, para assiná-lo numa cúpula no Brasil, já na Presidência francesa da UE. A acordo de parceria estratégica implica uma notável aproximação política, com a institucionalização de diversos níveis de diálogo e negociação. O mais importante é uma cúpula anual de líderes da UE com o presidente brasileiro.

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Abertas inscrições para o Prêmio FBB de Tecnologia Social

Publicado no Informativo Mensal do Mapa do 3º Setor em 15/05/2007


O Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social vai premiar com R$ 400 mil as tecnologias sociais que resolvam questões relativas à água, alimentação, educação, energia, habitação, meio ambiente, renda e saúde.

As inscrições para o Prêmio estão abertas até 15 de junho às empresas públicas, governos municipais e estaduais, instituições de educação, institutos e organizações não governamentais (ONGs).

A premiação é concedida, a cada dois anos, para identificar e difundir tecnologias sociais, conceito que compreende produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade, que representem soluções efetivas de transformação social.

A quarta edição do prêmio é realizada em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras) e a KPMG Auditores Independentes.

A participação no Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social está aberta às instituições legalmente constituídas no país, de direito público ou privado, desde que não tenham finalidade lucrativa. Somente serão certificadas e concorrerão às premiações, tecnologias sociais já implementadas, com resultados comprovados e sem fins comerciais.

Instituições que tenham funcionários do Banco em seu corpo diretivo podem ser certificadas e incluídas no Banco de Tecnologias Sociais mas estão impedidas de receber os prêmios em dinheiro.

Para se inscrever no Prêmio acesse o site http://www.tecnologiasocial.org.br/%3CBR%3E

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IBGE calcula participação econômica do terceiro setor

Publicado no rede Gife Online em 14/05/07
Rodrigo Zavala


Pela primeira vez nas contas nacionais, o Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE) aferiu a importância do terceiro setor na economia brasileira. Segundo apontam pesquisadores, uma recente revisão do instituto mostrou uma participação oficial de 1,4% na formação do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB), o que significa um montante de aproximadamente 32 bilhões de reais.

O levantamento do IBGE é visto com otimismo por especialistas na área. Para o coordenador do Centro de Estudos do Terceiro Setor (CETS) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Luiz Carlos Merege, o cálculo dará mais visibilidade ao setor, além de demonstrar que o governo começa a se preocupar mais seriamente sobre o assunto (leia artigo).

O professor foi um dos protagonistas que pressionaram o instituto a adotar uma metodologia de pesquisa criada pelo Centro de Estudos da Sociedade Civil da Universidade Johns Hopkins, liderado pelo prof. Lester Salamon. Trata-se do Projeto Comparativo do Setor Não Lucrativo, que congregava pesquisadores de sete países e que lançava a base conceitual que orientaria o levantamento sobre o caráter estrutural e operacional do setor.

“Em setembro de 2004, o CETS, em parceria com a Universidade Jonhs Hopkins, organizou uma reunião em São Paulo com lideranças dos principais centros de estudos brasileiros, que resultou em uma manifestação coletiva, encaminhada ao IBGE, solicitando que fosse considerada a possibilidade de incluir nas contas nacionais a participação das organizações sociais”, lembra.

Segundo o técnico do IBGE, Cristiano Martins, não há consenso do que seja terceiro setor. Assim, o instituto afere a movimentação financeira por meio das declarações de renda e trabalho enviados por organizações sem fins lucrativos de origem privada. Isto é, ongs, sindicatos, fundações etc.

Comparações - A adoção da metodologia foi celebrada pela pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Nathalie Beghin, que participou da pesquisa As Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil (Fasfil). Divulgada no final de 2004, o levantamento foi produto de uma parceria entre governo e sociedade civil: IBGE, Ipea, GIFE e a Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong).

O primeiro levantamento sobre o setor sem fins lucrativos realizado com dados oficiais no Brasil utilizou como referência o Cadastro Central de Empresas (Cempre) do IBGE para o ano de 2002, que cobre o universo das organizações inscritas no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica). Um dos destaques foi que, entre 1996 e 2002, o número de fundações privadas e associações sem fins lucrativos cresceu 157%, passando de 105 mil para 276 mil. No mesmo período, o número de pessoas ocupadas no setor passou de 1 milhão para 1,5 milhão de trabalhadores, registrando um aumento de 50%.

”A pesquisa foi a primeira proposta de recorte e chegamos à conclusão que o terceiro setor era o que mais crescia na economia brasileira. O IBGE atende agora a uma demanda social antiga ao dimensionar as atividades do setor”, argumenta.

IBGE X Johns Hopkins - No entanto, o número apresentado pelo IBGE é menor do que o considerado por um estudo recente do Programa de Voluntários das Nações Unidas (UNV) em parceria com o Centro de Estudos da Sociedade Civil da Universidade Johns Hopkins. O levantamento, já divulgado pelo redeGIFE, mostrou que o setor sem fins lucrativos no Brasil representa hoje 5% do PIB nacional.

Para Fernando Rossetti, secretário geral do GIFE, apesar das diferenças estatísticas, o fato é que todas as pesquisas mostram que houve mesmo um boom do terceiro setor no Brasil na década de 90 e que aparentemente isso está continuando nesta década. “São muitas as variáveis que levam a esse crescimento; desde a abertura do mercado brasileiro a partir dos anos 90 até a queda do Muro de Berlin em 1989, passando pela revisão do papel do Estado."

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