domingo, 16 de setembro de 2007

Empresas investem em programas estruturados

Patricia Knebel
Publicado pelo
Jornal do Comércio em 14/09/07

A filantropia empresarial, marcada por ações pontuais para apoiar projetos ou entidades assistenciais, começa a dar espaço para programas mais estruturados de responsabilidade social.

Nas grandes empresas, departamentos já atuam especificamente para prospectar e desenvolver projetos conectados com os negócios e alinhados com as demandas da sociedade. Nas pequenas e médias, essa visão também começa a se tornar uma realidade, muitas vezes impulsionada pelos exemplos de sucesso das grandes corporações. "Há um amadurecimento entre as empresas brasileiras em relação à responsabilidade social. E esse é um caminho sem volta", afirma a gerente de assuntos corporativos da Souza Cruz, Simone Veltri.

No ano passado, a companhia investiu R$ 190 milhões em ações de responsabilidade social corporativa. São cerca de 30 projetos, divididos entre as áreas de educação, meio ambiente e desenvolvimento social. A empresa participa da 2ª Mostra RS - Responsabilidade Social, que acontece até o próximo sábado, no Praia de Belas Shopping. O evento reúne instituições ligadas à esse tema, órgãos governamentais, ONGs e entidades empresariais.

A responsabilidade social prevê a realização de ações estruturais e sistemáticas, alinhadas com o negócio da empresa. Para Simone, será cada vez mais uma tendência irreversível a adesão a iniciativas que gerem valor na relação das empresas com as comunidades nas quais estão inseridas. "Já foi o tempo em que as empresas achavam que podiam tirar tudo do ambiente sem dar nada em troca", observa. Para ela, sensibilizar as lideranças é ponto-chave para a implementação de projetos de sucesso.

Entre as iniciativas realizadas atualmente pela Souza Cruz está o Responsabilidade Social Aqui Tem, O futuro é agora e Educar. Atuar no segmento fumageiro exige alguns cuidados com a comunicação, tanto na publicidade como em projetos institucionais. "Comercializamos um produto lícito e que passa por todos os critérios de qualidade, mas sabemos que existe um risco associado", diz. Por isso, explica, a empresa opta por se comunicar com adultos - acima de 18 anos.

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Site permite emprestar dinheiro pelo mundo

Publicado pelo InfoOnline em 13/09/07

Um novo serviço na internet pode ajudar a estimular o microcrédito

Estimulado pelo Nobel concedido no ano passado a um homem cujo apelido é "banqueiro dos pobres", o microcrédito a pequenas empresas dos países mais pobres do mundo está florescendo, à medida que as pessoas descobrem que podem operar como um mini Banco Mundial.

E não é preciso ser Bill Gates para participar. Um site de microcrédito permite que pessoas emprestem quantias a partir de 25 dólares a pequenas empresas do Vietnã ao Quênia, e vem atraindo tanto interesse dos potenciais fornecedores de recursos que sua estrutura mal consegue acompanhar a demanda.

A Kiva.org, descrita por seu fundador, Premal Shah, como "o eBay do microcrédito", vem operando há dois anos, mas registrou alta elevada de tráfego depois que Muhammad Yunus, economista de Bangladesh, recebeu o Prêmio Nobel da Paz no ano passado por suas atividades à frente do Grameen Bank.

"Do dia para a noite o volume de tráfego em nosso site quase dobrou", disse Shah sobre o impacto do Nobel. Ele mencionou também que outras citações recentes, como a do ex-presidente Bill Clinton em seu livro "Giving", causaram novas altas de interesse, o que levou o site a procurar uma ampliação no número de empresas interessadas em obter empréstimos, a fim de distribuir todo o dinheiro que se tornou disponível.

O Kiva trabalha com dezenas de grupos de microcrédito que selecionam empresas que precisam de empréstimos - de uma mulher hondurenha que vende cosméticos a uma tecelagem cambojana ou uma oficina mecânica em Gana.

"Estamos oferecendo uma plataforma online para conectar o pessoal que trabalha em campo com microcrédito às pessoas de Des Moines, Iowa, ou alguém em Londres", disse Shah à Reuters.

Segundo ele, o usuário médio fornece recursos a quatro empresas no site, emprestando 25 dólares a cada uma, e até agora o total emprestado foi de 11 milhões de dólares, sempre a juro zero. Ele espera emprestar 100 milhões de dólares nos próximos três anos.

O site exibe fotos e planos de negócios de pessoas que estão em busca de empréstimos com valores que variam de 75 a mais de mil dólares. Em um sistema semelhante ao do setor de comércio online, as organizações de microcrédito são classificadas com base em seu desempenho de pagamento de empréstimos, tempo de operação e montante total obtido.

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