terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

AACD estará no uniforme do Corinthians

Diretoria do clube, que ainda não consegui fechar patrocínio anual para o time, cede espaço beneficente para Associação

A diretoria do Corinthians, que ainda não conseguiu fechar patrocínio para o time para 2009, continua aproveitando o espaço vazio no uniforme do clube. Depois de vender o espaço para Locaweb, Ford e Vivo em alguns jogos no mês de janeiro, o clube cederá o espaço para a ACCD - Associação de Assistência à Criança Deficiente - no clássico do próximo domingo, 15, contra o São Paulo, no Morumbi.

A informação é do colunista Benjamin Back, do Lance. Além da ação beneficente de divulgação da Associação, as camisas usadas na partida serão autografadas pelos ateltas do Corinthians e depois doadas à entidade e serão leiloadas.


Meio & Mensagem Online, 11/02/09

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Pontos de Mídia Livre: o que é preciso saber

Publicado no Diário Oficial da União no dia 27 de janeiro, o edital Prêmio Pontos de Mídia Livre prevê R$ 3,2 milhões para Pontos de Cultura ou organizações sociais sem fins lucrativos que desenvolvam veículos de comunicação compartilhada ou participativa. São 60 prêmios, sendo 10 de R$ 120 mil e 50 de R$ 40 mil, selecionados a partir de critérios com pesos diferentes, como proposta editorial, qualidade estética, interatividade, audiência ou tiragem, repercussão e capacidade de manter contato com seu público.

Vale a pena mobilizar iniciativas de comunicação para participar. Além de ser uma oportunidade importante para quem faz mídia fora das grandes empresas que dominam o setor, o edital informa, em sua introdução, que se houver mais recursos (novas dotações orçamentárias) por um ano a partir da divulgação do resultado final, o Ministério da Cultura (MinC) pode conceder novos prêmios de acordo com a ordem de classificação. Quanto maior o número de inscritos, mais motivos para pressionar por mais recursos.


Para facilitar, leia um resumo em forma de perguntas e respostas abaixo:

Onde encontro mais informações?
A Secretaria de Programas e Projetos Culturais do Ministério da Cultura mantém uma página exclusiva para o prêmio (http://www.cultura.gov.br/site/2009/01/27/edital-premio-pontos-de-midia-livre/).
Nela estão o edital e três anexos, sendo uma carta de apresentação, um formulário e uma descrição da iniciativa.

Qual é o prazo de inscrição?
O prazo é de 45 dias da publicação no Diário Oficial. Isso quer dizer até dia 12 de março.

Para que serve cada um dos anexos para a inscrição?
Para facilitar, você pode baixar os arquivos nos atalhos abaixo. Separamos uma breve explicação sobre cada um:

Edital (PDF, baixe aqui - http://www.revistaforum.com.br/midialivre/edital_pontos_de_midia_livre_-_publicado.pdf)
A íntegra do documento publicado no Diário Oficial da União em 27 de janeiro. Para os participantes, é importante ler o texto para conhecer os detalhes da proposta.

Requerimento - anexo I (DOC, baixe aqui - http://www.revistaforum.com.br/midialivre/pontos-de-midia-livre-anexo-1.doc)
O requerimento é uma carta-padrão para solicitar a inscrição. Há alguns campos que devem ser alterados para cada inscrição. Além do timbre da entidade, data e do nome do representante legal da instituição, é importante determinar qual a categoria pretendida, se regional/nacional ou local/estadual. Há mais prêmios para a última categoria, mas o valor da primeira é superior.

Formulário de inscrição - anexo II (DOC, baixe aqui - http://www.revistaforum.com.br/midialivre/pontos-de-midia-livre-anexo-2.doc)
No formulário, a entidade participante apresenta seus dados, os de seu representante legal – ou coordenador no caso de ser um Ponto de Cultura – e responde a oito perguntas para apresentar detalhes da proposta propriamente dita.

Descrição da iniciativa de comunicação - anexo III (DOC, baixe aqui - http://www.revistaforum.com.br/midialivre/pontos-de-midia-livre-anexo-3.doc)
Ora como itens, ora com perguntas, os participantes devem prestar informações sobre 18 novos tópicos. Neste anexo, as informações são divididas de acordo com os cinco critérios utilizados para a seleção: proposta editorial, qualidade estética, interatividade, audiência ou tiragem, repercussão e capacidade de manter contato com seu público.

Que documentos são necessários?
Além dos três anexos, é preciso incluir um portfólio da iniciativa. A sugestão do Edital é um CD ou DVD para material publicado eletronicamente – de texto, áudio, fotos, vídeo etc. – ou um exemplar impresso das publicações que a instituição considerar necessárias para dar idéia do perfil da iniciativa. Depoimentos, material publicado na mídia, cartazes, vídeos em DVD e outros também podem ser incluídos. É preciso ainda juntar documentos que comprovem a abrangência da iniciativa de comunicação pela qual o concorrente opta, se local/estadual ou regional/nacional.

Para onde devo encaminhar esse material?
Os documentos, impressos e assinados, devem ser enviados para:
PRÊMIO PONTOS DE MÍDIA LIVRE
COMISSÃO DE AVALIAÇÃO
Setor Bancário Sul - Quadra 02 – Lote 11 – 1º andar - Edifício Elcy Meireles
CEP: 70070-120 – Brasília / DF
Ao receber de toda a documentação, a Secretaria informará um número de identificação para acompanhamento do processo.

Quem pode participar?
Pontos de Cultura e organizações sem fins lucrativos podem apresentar projetos de comunicação compartilhada ou participativa. As iniciativas devem ter tido início no dia 1º de julho de 2008.
É preciso assegurar ainda que a entidade não tenha qualquer pendência, inadimplência ou falta de prestação de contas junto a qualquer órgão público, especialmente com o Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) e o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi).

O que são projetos de comunicação compartilhada e participativa? Que tipo de projeto pode participar?
Para o Edital, iniciativas de comunicação compartilhada e participativa devem buscar interagir com o público e precisam reunir pelo menos dois membros em sua equipe editorial. A linguagem e o suporte podem ser variados. Vale texto escrito, som, imagens, vídeos e multimeios apresentados como televisões e rádios comunitárias, blogues, páginas eletrônicas, publicações impressas, agências de notícias, produtoras de audiovisual ou qualquer outro meio que claramente se preste a atividades de comunicação.

Em qual categoria meu projeto se encaixa melhor?
A categoria local/estadual é dedicada aos projetos que pretendem interagir com um público localizado nos limites de seu estado de origem. Já a abrangência regional/nacional é dedicada às iniciativas que buscam alcançar, além de seu próprio estado, pelo menos mais uma outra unidade da federação.

Quais são os prêmios?
O valor total do recurso é de R$ 3,2 milhões, divididos em 60 prêmios. Para as iniciativas de alcance e repercussão regional/nacional, são apenas 10 prêmios de R$ 120 mil cada. Para as de abrangência local/estadual, são 50 prêmios de R$ 40 mil.

Quais são os critérios?
São seis os critérios, com pesos distintos, para o julgamento das propostas.

a) Proposta Editorial – até 20 pontos
Avalia a relevância e qualidade da produção em qualquer meio e a adequação ao público a que se destinam. Além da pontuação, é o primeiro critério de desempate.
b) Qualidade Estética – até 20 pontos A análise leva em conta o uso adequado e criativo do suporte em que cada iniciativa se
desenvolve.
c) Grau de interatividade – até 20 pontos Os projetos precisam contar com algum tipo de espaço para fomentar a participação do público, seja com espaço para comentários, seja com canais para receber e publicar conteúdo. Quanto mais desenvolvidas e facilitadas as formas de interação, mais pontos no quesito.
d) Tiragem/Audiência – até 10 pontos
Tanto os números absolutos quanto relativos à região ou comunidade a que se destina serão considerados aparentemente sem valorizar mais a um em detrimento de outro aspecto.
e) Repercussão – até 10 pontos
Além de conseguir interagir com o público, os projetos devem ser capazes de gerar fatos e iniciativas tanto entre o público a que se destina como e entre outros veículos de mídia. Essa capacidade, porém, tem menos peso do que a interatividade, conforme o Edital.
f) Regularidade – até 20 pontos
A intenção é valorizar iniciativas que conseguem manter uma periodicidade na divulgação de novos conteúdos ou de novas edições. O tempo de existência efetiva – preferencialmente regular – de cada projeto também será levado em conta neste critério. Além da pontuação importante, é o segundo critério de desempate.

Quem vai fazer a seleção?
A Comissão de Avaliação do Prêmio Pontos de Mídia Livre será presidida pelo Secretário de Programas e Projetos Culturais, Célio Turino. Dos outros oito integrantes da comissão, metade são representantes do MinC e o restante “personalidades de notável experiência na área de comunicação”, segundo as palavras do Edital, definidas a convite do ministério.

E se houver empate na pontuação?
Em caso de empate entre as propostas, a comissão vai favorecer o projeto com maior pontuação nos quesitos "a" até "f", pela ordem. Se ainda assim persistir o empate, a iniciativa mais antiga terá prioridade.

O que as iniciativas selecionadas terão de fazer?
O item 11 do Edital apresenta uma lista de obrigações das selecionadas. É preciso destinar o valor do prêmio para desenvolver o projeto apresentado e ganhador do prêmio. Também se exige a participação na criação, realização, registro e sistematização da iniciativa apresentada e encaminhar relatórios de aplicação de recursos para a Secretaria até 180 dias da data de recebimento do recurso.

O nome do Ministério da Cultura e dos Programas Cultura Viva e Mais Cultura devem constar com destaque – e de acordo com os padrões de identidade visual de cada logomarca – em todo o conteúdo, seja editorial, seja de divulgação e promoção. Usar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos são práticas vedadas.

Como será o repasse de recursos aos vencedores?
Será feito um depósito bancário em uma única parcela diretamente às entidades e instituições selecionadas.


Anselmo Massad, da revista Fórum
Envolverde, 11/02/09
© Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.

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Jovens criam tecnologias em prol de ODM

Concurso com estudantes de cem países premia em até US$ 25.000 criação de softwares e sites relacionados aos Objetivos do Milênio

Estudantes de ensino médio e universitários de vários países vão competir na criação de tecnologias que ajudem os países a avançarem nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), uma série de metas socioeconômicas que os países da ONU se comprometeram a alcançar até 2015. Um concurso para estudantes de tecnologia terá os ODM como tema e espera reunir mais de 200 mil jovens de 100 países.

Categorias e prazos de inscrição:
Design de softwares - 20/05
Desenvolvimento embutido - 1/03
Desenvolvimento de Jogos - 1/03
Robótica e Algorítimo - 1/03
Desafio de TI - Inscrição encerrada
Mash up (Web 2.0) - 1/03
Fotografia - 1/03
Curta Metragem - 1/03
Design - 1/03


A Imagine Cup, Copa do Mundo da computação promovida pela multinacional Microsoft, existe há seis anos. A proposta é estimular os jovens a criarem softwares, redes, portais interativos, jogos e até fotografias que possam ajudar em questões globais – meio ambiente, educação e saúde foram alguns dos temas dos anos anteriores. Na edição de 2009, a proposta será: “imagine um mundo em que a tecnologia ajuda a resolver os maiores problemas que temos hoje”. Em cada uma das nove categorias do concurso (veja as categorias e datas de inscrição no quadro à direita, será preciso apresentar formas de a tecnologia participar do avanço dos ODM.

Combate a fome, à pobreza, melhoria da saúde da mulher e das crianças e cuidado com o meio ambiente são algumas das metas em que os candidatos a inventores deverão pensar. “A tecnologia pode ser a força que transforma grandes idéias em grandes soluções”, diz o texto de apresentação da Copa deste ano. Para participar, é necessário ter, no mínimo, 16 anos e estar matriculado em alguma instituição reconhecida pela competição. Os estudantes podem se inscrever pelo site. Os melhores de cada categoria vão receber uma viagem ao Cairo em julho de 2009, quando serão escolhidos os vencedores.

Uma equipe de brasileiros ficou com o primeiro lugar na categoria de games na edição passada, que teve meio ambiente como tema. Quatro estudantes da UNESP (Universidade Estadual de São Paulo) venceram com um jogo de computador que permite construir sua própria cidade respeitando a questões ambientais.

Australianos ficaram com o prêmio de melhor software, criando um sistema capaz de controlar todos os recursos de uma fazenda, para que se economize água e energia. A competição oferece prêmios em dinheiro, que variam de US$ 3.000 a US$ 25.000 para os três melhores de cada categoria. Além disso, os vencedores ganham pacotes de produtos para programação.


da PrimaPagina
Boletim do Pnud, 09/02/09

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O perfil do jovem empreendedor


A importância em formar o jovem para o mercado com uma visão empreendedora é o tema desta edição do Boletim da Democratização Cultural. Ao abordar o assunto, o diretor executivo da Artemisia Brasil, Fábio Santiago, aponta os desafios do empreendedorismo social no país em tempos de crise e, a partir desse panorama, fala sobre a situação do jovem empreendedor e o perfil que se almeja de um líder nessa área.

Boletim da Democratização Cultural – Desde a década de 90, o que o empreendedorismo social consolidou e o que ainda está em construção?

Fábio Santiago - Há pelo menos 30 anos o empreendedorismo é um processo em construção no mundo. O que foi consolidado é fruto de muito aprendizado e reflexão de experiências. Creio que hoje o empreendedor social está muito mais preparado para entender e criar soluções para os desafios que enfrenta. Outro ponto consolidado é o modelo de projeto sem fins lucrativos, que funciona bem. O que está em construção é a discussão de negócio social, que questiona a dicotomia entre social e econômico. Essa integração é necessária. Exemplos de iniciativas como a de Bill Gates e o Banco do Povo, na Índia, mostram caminhos.

B.D.C. – Qual o perfil de um jovem empreendedor?

FS - Ele precisa saber o que quer. Ter foco para não querer abraçar os problemas do mundo. E, evidentemente, um espírito empreendedor, o que nem todos possuem. Ser um líder que respeita a equipe, que consegue trazer as pessoas para seu projeto, que inspire e encoraje quem está ao seu redor. E isso só com um profundo comprometimento, comportamento ético e criatividade para enfrentar os problemas.
B.D.C. – Há carência de mão de obra especializada no terceiro setor?

FS - Faltava profissionalização, mas nos últimos dez anos houve uma grande evolução. As pessoas se aperfeiçoaram e as instituições, percebendo essa necessidade, passaram a oferecer salários mais competitivos, atraindo melhores profissionais.

B.D.C. – O empreendedorismo vem, originalmente, da administração de empresas. Foi estruturada nos projetos sociais e culturais, a idéia de negócio, a racionalidade do lucro. O que foi positivo e o que foi ajustado à esfera do terceiro setor?

FS - O terceiro setor não tem condições de se auto-sustentar. Aconteceu uma grande onda de geração de recursos. Entretanto, eles estavam descolados da atividade social do projeto e, muitas vezes, eram priorizados. De forma genérica, repetia-se a lógica das empresas. Com o tempo, o foco inverteu-se, o impacto social voltou a ser priorizado e hoje os projetos geram renda a partir de seus objetivos.

B.D.C. –Como incorporar essa forma de atuação das empresas sociais às políticas públicas? Há diálogo?

FS - Sei da existência de grupos que travam esse diálogo. O instituto Papel Solidário vem discutindo com parlamentares, mas ainda em fase embrionária. É preciso definir melhor essas questões jurídicas dos empreendimentos sociais e solidários. Um exemplo é que uma empresa comum tem uma série de reduções fiscais na venda de seus produtos e serviços. Já o terceiro setor, não. Em alguns casos, os projetos são obrigados a abrir empresas.

B.D.C. – Qual a situação do empreendedorismo juvenil?

FS - Sua tendência é crescer ainda mais. O jovem é criativo, questionador, ele se lança e vê no empreendedorismo uma alternativa, já que o mercado está muito difícil. Esse crescimento tem cerca de seis anos, quando as empresas começaram a investir nesse público e então o terceiro setor redirecionou seus projetos.

B.D.C. – E nas escolas? Existe uma preocupação em oferecer uma formação voltada ao empreendedorismo? Como os jovens podem conhecer este assunto?

FS - Com as escolas públicas não há diálogo. O acesso se dá apenas pelos projetos sociais do terceiro setor. A Artemisia leva essa discussão para universidades, mas ainda voltada apenas ao empreendedorismo empresarial. A questão do negócio social é muito pequena.
B.D.C. – Como estão os investimentos em pesquisa na área do empreendedorismo social? E a participação da universidade?

FS - O interesse tem aumentado, principalmente estudos e análises do impacto de certos projetos sociais. Eles se concentram nas ciências sociais, ainda não vi nada em administração ou economia.

B.D.C. – Quais os desafios que o empreendedorismo social pode enfrentar?

FS - Acredito que a auto-sustentação. A crise deve mostrar essa fragilidade, uma vez que os investimentos sofrem grande redução neste período.

B.D.C. – Chega um período de crise e a primeira ação das empresas, mesmo aquelas comprometidas com a sustentabilidade, é demitir funcionários e cortar gastos com projetos sociais. Isso é responsabilidade social? Por que não buscar novas alternativas?

FS - Se a empresa investe em projetos, primeiramente ela deve fazer seu trabalho de casa. Garantir salários de mercado, respeitar o trabalhador, repreender os assédios. Muitas empresas fazem investimentos não por convicção, mas por conveniência. Querem associar sua imagem às preocupações sociais. Quando a crise chega, elas percebem que não é possível mensurar quanto a empresa ganha, qual é o retorno financeiro deste investimento. Então ele é o primeiro a ser cortado. Essa é a lógica. Eu torço para que a nova geração, quando chegar às esferas de decisão, modifique esse modelo.


Boletim da Democratização Cultural, 05/02/09

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CNAS ensina passo a passo a filantrópicas

Para o cumprimento da polêmica Medida Provisória 446/08, que modifica as regras para certificação de entidades filantrópicas, o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) publicou uma série de perguntas e respostas para os gestores sociais com dúvidas sobre o que fazer daqui para frente.

Clique aqui e entenda o que fazer.


redeGIFE Online, 09/02/09

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Edital para o Fundo Brasil de Direitos Humanos

O Fundo Brasil de Direitos Humanos lançou um edital para apoiar novos projetos em 2009. O foco será o combate à discriminação e à violência institucional, ou seja, qualquer forma de violação a direitos humanos promovida por instituições oficiais, suas delegações ou empresas.

Os custos dos projetos que tentarem o apoio devem ser de, no mínimo, R$ 10 mil e, no máximo, R$ 25 mil. O edital e o formulário para preenchimento estão disponíveis no site do Fundo Brasil de Direitos Humanos, e as propostas devem ser enviadas pelo correio até 23 de março.

Desde 2007, o Fundo disponibiliza recursos para organizações da sociedade civil, preferencialmente aquelas com menor acesso às fontes tradicionais de financiamento.
www.fundodireitoshumanos.org.br


Revista Filantropia - OnLine - nº185

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Nove coisas que irão definir 2009

Vídeo da Leo Burnett traz as previsões da rede para este ano, como a TV Digital e o fim da verdade absoluta

A Leo Burnett lançou um vídeo nos Estados Unidos voltado para profissionais de planejamento e anunciantes, com as previsões da rede para o ano de 2009. Confira quais são e, logo abaixo, a versão em vídeo (em inglês):



1) Novo realismo: a situação econômica irá afetar profundamente o desenvolvimento do contexto cultural. A era especulativa e emotiva está sendo substituída por uma fase mais calcada no social e na criatividade. Com a cultura mais tangível e honesta, teremos que ser mais realistas sobre o que está vindo. Prioridades e decisões de compra serão reconsideradas, sob o ponto de vista do que realmente importa para nós. Estaremos mais abertos para o que traga valores como confiança, segurança, inspirador, conectado, honesto e progressivo;

2) Hiper-realidade: o ritmo das mudanças está acelerando no mundo, com muitos novos desenvolvimentos ocorrendo na velocidade da luz e mudanças no status quo sendo reveladas em tempo real;

3) Economia da confiança: a confiança se tornará um fator crítico para o sucesso das marcas. Em tempos de dureza, buscamos companhias que dividam nossas preocupações, gerenciem a ansiedade e assumam a liderança. Confia-se hoje mais nos supermercados do que nos bancos, por exemplo;

4) Austeridade ecológica: uma nova conjuntura será atingida no futuro do planeta, com a austeridade transformando a questão ambiental em econômica. Produtos que gastam menos energia e que custam mais barato simplesmente não poderão ser atacados;

5) TV Digital: 2009 irá marcar um salto na qualidade de transmissão na televisão da internet. As pessoas têm assistido TV online há algum tempo, mas agora ela será popular;

6) Ligações de marketing: o conteúdo estará livre de um controle central e será negociável por meio de diversas redes. Idéias, logotipos de marcas ou códigos serão as linhas que formam o link entre conteúdos. Veremos, por exemplo, anúncios em ônibus conectando áreas de trabalho de computador com widgets;

7) Geração games: com o ato de jogar games se tornando uma ocupação de massa e com o ambiente econômico pressionando para diversão no lar, seremos parte da Geração Games muito em breve;

8) O fim da verdade absoluta: o que se entende como sabedoria muda a cada dia. Neste ano deverá haver mais opinião contraditória e muitas soluções sendo apresentadas como definitivas. No futuro iremos considerar mais o que é um fato. Será a versão moderna da relação do hipocondríaco com a prescrição médica;

9) Marcas como veículos: marcas são marcos. A maneira pelas quais buscamos nossas necessidades acabam sempre em uma delas. Tudo isso irá mudar. Os dias da marca estática estão chegando ao fim. Elas cada vez mais serão significados e não fins.


Meio & Mensagem Online, 06/02/09

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Programa Tear vence homenagem aos que fazem a diferença no Brasil

Programa Tear, realizado pelo Instituto Ethos, foi escolhido pelo júri como o vencedor da categoria Razão Social do Prêmio Faz Diferença, promovido pelo jornal O Globo. A categoria engloba empresas ou projetos que tenham se destacado por sua responsabilidade social no país e passou por um júri composto por jornalistas do Globo, vencedores de edições anteriores e pela votação popular.

“O que faria diferença para você no Brasil?” é a pergunta que norteia a premiação.

O Prêmio Faz Diferença é uma iniciativa do jornal O Globo para homenagear aqueles que fizeram a diferença na transformação do Brasil. O prêmio é dividido em 15 categorias e uma personalidade do ano. A sexta edição do prêmio terá sua premiação em março, no Golden Room, do Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.

Promovido pelo Instituto Ethos e pelo Fundo Multilateral de Investimento (Fumin), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Programa Tear – Tecendo Redes Sustentáveis 1ª edição teve como principais objetivos aumentar a competitividade e a sustentabilidade das pequenas e médias empresas (PMEs) e ampliar suas oportunidades de mercado, contribuindo assim para o desenvolvimento do País.

Com os aprendizados, sucessos e lições aprendidas o Instituto Ethos lança a sua 2ª edição, com a possibilidade de participação de novos setores da economia e de novas empresas-âncoras.

Estrutura
O Programa Tear se baseia na seguinte estrutura: cada empresa-âncora (empresa de grande ou médio porte que lidera o Programa na sua cadeia de valor) seleciona entre 15 e 25 empresas de sua cadeia de valor (fornecedores e/ou clientes), assumindo o compromisso de ajudá-las a adotar ou ampliar uma gestão socialmente responsável em seus processos internos e no relacionamento com suas partes interessadas.

Clique aqui para saber mais sobre a 2ª edição do Programa Tear, do Instituto Ethos.

Clique aqui saber mais sobre o Prêmio Faz Diferença, realizado pelo jornal O Globo.


Instituto Ethos

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Mostra de Tecnologias Sustentáveis -Edição 2009!

A Mostra de Tecnologias Sustentáveis é uma exposição que reúne e dissemina informações e conhecimentos sobre tecnologias sustentáveis disponíveis, visando tanto a ampliação de seu uso pelos indivíduos e organizações como o estímulo de organizações públicas e privadas a intensificarem o desenvolvimento, produção e uso dessas tecnologias.

Esta exposição não pretende ser uma feira de ciência ou de produtos, mas sim um ambiente onde o visitante poderá ver, interagir e conhecer o funcionamento das tecnologias e os requisitos para o seu adequado desempenho em uso.

“Tecnologia Sustentável” compreende metodologias, técnicas, sistemas, equipamentos ou processos economicamente viáveis, passiveis de serem produzidos e aplicados de forma a minimizar os impactos negativos e a promover impactos positivos no meio ambiente, na qualidade de vida das pessoas e na sustentabilidade da sociedade.

Os interessados em terem suas tecnologias expostas na Mostra devem fazer a inscrição de suas iniciativas gratuitamente pelo endereço http://www.ethos.org.br/mostra2009/inscricoes/tela1.asp até o dia 8 de março. As tecnologias inscritas são selecionadas com base em critérios definidos por uma curadoria composta por entidades que reconhecidamente tratam dos temas que são objeto da Mostra.

As iniciativas inscritas devem ser direcionadas a questões relacionadas a sustentabilidade das cidades, dos negócios rurais e a conservação e manejo sustentável de ecossistemas. Elas devem oferecer soluções relacionadas a elementos críticos como energia, gases de efeito estufa, consumo de materiais, resíduos, água, biodiversidade, equidade, diversidade, integridade e combate à corrupção, trabalho decente e inclusão social.

A visitação da exposição é aberta ao público e gratuita mediante cadastro no site do evento (cadastramento disponível a partir do mês de março).

Saiba mais: http://www.ethos.org.br/mostra2009


Envolverde, 05/02/09
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Ameaça de Política Cultural

Diz um amigo próximo do ministro e do mercado: “prefiro ficar na mão de 200 dos mais gananciosos banqueiros e agiotas a ficar na mão de um só Juca Ferreira”. Não há nada mais ameaçador do que isso

A constituição brasileira classifica a cultura como direito fundamental do cidadão. Esse direito deve, portanto, ser garantido pelo Estado. O direito cultural mais antigo e consagrado é o direito de autor. O direito à livre expressão vem logo após, seguido do direito a participar da vida cultural, decidir sobre a prática de sua escolha, acessar os mais diversos bens simbólicos. Os ventos ministeriais sopram, ora à sudeste, ora à nordeste. Num tempo brisa, noutro tempestade, mas devemos sempre nos perguntar: avançamos ou retroagimos na conquista desses direitos?

Lula assumiu prometendo ao povo e encomendando ao Ministro Gil a abertura de centros culturais por todos os cantos do Brasil. Uma verdadeira revolução cultural, como a implementada na França por André Malraux e consolidada por Jacques Lang. Surgiu o projeto das BACs, quem se lembra disso? Com ela o ainda inexplicado episódio que resultou na demissão de Antonio Pinho, acusado por Juca Ferreira de armar a favor de si e contra o Erário.

Muitas vozes do MinC dizem que o programa Cultura Viva já existia quando Celio Turino aportou na Esplanada com o difícil desafio de substituir o compadre de Gil, o homem que indicou o tropicalista à menos cobiçada pasta do Planalto. E que o traiu.

O fato é que Celio Turino colocou o primeiro edital dos Pontos de Cultura na praça em 40 dias. E foi construindo e tecendo uma das teias das mais interessantes da nossa história, contando com o apoio do seu partido, da bancada e uma série de atividades culturais instigantes e muito representativas da rica diversidade cultural do Brasil. Mas agora o Cultura Viva agora é Mais!

Algum direito cultural foi garantido com o programa? É certo que sim, pelo menos o direito legítimo e inalienável daqueles pouquíssimos agraciados com os editais dos pontos. Sim, pouquíssimos, por mais que o MinC diga que “nunca nada tão grandioso fora realizado até então”. Confundo-me com as contas do MinC, mas acho que já passam de mil o número de credores do ministério, muito distante dos 20 mil prometidos.

Hoje recebi um telefonema intrigante do protagonista de um dos projetos mais emocionantes e decentes que já vi acontecer em terras brasileiras, em local bem distante dos grandes centros. A história é que ele havia perdido um dinheiro da Lei Rouanet por incompetência do MinC, que agora criou uma imensa burocracia para prejudicar os que não têm recursos para contratar os melhores advogados do Brasil, que conseguem aprovação de projetos com notificações, mandados e ações de inconstitucionalidade pela OAB, como é comum nos dias de hoje. O valor do patrocínio? R$ 30 mil, por mais que o MinC diga que Lei Rouanet só financia livros de mesa e espetáculos estrangeiros.

Pois não é que este mesmo respeitável empreendedor sociocultural foi agraciado com o edital dos Pontos de Cultura, depois de uma dessas difíceis pelejas a que os artistas estão submetidos em tempos de escambo político! O mais interessante é que esta é mais uma das inúmeras vozes que me perguntam: “devo entrar nessa roubada? Todos que viraram ponto não recebem do MinC, ficam devendo na praça, são considerados inadimplentes (pelos incompetentes) e ainda correm o risco de virar produto de um varguismo requentado e démodé”. O que fazer?

Desde que o MinC resolveu fazer o sucesso de seus empreendimentos à custa do desgaste do que “já existe e dá certo”, mesmo que não do jeito que gostaríamos (”não porque é do governo anterior, mas por que é perverso”), vimos a corda roer para o lado mais fraco dentre os milhares de proponentes em busca de um lugar de dignidade no patrocínio privado.

O ministro luta diariamente para minar a fonte de recursos da indústria cultural, do show business, dos projetos socioculturais, dos festivais, dos CDs, livros, espetáculos, negócios de interesse público e privado. Projetos de 30, 40, 100 mil, e também de 1, 2 ou 3 milhões de reais.

O Gil jamais faria isso, tenho certeza disso. Promovi fóruns empresariais com a presença do ministro-artista. Ele foi duro, exigiu responsabilidade de todos para com a cultura, mas não moveu uma palha para prejudicar a vida de qualquer produtor ou artista. Tentou o diálogo, não a coerção. Tentou a abertura, não a centralização. Foi-se o Gil ministro. Deixa saudades, como toda a sua equipe, enxotada do MinC apenas por discordar.

Mas vamos supor que Juca tenha razão. A Lei Rouanet é mesmo perversa (eu, pessoalmente, publico isso desde que o Juca não sabia o que era política cultural. Agora, veja só, sou obrigado a combater o tipo de apropriação que o governo faz dessa crítica). Pergunto, caro leitor, o que teremos em troca do esquartejamento público da Lei Rouanet? Ponto de Cultura? Quantos? E quanto mesmo paga o MinC a este Ponto, ou a um Griô? E a um mestre de cultura popular premiado? E a um projeto de cultura indígena? E depois, como ele garante a sua subsistência? Quer criar um mercado? Que mercado é esse?

Observo, comento e critico o mercado e as políticas culturais há 11 anos. Critiquei duramente a gestão do Weffort. Apoiei de corpo e alma a do Gilberto Gil, mas sou obrigado a discordar veementemente do comando de Juca Ferreira. Ultimamente, vejo os recursos cada vez mais concentrados nas mãos do próprio governo, que luta para aniquilar com qualquer outra possibilidade de sobrevivência do mercado cultural, para conquistar o seu objetivo de controle e mando sobre todas as formas de uma diversidade cultural sua, própria. É uma visão minha pessoal, não é isenta. Como nenhuma outra, aliás.

Peço que discordem de mim. Quero estar errado. Mas talvez tenhamos, todos nós, até mesmo Gilberto Gil, menosprezado o poder de Juca. Ele vai conseguir derrubar a Lei Rouanet. Estão todos calados, acuados, ameaçados. Todos com medo das ameaças do poder central. Derruba todos em seu caminho. E também vai me derrubar. Vai me calar, tenho certeza disso.

O discurso republicano ainda vive. Existe um conselho da sociedade civil escolhido por ele, editais públicos analisados por seus indicados, a consulta pública mescla-se com propaganda política, o diálogo confunde-se com comício. Anúncios na grande mídia, mas nenhum projeto de lei. Nenhuma proposta. Só ameaça!

Diz um amigo próximo do ministro e do mercado: “prefiro ficar na mão de 200 dos mais gananciosos banqueiros e agiotas a ficar na mão de um só Juca Ferreira”. Não há nada mais ameaçador do que isso.

Mas por que as pessoas vão ao comício do Juca? Por que o aplaudem de pé? Por que acreditam que as empresas vão patrocinar o MinC, como ele quer? Como supõem que a distribuição desta verba imaginária seja feita? Ou crêem que o fim da Lei Rouanet decretaria, num passe de mágicas, o surgimento um orçamento digno para a cultura? Pensam que é possível que a mesma equipe que triplica os impostos da cultura fará revelar o triplo de orçamento? Que quem tira centenas de pequenos patrocínios com uma mão, garantirá recursos autônomos e independentes com a outra?

Talvez eu esteja, como declarou Antonio Abujamra, velho demais para ter esperança. Mas tenho medo!

Talvez esteja sendo injusto demais com o governo. Ontem mesmo vi o ministro Mantega culpar os bancos por praticar no Brasil os juros mais altos do mundo. Talvez seja esta a nova forma de governar. Simplesmente fingir que não é com ele e culpar o mercado, como faz o seu colega mais pobre em relação ao mercado cultural. A culpa é do mercado que não sabe usar a lei. Somos todos culpados. O Juca é o herói!

Talvez o Juca esteja certo. Somos um setor privilegiado, devemos abrir mão da nossa mais consolidada e suada conquista, devemos pagar mais impostos, confiar tudo a ele: nossos direitos autorais, culturais, econômicos, civis e políticos. Vamos deixar a cultura ser produzida somente pelo governo. E por quem ele escolher.


Leonardo Brant
Agência Sebrae de Noticias,04/02/09

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