terça-feira, 19 de maio de 2009

Consumidores brasileiros estão entre os mais 'verdes'

Pesquisa avalia hábitos de alimentação, transporte, habitação e aquisição de bens de consumo ao redor do mundo e aponta os países em desenvolvimento como os mais ecologicamente conscientes.

Pelo segundo ano seguido consumidores da Índia, Brasil e China foram os que mais se mostraram preocupados com questões ligadas ao meio ambiente quando compram um produto ou serviço, revelou a pesquisa Greendex 2009: Consumer Choice and the Environment – A Worldwide Tracking Survey, realizada pelo National Geographic Society e pela GlobeScan.

A pesquisa mediu o comportamento de 17 mil consumidores referente a 65 áreas relacionadas com habitação, alimentação, transporte e bens de consumo em 17 países.

Como em 2008, os países em desenvolvimento se saíram melhor, liderados pela Índia e Brasil. Europeus e japoneses apresentaram piores notas principalmente por causa do consumo de energia e da alimentação mais industrializada. Os norte-americanos terminaram o estudo em último lugar.

Panorama

O item habitação buscou medir o tamanho da residência em relação a número de pessoas da família, o uso eficiente de energia, o apoio às renováveis e o desperdício de água.

Brasileiros, indianos e mexicanos ficaram no topo nessa categoria. Porém, a própria pesquisa destaca que isso pode ser resultado da menor riqueza das famílias desses países, que vivem em espaços pequenos simplesmente por serem obrigadas. Também não haveria necessidade de aquecimento nessas nações.

Mas os Brasileiros foram ainda líderes no que diz respeito ao interesse por energias renováveis, como o etanol. Indianos e mexicanos também apresentaram grande vontade de ter acesso a uma energia mais limpa.

Com relação ao transporte, a pesquisa perguntou quantos carros uma família possui, o quanto ele é usado e sua eficiência de combustível. Também foi avaliado o transporte público e o uso de bicicletas.

Novamente os países em desenvolvimento se destacaram por apresentar uma população mais disposta a caminhar, ir de bicicleta ou ainda morar perto do lugar de trabalho. Russos, chineses e sul-coreanos são os que mais utilizam o transporte público, enquanto os australianos, canadenses e norte-americanos são os que menos procuram ônibus, metrô ou trens.

O item alimentação incluiu a freqüência de consumo de alimentos produzidos nas próprias comunidades e o tipo de refeição mais adotada; carne, peixes, vegetais etc. Indianos, australianos e sul-coreanos apresentaram as melhore notas nesse quesito.

Também foram pesquisados os hábitos na compra de bens de consumo, principalmente o quanto o impacto ambiental de um determinado produto afeta na sua escolha. Destaque mais uma vez para os indianos. O Brasil registrou uma queda recorde em relação à nota de 2008, mas ainda assim terminou à frente de diversos países desenvolvidos.

De uma maneira geral, a pesquisa registrou um aumento das notas com relação à primeira edição e isso foi apontado pelo National Geographic como um grande avanço. Mesmo se levando em conta o impacto da crise econômica no consumo, o Greendex teria comprovado um grande crescimento da consciência ambiental das pessoas ao redor do mundo.

Os resultados sugerem ainda que está mais fácil do que nunca aplicar políticas públicas para o meio ambiente e que as empresas que não estão se adaptando para diminuir os danos que causam à natureza já estão perdendo clientes.

O ranking dos consumidores mais “verdes”:
1-Indianos
2-Brasileiros
3-Chineses
4-Argentinos
5-Sul-coreanos
6-Mexicanos
7-Hungáros
8-Russos
9-Espanhóis
10-Alemães
11-Suecos
12-Australianos
13-Franceses
14-Britânicos
15-Japoneses
16-Canadenses
17- Norte-americanos
Fonte: National Geographic


Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil
Envolverde, 18/05/09
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Mostra Fiesp - Inscrições abertas para apresentação de cases na área socioambiental

O Comitê de Responsabilidade Social (Cores) Fiesp realiza anualmente sua mostra, com data marcada para os dias 25, 26 e 27 de agosto, na sede da entidade, em São Paulo. Voltado para o setor empresarial e universitário, o evento conta com a parceria do Departamento de Meio Ambiente (DMA), Ciesp, Sesi-SP e Senai-SP. Até o mês de julho poderão ser encaminhados cases para avaliação do Comitê e apresentação na III Mostra Sistema Fiesp de Responsabilidade Socioambiental.

Serão aceitos cases que se enquadrem nas seguintes categorias: meio ambiente, nova economia, sustentabilidade, cultura, inclusão de minorias, saúde, educação, qualidade de vida, responsabilidade social e diversidade e/ou gestão de pessoas.

O material, incluindo gráficos, tabelas, figuras e fotos, deverá ser enviado para o Comitê de Responsabilidade Social da Fiesp aos cuidados de Juliana Avona, à Av. Paulista, 1313, 5º andar, São Paulo, SP, CEP 01311-923.

Os cases também podem ser encaminhados para o e-mail: cores@fiesp.org.br. Mais informações: tel. (11) 3549-4548.


redeGIFE Online, 18/05/09

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'Guru' de Obama mostra as vantagens das redes sociais

Internet: Ben Self, ex-diretor de tecnologia do Partido Democrata nos EUA, busca negócios no Brasil
"A web dá às pessoas a noção de participação e de envolvimento", diz Self, hoje concentrado na Blue State Digital

Foto Gustavo Lourenção/Valor


Entre os milhares de usuários do Twitter, o famoso serviço de troca de mensagens curtas, há um grupo de cerca de 400 usuários aparentemente privilegiado. Seguidores da página pessoal "Serra 2010", esse grupo acompanha, em tempo real - e com mensagens em primeira pessoa-, tudo o que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB-SP), projeta para seu futuro político. Ontem, em sua página enfeitada por fotos, Serra supostamente revelava: "O pessoal do Aécio já começou a negar a notícia de que ele aceitou ser meu vice". Em outra mensagem, Serra dizia que "o Aécio aceitou ser vice na minha chapa, que o FHC costurou tudo."

A comunidade Serra 2010 do Twitter seria o melhor exemplo de audácia no uso político da internet, se ela não fosse, na realidade, um caso clássico de pichação virtual. Procurado pelo Valor, o governador informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não possui nenhum tipo de página pessoal em redes sociais da internet. No Twitter, apenas o site do governo de São Paulo tem uma página oficial.

Para o bem e para o mal, esse é um fenômeno típico nas redes sociais. Mas do mesmo jeito que a liberdade da internet pode tirar o sono de muita gente, ela também pode se transformar numa ferramenta crucial de divulgação. Recentemente, foi a vez de a Coca-Cola virar caso de sucesso no Facebook após dois amigos decidirem criar, involuntariamente, uma página para seu refrigerante preferido. Alheia à empresa, a comunidade se espalhou e hoje o endereço coleciona mais de 3,3 milhões de membros.

O desafio dos estudiosos sobre o tema é não só compreender o fenômeno, mas, principalmente, saber como provocá-lo. "É algo totalmente possível, desde que haja uma estratégia bem definida", diz Ben Self, sócio-fundador da Blue State Digital, empresa especializada em projetos on-line. "Seja nas ações de uma empresa ou em uma campanha eleitoral, a web dá às pessoas a noção de participação e de envolvimento", diz ele.

Self fala com conhecimento de causa. Ele foi o diretor de tecnologia do Partido Democrata nas eleições americanas de 2008. Com o apoio de uma equipe de especialistas em web 2.0 e sistemas desenhados para elaborar estratégias de engajamento on-line, a Blue State Digital coordenou a campanha de Barack Obama, cuja arrecadação eleitoral foi a maior já vista na história dos Estados Unidos, somando US$ 500 milhões. Com o apoio de 3,5 milhões de contribuintes, Obama foi eleito presidente e, de quebra, virou de ponta-cabeça a maneira de se enxergar e de se trabalhar com serviços como Facebook, YouTube, MySpace, Orkut e Twitter.

Self, que visita o país nesta semana, afirma que a internet também pode ser um fator decisivo em campanhas eleitorais no Brasil. "É verdade que cada país tem uma realidade diferente, mas acredito que algumas características estão presentes em qualquer pessoa", comenta. "Todos querem dividir suas impressões e sentimentos."

Depois de realizar a campanha de Obama, a Blue State Digital abriu escritórios em vários países: Austrália, Inglaterra, Irlanda, Itália e México. "O Brasil também é um mercado de forte potencial. Estamos avaliando a possibilidade de ter uma presença local", diz Self.

Para Vera Chaia, cientista política e professora da PUC de São Paulo, a internet ganhará um papel de destaque nas eleições presidenciais de 2010, mas seu apelo deverá se concentrar na disseminação de informações. "Não acredito na rede como um instrumento estratégico para doações de campanha", comenta ela. "Nos Estados Unidos, isso ocorreu porque a prática filantrópica existe há muitos anos e é um meio para as pessoas expressarem sua participação."

O ministro Carlos Ayres Britto, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tem defendido a autorização de doações para campanhas pela internet a partir das próximas eleições. As regras atuais sobre as doações não são claras sobre esse ponto, dando margem para diferentes interpretações. O que se espera é que, a exemplos dos EUA, os leitores possam entrar nos sites de seus candidatos e fazer sua doação de forma eletrônica, usando um cartão de crédito ou débito.


André Borges, de São Paulo
Valor Online, 19/05/09

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