sexta-feira, 31 de julho de 2009

Linux Foundation lança cartão de crédito com programa de fidelidade

Organização vai arrecadar US$ 50 por cartão ativado e porcentual nas compras para financiar inovação do sistema operacional aberto

A organização sem fins lucrativos Linux Foundation, que apoia o desenvolvimento do núcleo do sistema operacional Linux de código aberto, lançou um cartão de crédito com programa de fidelidade com a bandeira Visa para ampliar suas fontes de arrecadação.

Conforme explica o site da fundação, a iniciativa é fruto de uma parceria com a empresa CardPartner, que vai oferecer o cartão de afinidade por meio do banco UMB Bank. Para cada cartão ativado, a fundação receberá 50 dólares, além de um porcentual sobre as compras realizadas com o cartão Visa Platinum.

A soma arrecadada pelo programa será destinada a eventos técnicos da comunidade e a viagens de membros da entidade para acelerar a inovação do sistema de código aberto.

O usuário do cartão da Linux Foundation também pode acumular pontos e trocá-los por itens promocionais da organização, passagens aéreas e diversos produtos de varejistas online ou lojas físicas.

Inicialmente, o cartão está disponível aos consumidores norte-americanos, mas a Linux Foundation informa que pretende expandir a oferta nos próximos meses.


IDG Now!, 28/07/09

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Rede social capta e compartilha conhecimento disperso nas empresas

Corporações devem eliminar "paranoia de controle da informação" e quebrar barreiras na internet, afirma Mauro Segura, da IBM Brasil

Reunir conhecimentos que estariam dispersos na área do café da empresa e quebrar barreiras hierárquicas estão entre as vantagens de promover as redes sociais corporativas, afirma Mauro Segura, líder de Marketing e Comunicação da IBM Brasil, que vai participar do Digital Age 2.0, com a palestra "Corporação 2.0: acesso livre às redes sociais".

Nesta edição do Podcast IDG Now!, Segura, que também é autor do blog A Quinta Onda, aborda a relação entre redes sociais e produtividade, conta um caso curioso da IBM e avalia a importância de adotar uma estratégia adequada de ferramentas de colaboração dentro das companhias, antes de interagir com o público.

Ouça o Podcast IDG Now!


Daniela Braun
IDG Now!, 28/07/09

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Orkut: 75% dos internautas brasileiros acessam rede social do Google

Usuários passaram, em média, seis horas e 40 minutos no site durante o mês de maio, enquanto ficaram apenas 11,1 minutos no Facebook

Cerca de 75% dos usuários de internet no Brasil acessaram o Orkut durante o mês de maio. O dado foi divulgado pelo Google Brasil nesta quarta-feira (29/7), durante apresentação ao mercado publicitário, demonstrando que a rede social continua popular entre os brasileiros.

Os internautas brasileiros passam, em média, 390 minutos (seis horas e 40 minutos) no site em maio. Para compararmos, segundo a empresa de métricas online Ibope Nielsen, o tempo de visita ao MySpace no Brasil é, em média, de 12,6 minutos e, no Facebook, 11,1 minutos.

O tempo médio de permanência por internauta a cada acesso ao Orkut é de 15,7 minutos. No Fotolog é de 5,4 minutos e no Facebook é de 4,8 minutos.

Em média, os brasileiros visitam o Orkut 24,5 vezes ao mês, enquanto no Fotolog a quantidade de visitas fica em 3,6 vezes e o Twitter recebe 3,4 visitas mensais, em média. Sonico e Facebook recebem, respectivamente, 3,3 e 2,5 visitas mensais por internauta no Brasil.

Outro dado interessante é que os usuários do Orkut divulgam 80 milhões de recados, 30 milhões de fotos e 3,5 milhões de vídeos por dia.

Perfil e comportamento dos usuários
Encomendada pelo Google Brasil para trazer o perfil desses internautas, a pesquisa feita pela empresa Netpop Research envolveu mil pessoas com mais de 15 anos de idade que participavam de redes sociais no Brasil. O estudo revelou que os assuntos mais interessantes ao público que está no Orkut são fotografia (67% se interessam), conhecimentos gerais (65%), tecnologia (65%), compras (63%) e jogos (57%).

Em relação à publicidade online, os assuntos sobre os quais os usuários mais gostariam de ver anúncios no Orkut são tecnologia (61%), mídia e entretenimento (61%), viagens (59%), empregos (59%) e telecomunicações (59%).

Modelos de publicidade oferecendo descontos ou cupons para lojas online são os que mais interessam aos usuários do Orkut (71%). Ainda segundo a pesquisa, 81% dos integrantes do Orkut afirmaram que se cadastrariam em comunidades patrocinadas por marcas comerciais.

Entre as mil pessoas pesquisadas, 95% das usam o Orkut, 28% usam o MySpace e 17% usam o Facebook.

Fãs brasileiros
Segundo a Nielsen Online, o Orkut possui 24 milhões de usuários ativos no Brasil. Cerca de 70% dos internautas com mais de 35 anos de idade estão na rede. Aproximadamente sete milhões de usuários são mulheres com mais de 25 anos de idade, enquanto 6,8 milhões são homens com idade entre 25 e 49 anos.

O Google aponta que 57% dos internautas brasileiros entram diariamente em redes sociais, um número acima da média mundial, que está em 31%. Na Índia, 41% dos internautas entram todos os dias em uma rede social e nos Estados Unidos o total é de 33%.

Cerca de 84% dos usuários brasileiros do Orkut acessam a rede pelo menos uma vez por dia. Destes, 63% entram várias vezes ao dia no site. Para 90% deles, o objetivo de participar da rede social é poder fazer contato com amigos antigos; 89% acreditam que a ferramenta serve para manter contato com familiares e amigos; 78% afirmam que entraram para expandir a rede de contatos e 72% dizem que é uma forma divertida de passar o tempo livre.


Daniela Braun, e Evelin Ribeiro
IDG Now!, 29/07/09

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McDonald’s carrega seu carro elétrico

A Carolina do Norte, nos EUA, recebeu o primeiro restaurante ‘green’ do McDonald‘s. Todo o projeto foi desenhado com a sustentabilidade como foco principal. Como exemplo, banheiros e cozinhas foram projetados de modo a economizar água e a madeira toda veio de florestas certificadas.

Mas o mais interessante é que o restaurante contará com dois pontos gratuitos de carregamento de carros híbridos. O aeroporto de Seattle também já oferece o mesmo serviço aos seus usuários.


Fonte: Springwise
Marcus 'Mark' Cardoso
Update or Die, em 15/07/09

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Snickers: Bar Hunger

O ator David Arquette, se fechou ontem por oito horas em uma caixa de acrílico sobre o Madison Square Garden, em Nova York, com o objetivo de arrecadar fundos para a luta contra a fome nos Estados Unido e hoje continua o projeto.

Dentro da estrutura, o ator conecta-se com as redes sociais Twitter e Facebook para interagir com os seguidores da campanha. O objetivo é arrecadar US$ 250 mil através de doações, por meio de mensagens de celular ou através da página da barra de chocolate Snickers (da Mars) - www.barhunger.com - ou pelo Facebook. O dinheiro vai para a organização Feeding America, uma das maiores do país na luta contra a fome nos EUA.

A marca está também fazendo a sua parte, além de mobilizar a população: está doando o equivalente a 3 milhões de refeições.


Paula Rizzo
Update Or Die, 15/07/09

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Edital de Apoio a Projetos para Adolescentes e Jovens Afro-brasileiros

Aberto edital para projetos de prevenção de violência entre a juventude negra. Inscrições até 15 de agosto, pelo Siconv

Até o dia 15 de agosto está aberto o prazo para que prefeituras e estados buscarem apoio do Governo Federal no desenvolvimento de projetos voltados a jovens negros em situação de vulnerabilidade social e segregação familiar.

É o Projeto Farol - Oportunidade em Ação, promovido pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR/PR) em parceria com o Ministério da Justiça, no âmbito do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), que destinará recursos de aproximadamente R$ 3,3 milhões até o final deste ano. O objetivo é articular ações sociais para a prevenção da violência entre a juventude negra, especialmente nas 84 cidades que integram as regiões metropolitanas de 13 estados considerados críticos, com base no “Diagnóstico da incidência de homicídios nas regiões metropolitanas”, produzido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça.


Por meio do edital de chamada pública anexo terão apoio as iniciativas para ampliação do acesso a oportunidades econômicas, sociais, políticas e culturais de jovens com idade entre 15 e 24 anos, que estejam em situação infracional ou em conflito com a lei, com baixa escolaridade, expostos à violência doméstica e urbana.

Os dados mais recentes do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde mostram que, em 2006, dos jovens com idade entre 15 e 19 anos vítimas de armas de fogo, 6.436 eram brancos, enquanto 14.103 eram negros.

Confira o Edital:
EDITAL DE CHAMADA PÚBLICA 001/2009 – SUBPAA/SEPPIR

Maiores informações poderão ser obtidas pelo telefone (61) 3411-3639, 3411-3655 e 3411-3604


Fonte: Coordenação de Comunicação Social da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
Ministério da Cultura, 22/07/09

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Edital Prêmio Cultural Loucos pela Diversidade

O Ministério da Cultura, por meio da Secretaria e da Identidade e Diversidade Cultural, e o Ministério da Saúde, por intermédio da Fundação Oswaldo Cruz, comunicam que o prazo do edital “Loucos pela Diversidade 2009 - Edição Austregésilo Carrano” foi prorrogado até o dia 27 de agosto de 2009.

Os projetos deverão ser enviados, até 27 de agosto, para o endereço:
Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial - ENSP/Fiocruz.
Avenida Brasil, 4036 salas 506, Manguinhos.
21040-361, Rio de Janeiro, RJ
Caixa Postal: 926

Confira o termo publicado no Diário Oficial da União
O Ministério da Cultura, por intermédio da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural - SID, em parceria com o Ministério da Saúde, representado pela Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ, por meio do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental - LAPS, e a Caixa Econômica Federal divulgama abertura das inscrições e a realização do Concurso Público Prêmio Cultural Loucos pela Diversidade 2009 - Edição Austregésilo Carrano.

O Edital destina-se a premiar iniciativas culturais de instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos que atuam na interface saúde mental e cultura, organizações da sociedade civil sem fins lucrativos e grupos artísticos ou artistas sem vínculo institucional que atuam na interface saúde mental e cultura e, pessoas em sofrimento psíquico.

Este concurso integra a ação da SID, Saúde e Diversidade Cultural e resulta das propostas identificadas durante a Oficina Nacional de Indicação de Políticas Públicas para Pessoas em Sofrimento Mental e em Situação de Risco Social, observadas as disposições da Lei nº. 8.666/93 e conforme as normas estabelecidas neste Edital.

Serão premiadas 55 iniciativas dentre as propostas recebidas, sendo divididas em quatro categorias, que somam um investimento de R$ 675 mil. Podem se inscrever instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos, que atuam na interface saúde mental e cultura; organizações da sociedade civil, entidades, ONGs, associações sem fins lucrativos que atuam na interface saúde mental e cultura; grupos artísticos que tenham ou tenham tido vínculo com istituições e/ou serviços integrando pessoas em sofrimento psíquico; e pessoas em sofrimento psíquico que tenham ou tenham tido vínculo com instituições ou serviços de saúde mental que desenvolvam atividades artístico-culturais e desejem concorrer individualmente, e que apresentem projetos voltados para os objetivos constantes no item 2 do Edital.

Informações

Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental da Fundação Oswaldo Cruz - endereço eletrônico:loucospeladiversidade@ensp.fiocruz.br o ou pelo telefone: (21) 3316-0656.

Veja o edital e os anexos
Edital - 2009
Anexo I - Modelo de Autorização
Anexo II - Formulário - Pessoa FÍsica
Anexo III - Formulário - Entidades
Anexo IV - Formulário - Grupos
Anexo V - Formulário - Instituição


Fonte: Portal Cultural da Zest (http://portalculturaldazest.blogspot.com)
Ministério da Cultura, 27/07/09

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quarta-feira, 29 de julho de 2009

O gap entre o discurso e a prática

A relação entre as percepções sobre responsabilidade social empresarial e reputação corporativa

A diferença entre o discurso e a prática não é limitada apenas ao clero, ao congresso ou a líderes empresariais. Essa diferença também é notável quando se trata de responsabilidade social empresarial (RSE). Mirvis chama essa diferença de o “gap entre o discurso e a prática de RSE", no mundo corporativo atual.

Uma pesquisa bienal da Boston College Center for Corporate Citizenship (BCCCC), sobre negócios nos Estados Unidos, mostra que, do lado empresarial, a maioria dos executivos acredita em RSE, percebe seus benefícios para reputação e pensa que ela contribui para seu “bottom-line”, dando retorno financeiro. Entretanto, quando o BCCCC comparou as práticas da empresa em relação às expectativas do público geral sobre os negócios, foram apontadas várias lacunas.

Há um alinhamento entre as expectativas da sociedade e a responsabilidade das empresas para, por exemplo, prover tratamento igualitário a seus empregados ou para apoiar instituições de caridade e projetos sociais. No entanto, ele ressalta que o compromisso das empresas ainda está muito aquém das expectativas do público geral no que diz respeito ao compromisso das empresas de manter um padrão elevado de RSE para suas operações em países subdesenvolvidos ou de produzir bens e serviços social e ambientalmente responsáveis ou, ainda, de ajudar a reduzir as diferenças entre classes sociais.

A avaliação feita com a sociedade em geral indica haver indícios de que, enquanto muitos consumidores dizem que querem comprar produtos “sustentáveis” ou “associados a causas sociais”, na verdade eles continuam a optar pelo preço, pela conveniência ou por produtos funcionais do que pelos que trazem “benefícios éticos”. Essa avaliação sobre RSE tem mais peso quando associada às percepções do público sobre Reputação Corporativa. Recentemente, um estudo realizado pelo Reputation Institute e o Boston College apontou um gap entre as percepções do público geral sobre a RSE e como o mesmo público avalia a Reputação Corporativa nos Estados Unidos.

Foi feita uma análise das percepções sobre RSE e reputação em 27 países. Os consumidores americanos concedem às empresas americanas índices elevados de RSE (ex.: ética corporativa, práticas sociais e ambientalmente corretas e o tratamento dos empregados), mas quando comparados a outros países, os americanos atribuem menor importância a RSE em seu posicionamento sobre a reputação de uma empresa. A pesquisa também aponta que para os consumidores a RSE é importante para confiança e reputação das empresas.

Existem duas hipóteses para esse fato:
1) A perda de credibilidade da RSE: “Quem pode garantir a veracidade do que as empresas estão dizendo sobre SER, depois de tanto falso discurso?”
2) O crescente ceticismo em relação à ação empresarial: “Você simplesmente não pode confiar em empresas, não importa o que elas digam ou façam!”.

Enquanto as empresas tem que ‘correr atrás’ para reduzir esses gaps, o público precisa ‘ligar os pontos’ entre a verdadeira responsabilidade social empresarial e a sua percepção da reputação de uma empresa.


Philip Mirvis
Pesquisador e psicólogo organizacional na “Boston College Center for Corporate Citizenship”. Consultor de negócios nos Estados Unidos, Europa Ásia e Austrália, é autor de 10 livros, incluindo o The Cynical Americans, Building the Competitive Workforce, Joining Forces e To the Desert and Back. Website: http://blog.reputationinstitute.com

HSM Online, 29/07/09

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Inscrições para o Concurso Banco Real Universidade Solidária estão abertas

O Grupo Santander Brasil está com as inscrições abertas para a 12ª edição do Concurso Banco Real Universidade Solidária. Até 28 de agosto, instituições de ensino superior podem enviar projetos sociais que tenham o objetivo de fortalecer o desenvolvimento e contribuir para a geração de renda de comunidades carentes em todo o País.

Os dez projetos selecionados receberão R$ 40 mil por ano, com a possibilidade de renovação por mais um ano. Cada projeto receberá ainda a consultoria do Universidade Solidária (UniSol) e da equipe técnica do Grupo Santander Brasil no seu acompanhamento e implementação.

Em 13 anos o concurso já mobilizou 94 universidades, 1.340 estudantes, 178 professores e beneficiou direta e indiretamente mais de 4 mil pessoas em todo Brasil, a partir da interação entre o conhecimento acadêmico e o popular.


O regulamento completo da 12ª edição do Concurso Banco Real Universidade Solidária está disponível no site www.unisol.org.br. O apoio à educação superior é um dos principais focos das ações de sustentabilidade do Grupo Santander Brasil.


Setor3, 21/07/09

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Edital Pontões de Cultura 2009

Inscrições até 4 de setembro

A Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura (SCC/MinC) divulgou a abertura da seleção de pré-projetos que resultem na criação de 40 Pontões de Cultura, ação inserida no âmbito do Programa Cultura Viva. O Edital de Divulgação nº 4 foi publicado no dia 22 de julho no Diário Oficial da União (Seção 3, páginas 14 e 15).

As iniciativas poderão ser inscritas até o dia 4 de setembro e deverão ser desenvolvidas por entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, que sejam de natureza cultural, tais como associações, sindicatos, cooperativas, fundações privadas, organizações tituladas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) e Organizações Sociais (OS), sediadas e com atuação comprovada na área cultural há pelo menos dois anos.

As instituições que tiverem seus projetos aprovados e atenderem as condições para a formalização do convênio, com vigência de 36 meses, receberão o pagamento em três parcelas de até R$ 350 mil, cada. Para a primeira etapa, a SCC/MinC conta com recursos de R$ 14 milhões e, segundo a disponibilidade orçamentária, poderá contemplar outros projetos classificados no processo seletivo.

Confira os editais e anexos:
Edital Pontões 2009
Formulário de Inscrição
Requerimento
Pré-projeto
Declaração de Adimplência

Mais informações poderão ser obtidas em www.cultura.gov.br/cultura_viva, pelo e-mail culturaviva@cultura.gov.br ou pelo fax (61) 3316-0731.


Ministério da Cultura, 23/07/09

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Fundo Global oferece recursos para projetos

O Fundo Global para Fundações Comunitárias, uma iniciativa do Banco Mundial, Fundação Ford, WINGS (Worldwide Initiatives for Grantmaker Support) e Fundação Charles Stewart Mott, convida organizações a enviarem cartas de apresentação (letters of intent) para fazer parte dos projetos selecionados para concorrer aos recursos ainda no ano de 2009. Até 7 de agosto de 2009.

Os recursos serão destinados às seguintes áreas:
. Suporte à capacidade de construção e experimentação entre uma fundação comunitária, instituições filantrópicas locais e novas iniciativas.
. Promoção de relacionamentos colaborativos e o fortalecimento de redes de fundações comunitárias e outras instituições filantrópicas, nacional, regional e internacionalmente.

O Fundo possui dois passos para o processo de inscrição. A data limite para o envio da carta de apresentação (letter of intent) é dia 7 de agosto de 2009. As organizações convidadas a submeter a apresentação completa sobre o seu projeto serão avisadas até o dia 30 de setembro.

Além das áreas supracitadas, o Fundo também busca programas que dêem suporte e promovam pesquisas e ações de desenvolvimento de políticas públicas, advocacy, e caminhos de estreitamento entre fundações comunitárias, investidores sociais locais, governos e instituições internacional de financiamento, para promover desenvolvimento local. Para estes casos, não há data limite para envio e o fundo diz que propostas serão bem-vindas.

Para mais informações, acesse o site do Fundo Global. Em casa de dúvidas, mande um e-mail para link para e-mail info@wings-globalfund.org .


Fonte: Gife
ABCR, 23/07/09

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terça-feira, 28 de julho de 2009

Espalhando informações

Bem utilizado, o marketing viral é excelente ferramenta de captação de recursos e comunicação

Marketing viral. O nome desta ferramenta de comunicação já diz tudo. Como um “vírus”, a idéia é se espalhar com dimensões similares às de uma epidemia, atingindo um grande número de pessoas a custos baixos. O processo pode funcionar no “boca-a-boca”, ou, atualmente, pela tão utilizada internet. E-mails, sites, blogs e páginas de relacionamento, como o Orkut, são excelentes meios para espalhar o vírus da informação. Para as organizações do Terceiro Setor, pode ser uma mão na roda, já que é simples e, se bem utilizado, eficaz.

Explorar redes sociais já existentes é o foco do marketing viral, que tem como meta divulgar marcas e práticas que possam ser replicadas. Segundo Janine Saponara, fundadora da Lead Comunicação Organizacional, agência de comunicação especializada em responsabilidade social corporativa, “a estratégia é pedir a outros indivíduos que passem para frente uma mensagem, o que cria oportunidades infinitas”. Essa atitude demanda menos energia, e espera-se que isso se torne uma bola de neve, no bom sentido da expressão.

Mundo pequeno
A teoria do “Mundo Pequeno”, publicada em 1967 pelo psicólogo norte-americano Stanley Milgram, foi a base do conceito do marketing viral. Mais tarde, o estudo ficou conhecido como os “Seis Graus de Separação”, já que mostrou que este é o número máximo de contatos necessários para criar uma ponte entre duas pessoas em qualquer lugar do planeta.

Assim, se seis contatos são suficientes para atingir qualquer pessoa no mundo, cada ser humano se torna um importante canal de comunicação. Atualmente, com o uso da internet, esses contatos ficaram ainda mais simples. Um bate-papo informal pode “vender” uma causa ou uma marca e, pela teoria do mundo pequeno, esse assunto será facilmente expandido de maneira exponencial.

Como utilizar o marketing viral no Terceiro Setor?
Investindo pouco ou, às vezes, nada, é possível divulgar sua causa por meio desta ferramenta. Mas é importante tomar cuidado com o público que se quer atingir, para que suas mensagens não sejam consideradas inoportunas e inconvenientes. Se isso acontecer, os destinatários podem classificar seus e-mails como spam e ter uma imagem errada da organização.

Um exemplo de instituição que soube aproveitar o marketing viral é a People for the Ethical Treatment of Animals (Peta), que tem mais de 2 milhões de membros. Grande parte de sua divulgação é feita com meios de comunicação de baixo custo, repassando vídeos chocantes sobre abusos sofridos por animais ou campanhas contra o uso de peles com celebridades seminuas. “Nós não temos um orçamento, como as grandes empresas, para contratar agências publicitárias que nos ajudem a transmitir a mensagem de proteção aos direitos dos animais. Por isso, utilizamos o marketing viral como meio de espalhar nosso ideal. Nossos apoiadores conversam com suas famílias, amigos e transmitem os assuntos que os comovem”, explica Joel Bartlett, diretor-assistente de Marketing da instituição nos Estados Unidos. As campanhas da instituição também são famosas e já contam com a participação de celebridades. “Fazemos parcerias com pessoas conhecidas e campanhas on-line de baixo custo que têm grande impacto na sociedade”.

Ralph Wilson, consultor americano especialista em marketing, fez uma análise que ficou muito conhecida, e chegou aos sete princípios do marketing viral que podem ser adaptados também às organizações do Terceiro Setor:

1) Ofereça um produto ou serviço de valor para seus prospectores
Esse quesito se baseia na oferta de produtos ou serviços grátis. Para instituições, pode ser colocado em prática de outra forma, por meio de campanhas. Um exemplo é vender produtos que gerem renda à instituição e sensibilizar os receptores em relação à causa.

2) É preciso ser bem definido e de fácil transmissão
Os meios pelos quais a mensagem passa devem ser fáceis de serem replicados assim, é interessante utilizar e-mails e sites gratuitos. É importante que o conteúdo da mensagem seja simples e curto, para que não fique pesada.

3) Capacidade de crescer rapidamente
A mensagem deve ser retransmitida rapidamente para que, quando os usuários começarem a utilizar o serviço, possam promovê-lo e colocar em prática o marketing viral.

4) Comportamentos comuns
O vírus deve causar um apelo às emoções humanas, especialmente no Terceiro Setor, gerando a vontade de passá-lo para frente.

5) Redes de comunicação já existentes
Aproveite as redes já existentes, como grupos de amigos, familiares e colegas de trabalho, que podem facilitar a transmissão de mensagens para um maior número de pessoas.

6) Recursos de terceiros
É possível colocar textos ou imagens em outros sites, por meio de parcerias. Alguns sites permitem que isso seja feito até gratuitamente.

7) Baixo custo
O ideal é que o único custo no marketing viral seja o da criação do que será transmitido. Quanto mais leve e divertido for, mais chances terá de ser replicado. Atualmente, há a estratégia de criar jogos interativos que prendem a atenção e divertem o receptor.

Atual e eficaz
Com o mundo da internet e a interatividade cada vez mais em alta, não haveria melhor momento para colocar em prática esse tipo de comunicação. Graças à existência de sites gratuitos e com grande número de acessos, como o Orkut, o Google e o Youtube, é possível divulgar ações sem gastar nada. Além disso, os sites das próprias instituições devem ser ferramentas práticas, que permitam a comunicação ágil e que demonstrem a transparência e credibilidade daquela organização.

Em 2005, o Peta lançou um vídeo na internet sobre uma investigação da indústria da pele de animais na China. “Nosso vídeo foi visto por mais de 34 milhões de pessoas no mundo inteiro pela internet, e seu conteúdo motivou muitos a pararem de usar pele e a se envolverem nas campanhas do Peta. Causou também impacto na indústria. Marcas como Polo Ralph Lauren, Ann Taylor, Kenneth Cole e Guess prometeram nunca mais usar esse material em seus produtos”, conta Bartlett.

Outro bom exemplo de conectividade é o da organização Kiva, considerada modelo na prática da interatividade e marketing viral. Sua missão é conectar pessoas do mundo todo por meio de um sistema de microempréstimos, que dão possibilidade a indivíduos de classes mais baixas para que comecem seus negócios nos países em desenvolvimento, sendo que tudo é feito pelo site. A página mostra perfis de empreendedores que precisam desse empréstimo para melhorar sua qualidade de vida, assim como perfis de pessoas que gostariam de emprestar dinheiro, colocando-os em contato e mostrando os resultados. Quem emprestou recebe o dinheiro de volta, com o sucesso dos negócios, e pode emprestar novamente a outro empreendedor.

Efeito contrário
Assim como a boa imagem da organização pode ser transmitida com a velocidade de uma epidemia, a imagem ruim também pode. Alguém pode usar o nome de uma instituição sem fins lucrativos e divulgar mensagens falsas, por exemplo, por isso é importante checar a veracidade das informações antes de retransmiti-las.

O que também pode acontecer é que uma notícia negativa e verdadeira seja repassada, situação que prejudica significativamente a imagem da empresa ou instituição. Um exemplo famoso é o da rede americana de fast food, KFC, que ficou conhecida pela maneira cruel com a qual sacrificava as galinhas. Vídeos da ação foram transmitidos pela internet e geraram revoltas nos consumidores e associações protetoras de animais.

Por isso, antes de querer espalhar uma idéia ou o nome de uma instituição, é preciso tomar cuidado com o que será divulgado e, principalmente, pensar previamente e com planejamento, como a ferramenta do marketing viral será utilizada.

Links:
http://www.kiva.org
http://www.lead.com.br
http://www.peta.org


Marcio Zeppelini
Consultor em comunicação para o Terceiro Setor, editor da Revista Filantropia, produtor editorial pela Universidade Anhembi Morumbi e diretor executivo da Zeppelini Editorial & Comunicação. marcio@zeppelini.com.br

Artigo publicado na edição 37 da Revista Filantropia

Envolverde, 27/07/09
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Prêmio pró-ODM espera ter 1.500 inscrições

Já é possível se inscrever no concurso que escolherá as 20 melhores iniciativas locais que ajudem cidades a atingir os Objetivos do Milênio

Abrem neste dia 27 as inscrições para o prêmio que vai selecionar projetos sociais exemplares sobre os ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio). O Prêmio ODM Brasil 2009, que chega a sua terceira edição, escolhe, entre as iniciativas concorrentes, as vinte que melhor auxiliam o cumprimento dos objetivos em suas regiões. Os ODM são metas socioeconômicas que os países da ONU se comprometeram a cumprir até 2015 e envolvem temas como combate à fome, melhoria da saúde da mulher e a defesa do meio ambiente.

Podem participar associações da sociedade civil, empresas, universidades e também governos municipais. A organização do prêmio espera receber pelo menos 1.500 inscrições, o que seria um recorde. Nas edições de 2007 e 2005, foram 1.062 e 920 participantes, respectivamente. Os interessados têm até 2 de outubro para enviar seus projetos pelo site do prêmio, a premiação final só ocorre em abril de 2010.

O Prêmio ODM Brasil foi lançado em 2005 e é realizado a cada dois anos, coordenado pelo PNUD, a Secretaria-Geral da Presidência e o Movimento Nós Podemos. Os 20 vencedores recebem um certificado e um troféu, entregues em cerimônia com a presença do presidente Lula. Davi Schmidt, assessor da Secretaria-Geral, afirma que o que importa na premiação é o reconhecimento. “Tem projetos da primeira edição que foram convidados pra terem divulgação no exterior”, conta.

“O mais importante é que o prêmio está servindo para disseminar o debate sobre os ODM, isso é o importante para nós”, afirma Schmidt. Para divulgar o prêmio e explicar as metas do milênio, a organização promove seminários em todos os Estados brasileiros. O ciclo de eventos começou no dia 23 de julho, com reuniões no Tocantins, Maranhão e Roraima e vai terminar em 7 de setembro, no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Acre.

Nos seminários, membros dos governos e de ONGs locais apresentarão as regras do prêmio e divulgarão formas de mobilizar e monitorar as metas por região. Qualquer pessoa pode participar dos eventos e a agenda completa para todos os Estados está no portal do prêmio (http://www.odmbrasil.org.br/oficinas).

Como participar
Para inscrever um projeto no Prêmio ODM Brasil (http://www.odmbrasil.org.br) é preciso preencher um formulário disponível no site. Seminários em todos os Estados vão explicar as regras, o calendário (http://www.odmbrasil.org.br/oficinas) dos eventos também está on-line.


Dayanne Souza, do Pnud
Envolverde, 27/07/09
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Envolverde sorteia 5 vagas para o Sustentável 2009

Organizado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), o 3º Congresso Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável - Sustentável 2009 - será realizado de 4 a 6 de agosto, no Teatro TUCA, na PUC-SP, em São Paulo. Com o tema "Sustentabilidade na Prática: Inovação, Educação e Oportunidades de Negócio", o evento reunirá no mesmo fórum de debate autoridades governamentais, líderes empresariais e representantes da sociedade civil, do Brasil e do exterior.

Patrocinado por grandes empresas instaladas no Brasil, o Sustentável 2009 contará com o apoio da ONU por meio do Instituto de Estudos Avançados da Universidade das Nações Unidas (UNU/IAS), da UNESCO e do PNUMA, além do suporte organizacional e técnico do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD).

A Envolverde irá sortear 5 vagas para Congresso. Para participar basta escrever um e-mail para agencia@envolverde.com.br com o assunto "Sorteio Sustentável 2009". Coloque seu nome completo, telefones para contato, profissão e localidade. O sorteio será feito no dia 29 de julho (quarta-feira) e os ganhadores serão contatados individualmente.

Para mais informações e programação acesse: http://www.sustentavel.org.br
Participe e boa sorte!
Equipe da Envolverde


Envolverde, 28/07/09
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Nem tudo são flores

No final da década de 1990 foi um momento de grande perplexidade das lideranças empresariais capixabas, diante da gradativa redução de investimentos por parte do Estado na área de assistência social. O que gerou desconfiança crescente do empresariado quanto à finalidade dos recursos recolhidos pelo Estado, em forma de pesados impostos, sob o discurso de melhoria da educação, saúde e segurança pública.

As organizações sociais se esforçavam em busca da sustentabilidade, através da captação de recursos junto ao poder público, empresariado local e organizações internacionais de cooperação e fomento. Os empresários se movimentavam em busca de respostas que os ajudassem a investir nas áreas, que entendiam prioritárias, e que fosse garantida a competência e segurança na aplicação dos seus investimentos.

Nascia, nesse contexto, em 1994 a Ação Comunitária Espírito Santo (ACES) que guardava em sua gênese a proposta de sustentabilidade que seria garantida pelo investimento dos sócios fundadores, através de um “Fundo ACES”, com objetivo de auto-sustentação.

A estruturação dos programas e projetos da ACES, inicialmente, priorizou-se as demandas apresentadas por organizações da sociedade civil que realizavam atividades nas áreas de reforço escolar, saúde comunitária e atividades socioesportiva e culturais, na tentativa de suprir ações do poder público. A ACES se consolidava como mediadora das demandas socias e o investimento social privado.

Na visão da época um dos pilares da sustentabillidade estava garantido. A capacidade de investimentos privados e o desenvolvimento de “boas práticas” educativas e sociais, dando a sensação de sustentação duradoura. Com a ampliação do quadro com mais 15 novos associados, reafirmou-se esta “certeza”.

Iniciava-se a busca coletiva de modernização na gestão e profissionalismo dos quadros técnicos, visando garantir a sobrevivência da organização. Foi nesse momento de inquietação que ampliamos a captação de recursos para a esfera internacional, firmando parceria com a Kellogg Foundation. Os investimentos eram voltados para a formação de gestores nas áreas estratégicas, de gestão e de captação de recursos. Temas estes nunca antes abordados nas organizações sociais no Estado.

A aproximação com esses temas impulsionou a equipe técnica a elaborar, em 1995, o planejamento estrégico da ACES, definindo como missão: “Articular as organizações e realizar programas e projetos sócio-educativos com qualidade, ética e inovação, contribuindo para a promoção social”. Não houve participação da direção nessa construção e sem o devido respaldo nunca foi implementado.

Dizíamos em tom de brincadeira que o PIB capixaba encontrava-se presente nas reuniões da diretoria. Esta representatividade não se traduzia em participação dos dirigentes, que se limitavam às reuniões deliberativas, sem uma participação efetiva nas discussões de fundo, como se a sustentabilidade fosse o resultado esperado da intervenção técnico-gerencial da organização.

Outro dado relevante no caminhar da ACES foi a contribuição na formulação de políticas públicas, através da inserção em instâncias de controle social, estadual e municipal. Ato continuo foi a formação de conselheiros dos direitos da criança e do adolescente de Vitória, em conjunto com o poder público e a rede de atendimento municipal. Fomos convidados a coordenar o “Projeto de Comunicação com o Terceiro Setor”, uma parceria com a Arcellor Mital Tubarão, que objetiva “aprimorar os processos de gestão nas dimensões de governança, desenvolvimento de pessoas, administrativo, financeiro, contábil, jurídico e estratégico das organizações sem fins econômicos”.

Caminhamos em direção a “sustentabilidade” buscando a captação e diversificação de recursos, alcançamos a almejada credibilidade junto aos parceiros e diferentes atores sociais, contribuíamos na construção de políticas públicas nas áreas de assistência social, criança e adolescente, direitos humanos, pessoas com deficiência e consolidamos a articulação nas redes sociais locais. Ou seja, a construção de estratégias de atendimento às necessidades política, pedagógica e social estavam em desenvolvimento.

Será que não deixamos escapar nesta busca alguns pontos importantes, como o projeto político e pedagógico, que deveria estar intrinsicamente ligado aos valores e a missão e visão da organização, governança, comunicação com nossos públicos e um sistema de acompanhamento e avaliação?

Teriamos alcançado a tão almejada mobilização de recursos e o desenvolvimento institucional ?

No final de 2008 desencadeamos, em cumplicidade com a nova direção, um processo de análise e avaliação da história da organização e buscamos entender quais os fatores que deveriam ser agregados para o alcance de nossos objetivos.

Entendemos que precisávamos preparar-nos para a tarefa que está sendo assumida, alinhando a organização com suas crenças e os valores.

Nossos quadros técnicos ressentiam-se com a carência de diálogo interno e formação, os projetos não se comunicavam e não tinham a mesma orientação teórico-prática. Nossos processos de gestão, nas dimensões de governança, administrativa e financeira não estavam estruturados para responder ao imperativo do desenvolvimento institucional. Éramos uma “bela” colcha de retalhos.

Nessa ebulição institucional buscamos cooperação de parceiros que contribuíssem com apoio técnico e financeiro e nos estimulasse a “desenvolver competências organizacionais a fim de manter sua sustentabilidade; aumentar a eficiência e eficácia de seus processos de gestão” . Ao lançar seu edital de seleção de projetos, o Instituto C&A de Desenvolvimento Social desponta como parceiro que corresponde às nossas ansiedades “institucionais”.Elaboramos o “Projeto Faces” e fomos selecionados para a difícil tarefa encontrar as respostas para o nosso desenvolvimento, passando pela mobilização e fortalecimento institucional.

O projeto FACES, se consolida como uma estratégia formativa de revelar a identidade, o processo de organização e a dinâmica do funcionamento da ACES em sua integralidade e multidimensionalidade. Tem se mostrado um instrumento de busca e, ao mesmo tempo, uma oportunidade coletiva de reflexão sobre os sentidos das práticas, em suas várias dimensões. Uma imagem da realidade vivida e, ao mesmo tempo, o querer construir mais e melhor. Por isso, sua elaboração não pretende como resultado um documento frio, estático ou estanque, e sim um documento mobilizador em relação à utopia de uma sociedade mais igual.

Para dar conta do processo iniciado, entendemos que havia um caminho a ser percorrido para alcance dos resultados já explicitados. Teríamos que criar uma metodologia participativa e aglutinadora com o público (organizações parceiras, diretoria, conselho fiscal, usuários e colaboradores) envolvido na atuação da ACES.

O primeiro passo foi se apropriar de toda a história da ACES. Construímos uma dinâmica que contou com depoimentos de integrantes do público-alvo, além de acessarmos os documentos, relatórios, revistas e materiais fotográficos.

Movimentamos-nos a passos largos em direção a atualização do planejamento estratégico. Propusemos como missão: “Promover o desenvolvimento institucional da rede social por meio do fortalecimento de programas que contribuam para a transformação social”. E como visão: “Ser referência em tecnologia social para o gerenciamento de projetos de desenvolvimento institucional”, o que foi referendado pela Diretoria em sua última reunião.

Está sempre presente nessa formulação o conceito de desenvolvimento institucional que comungamos:

“... o desenvolvimento institucional permanente é condição sine qua non da sustentabilidade. Isto quer dizer que é inescapável para uma ONG encetar um processo permanente de atualização e qualificação de sua missão e de seu projeto político, das bases de sua legitimidade, de sua capacidade de gestão estratégica, da adequação de sua estratégia de intervenção e metodologia, de sua habilidade e força para influenciar o processo das políticas públicas, de seus mecanismos de governança institucional, de sua disposição e preparo para gerar conhecimentos socialmente úteis e de administrar pessoas e recursos”. Armani, Domingos - Sustentabilidade: desafio democrático.

O “World Café” foi a metodologia adotada para elaborarmos as diretrizes para a reformulação do Estatuto Social da ACES e que, segundo Chris Corrigan, “é o processo que uso quando queremos descobrir o que o coletivo sabe".

Torna-se cada vez mais presente a constatação sobre como estávamos distantes de alcançar a sustentabilidade. Deparamos-nos com mudanças simples e tão significativas na cultura institucional, como as questões estratégicas sendo discutidas nas reuniões de colaboradores, ou a participação da diretoria no desenvolvimento de temas relevantes, como a comunicação e diretrizes metodológicas, em conjunto com a equipe técnica.

A democratização dos processos decisórios. Ou até mesmo o desnudamento da organização quando reflete suas dificuldades e tropeços com as organizações parceiras e que tinha na ACES um farol onde deveriam se espelhar. O projeto político pedagógico sendo discutido calorosamente por estagiários e empresários na mesma mesa e com o mesmo objetivo: a transformação social!

Entendemos que estamos engatinhando na direção para alcançarmos a nossa utopia de uma sociedade mais igual. Olhando para o novo horizonte a ser perseguido e algumas tarefas tornam-se vitais. A co-participação com a rede social da concepção política de enfretamento da pobreza, o valor social do projeto institucional, a árdua tarefa de ampliar os investidores e que se tornem “cúmplices” dessa busca pelo desenvolvimento, ampliar o poder de interferir na elaboração de políticas públicas que correspondam a minimize as desigualdades sociais.


Maria Helena Escovedo
Gerente geral da Ação Comunitária Espírito Santo (ACES)
redeGIFE Online, 27/07/09

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País precisa de visão sistêmica de captação

Uma conclusão final sobre as discussões promovidas no primeiro Festival Latino-Americano de Captação de Recursos, realizado na última semana, em São Paulo, é a de que não existe no Brasil uma visão sistêmica sobre financiamento de ações sociais. Seja por falta de metodologias, insegurança jurídica, ou mesmo desinformação, a relação entre projetos e doadores - principalmente os individuais, foi posta em xeque pelos especialistas convidados para o evento.

Promovido pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), Revista Filantropia e Resource Alliance, o festival contou com três dias de atividades. Neles, foi programada uma agenda colaborativa, que deu espaço aos participantes ministrarem suas próprias oficinas e privilegiou a troca de experiência.

Por meio desse formato mais interativo, foi possível identificar as dúvidas mais frequentes dos participantes sobre o tema. E no diagnóstico das questões foi possível entender que os desafios para a sustentabilidade de organizações sociais são reflexos de uma cultura que ainda deve amadurecer no país.

Exemplos que sinalizam esse diagnóstico não faltaram. Na Roda Viva “O poder do indivíduo”, coordenada pela gerente de mobilização de recursos da Plan Internacional, Flavia Lang, representantes das organizações Greenpeace, Visão Mundial, GRAAC, Fundação Abrinq e ActionAid dividiram suas técnicas de captação. Em meio ao debate, um dos palestrantes teve que esclarecer ao público que os conceitos usados por eles, como face-to-face e score, tratavam-se do mais básico em marketing direto.

A situação destacada acima demonstra uma carência de referências em todo o setor, confirmada pela experiência dos convidados e desconhecimento da audiência. Embora seja natural ter preocupações e obstáculos sobre a captação de recursos, ainda mais em épocas de crise, dúvidas muito básicas sobre o antes, durante e o depois das ações específicas de mobilização por parte do público, pode demonstrar certo amadorismo na área. Daí a importância de iniciativas como o Festival.

“Há pouca gente pensando mobilização de recursos e a área sempre teve um foco maior na captação com empresas. No Brasil, ocorre o inverso do que nos EUA ou Europa, onde mais de 80% dos recursos são provenientes de doações individuais”, acredita o presidente da ABCR, Marcelo Estraviz.

Diversificação de Doadores
Uma questão muito presente no debate foi a diversificação dos doadores. De acordo com o Mapa do Terceiro Setor, elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 2005, somente 13% das doações privadas eram provenientes de indivíduos. O que na visão dos participantes é um erro, já que, construir uma base de doadores individuais significa trabalhar para legitimidade e a sustentabilidade da organização.

Mas como consegui-los? Em primeiro lugar, é preciso entender a captação de recursos como forma de mobilização social. No debate “Nem tudo são flores: Quando a captação de recursos não promove desenvolvimento institucional", coordenado por Janaína Jatobá, do Instituto C&A, um dos patrocinadores do evento, especialistas mostraram que a área deve ser transversal na organização.

Para Domingos Armani, autor do livro “Mobilizar para Transformar – A mobilização de recursos nas organizações da sociedade civil” (Editora Peirópolis, 2008), a captação é, em si, um ato político estratégico de sustentabilidade. “Ao mobilizar recursos para sua ação, você se relaciona com a sociedade, oferece visões a ela e leva mais pessoas a trabalhar em sua causa. O dinheiro é consequência direta de um trabalho permanente de educação”, comentou.

No entanto, uma dificuldade apontada pelos participantes foi o alto custo para construir uma base de doadores e a lentidão para perceber os resultados. Qual é o melhor canal para chegar a eles (mala direta, telemarketing, face to face, propagandas na TV)? E, antes, quem é o público para qual a ação deve ser direcionada?

A resposta depende de cada organização e de sua base de dados. Lá é possível ver o perfil de quem doa para sua instituição, quem cancelou vínculo e dar pistas para iniciativas de prospecção. “Cada público tem um meio certo e a forma certa de ser conquistado. A arte de captar é contar histórias. A partir delas que se dá a identificação com o projeto e, mais tarde, um possível aporte de recursos”, argumentou a CEO da Resource Alliance, Lyndall Stein.

A conquista de um público não significa apenas o financiamento. Muitos indivíduos também contribuem para a legitimidade da organização, que ajuda em sua credibilidade e no fortalecimento de sua marca. Isso se dá por uma razão simples: quanto mais pessoas doando, maior é o controle social e, assim, o nível de transparência. Daí, a ideia de que é melhor ter um milhão de pessoas doando R$ 1, do que uma empresa doando um milhão de reais.

Retenção
Quando uma organização comemora o sucesso de uma campanha, determinada pela entrada de novos doadores, chegou o momento de mais trabalho. Os participantes do Festival mostraram muitas dúvidas quando o assunto é o tripé: ressência (arrolamento sobre os doadores), frequência e valor das doações.

A equação dessa conta leva a uma nota (ou score) sobre a base de doadores. Por outro lado, essas informações são imprescindíveis para um diagnóstico futuro, que mostrará o retorno de investimento nas ações de mobilização. Por um cruzamento de informações é possível fazer o perfil dessas pessoas e uma projeção de quanto tempo doar e qual é o valor aportado. Assim, calcula-se em quanto tempo a ação se paga.

Mesmo com essas ações cumpridas, o trabalho não acabou. Por meio de oficinas, os participantes também discutiram a necessidade da comunicação e manter o doador sempre informado sobre as ações. “Devem criar instrumentos ligados ao cotidiano das pessoas, que mantenham elas informadas, o que é parte da fidelização dos indivíduos”, disse Flavia Lang.

Outro ponto fundamental é analisar a lista de “inadimplentes”, aqueles que deixaram de contribuir. Pelo que se viu nas oficinas, realizadas no festival, pouco se fala sobre reaproximação com ex-doadores. Nesse sentido, a pergunta que deve ser respondida é: o que você fez de tão errado para ele não confiar mais no seu trabalho?

Formação
A Associação Brasileira de Captadores de Recursos busca agora fortalecer o grupo que participou do evento e, assim, o próprio setor de captação de recursos. Para isso, já está no ar o site do festival (www.festivalabcr.ning.com). A plataforma que está montando permite a fácil criação de redes de discussão. “Será um repositório de conteúdo, em que serão disponibilizados materiais, além de ser um ambiente para que eles conversem”, garantiu Marcelo Estraviz.

Para aqueles que já trabalham na área e querem turbinar seus estudos, Estraviz anuncia o lançamento do Curso de Especialização em Captação de Recursos, uma iniciativa da ABCR e da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), de São Paulo. Com carga de 105 horas, o curso pretende trazer um conteúdo mais acadêmico para a capacitação na área.

“O apoio da ESPM é importante, porque deixa claro o viés do marketing, que falta nesse tipo de curso, que geralmente possuem uma visão de gestão muito forte”, explicou Estraviz. As inscrições para o curso terão início nas próximas semanas, pelo site www.espm.br.


Rodrigo Zavala
redeGIFE Online, 27/07/09

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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Criar reserva particular ficará mais rápido

Sistema que reduz tempo de criação de reservas ecológicas privadas de três meses para 30 dias deve estar disponível a partir de agosto

Em menos de um mês, os proprietários rurais interessados em criar uma reserva ecológica em sua propriedade (RPPN — Reserva Particular do Patrimônio Natural) resolverão parte das questões burocráticas pela internet em um prazo de 30 dias, através de um programa de computador criado com o objetivo de estimular a criação desse tipo de unidade de conservação.

O que hoje demora aproximadamente três meses e acontece totalmente via correio passará a levar um terço deste tempo quando não houver problemas com a documentação. A mudança vai facilitar o trabalho do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, órgão responsável pela criação das unidades de conservação federais) e permitir que proprietários acompanhem tudo via web.

A novidade que permitirá esta economia de tempo é um software criado pelo ICMBio chamado SIM-RPPN (Sistema Informatizado de Monitoria de RPPN). “A gente tem bastante queixa da demora, e mesmo assim os números são positivos”, lembra Ricardo Soavinski, diretor de unidade de conservação do ICMBio.

Algumas das atividades que passarão a ser desempenhadas pelo SIM-RPPN são a análise dos mapas da propriedade enviados pelo dono ao instituto e a convocação de órgãos como IBAMA e prefeitura para a consulta pública de criação da RPPN.

Elaborado durante seis meses, o SIM-RPPN está em fase de aperfeiçoamento depois de testado por 30 parceiros do Instituto Chico Mendes. Após este processo, o programa estará disponível no site do instituto para quem estiver interessado em criar uma reserva em sua propriedade rural. A perspectiva, segundo o consultor do ICMBio para este projeto, José Luciano de Souza, é de que o programa esteja pronto para ser usado em agosto.

O ICMBio é responsável apenas pela criação das unidades de conservação federais, mas o diretor de unidade de conservação do instituto ressalta que o SIM-RPPN será colocado à disposição dos Estados interessados em usá-lo no processo de criação de RPPN’s estaduais, inclusive com assistência técnica.

Diferentemente dos outros dez tipos de unidades de conservação federais, a criação das RPPN’s parte da iniciativa privada. “É uma das atitudes mais interessantes em relação à terra, uma iniciativa louvável”, elogia Soavinski. Hoje, são 523 RPPN’s federais no país, totalizando 484.652,65 hectares. Elas ficam dentro das terras do proprietário rural e, segundo o diretor de unidades de conservação do ICMBio, em sua maioria ultrapassam a área que todo dono de terras deve preservar por lei. Ou seja, são regiões que os proprietários poderiam cultivar.

Além de contribuir para a manutenção do meio ambiente, quem resolve criar uma reserva em sua terra tem ainda algumas vantagens. Os proprietários passam a ser isentos de pagar o ITR (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural), recebem apoio para fiscalizar a área protegida e são muitas vezes contemplados com doações de materiais apreendidos pelo governo (como madeira).

Nas Reservas Particulares de Patrimônio Natural é permitido desenvolver o turismo e atividades como coleta de sementes, pesquisas e lazer. Segundo o diretor de unidades de conservação do ICMBio, uma das atividades mais fortes é o ecoturismo que, além de ajudar no orçamento do proprietário rural, estimula a economia de toda a região. “A RPPN cria um fluxo [de turistas]”, explica Soavinski.

Apesar de serem em maior número do que todos os outros tipos de unidades de conservação federais juntas, que somam 304 unidades, as 523 reservas particulares federais ocupam menos espaço –a maioria delas está dentro de pequenas propriedades. Por este motivo, elas desempenham um papel importante na preservação do meio ambiente: acabam contribuindo para a formação de corredores ecológicos entre unidades de conservação maiores.

Soavinski explica que muitas vezes não é viável para o governo transformar pequenas áreas em unidades de conservação, e a iniciativa privada acaba desempenhando este papel. E acrescenta que, se a criação destas unidades fosse feita pelo Estado, as áreas precisariam ser desapropriadas, o que também é negativo para os proprietários. “A natureza, o proprietário, todo mundo ganha [com as RPPN’s]”, conclui.


Mariana Desidério, do Pnud
Envolverde, 20/07/09
© Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.

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Conheça o impacto da Web 2.0 nas empresas

O especialista Andrew McAfee - criador do conceito de Enterprise 2.0 - afirmou em entrevista que funcionários das organizações vão utilizar as redes sociais, com ou sem a ajuda das áreas de TI.

Se há pouco mais de um ano, as corporações se perguntavam como lidariam com ferramentas de Web 2.0 - conceito que prevê a interação no ambiente de internet -, hoje a maior parte das empresas já tem algum tipo de atividade ou estuda a implementação de soluções colaborativas, com ou sem a benção da área de TI.

As pessoas aprenderam que é mais eficiente, por exemplo, compartilhar informações em redes sociais corporativas do que enviar documentos por e-mail para grandes grupos de pessoas. E iniciativas como essa fizeram crescer o conceito de Enterprise 2.0 (Empresa 2.0, em português). Este último termo foi criado por Andrew McAfee, professor associado em gestão de tecnologia e operações da Harvard Business School, uma das mais conceituadas universidades de administração de empresas do mundo.

Em entrevista exclusiva à CIO, McAfee fez uma análise de como as empresas têm lidado com o conceito de colaboração e de que forma a TI deve acompanhar as novas demandas das organizações pela Web 2.0.

CIO – Há bem pouco tempo, dizia-se que o conceito de Web 2.0 era algo ainda pouco difundido nas organizações. Você acha que isso já mudou?

Andrew McAfee – Quando eu falo com grandes corporações é muito raro descobrir alguma delas que não tenha projetos que podemos classificar como de Enterprise 2.0. E quando digo isso me refiro a tudo, desde o conceito de uma rede social interna até iniciativas colaborativas que abranjam diversos públicos. Aliás, é realmente difícil encontrar alguma companhia que não saiba o que significa Web 2.0 ou que até conheça o termo mas não esteja fazendo nada para se adaptar a ele.

Agora, existe uma barreira menor. Além disso, eu vejo muito mais engajamento das pessoas com esse tipo de atividade. Tenho a forte impressão que o uso das ferramentas de Enterprise 2.0 voltadas a negócios tende a sofrer uma aceleração em curto prazo.

E acredito que não se trata de um fenômeno restrito às companhias que trabalham com alta tecnologia ou uma coisa de profissionais da Geração Y (que nasceram a partir da década de 80). Isso tem acontecido em diferentes perfis de empresas, indústrias e setores da economia.

CIO – Recentemente, o Facebook redesenhou todo o site, com o intuito de criar páginas que ofereçam informações em tempo real, de acordo com o perfil do usuários. Você enxerga que as ferramentas para categorizar as informações tendem a ser a próxima evolução do modelo de Enterprise 2.0?

McAfee – Existe um movimento no sentido de classificar e separar melhor as informações que hoje estão nesses ambientes de Web 2.0. E a disseminação dos aplicativos para facilitar isso é uma realidade.

Da mesma forma que os consumidores, os funcionários e todos os envolvidos em uma determinada cadeia de valor querem fazer suas próprias escolhas nos ambientes colaborativos. Hoje as pessoas querem usar a tecnologia da forma que faz mais sentido para elas. E se a área de TI não fornecer os recursos necessários, eles vão buscar isso na internet.

CIO – Os CIOs dizem o tempo todo que estão preocupados com a disseminação da Web 2.0 nos ambientes corporativos, por conta das questões de segurança. Qual sua visão sobre o assunto?

McAfee – Essa preocupação faz muito sentido. Eu ouço histórias horríveis todo o tempo em relação a problemas com segurança e compliance (obediência às leis).
Mas, na minha visão, isso acontece por falta de transparência. Afinal, as pessoas sabem como devem fazer seu trabalho, mas não recebem informações das empresas a respeito de como elas devem lidar com as novas tecnologias no ambiente corporativo.

De forma geral, os profissionais têm noção das coisas que os levariam à demissão. Antes da existência da Enterprise 2.0 estava claro o que qualquer pessoas que trabalhasse em um banco de investimentos poderia ou não falar e para quem. Então, a ideia que isso mudou por conta da Web 2.0 e os profissionais estão ficando um pouco malucos graças ao Twitter, blogs e redes sociais não faz qualquer sentido para mim.


Computerworld, 27 /07/09

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Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2009

Inscrições até 3 de setembro

Companhias, grupos, empresas, associações, cooperativas ou mesmo artistas independentes podem concorrer, a partir do dia 20 de julho de 2009, ao Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna. O programa, que está em sua quarta edição, tem como objetivo impulsionar nacionalmente o setor da dança, em todas as suas modalidades. Para tanto, viabilizará, parcial ou integramente, montagens e circulação de espetáculos, entre outras atividades.

Serão contemplados, ao todo, 47 projetos. Os prêmios, que variam entre R$ 30 mil e R$ 100 mil, estão distribuídos entre categorias regionais. Dessa forma, a Fundação Nacional de Artes (Funarte) dá continuidade à proposta de descentralizar seus recursos. O investimento total da Fundação é de R$ 3 milhões.

As inscrições, gratuitas, estão abertas até o dia 3 de setembro e precisam ser realizadas pelo correio. Os proponentes devem enviar seus projetos e documentos (ver detalhes no edital) para a Coordenação de Dança da Fundação Nacional de Artes, localizada no Centro do Rio de Janeiro.

A avaliação dos projetos caberá a uma comissão externa de seleção composta por seis especialistas na área de dança. Serão analisadas a excelência artística do projeto, a qualificação dos profissionais envolvidos e a viabilidade prática das ações propostas.

O nome do programa é uma homenagem ao bailarino, coreógrafo, ator, diretor, professor e crítico de teatro e de dança Klauss Vianna (Belo Horizonte, MG, 1928-1992), que criou um método precursor de preparação corporal para artistas cênicos.

Acesse o edital e o formulário de inscrição:
Edital Klauss Vianna 2009
Formulário de inscrição Klauss Vianna 2009

Fundação Nacional de Artes
Coordenação de Dança
Rua da Imprensa, 16 / 13º andar, sala 1313
Centro, Rio de Janeiro, RJ, Cep 20030-120
Mais informações
21 2279 8012 danca@funarte.gov.br


Ministério da Cultura, 21/07/09

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Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2009

Inscrições até 3 de setembro

A Fundação Nacional de Artes (Funarte) lançou no dia 20 de julho de 2009 a quarta edição do Prêmio de Teatro Myriam Muniz, que viabilizará a realização de 86 projetos da área teatral, voltados para montagem e circulação de espetáculos ou outras atividades específicas do setor.

Companhias, grupos, coletivos, empresas, associações, cooperativas ou artistas independentes que quiserem participar do processo seletivo devem enviar, via correio, suas propostas de trabalho e documentação completa (ver detalhes do edital) para a Coordenação de Teatro da Funarte, no Centro do Rio de Janeiro. As inscrições, gratuitas, serão encerradas no dia 3 de setembro.

Os prêmios, que variam entre R$ 40 mil e R$ 150 mil, estão distribuídos por todas as regiões brasileiras. Dessa forma, a Fundação dá continuidade à proposta de descentralizar seus recursos. O investimento total da instituição no programa é de R$ 7 milhões.

Uma comissão externa composta por nove especialistas em teatro ficará responsável por selecionar os contemplados. Serão analisadas a excelência do projeto, a qualificação dos profissionais envolvidos e a viabilidade prática das ações propostas.

O nome do prêmio é uma homenagem à atriz Myriam Muniz (1931-2004), que fez parte da geração precursora do Teatro de Arena. Reconhecida por interpretações marcantes no teatro e no cinema, a artista dedicou os últimos anos de sua carreira à formação de novos talentos.

Acesse o edital e o formulário de inscrição:
Edital Myriam Muniz 2009
Formulário de inscrição Myriam Muniz 2009

Fundação Nacional de Artes
Coordenação de Teatro
Rua da Imprensa, 16 / 6º andar - sala 614
Centro, Rio de Janeiro, RJ, Cep 20030-120
21 2279 8018 teatro@funarte.gov.br


Ministério da Cultura, 21/07/09

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MinC sai à caça de pareceristas remunerados

Governo tenta solucionar, com colaboradores pagos, seu problema de ineficiência na análise de projetos

Desde ontem e até o dia 28 de agosto, o Ministério da Cultura seleciona especialistas para montar um Banco de Pareceristas habilitados a examinar projetos que postulem verbas da Lei Rouanet. O primeiro edital de pareceristas foi publicado na segunda-feira, 13, e revela intenção de expandir as formas de análise dos projetos do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), hoje considerado um dos pontos fracos do Ministério da Cultura.

O parecerista será avaliado por meio de seu currículo, da formação acadêmica, experiência profissional e da habilitação que demonstrar em determinada área. Receberá pontos por cada item. Selecionado, ele fica à disposição num banco de dados durante 12 meses, e pode ser acionado para examinar determinados projetos. Receberá de R$ 122 a R$ 1,6 mil pela colaboração, de acordo com a complexidade do projeto.

“O objetivo é a celeridade, a transparência e a qualificação”, diz nota oficial do ministério. Nos últimos cinco anos, informou o MinC, a quantidade de propostas apresentadas à Lei Rouanet aumentou em 40% e os recursos da renúncia fiscal foram de R$ 300 milhões para R$ 1,2 bilhões. São 18 mil processos pedindo o benefício por ano (eram 3 mil em média no ano de 2003).

No ano passado, uma das instituições responsáveis por grande parte dos pareceres técnicos da Lei Rouanet, a Funarte, chegou a atrasar 4 mil projetos em poucos meses. O atraso foi atribuído à greve de servidores do Ministério da Cultura, que paralisou os serviços por 100 dias.

O ministro Juca Ferreira, recentemente, criticou o sistema atual de pareceres dizendo que usam de subjetivismo, e ele prefere que haja “critérios objetivos pré-definidos”. Ele interviu em situações que tiveram pareceres contrários da Lei Rouanet, como os apoios a Fernanda Montenegro, Caetano Veloso e Maria Bethânia.

Na seleção (www.cultura.gov.br), as pessoas físicas que tiverem a solicitação de credenciamento indeferida poderão interpor recurso, em 5 dias úteis, a partir da publicação no Diário Oficial da União. Os candidatos serão avaliados por uma Comissão de Credenciamento e o perito credenciado deverá firmar um termo de compromisso com o MinC. “O Sistema de Credenciamento de peritos no âmbito do Sistema MinC não visa a contratar profissionais para suprir mão de obra na Administração Pública Federal ou que venham a atuar na esfera de atribuição dos servidores”, adverte o anúncio.


Jotabê Medeiros
O Estado de S.Paulo, 16/07/09

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Prêmio Culturas Populares - Edição Mestra Dona Izabel

SID/MinC lança premiação que homenageia a artesã ceramista do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais

O Ministério da Cultura, por meio da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural, divulgou o lançamento do Prêmio Culturas Populares 2009 - Edição Mestra Dona Izabel, Artesã Ceramista do Vale do Jequitinhonha. O Edital nº 5 foi publicado nesta quarta-feira, 15 de julho, no Diário Oficial da União (Seção 3, páginas 10 e 11).

As inscrições estarão abertas até 28 de agosto. Ao todo, serão contempladas 195 iniciativas, que receberão prêmios no valor de R$ 10 mil. A premiação será dividida em duas categorias: Mestres e Mestras dos Saberes e Fazeres e Grupos e Comunidades Tradicionais. Este é o quarto edital lançado pelo MinC para destacar trabalhos relacionados às manifestações da cultura popular no país.



“Queremos homenagear todas as expressões das culturas tradicionais que fazem parte da nossa diversidade cultural”, afirma o secretário Américo Córdula. Ele ressaltou a importância da contribuição de outras instituições, como Secretarias de Cultura e ONGs, e o envolvimento de articuladores, pequisadores, universitários, dentre outros, para que a iniciativa alcance todas as regiões brasileiras.

Como nas edições anteriores, o Prêmio Culturas Populares reconhece mais um grande nome das artes tradicionais do país: Izabel Mendes da Cunha, uma inspirada artesã de Santana do Araçaí, em Minas Gerais.

Com 85 anos de idade, Dona Izabel, como é mais conhecida, ficou famosa por ser a criadora das populares noivas de cerâmica, forma de expressão que fez escola no Vale do Jequitinhonha, onde até hoje ela continua ensinando e fazendo suas bonecas de barro.

Confira o Edital do Prêmio Culturas Populares 2009.


Marcos Agostinho
Ministério da Cultura, 17/07/09

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sábado, 25 de julho de 2009

Bolsa Agente Escola Viva 2009

Inscrições até 28 de agosto

O Edital Bolsa Agente Escola Viva 2009 tem como objetivo apoiar financeiramente projetos pedagógicos que integrem Cultura e Educação e visem contribuir para um sistema de ensino com melhor qualidade.

Com recursos de mais de R$ 4,3 milhões, a Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura (SCC/MinC) disponibilizará 300 bolsas para Pontos de Cultura que desenvolvam iniciativas em parceria com escolas e organizações estudantis.

O valor recebido por cada proposta selecionada será de R$ 43.680,00, a serem divididos entre os parceiros que desenvolverão a iniciativa, da seguinte forma: R$ 10 mil para o Ponto de Cultura; R$ 20 mil para a instituição educacional; R$ 5 mil para o professor coordenador do projeto; e o restante em três bolsas mensais de R$ 380,00, por um ano, para os estudantes participantes.

No período de 15 de julho até 28 de agosto, os proponentes poderão inscrever junto à SCC/MinC o projeto pedagógico de caráter cultural conforme as especificações do edital, acompanhado da documentação exigida.

Confira o edital e os anexos:
Edital Agente Escola Viva 2009
Anexo 1 - Ofício
Anexo 2 - Formulário de inscrição
Anexo 3 - Declaração da entidade
Anexo 4 - Declaração da escola
Anexo 5 - Declaração do Ponto de Cultura
Anexo 6 - Termo de compromisso


Ministério da Cultura, 15/07/09

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Banco de Pareceristas

MinC implementa Sistema de Credenciamento de especialistas em todos os segmentos culturais

O Ministério da Cultura divulgou nesta segunda-feira, 13 de julho, o Edital de Credenciamento de peritos para análise e emissão de pareceres técnicos em projetos culturais do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac). O objetivo é a celeridade, a transparência e a qualificação, a partir da formação de um Banco de Pareceristas composto por profissionais com especialização nos diversos segmentos culturais existentes.

A iniciativa visa responder ao cenário de crescimento da demanda. Nos últimos cinco anos, a quantidade de propostas apresentadas ao MinC aumentou em 40% e os recursos para a Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet, saltaram de R$ 300 milhões para R$ 1,2 bilhões.

No período de 15 de julho a 28 de agosto, pessoas físicas interessadas poderão solicitar o credenciamento por meio de cadastro no endereço eletrônico www.cultura.gov.br/site/credenciamento-de-pareceristas e entregar a documentação exigida no Edital, pessoalmente ou via postal, indicando os segmentos culturais em que desejam ser credenciados.

Uma Comissão de Credenciamento fará a avaliação das propostas levando em conta, além da formação acadêmica, a experiência profissional e a qualificação técnica dos candidatos. O perito credenciado - que deverá firmar um termo de compromisso com o Ministério da Cultura - receberá, de acordo com a complexidade de cada projeto cultural a ser analisado, de R$ 122,00 a R$ 1.649,00 por parecer conclusivo emitido.

O Sistema de Credenciamento de peritos no âmbito do Sistema MinC não visa contratar profissionais para suprir mão de obra na Administração Pública Federal ou que venham a atuar na esfera de atribuição dos servidores. Trata-se de um convite a especialistas da área cultural para constituírem um Banco de Pareceristas, cujos credenciados poderão ser demandados face à necessidade de avaliação/análise técnica e específica em projetos culturais apresentados ao MinC e suas instituições vinculadas.

Confira o Edital nº 1/2009.

Informações e esclarecimentos: duvidascredenciamento@cultura.gov.br e (61) 3316-2327, das 9h30 às 13h e das 14h às 17h, com Ricardo Rocha, na Secretaria Executiva do Ministério da Cultura.


Grazielle Machado
Ministério da Cultura, 13/07/09

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Consumidores aprovam empresas "verdes"

Segundo pesquisa, apesar de considerarem os produtos ecologicamente corretos muito caros, brasileiros se dispõem a pagar mais por eles

As empresas que quiserem captar a atenção dos clientes e consumidores deverão, dentro dos próximos anos, adotar uma postura e uma filosofia de trabalho "verdes". Embora considerem que os produtos ecologicamente corretos são mais caros do que os comuns, 73% dos brasileiros afirmam que estariam dispostos a pagar mais para ficar com a consciência mais tranqüila.

Esses são os resultados da pesquisa sobre responsabilidade ambiental e comportamento do consumidor realizada pela Penn, Schoen & Berland Associates (PSB), uma unidade de pesquisa do Grupo WPP, em sete países: Brasil, China, Índia, Estados Unidos, França, Alemanha e Reino Unido. O objetivo era traçar um panorama das opiniões e disposições dos consumidores diante das estratégias ambientais adotadas pelas empresas.

A preocupação com o meio ambiente e com a qualidade de vida já algo presente na mente dos consumidores dos países emergentes. Para os brasileiros e indianos, o meio ambiente é a questão mais importante da atualidade, enquanto para os outros países da pesquisa, a economia ocupa o topo das prioridades. Aproximadamente 78% dos indianos entrevistados e 73% dos chineses afirmaram que também estariam dispostos a pagar mais por produtos que oferecessem um menor impacto ao meio ambiente.

Adotar uma imagem de empresa "verde" também é algo muito valorizado pelos consumidores. Considerando os sete países pesquisados, 77% dos entrevistados afirmam que ter uma classificação "verde" é um fator muito importante para uma empresa. No Brasil, esse índice ficou em 50%.

A pesquisa também procurou mapear os meios mais utilizados pelos consumidores para obter informações sobre as questões ambientais e as práticas das empresas. Entre os brasileiros, a internet foi o canal mais votado. Os consumidores também destacaram que, para informar a respeito das práticas "verdes" de uma empresa, é mais confiável uma reportagem do que uma propaganda.

A instituição também pesquisou, em cada nação, as empresas que mais transmitem a imagem de possuir uma filosofia "verde", em dez diferentes categorias. Confira, abaixo, o ranking dessas empresas de acordo com os entrevistados brasileiros:
Cuidados Pessoais:Natura
Varejo - Vestuário: Azaleia
Produtos para casa: Unilever
Tecnologia: Microsoft
Varejo - Supermercados: Pão de Açúcar
Hospitalidade, Lazer e Entretenimento: Blue Tree
Carros: Fiat/ Toyota
Varejo - Lojas de Departamento: Lojas Americanas
Fast Food - Alimentos e Bebidas: Casa do Pão de Queijo
Tecnologia Móvel: TIM


Meio & Mensagem Online, 24/07/09

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Twitter cria guia para as marcas

Chamado de Twitter 101, ele procura orientar empresas interessadas em participar do microblog e tirar proveito do popular serviço

Todos os dias milhões de pessoas usam o Twitter para criar, descobrir e compartilhar ideias com outros indivíduos. É assim que o Twitter 101 se apresenta. Trata-se de um guia criado pelo próprio microblog para empresas que queiram explorar os recursos oferecidos por esse serviço que está entre os mais populares da internet.

De acordo com o Brand Republic, esse lançamento veio logo depois da divulgação de um estudo da Harris Interactive que ouviu diversos profissionais de marketing e apontou que 55% deles não conheciam o site ou pensavam que ele não era útil para suas companhias.

Seis tópicos orientam as marcas a utilizar o Twitter de forma a conectá-las com o consumidor, saber o que se pensa delas e de seus produtos (o que pode ajudar a melhorá-los) e até gerar mais vendas a partir de um bom uso do serviço. O primeiro deles é "O que é Twitter". As dicas vêm na sequência e há uma área dedicada a análise de alguns cases. Nesse tópico, os exemplos são JetBlue, Pepsi e Dell, entre outras empresas.

Diz o guia que uma das principais vantagens do Twitter é dar a chance para a companhia se comunicar de modo casual com o consumidor. Segundo o Twitter 101, o microblog representa uma oportunidade de a marca usar os termos empregados pelo cliente final, criando um relacionamento amigável, o que seria mais difícil de se conseguir em outros meios.

Entre as dicas do Twitter 101 para as companhias estão: inclua no seu bio (que explica quem é o usuário) um meio de contato, como e-mail; preste atenção ao que dizem sobre a marca, seus serviços e produtos e procure encaminhar queixas para que sejam resolvidas; seja rápido para dar retorno a pedidos ou textos enviados para a empresa (dentro de horas ou de um dia para o outro, dependendo da natureza da corporação); adote um tom casual em suas mensagens; compartilhe um pouco de seus projetos ou ofereça bônus e descontos; e não pratique spam.


Meio & Mensgem Online, 24/07/09

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sexta-feira, 24 de julho de 2009

O que as marcas desejam?

A importância de decidir se a estratégia digital deve preferir a audiência ou a qualificação. Veja!

Desde que trabalho com mídia digital vejo os mesmos questionamentos quando um cliente deseja veicular uma campanha no meio digital. O meio evoluiu, extrapolando a internet e passando a incluir, aos poucos, a mobilidade. Mas os anunciantes ainda não acompanharam essas mudanças, como podemos ver por alguns fatores específicos.

O mais forte desses fatores é o financeiro: já escutei diversas vezes que não se investe tanto em internet, pois o retorno é menor. Hummm, não concordo com isso e acho, inclusive, que é uma observação viciada e equivocada. A internet brasileira, hoje, já tem mais de 62 milhões de usuários, o que a torna definitivamente uma mídia de alta cobertura. Estes milhões de usuários visitam sites e canais diferentes, buscando conteúdos, comprando produtos, procurando serviços específicos que o meio digital trouxe para facilitar a sua vida, como ir ao banco, comprar, paquerar, se atualizar, viajar, jogar, ouvir, comunicar e interagir.

No entanto, a verba destinada para as campanhas digitais ainda está longe de remunerar adequadamente os veículos que oferecem esses conteúdos e serviços, tornando a relação desequilibrada para o lado dos anunciantes. Se formos pensar direito e racionalmente, sabemos que há blogs com uma audiência muito maior que grandes jornais de circulação nacional. E não estou falando dos portais. Muitas vezes, um blog é um site vertical que atinge um grande número de leitores diariamente.

No Brasil, o share para mídia digital não atingiu ainda os 4% do total investido em publicidade, enquanto nos Estados Unidos já supera os 10% com previsão de chegar a 15% em 2013 e, na Inglaterra, já representa 20% com previsão de chegar aos 25% até 2013.

Há também as Ad Networks, que concentram diversos sites verticais e têm um alcance bem maior, pois apresentam a soma não duplicada de vários sites e audiência dentro de um target específico.

Existe um desafio grande, sempre grande, de mostrar aos mídias o diferencial de um portal, de uma ad network, de um blog ou de um site vertical. A defesa tem que ser sempre muito bem feita, pois, além de convencer o mídia do valor do conteúdo, este tem que convencer o anunciante. Porque, no fim, o argumento é que é mais fácil concentrar a verba nos portais, simplesmente para facilitar o trabalho e evitar muitos questionamentos.

Mas relembro que os mídias normalmente levam em consideração alguns fatores para decidirem onde veicularão as suas campanhas: Audiência, Qualidade Editorial, Target e “Visual” do site. Os portais facilitam em muito seu trabalho, por já serem conhecidos e terem uma audiência constante. Mas eles se esquecem dos verticais e das AdNetworks, que concentram uma grande parte da audiência qualificada e segmentada, facilitando assim a otimização das verbas dos anunciantes.

As AdNetworks, especificamente, apresentam vários diferenciais que ainda não foram totalmente percebidos pela maioria dos mídias brasileiros: são segmentadas, oferecem uma audiência cativa e qualificada na busca por informações e tendem a reagir melhor à publicidade quando esta é bem direcionada, dentro do contexto do conteúdo. Isso, falei de contexto agora e esse é só o começo. Nos Estados Unidos, as Ad Networks já representam um volume considerável dentro do mix de comunicação digital, chegando a 14% do valor total investido online no País. Trata-se de um volume representativo, enquanto no Brasil estamos somente engatinhando neste sentido.

Voltando à questão principal deste artigo, “O que as marcas procuram? Audiência ou qualificação?”. Não há uma resposta certa para o que elas procuram. A única certeza é que, tanto para audiência como qualificação, as Ad Networks, os Portais e os Websites Verticais atenderão a essa demanda. Tudo dependerá do objetivo do anunciante e o que ele deseja quanto à audiência: qualidade ou quantidade?


Fernando Tassinari
Diretor geral da Realmedia Latim America
Fonte: PropMark (http://www.propmark.com.br/)
HSM Online, 24/07/09

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A paçoca de 6 reais

Veja o relato de uma história real de um jovem vendedor, acontecida com nosso blogueiro no Rio de Janeiro

Não sei se aqui é o espaço ideal para histórias. Muito menos sei se a história é espetacular. Mas o seu cenário, contexto e ensinamentos provocam reflexões. Que apesar das simples conclusões, nos colocam novamente nos eixos.

Recentemente fui ao Rio de Janeiro (RJ). Precisava resolver alguns assuntos pessoais. Assuntos que me fizeram ciruclar na praça do Largo do Machado. Para quem não é do Rio, ou mesmo, nunca foi frequentador daquelas bandas. Aquele Largo é retrato fiel de qualquer praça central. Barracas de quitutes, comercios legais e ilegais, policiais e pivetes. Enfim, todos os tipos circulam por ali. Existe harmonia naquela atmosfera desordenada. Harmonia com cheiro de milho cozido e fritura de churros.

Ao atravessar a praça para tomar o metrô em companhia de minha namorada, um menino me interrompe oferecendo paçoca.
- Não, cara. Valeu. Respondi com o passo apressado.

O menino continua me acompanhando e insiste.

- Esse foi o NÃO mais simpático que ouvi. - Deixa eu te oferecer uma paçoca por minha conta.
- Não precisa.

Dessa vez foi um pouco mais rude, demonstrando pressa.
- Agora você vai ter que aceitar, senão retiro o que digo e você terá sido grosso e de nada valeu sua simpatia.
- Ok, aceito.

Nesse instante parei e dei atenção ao rapaz.

Reparei. Era um menino simples, mas o seu sorriso era incontestavelmente honesto. Sua roupa era suja e o seu calçado mal cobria seus pés.

Ao aceitar sua paçoca. Resolvi que daria o dinheiro por elas.
- Toma aí: R$ 2,00. Falei já lançando mão à carteira.
- Não quero. E quer saber, sua namorada é simpatica, tó aqui duas para ela, de graça.
- Cara, você ta me deixando em uma situação complicada. Aceita esses R$ 5,00.
- De forma alguma. Se quiser te dou um abraço e só.
O garoto me lançou um abraço mais rápido que a minha habilidade de esquivar.

- Seguinte, tu quer me ajudar mermo? Se quiser, na moral, eu aceito que você compre uma caixa de "polenguinho" pra mim vendê. Da pra tirar mais com polenguinho, do que com essas paçocas. Tá vendo essa loja aqui na frente? Compra uma caixa e me traz, assim tu vai me ajudar com meu novo empreendimento, os polenguinhu.
- Quanto é a caixa?
- É 20 real.
- Então toma aqui vinte prata velho. Você merece.

Moral da historia. Comprei 3 paçocas por R$ 20,00, ou seja, mais de R$ 6,00 por cada paçoca. No Rio, você pode comprar 10 paçocas por R$ 1,00, cada paçoca custa R$ 0,10. Qual foi a margem dele?

Deixem as contas de lado. O que importa é: não comprei paçocas, fui uma Venture Capital de um rapaz audacioso. Quantos a gente vê assim por aí?
Se havia intenção em me dobrar. Mesmo assim não importa. Ele encontrou a sua maneira de fazer negócios. E fez.


Fonte: post publicado originalmente no Blog da HSM.
Tie Lima
HSM Online, 17/07/09

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