quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

IGM E Chevrolet fazem parceria com Alfabetização Solidária

Publicado pelo Pauta Social em 31/01/08

Programa beneficiará jovens e adultos analfabetos de Sergipe e Piauí

A General Motors do Brasil, por meio do seu braço social, o Instituto General Motors – IGM -, em conjunto com a Rede de Concessionárias Chevrolet, acaba de fechar uma parceria inédita com a AlfaSol - Alfabetização Solidária -, para a formalização do programa Rede Chevrolet de Educação Solidária.

A parceria beneficiará milhares de jovens e adultos analfabetos ou com pouca escolarização dos Estados de Sergipe e Piauí. O Programa Rede Chevrolet de Educação Solidária proporcionará condições para que a AlfaSol atenda 24 municípios que possuem os mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) e piores taxas de analfabetismo desses dois estados - com 240 novas salas de aula para novos alunos.

O evento de assinatura do acordo ocorreu na noite da última terça-feira, 29, em São Paulo, com a presença de Jaime Ardila, presidente da General Motors do Brasil e Mercosul, José Carlos Pinheiro Neto, vice-presidente da GM do Brasil e do Conselho de Mantenedores do Instituto General Motors, Edson Vaz, diretor geral de Pessoal e Relações do Trabalho da GM do Brasil e presidente do IGM, Marcos Munhoz, diretor geral de Marketing e Vendas da GM do Brasil, e Pedro Luiz Dias, diretor de Comunicação Social e vice-presidente do IGM.

Também compareceram ao evento diretores de concessionárias Chevrolet que aderiram ao programa e Regina Célia Esteves de Siqueira, superintendente executiva da AlfaSol, a responsável pela execução do programa.

“Nós, da General Motors, estamos honrados em contar com o apoio dos concessionários Chevrolet, que aderiram de imediato a este programa de largo alcance social e temos a certeza de que, com seu desenrolar, outros concessionários se juntarão a nós, para tornar esta iniciativa um extraordinário sucesso”, destaca Jaime Ardila, presidente da GM do Brasil e Mercosul.

Segundo Marcos Munhoz, diretor geral de Marketing e Vendas da GM do Brasil, um dos entusiastas do programa, a “Rede Chevrolet de Educação Solidária contará inicialmente com o apoio e a mobilização das concessionárias Chevrolet de São Paulo”.

Criado em 1997, o projeto de Alfabetização solidária teve a GM do Brasil como associada fundadora. “Naquela época já vislumbramos o potencial de sucesso desse programa como uma ação social eficaz para diminuir a alfabetização das populações adultas de algumas das áreas mais pobres do País”, destaca José Carlos Pinheiro Neto, vice-presidente da GM do Brasil e do Conselho de Mantenedores do Instituto General Motors.

De fato, em seus 11 anos de atuação, a AlfaSol consolida resultados expressivos no Brasil, tendo chegado ao final de 2007 com mais de 5,3 milhões de jovens e adultos atendidos e 244 mil alfabetizadores capacitados, com atuação em 2.099 municípios brasileiros.

Para Regina Célia Esteves de Siqueira, superintendente executiva da AlfaSol, “o fato da Alfabetização Solidária ter sido escolhida pela marca Chevrolet, reforça ainda mais a credibilidade e a seriedade que o trabalho desenvolvido pela organização conquistou ao longo de seus 11 anos de atuação”.

A Alfabetização Solidária (AlfaSol) - é uma organização de sociedade civil, sem fins lucrativos, fundada em 1997, com a missão de reduzir os elevados índices de analfabetismo e ampliar a oferta pública de Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil. A organização adota um modelo de alfabetização simples, inovador e de baixo custo, baseado em parcerias, que já foi premiado várias vezes internacionalmente. Mais informações sobre a Alfabetização Solidária podem ser obtidas no site www.alfasol.org.br.

A General Motors Corporation (NYSE: GM), maior fabricante de veículos do mundo com base nas vendas de 2006, tem sido líder do mercado mundial por 76 anos consecutivos. Fundada em 1908, a GM emprega atualmente 274.000 funcionários ao redor do mundo. Com sua sede principal em Detroit, a GM manufatura seus carros e veículos comerciais em 35 países. Em 2006, os consumidores compraram globalmente cerca de 9,1 milhões de carros e comerciais GM, comercializados com as marcas: Buick, Cadillac, Chevrolet, GMC, GM Daewoo, Holden, Hummer, Opel, Pontiac, Saturn, Saab, Vauxhall e Wuling. A subsidiária da GM OnStar é a líder da indústria em segurança veicular, proteção e serviços de informação. Mais informações sobre a GM podem ser encontradas no site www.gm.com.

Mais...

AACD e Unibanco arrecadam 1,5 milhão

Publicado pelo Pauta Social em 31/01/08

Recursos serão revertidos em atendimentos para as crianças da AACD

O Unibanco Capitalização firmou parceria com a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) para destinar parte das vendas do título de capitalização para seus pacientes. Os recursos serão revertidos em atendimentos para as crianças da AACD.

A oportunidade de fazer uma ação social motivou milhares de clientes do Unibanco a investir em um plano de capitalização. Em apenas dois meses de parceria, a AACD já recebeu cerca de R$1,5 milhão. "Hoje a AACD possui mais de 32 mil crianças e adultos aguardando uma oportunidade de tratamento na fila de espera, com esses recursos poderemos ampliar nosso atendimento, fazendo com que a fila ande mais rápido e consigamos diminuir a angústia de quem depende da AACD para ter tratamento de reabilitação e mais qualidade de vida", detalha Eduardo de Almeida Carneiro, presidente voluntário da AACD.

Carlos Moura, diretor-executivo da Unibanco Capitalização, está entusiasmado com o resultado. "A receptividade de nosso cliente e, principalmente, de nossos colaboradores, foi fantástica! Nossa determinação em fazer mais foi ampliada com este belo começo." afirma.

Qualquer pessoa pode investir no tratamento das crianças da AACD por meio da aquisição dos títulos de capitalização nas agências Unibanco. A parceria contribuirá com a missão da AACD de "Prevenir, Habilitar e Reabilitar os portadores de deficiência física".

A Associação de Assistência à Criança Deficiente, AACD, mantém um amplo serviço de atendimento médico, pedagógico e social, voltado principalmente às crianças e adolescentes, promovendo a reabilitação e reintegração social dessas pessoas. Hoje, 96% dos atendimentos da AACD são gratuitos. Cerca de cinco mil atendimentos por dia são realizados em suas oito unidades: AACD Ibirapuera (SP), AACD Mooca (SP), AACD Osasco (SP), AACD Pernambuco, AACD Minas Gerais, AACD Rio Grande do Sul, AACD Rio de Janeiro e AACD Santa Catarina.

Com patrimônio líquido de R$ 11,6 bilhões (dados do terceiro trimestre de 2007) e ativos totais de R$ 134 bilhões, o Unibanco possui 27 milhões de clientes, 33,6 mil funcionários, uma rede nacional de 19 mil pontos de atendimento - 947 agências e agências in-store, 292 Postos de Atendimento Bancário (PABs) e mais de 13 mil pontos-de-venda da Fininvest.

Ainda, conta com mais 760 pontos de atendimento LuizaCred e PontoCred e 3.827 pontos de atendimento do Banco 24 horas. Estruturado em quatro áreas de negócios (Varejo, Atacado, Seguros e Previdência e Gestão de Patrimônios), o Unibanco apresenta posição de destaque e liderança em todos os segmentos nos quais atua.

A Unibanco Capitalização é uma das maiores companhias do mercado e já distribuiu mais de R$ 170 milhões em prêmios. Sua prateleira contempla produtos para todos os perfis sócio-econômicos, incluindo o Mega-Plin, o Plin Empresarial, o HiperPlin, o Plin dos Sonhos e o Plin dos Milhões.

Mais...

Português: Ferramenta indispensável

Publicado pela Revista Isto É em 26/01/08

Apenas 26% dos adultos são plenamente alfabetizados, mas falar e escrever bem é crucial para progredir na vida

O Brasil vive um momento positivo na economia, apesar da crise nos mercados financeiros mundiais. Os investimentos estão em alta, a demanda cresce e o nível de desemprego registrado em 2007, de 9,3%, foi o menor em cinco anos.
Mesmo com os ventos favoráveis, quem não possui qualificação tem mais dificuldade de se colocar no mercado de trabalho e é mais mal remunerado. Só um maior acesso à educação é capaz de mudar esse quadro. E a ferramenta indispensável para tirar proveito dos estudos, causar boa impressão numa entrevista de emprego e abrir as portas do crescimento profissional é a correta utilização da língua.

Esse é um dos maiores problemas do brasileiro. Pesquisas mostram que, no País, apenas 26% das pessoas entre 15 e 64 anos são plenamente alfabetizadas. Isto é, têm domínio total das habilidades de leitura e escrita.

Exames aplicados em estudantes também refletem essa realidade. Os resultados do Pisa (sigla, em inglês, para Programa Internacional de Avaliação de Alunos), prova que mede a eficiência de leitura em adolescentes de 15 anos em 56 países, divulgados no ano passado, foram muito ruins. O Brasil ficou na 48ª colocação. Numa escala até cinco, mais da metade parou no nível um ou abaixo disso. Ou seja, só conseguem localizar informações explícitas no texto e fazer conexões simples. Pior: o desempenho dos estudantes foi inferior ao da prova aplicada em 2003.

“Nós necessitamos de um esforço nacional para combater nossa incapacidade de lidar com a língua escrita”, diz a lingüista Stella Bortoni, professora da Universidade de Brasília (UnB). “Há uma incongruência entre nossa capacidade econômica e de leitura crítica da informação. É preciso que o aluno saia da escola lendo com produtividade.” Com 30 anos de experiência de sala de aula e 20 assessorando empresas, o professor Sérgio Nogueira, autor do livro O português do dia-a-dia, diz que as pessoas só começam a se preocupar quando essa carência afeta a vida profissional. “Aí correm desesperados atrás de cursos”, afirma ele, consultor das Organizações Globo, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de vários escritórios de advocacia.

E não há muitos cursos disponíveis. Com exceção de aulas de português voltadas para concursos, o que existe são companhias preocupadas em investir na qualidade da comunicação de seus funcionários, como a PricewaterhouseCoopers. Há mais de dez anos, a empresa de auditoria contrata os serviços do professor Sérgio Nogueira. “A idéia é consertar vícios de linguagem que as pessoas têm, ensiná-las a ler, interpretar e escrever de maneira adequada no mundo dos negócios”, diz João Cesar Lima, sócio e líder de recursos humanos da Price. Essa preocupação é ainda maior com a nova geração criada com a internet, meio em que a comunicação ocorre de maneira bastante informal.

A popularização do e-mail, aliás, pode ser considerada um divisor de águas. Antes, a correspondência das empresas se dava por carta, que era redigida com calma e revisada por três ou quatro pessoas até chegar ao destinatário. “Hoje, a troca de informação ocorre com muita rapidez e sem intermediários. Por isso, o e-mail expõe o profissional”, diz Nogueira. Se cometer erros de português, ele corre o risco de virar motivo de chacota entre os subordinados ou ser malvisto pelo chefe. E as pessoas parecem ter consciência disso. Quando começou a prestar consultoria, nos anos 80, Nogueira era chamado para dar aulas para secretárias. Na década passada, o público foi ampliado, mas a primeira meia hora era tomada em um processo de convencimento da importância do curso. Hoje, ele não sente nenhuma dificuldade em começar a aula e as turmas estão sempre cheias.

O governo tem alguns projetos para tentar melhorar esse quadro. Lançou em 2004 o Programa Nacional de Bibliotecas, que distribui livros para as escolas, depois o Pró-letramento, que investe na formação continuada de professores, e em fevereiro dá início às Olimpíadas de Português. “Esperamos a adesão de mais de 300 mil alunos”, diz Maria do Pilar, secretária de educação básica do Ministério da Educação. A idéia é inspirada em um projeto da Fundação Itaú Social.

Embora o brasileiro tenha imensa dificuldade em lidar com o idioma escrito, curiosamente, o Museu da Língua Portuguesa, aberto há dois anos em São Paulo, é o mais freqüentado do País, com 580 mil visitantes por ano. “As pessoas se identificam, se vêem representadas no museu”, afirma Antônio Carlos Sartini, superintendente da instituição. Localizado em um dos marcos arquitetônicos da cidade, a Estação da Luz, ele fisga quem o conhece por sua abordagem moderna e interativa. O museu recebe dezenas de estudantes por dia, a maioria de escolas públicas. “Os professores nos dizem que a procura de livros na biblioteca aumenta depois da visita”, diz ele. Até o fim do ano, Portugal também contará com um museu voltado para o português. No futuro, Sartini espera que haja um intercâmbio grande entre as duas instituições.

A língua une Brasil e Portugal, mas a ortografia não. Até o início do século XX, os dois países seguiam uma norma escrita complicada, que buscava a raiz latina ou grega para escrever cada palavra, como “pharmácia” e “estylo”. Em 1911, Portugal fez a primeira reforma simplificando a escrita. De lá para cá, ocorreram outras mudanças que aproximaram as formas de escrever dos países lusófonos, mas elas nunca foram unificadas. Em 1990, foi firmado um acordo padronizando a ortografia nas oito nações em que o português é o idioma oficial – hoje é a única língua que tem duas grafias oficiais. A nova norma já foi ratificada pelo Brasil, por Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, o que permite sua entrada em vigor nesses países. As mudanças são pequenas (leia quadro) e atingem mais a grafia lusitana. Portugal resiste em adotá-la por pressão dos editores de livros que temem perder o mercado africano para o Brasil. “Além disso, há o velho conservadorismo português com ciúme da influência cultural brasileira”, diz Marcos Vilaça, presidente da Academia Brasileira de Letras.

Alguns focos de insurgência na sociedade civil começam a brotar no velho continente. A Associação Mares Navegados, organização que promove o intercâmbio cultural entre os dois países, passará a usar a nova ortografia em março. Um grupo de ensino importante do país, a Universidade Lusófona, de Lisboa, também planeja adotar a nova ortografia em suas 14 revistas em breve. A língua é viva. Se o governo português não acordar, será atropelado pelos fatos.

ISTOÉ lança gramática
No próximo dia 15, a Editora Três oferece aos leitores de ISTOÉ os dois primeiros fascículos e a capa dura da Novíssima gramática ilustrada, organizada pelo gramático Luiz Antonio Sacconi, professor da Universidade de São Paulo (USP). Com 22 fascículos de 16 páginas e cinco cadernos de testes, a publicação é moderna, atrativa, didática e já está em conformidade com a reforma na ortografia que unificará a escrita dos oito países que adotam o português como idioma oficial. “A língua é dinâmica e saímos na frente ao organizar a gramática conforme o acordo ortográfico”, diz Sacconi.

Mais...

Temporão recorre a Michael Moore em campanha pela Saúde

Arnaldo Galvão
Publicado pelo
Valor Online em 31/01/08

Temporão: "É preciso ter consciência política sobre o direito à Saúde mas nada é de graça. É a arrecadação de tributos que sustenta esse direito universal"
Foto Ruy Baron/Valor - 5/12/07

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, assistiu, na noite de terça-feira, a uma apresentação do documentário "Sicko" (doente) do cineasta americano Michael Moore. Apresentado no Festival de Cannes em maio do ano passado, é uma articulada seqüência de duríssimas críticas ao sistema de Saúde dos Estados Unidos e defende, apaixonadamente, o direito universal e gratuito à Saúde.

Depois de os senadores derrubarem a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), em dezembro, Temporão entrou em campanha para defender fontes de financiamento para o Sistema Único de Saúde (SUS). Encerrada a sessão, o ministro conversou com os jornalistas e comentou que o filme é um convite à reflexão sobre as políticas públicas. "É preciso ter consciência política sobre o direito à Saúde mas nada é de graça. É a arrecadação de tributos que sustenta esse direito universal", afirmou. O evento da terça-feira, foi realizado no tradicional Cine Brasília e organizado pelo Ministério da Saúde e pela distribuidora Europa Filmes. Em breve, os brasileiros poderão conferir o documentário "Sicko - S.O.S. Saúde" nos cinemas.

Neste ano, o SUS completa 20 anos e Temporão disse estar disposto a resolver o problema do financiamento do sistema. Não sabe o que vai ser definido pelo Congresso, mas garantiu que vai "ouvir as lideranças".

Depois da traumática derrota da CPMF, que tirou R$ 40 bilhões do orçamento deste ano e atingiu principalmente a Saúde, o Palácio do Planalto deu sinais claros de que não vai apoiar a volta do tributo. Há quem defenda a criação de uma nova contribuição para a Saúde no âmbito da reforma tributária. Os secretários estaduais querem vincular 10% da receita bruta e ainda existe a possibilidade de destinar parte da arrecadação da seguridade social.

Os planos particulares de Saúde dão, na avaliação de Temporão, uma falsa sensação de segurança para as pessoas. Isso porque, na sua avaliação, atos complexos e até mesmo a vacinação contra a febre amarela são exemplos da importância do SUS. Disse que a má impressão dos primeiros contatos com o sistema, nas unidades de urgência e nas policlínicas, é totalmente mudada nas internações. "Nos ambulatórios e na média complexidade a situação é mais grave e a hotelaria é ruim. Na Inglaterra, também há fila para cirurgias eletivas", admitiu.

O ministro atribuiu ao abandono a fuga da classe média das escolas públicas e alertou que isso não pode ser consolidado na rede de Saúde. Defendeu o que chamou de "características especiais" do SUS como, por exemplo, o uso da rede hospitalar privada com recursos públicos e a participação da sociedade por meio dos conselhos municipais de Saúde.

O documentário de Moore distribui pancadas nos políticos americanos - Bill e Hillary Clinton incluídos - e, no estilo do cineasta, mostra doentes abandonados. Nessa lista de vítimas estão alguns heróis dos resgates de 11 de setembro, no World Trade Center. Provocador, vai à base de Guantânamo para tentar dar a esses heróis o mesmo tratamento médico dado aos integrantes da Al Qaeda. Aproveitando a vizinhança, leva-os a Cuba, onde são muito bem tratados.

Além da humilhante comparação com a ilha inimiga dos Estados Unidos, Moore aproveita o abismo que separa o sistema americano das políticas públicas de Canadá, Inglaterra e França para chocar. Revela que muitos europeus têm benefícios "inalcançáveis" pelos americanos.

Em uma entrevista com um médico britânico, o documentário também destaca que o salário desse profissional pode ser aumentado se seus pacientes apresentam evolução significativa nos índices de gordura no sangue, na perda de peso ou no abandono do tabagismo. Tudo isso é paradigma para Moore e representa exatamente o oposto da crueldade de mercado que vem sendo imposta à sociedade americana.

Mais...

União estuda perdão de dívidas de filantrópicas

Arnaldo Galvão e Raymundo Costa
Publicado pelo
Valor Online em 31/01/08

Luiz Marinho, ministro da Previdência Social: "Nada contra a filantropia. Quero separar a pilantropia"
Foto Marisa Cauduro/Valor

O governo estuda perdoar dívidas de entidades filantrópicas num pacote que tornará mais rigorosa a concessão de benefícios fiscais. A polêmica proposta é do ministro da Previdência, Luiz Marinho. Em entrevista ao Valor, o ministro explicou que uma possível anistia deverá ser apartada - do pacote de medidas em estudo - e remetida ao Congresso por meio de projeto de lei.

A idéia do perdão é justificada pelo ministro. Ele alega que a Previdência não tem estrutura para essa atribuição e, por razões meramente burocráticas, poderia quebrar uma entidade séria que cumpre sua obrigação social. "Nada contra a filantropia. Quero separar a 'pilantropia'", diz.

A falta de estrutura da Previdência é indiscutível porque, nesses processos de filantrópicas que envolvem cerca de 750 entidades, atuam apenas quatro procuradores federais. Portanto, quanto maior a demora no julgamento, mais podre fica o crédito. Com esse perdão Marinho calcula que vai aumentar a arrecadação. Além disso, revela que muitas entidades, principalmente hospitais e universidades, têm planos de abrir capital e, portanto, precisam deixar de ser filantrópicas.

O cenário dessas propostas de Marinho é contabilidade da Previdência Social. Em 2007, deixaram de ser arrecadados R$ 14 bilhões devido às renúncias fiscais que beneficiaram micro e pequenas empresas enquadradas no regime tributário do Simples, entidades filantrópicas e exportadores de produtos rurais. Desse rombo, R$ 4,4 bilhões foram das filantrópicas e o ministro quer acabar com parte da sangria. Ele defende uma ampla reforma da legislação para tornar mais rigorosa a concessão do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas). Quer ainda análise prévia dos pedidos e redução de três anos para um ano na validade desses certificados.

No Palácio do Planalto, a delicada reforma da lei das filantrópicas é tratada como "explosiva" porque manobras equivocadas podem perturbar gravemente a relação do governo com as igrejas católica e evangélica e também com muitos parlamentares. Em ano eleitoral, as chances dessa mudança ficam mais reduzidas. Marinho confirma que ministros e políticos de todos os partidos procuram a Previdência para defender esses interesses.

De posse do Cebas, as entidades filantrópicas - geralmente hospitais, universidades e casas de assistência social - ficam livres da contribuição previdenciária patronal, equivalente a 20% da folha de pagamento, e os tributos PIS e Cofins (9,25% sobre o faturamento).

Marinho diz que a única relação dessas entidades com a Previdência é o que deixam de pagar. Além disso, cabe a ele julgar os recursos contra as decisões do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). Nesse aspecto, também quer se livrar dessa carga burocrática. Critica a atual falta de controle e pretende que os ministérios da Saúde, da Educação e do Desenvolvimento Social sejam responsáveis pela fiscalização. "É o ministro da área que tem de saber, de acordo com suas políticas públicas, se a entidade está auxiliando", diz.

O presidente do CNAS, Sérgio Iung, informa que o país tem aproximadamente 7 mil entidades com o Cebas e reconhece que é urgente a definição de um novo marco legal para controlar as atividades. Mas se preocupa com a capacidade de a máquina pública processar com rapidez análises anuais, se prevalecer a proposta de Marinho. "No ano passado, julgamos 4,3 mil processos. Teremos estrutura burocrática para evitar a paralisação de hospitais e escolas?", pergunta.

Desde que chegou à Previdência, Marinho negou 12 recursos de filantrópicas. Entre essas estão o Instituto Presbiteriano Mackenzie e a Sociedade Hospital Samaritano, ambas de São Paulo. Pela legislação, a análise do desempenho da filantrópica somente é feita depois dos três primeiros anos. Muitas entidades estão com dois ou três períodos sem julgamento, o que significa até nove anos sem decisão da administração pública.

Desde julho de 2007, Marinho integrou um grupo de trabalho para tratar das filantrópicas. Também participaram José Gomes Temporão (Saúde), Fernando Haddad (Educação), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) e o Ministério da Fazenda. Segundo a assessoria da Casa Civil, a proposta está sendo analisada pelos minis

Mais...

Suco da Parmalat disputa público jovem com AmBev

Eliane Sobral
Publicado pelo
Valor Online em 31/01/08

Gisele Gaspar, da Parmalat: "será o maior investimento do ano na categoria"
Foto Davilym Dourado/Valor


Não são só Sandro Dias e Bob Burnquist, os dois maiores nomes internacionais do skate, que vão se exibir na 1 edição brasileira do X Games que acontece em abril no sambódromo paulistano. De um lado da arena estará a Parmalat e do outro o Guaraná Antarctica, da AmBev, ambos de olho no público jovem que acompanha o maior evento de esportes radicais do mundo. A Parmalat pagou R$ 4 milhões pela cota master de patrocínio do evento e vai aproveitar a competição para lançar uma nova versão de seu suco pronto. "Queremos conquistar o público de 12 a 25 anos para o nosso produto e essa será a maior ação de marketing na área de sucos da Parmalat, neste ano", afirma Gisele Gaspar, gerente de marketing da empresa.

Segundo ela, a idéia é lançar embalagens inspiradas nos esportes radicais e em tamanho intermediário entre as de 200 ml e de 1 litro. "O público infantil está atendido pela embalagem de 200 ml e as embalagens de 1 litro são para consumo em família. Vamos explorar o meio termo para atrair jovens preocupados com o consumo de itens saudáveis", diz Gisele que aposta na "conscientização" dos jovens para impulsionar o consumo de sucos, em detrimento dos refrigerantes. A mesma conscientização que vem fazendo as redes de fast-food reverem seus cardápios.

Gisele lembra que o espaço para o avanço da categoria é um dos maiores atrativos do setor. Enquanto os americanos consomem 40 litros de sucos por ano, no Brasil o consumo per capita não passa de 2,5 litros. Mas o mercado de sucos vem crescendo mais do que o mercado dos refrigerantes.

Segundo levantamento da Nielsen, entre 2005 e 2006 a produção subiu 15% - passando de 262 milhões de litros para 301 milhões. Já a receita, de R$ 1,1 bilhão, em 2006, cresceu 18,5% em relação ao faturamento de 2005. Enquanto isso, o mercado de refrigerantes apresenta crescimento bem mais modesto - de 1,9% em volume e de 8,7% em valores.

A estratégia da Parmalat é colocar no mercado três sabores de suco e, dependendo do desempenho, aumentar a linha em 2009. Além da exposição durante o próprio campeonato, a Parmalat aposta na repercussão do evento na mídia nacional.

Organizado pelos canais de esportes ESPN, o X Games acontece em nada menos que oito países e agora o Brasil ganhou status de competição - nas três edições anteriores, a etapa brasileira era apenas classificatória.

"Como o evento ganhou novo status no Brasil e terá a participação dos maiores nomes dos esportes, nossa expectativa é receber cerca de 50 mil pessoas em cada um dos três dias de competições", diz Germán von Hartenstein, diretor geral da ESPN Brasil que divide a organização do evento com a Reúnion, empresa de marketing esportivo do grupo ABC (ex-Ypy).

Hartenstein diz que o modelo de negócio desenvolvido entre o canal e a Reúnion prevê que cada um terá 50% da receita do evento - "que deve ser 30% superior à da edição passada".

Além das cotas de patrocínio - são três masters, de R$ 4 milhões cada, e outras três ouro, de R$ 2 milhões cada uma - os organizadores do X Games prevêem faturar com licenciamento de produtos que, segundo o diretor geral da ESPN deve responder por 15% da receita total do evento.

Mais...



Acesse esta Agenda

Clicando no botão ao lado você pode se inscrever nesta Agenda e receber as novidades em seu email:
BlogBlogs.Com.Br