sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Brasil cai quatro posições em ranking da Unesco

O Brasil caiu do 76º para o 80º lugar no ranking de desenvolvimento da educação, segundo o relatório anual que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) divulga nesta terça, em Genebra. O Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos 2009 mostra que o principal entrave ao desenvolvimento brasileiro é a taxa de repetência, que diminuiu de 24% para 19% entre 1999 e 2005, mas ainda é uma das mais altas do mundo e a segunda maior da América Latina. Apenas Suriname, Nepal e 12 países africanos têm índice de repetência maior.

Na classificação geral, o Brasil ficou atrás de vários países da América Latina, entre eles Bolívia (75º lugar), Equador (74º), Venezuela (69º) e Paraguai (68º). Em primeiro lugar ficou o Cazaquistão, seguido por Japão, Alemanha e Noruega. Em último lugar na classificação, que incluiu 129 países, está o Chade.

O estudo da Unesco aponta o Brasil como o único país latino-americano com mais de 500 mil crianças em idade escolar sem estudar (em 2006, eram 600.000, segundo o relatório). No total, 17 países estão nessa situação, entre eles Iraque, Burkina Faso, Índia, e Nigéria - onde o número é o mais alto do mundo, com 8,1 milhões de crianças fora da escola. Mas a Unesco prevê que o Brasil conseguirá cumprir a meta de universalização do ensino primário até 2015, reduzindo para 200.000 o número de crianças sem estudar. O ranking é calculado com base no Índice de Desenvolvimento da Educação, que considera fatores como acesso à escola, desigualdade entre gêneros, analfabetismo adulto e qualidade (determinada pela proporção de alunos que completam pelo menos quatro anos de educação formal).

A classificação é uma forma de monitorar o cumprimento das seis metas educacionais globais para 2015, estabelecidas em 2000 na Conferência Mundial de Educação, sob chancela da Unesco: ampliação da educação e da assistência à primeira infância; acesso de todas as crianças ao ensino primário gratuito, obrigatório e de boa qualidade; garantia de acesso de todos os jovens e adultos a programas de aprendizagem e treinamento para a vida; melhoria de 50% nos níveis de alfabetização de adultos; eliminação das disparidades de gênero no acesso ao ensino primário e secundário; e garantia de qualidade no ensino para todos, especialmente em alfabetização e matemática e na capacitação essencial para a vida.

O relatório deste ano, intitulado "Superando a desigualdade: por que a governança é importante", adverte que "desigualdades profundamente enraizadas persistem na educação, condenando milhões de crianças no mundo a ter suas oportunidade diminuídas e, até, condenando-as à pobreza", o que compromete o plano das metas de 2015. O documento também avisa que a ajuda internacional para a educação corre o risco de diminuir graças à atual crise financeira. O lançamento oficial ocorre na abertura da Conferência Internacional de Educação, que se realiza em Genebra, Suíça, de terça a sexta-feira. No âmbito global, o relatório destaca que, em 2006, havia 75 milhões de crianças sem escolarização e 776 milhões de adultos - dois terços mulheres - analfabetos. A Unesco afirma que a "indiferença política", os governos e o "fracasso dos doadores" são parcialmente responsáveis pelo quadro.

Do lado dos progressos alcançados, o relatório aponta o aumento do índice de escolarização nos países em desenvolvimento, que aumentou na África Subsaariana de 54% em 1999 para 70% em 2006, e no sudeste e oeste da Ásia de 75% para 86%. O estudo diz ainda que a maior parte dos países latino-americanos já conseguiu universalizar o ensino primário e aponta uma expansão do ensino pré-escolar, secundário e superior no continente.


Veja Online, 25/11/08

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Cada café rende doaçao de 5 centavos para a luta contra a Aids na Africa

Hoje, Dia de Açao de Graças nos EUA, a rede Starbucks inicia uma promoção em parceria com o Project Red, do cantor Bono. Até 2 de janeiro, cada vez que um consumidor comprar uma das bebidas especiais de fim de ano, a rede doa 5 centavos para o fundo que luta contra a Aids na África.

A promoção foi anunciada ontem e inclui campanha de TV criada pela BBDO sob o tema 'It's more than coffee' (É mais do que café). Amanhã, um evento no Times Square, em Nova Iorque, vai divulgar a iniciativa através da presença de celebridades, como a modelo Helena Christensen e a atriz Mary Louise Parker. A noticia é do Ad Age.


Blue Bus, 27/11/08

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Empresários criam fundo para comprar terrenos para desabrigados em SC

Vítimas das chuvas de Volta por Cima, comunidade entre Ilhota e Itajai, em Santa Catarina, levam alimentos a parentes isolados
Foto Fernando Donasci/Folha Imagem


Um grupo de empresários e entidades criou um fundo para comprar terrenos para as pessoas desabrigadas pelas chuvas em Santa Catarina. A iniciativa --chamada de "Fundo de Solidariedade Volta ao Lar" visa angariar cerca de R$ 50 milhões para a construção de casas para as vítimas das chuvas na região do Vale do Itajaí, uma das mais atingidas pelas chuvas.

De acordo boletim divulgado pela Defesa Civil do Estado por volta da 00h30 desta sexta-feira,
78.707 pessoas tiveram de deixar suas casas devido às chuvas, que provocaram 99 mortes. Até ontem, 12 cidades haviam decretado estado de calamidade pública.

O projeto prevê a construção de pelo menos 5.000 novas residências. Nesta quinta-feira (27), o Bradesco abriu uma conta corrente --vinculada à Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina), uma das entidades responsáveis pela iniciativa--para receber as doações e depositou R$ 100.000.

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De acordo com a empresária Sônia Regina Hess de Souza, integrante da Consult (Conselho Consultivo Superior de Governo de Santa Catarina), os terrenos serão comprados em áreas consideradas "seguras" e repassados às "instituições públicas para a construção das unidades habitacionais."

A idéia, segundo a empresária, é que estes terrenos fiquem em locais próximos às áreas atingidas, para facilitar a adaptação das comunidades. "Posteriormente, os imóveis poderão ser erguidos com recursos do PAR [Programa de Arrendamento Residencial], da Caixa Econômica Federal", disse Sônia.

A conta para doações é:
-Banco Bradesco
Agência 2186-5; Conta Corrente: 36000-7
CNPJ: FIESC - 83.873.877/0001-14
Fundo de Solidariedade Volta ao Lar


Folha Online, 08/11/08

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Doações para vítimas de SC somam mais de R$ 2 mi

As doações em dinheiro para as vítimas das chuvas em Santa Catarina chegavam a R$ 2.024.480,10 até a noite desta quinta-feira, segundo informações do governo do Estado. As doações foram feitas ao Fundo Estadual da Defesa Civil, que abriu contas correntes para a arrecadação em auxílio aos atingidos.

Até a noite de hoje, a Defesa Civil estimava que ao menos 78.707 tiveram de deixar suas casas por conta das chuvas no Estado, e 99 mortes foram confirmadas.

Segundo o governo, do total arrecadado, R$ 800.000 correspondem às doações feitas por bancos e o restante de empresas e pessoas físicas.

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Na conta criada no Banco do Brasil, as doações somavam R$ 1.020.000 sendo que desse valor, R$ 500.000 foram doados pelo banco.

Na conta aberta pelo Bradesco, os valores chegam a R$ 141.711. Desse valor, R$ 300.000 foram doados pela própria empresa.

No Itaú, conta aberta nesta quinta-feira, as doações somavam R$ 1.090. Há também uma conta disponível na Caixa Econômica Federal que, segundo o governo, ainda não contabilizava doações até a noite de hoje. O Besc também tem uma conta aberta para ajudar as vítimas das chuvas, mas os valores não foram divulgados pelo governo.

No início da noite de hoje, a Defesa Civil abriu uma nova conta no Sicoob.

As contas para depósito são:
- Caixa Econômica Federal - Agência 1877, operação 006, Conta Corrente 80.000-8;
- Banco do Brasil - Agência 3582-3, Conta Corrente 80.000-7;
- Besc - Agência 068-0, Conta Corrente 80.000-0;
- Bradesco Agência 0348-4, Conta Corrente 160.000-1
- Itaú - Agência 0289, Conta Corrente 69971-2
- Sicoob - Agência 1005, Conta Corrente 2008-7
Em nome da pessoa jurídica é Fundo Estadual da Defesa Civil, CNPJ - 04.426.883/0001-57

A Defesa Civil de Santa Catarina também pede doações para auxiliar as vítimas das chuvas que atingem a região. Cerca de 1,5 milhão de pessoas foram afetadas pelas chuvas precisam de água potável, médicos voluntários e dinheiro.

A água poderá ser entregue na Defesa Civil dos municípios, além dos órgãos de segurança do governo estadual, como polícias Civil e Militar e Corpo de Bombeiros.

No entanto, as quedas de barreiras e bloqueios em estradas estão dificultando a entrega dos materiais. Por conta disso, a Defesa Civil pede que os interessados em ajudar priorizem as doações em dinheiro nas contas bancárias.

* Leia cobertura completa sobre a chuva em Santa Catarina


Folha Online, 27/11/08

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Advogado ganha o prêmio Empreendedor Social 2008; veja imagens

O advogado André Luis Cavalcanti de Albuquerque, 42, foi o vencedor do prêmio Empreendedor Social 2008. O concurso, realizado pela Folha em parceria com a Fundação Schwab, da Suíça, identifica e premia líderes de projetos sociais inovadores e sustentáveis.

A cerimônia de premiação, realizada no auditório do Masp, na noite desta quinta-feira (27), foi apresentada pela atriz Lígia Cortez e pelo colunista da Folha Pasquale Cipro Neto. Veja, no videocast a seguir, as imagens do evento.



Albuquerque é fundador da Terra Nova, primeira empresa de cunho social do país especializada em regularização fundiária sustentável. Agora, ele fará parte da rede mundial de "Empreendedores Sociais de Destaque" da Fundação Schwab. Além disso, terá acesso a benefícios, como serviço de consultoria internacional e bolsas de estudo.

Mediador de conflitos por natureza, o advogado acredita que o ambiente equilibrado energeticamente traz harmonia e prosperidade. Mais uma vez, comprovou sua tese, diante de uma platéia com cerca de 200 convidados, entre representantes do terceiro setor, empresários, acadêmicos, políticos e artistas, ao receber o prêmio no Masp (Museu de Arte de São Paulo).

É a primeira vez no Brasil que o vencedor do concurso lidera uma empresa social --que tem fins lucrativos, mas cujo resultado é aplicado em grande parte no social, ao contrário, por exemplo, de iniciativas de responsabilidade social.

Terra Nova
Criada em 2001, em Curitiba, a Terra Nova desenvolveu metodologia para mediar conflitos entre proprietários e moradores em áreas de ocupação irregular consolidadas, fazendo a ligação entre governo, titulares e ocupantes. Por meio desse método, todos ganham: o ocupante conquista o título de propriedade e todas as melhorias decorrente disso; o possuidor legal do imóvel recebe o valor por um bem que já havia perdido na prática; e o governo deixa de gastar com o burocrático processo de negociação fundiária e pode passar investir na infra-estrutura (saneamento básico, energia elétrica, linhas de transporte etc.) do bairro legalizado, diminuindo índices de criminalidade e melhorando a qualidade de vida das pessoas.

Com essa sistemática, a empresa social de André já beneficiou mais de 30 mil famílias em cinco Estados (PR, SP, RJ, MT e RO) e no DF.

Outra inovação da Terra Nova é sua participação no primeiro projeto de reassentamento integral de famílias em grandes obras. A experiência inicial se dá com 60 grupos de ribeirinhos atingidos pelas obras da usina hidrelétrica de Santo Antônio, em Porto Velho.

O concurso no mundo
Realizado pela quarta vez no Brasil, o prêmio Empreendedor Social busca identificar líderes de organizações --com ou sem fins lucrativos-- que desenvolvam produtos ou serviços voltados à melhoria de comunidades marginalizadas.

A rede mundial formada pelos 140 empreendedores sociais da Fundação Schwab abrange 41 países. O mais novo integrante do seleto grupo, André Albuquerque, junta-se agora a outros 11 brasileiros, 3 deles eleitos pelo Prêmio Empreendedor Social: Tião Rocha (2007), do CPCD; Fábio Bibancos (2006), da Turma do Bem; e Eugenio Scannavino Netto (2005), do Projeto Saúde e Alegria.

No Brasil, a Folha é parceira exclusiva da Fundação Schwab para a realização do prêmio, que tem como apoiadores o Centro de Estudos do Terceiro Setor da Fundação Getulio Vargas, o Gife (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, a SGS e o portal UOL.


Folha Online, 28/11/08

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ONG é suspeita de desvio na Funasa, aponta procurador

Com repasses de R$ 75 mi, entidade foi a que mais obteve verbas; Receita contesta dados. Ministério Público diz ter indícios de que associação Projeto Rondon não atua na maioria das aldeias em que deveria prestar serviços

O Ministério Público Federal de Santa Catarina investiga repasse milionário da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) à associação Projeto Rondon, de Santa Catarina. Segundo a CPI das ONGs, a entidade foi a que mais recebeu recursos do órgão de 1999, quando começou a prestar assistência à saúde indígena, até 2007.

O Ministério Público Federal já encontrou indícios de que a ONG não atua na maioria das aldeias em que deveria e que inexiste controle da Funasa sobre suas atividades. A ONG deveria atuar em quatro Estados: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Também já atuou no Paraná.

"Há municípios que nunca foram atendidos pela ONG, podendo-se concluir que o número de índios efetivamente assistidos é muito inferior ao 38.658 contabilizados oficialmente", diz relatório do procurador Celso Três. Ele descobriu que a Funasa nem sequer sabe quanto repassou para a entidade.

O órgão informou ao Ministério Público que, de 2000 a 2007, foram R$ 75 milhões para a ONG, o que contradiz dados da Receita Federal -que, com base na CPMF, calcula que o repasse teria sido de R$ 95 milhões só de 2003 a 2007. Como os convênios vêm desde 1999, Três calcula que o total ultrapassa os R$ 100 milhões.

O volume de recursos destinado à ONG é só para cuidados básicos de saúde. Tratamentos de média e alta complexidade são feitos pelos hospitais próximos às aldeias. Mesmo assim, o dinheiro não é usado de forma adequada, diz Três: "Os gastos não encontram justificativa nos trabalhos prestados. Gastou-se muito e, diante da realidade encontrada nas aldeias, fez-se pouco ou quase nada".

O relatório do Ministério Público cita exemplos dos problemas que ocorrem nas aldeias. Em Novo Hamburgo (RS) e Lageado (RS), "a ONG Projeto Rondon não presta qualquer tipo de serviço aos índios da região". Em Cruz Alta (RS) "não há atendimento médico e odontológico nas aldeias, sendo os indígenas encaminhados ao hospital municipal e à Secretaria Municipal de Saúde". Em Santa Rosa (RS), os medicamentos são distribuídos pela Funasa, a ONG oferece apenas os que não integram a lista básica. O atendimento médico e odontológico nas aldeias é feito por profissionais contratados diretamente pelos municípios.

Em Joinville (SC), a ONG também não oferece atendimento médico e odontológico nas aldeias: "A atuação da ONG está muito aquém do esperado, caracterizada pela incompetência na prestação de serviço público e pelo uso indevido de verba pública, não tendo a Funasa qualquer controle em relação às atividades de sua conveniente, em muitos casos chegando ao absurdo de financiar serviços e produtos que, de acordo com o convênio, seriam de obrigação da associação".
Há duas semanas, o ministro José Gomes Temporão (Saúde) disse que o órgão presta serviço de baixa qualidade aos índios e é "corrupto", provocando forte reação do PMDB, que indicou Danilo Forte para a Funasa.

O Ministério Público Federal no Paraná também investiga a ONG, que atuou no Estado até 2005, quando perdeu o convênio após a decisão do Ministério da Saúde de criar um novo distrito só para atender os índios. A coordenadora operacional da entidade, Cleide Maria Marques Grando, acusou a Funasa do Paraná de ter difamado a ONG por ela ter se recusado a desviar dinheiro para o PTB.

Em 2007, Cleide acusou o então chefe do Distrito Sanitário Especial Indígena do Paraná, Sérgio Esteliodoro Pozzeti, e Jefferson Reali Paraná, ex-chefe do Distrito, de terem lhe confidenciado a necessidade de arrecadarem R$ 10 mil por mês para o partido por meio "de convênio da saúde indígena". Pozzeti era filiado na época ao PTB. Paraná é irmão do coordenador regional da Funasa, Vinícius Reali Paraná. O PTB nega tê-lo indicado ao cargo. A Funasa disse que ele será afastado por 60 dias até que as denúncias sejam investigadas.


Andreza Matais
Folha de São Paulo, 28/11/08

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Saúde transfere R$ 2,8 mi do SUS para a UNE

A presidente da UNE, Lúcia Stumpf (à dir.), fala em reunião com Lula, Temporão (Saúde) e Beto Cury (Secretaria da Juventude)
Alan Marques/Folha Imagem


O Ministério da Saúde deslocou R$ 2,8 milhões, previstos no Orçamento deste ano para apoio à educação permanente de trabalhadores do SUS (Sistema Único da Saúde), para financiar a "Caravana Estudantil da Saúde" organizada pela UNE (União Nacional dos Estudantes), que contou com realização de debates, apresentações teatrais e exibição de filmes em universidades.

Dois consultores de Orçamento do Congresso Nacional e um técnico no TCU (Tribunal de Contas da União) ouvidos pela Folha afirmaram que o caso pode configurar "desvio de finalidade", irregularidade grave punível como crime de responsabilidade.

Iniciada em agosto, a "Caravana Estudantil da Saúde" foi encerrada ontem em Brasília. Segundo a UNE, o grupo era formado por sete artistas, quatro documentaristas, dois produtores e 13 integrantes da direção da entidade.

Em nota, o ministério afirma que "cumpre uma das finalidades do Programa de Aperfeiçoamento do Trabalho e da Educação na Saúde, que contempla a rubrica "Apoio à Educação Permanente dos Trabalhadores do SUS", origem dos recursos orçamentários".

Ontem a direção da UNE foi recebida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, no Planalto.

Apesar de os recursos do ministério serem específicos para a educação dos trabalhadores do SUS, a maioria das atividades da Caravana esteva ligada a eventos culturais. Segundo a UNE, foram visitados todos os Estados e 41 universidades, além de realizados 57 debates.


Adriano Ceolin
Folha de São Paulo, 28/11/08

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Clubes europeus faturam alto com merchandising

Um estudo aponta que os times ingleses da primeira divisão amealham, em média, 8,6 milhões de euros com ações de merchandising. Foram pesquisadas 116 equipes

O site português Futebol Finance acaba de publicar um estudo da Sport+Markt e da PR Marketing European Football Mechandising que revela as receitas astronômicas geradas pelo merchandising dos clubes europeus. O Campeonato Inglês (Premier League) lidera a lista com 171 milhões de euros obtidos em ações de merchandising. A média de valores angariados no merchandising de cada equipe da primeira divisão britânica é avaliada em 8.6 milhões de euros.

A diferença é gritante se comparada ao Campeonato Português, que fatura cerca de 5.5 milhões de euros por ano. As ações de merchandising das equipes do Porto, Benfica e Sporting geram em média 1.8 milhões de euros.

Segundo os autores do estudo, os fatores preponderantes para atingir essas cifras milionárias passam pelo sucesso esportivo do time, tamanho do mercado doméstico, número de torcedores e admiradores dentro e fora do país e estruturas com profissionais de merchandising. Mas são as receitas geradas em dias de jogo que determinam o montante angariado.

O estudo envolveu 116 times europeus e o resultado foi a média de 5.3 milhões de euros. Destes 116 clubes, 20 tiveram receitas superiores a 21.2 milhões de euros. Já os outros 96 geraram aproximadamente 2 milhões de euros. Entre as equipes portuguesas, o melhor resultado foi do Benfica, que gera 2.4 milhões de euros anuais.

Confira abaixo o resultado do estudo publicado no Futebol Finance:
1-) Campeonato Inglês (Premier League) - 171 milhões de euros (média/clube - 8.6 mi)
2-) Campeonato Espanhol (Liga BBVA) - 145 milhões de euros (média/clube - 7.3 mi)
3-) Campeonato Alemão (Bundesliga) - 127 milhões de euros (média/clube - 7.1 mi)
4-) Campeonato Italiano (Série A) - 64 milhões de euros (média/clube - 3.2 mi)
5-) Campeonato Francês (Ligue 1) - 64 milhões de euros (média/clube - 3.2 mi)
6-) Campeonato Holandês (Eredividie) - 22 milhões de euros (seis maiores clubes/média - 3.6 mi)
7-) Campeonato Português (Liga Sagres) - 5.5 milhões de euros (três maiores clubes/média - 1.8 mi)


André Lucena
Meio & Mensagem Online, 24/11/08

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