terça-feira, 6 de novembro de 2007

Obras de 40 artistas vão a leilão para ajudar Parque Lage

Renata Granchi
Publicado pelo
G1 em 05/11/07

O artista Ernesto Neto criou uma obra que fecha inteiramente o teto da piscina do Parque Lage
Foto Renata Granchi/G1

A Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio, já foi referência no ensino das artes plásticas do Brasil. O grupo que coordena a associação de amigos da EAV quer este status de volta. Para isso, chama toda a sociedade a participar da revitalização da escola e do Parque. Uma iniciativa que tem apoio da Secretaria municipal das Culturas.
“Queremos que ela volte a ser a escola de arte mais importante do Brasil. Temos objetivos ambiciosos”, avisa a líder do grupo Jaqueline Vojta, que trabalhou no Museu de Arte Moderna de Nova York.

Para inaugurar a série de ações que promete ajudar a revitalizar a EAV, um grande leilão de arte com 40 obras de artistas plásticos da pintura, escultura e fotografia de renome no Brasil será realizado no dia 9 de novembro.

Ingressos a R$ 500
Beatriz Milhazes, Ernesto Neto, Tunga, Nelson Lerner, Cildo Meireles são alguns dos nomes que doaram obras para o evento. O lance mínimo é de R$ 3 mil, mas, para participar da disputa, o interessado deve desembolsar antes R$ 500 num ingresso, que dá direito a um jantar e a uma grande festa. São 200 bilhetes à venda, mas já estão quase todos vendidos, segundo Jaqueline.

“Todo o dinheiro será usado para potencializar o máximo tudo o que esta escola pode oferecer. Há necessidade de informatizar, por exemplo. Depois do leilão, pretendemos fazer palestras, seminários, workshops. Tudo para trazer de volta os artistas que estão afastados e a própria sociedade. Nosso objetivo é profissionalizar a EAV nos moldes das escolas do exterior”, explica Jaqueline.


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Google e ONU lançam site para monitorar metas do milênio

Publicado pela Folha Online em 05/11/07

Um site lançado pela ONU (Organização das Nações Unidas), em parceria com o Google e com a fabricante de equipamentos Cisco, irá monitorar como e em que lugares do mundo as Metas de Desenvolvimento do Milênio estão sendo cumpridas.

De acordo com autoridades da ONU e especialistas de fora da organização, há uma crescente dificuldade para o cumprimento das oito metas socioeconômicos estabelecidas em 2000 e que os países da ONU se comprometem a atingir até 2015.

O MDG Monitor irá mostrar um panorama do progresso de cada país em relação ao cumprimento das metas, que incluem itens como a redução da mortalidade infantil e a diminuição da fome.

Para os criadores do site, o acompanhamento mais eficiente do progesso na concretização das metas deve estimular os sucessos. "Esconder-se dos problemas garante que eles se perpetuem", disse à Reuters Michael Jones, tecnólogo-chefe do Google Earth, responsável por integrar o sistema de imagens de satélite e mapeamento ao site para que os usuários possam ver os lugares mencionados.

A opinião é compartilhada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que acredita que o site ajudará num monitoramento mais eficiente e ajudará a identificar os locais que precisam de mais atenção. "Nosso placar mundial está misturado", disse Ban. "Algumas regiões, particularmente a África Subsaariana, não estão a caminho [de cumprirem as metas]".

Ban reiterou que aproximadamente 1 bilhão de pessoas vivem com menos de um dólar por dia e que milhões de crianças morrem todos os anos antes de completar cinco anos devido à desnutrição.

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Comida saudável não tem sabor, preço e praticidade

Daniele Madureira
Publicado pelo
Valor Online em 06/11/07

"A maioria sabe o que deve comer, mas 55% enfiam o pé na jaca", diz Giacometti
Foto Divulgação

Trinta por cento da população das capitais do Rio de Janeiro e de São Paulo procura, a duras penas, ter uma alimentação balanceada e um estilo de vida saudável. O corre-corre diário, o alto custo de vida, além do costume de usar a comida como forma de indulgência, têm limitado a vontade de assumir uma vida equilibrada. Mas a indústria também não tem ajudado.

O consumidor não consegue encontrar produtos que sejam, ao mesmo tempo, práticos, saudáveis, saborosos e de baixo custo - a combinação ideal, na opinião de cariocas e paulistas. E esse quadro já tem dez anos, quando cerca de 30% dos moradores do Rio e de São Paulo já adotavam hábitos saudáveis à mesa - o mesmo percentual medido neste ano. Os dados de 1997 e 2007 foram indicados em pesquisas feitas pela Giacometti Propaganda, para monitorar tendências de alimentação nas metrópoles.

"O maior acesso à informação aumentou o nível de consciência sobre a necessidade de cuidar bem do corpo e do tipo de combustível que se coloca nele, inclusive, entre os consumidores da classe C", diz Dennis Giacometti, diretor da agência responsável pelo levantamento, que ouviu 600 pessoas em Rio e São Paulo, entre agosto e setembro. A primeira etapa da pesquisa, qualitativa, foi feita pela Mandalah, especializada em comportamento de consumo, que realizou 23 entrevistas.

Giacometti observa, no entanto, que mais informação não significa necessariamente mais atitude. "As pessoas sabem mais a respeito do que não podem do que sobre o que podem comer", diz. Aí a vontade fica reprimida e, volta e meia, estoura. Não por acaso, 55% dos entrevistados disseram "enfiar o pé na jaca" de vez em quando, comendo tudo o que têm vontade.

Com os práticos semi-prontos, cujo consumo vem aumentando na mesma velocidade dos lançamentos, a indústria só incentiva a alimentação rápida e, quase sempre, individual. "Por isso, não faz sentido a publicidade continuar apresentando a família que se reúne ao redor da mesa para o café da manhã, o almoço ou o jantar, já que isso está cada vez mais distante da realidade", diz Giacometti.

O comportamento típico dos moradores dessas metrópoles do Sudeste do país se mantém o mesmo há anos: a maioria das pessoas tem tempo apenas para "engolir" o almoço, às vezes em pé ou em frente do computador, o que acaba privilegiando o fast-food barato. Ao mesmo tempo, comer algo saboroso - e, invariavelmente, calórico - é cada vez mais encarado como uma recompensa por momentos estressantes em casa, no trabalho ou na escola. Essa conduta, por sinal, está presente também no dia-a-dia dos mais jovens e das crianças, o que pode ser constatado a partir do aumento dos índices de obesidade nessas faixas etárias.

É certo que o portfólio light também vem crescendo, mas os itens dessa natureza só entram no cardápio quando convém ao consumidor. A prova disso está nas entrevistas da etapa qualitativa, que foram condensadas em vídeo. A modelo carioca Flávia, de 28 anos - que afirma não comer "nada" no verão -, tem opinião formada sobre as comidas de baixa caloria. "Nada light é gostoso", diz ela. A amiga Etyenne, de 23 anos, concorda. "Light é uma enganação, a gente consome porque está no desespero, mas muitas vezes nem adianta: engordamos do mesmo jeito".

O ceticismo em relação aos fabricantes de alimentos não se restringe aos lights. Na pesquisa feita pela agência, não houve unanimidade na escolha da empresa que é referência em produtos saudáveis. "Cada indústria recebeu menos de 20% das citações dos entrevistados", diz Giacometti.

Os restaurantes, por sua vez, não incentivam o consumidor a fazer uma alimentação equilibrada. "Os 'naturebas' oferecem sempre o mesmo cardápio, as pessoas se cansam do menu e acabam desistindo", diz Giacometti, um vegetariano que abriu espaço para os peixes no prato. "Hoje, o indivíduo só deixa de comer mal se tiver grande força de vontade ou se levar um susto com a sua saúde".

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