sexta-feira, 25 de abril de 2008

ONU mira mercado na corrida pelos ODM

Prêmio da Câmara de Comércio Internacional e do PNUD vai incentivar contribuição do setor privado na luta pelos Objetivos do Milênio
Imagem ONU


As Nações Unidas pretendem dar este ano um destaque especial ao papel das empresas na luta para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), uma série de metas socioeconômicas que os países da ONU, incluindo o Brasil, se comprometeram a atingir até 2015.

Uma das estratégias para estimular a participação do setor privado é a edição 2008 do World Business and Development Awards (Prêmio Empresas Globais e Desenvolvimento), considerada evento central do ano no sentido de reconhecer as principais contribuições das empresas para os Objetivos do Milênio.

As inscrições já estão abertas e vão até 30 de maio. Os vencedores serão anunciados em uma cerimônia em 24 de setembro, em Nova York.

A iniciativa, capitaneada pela ICC (Câmera do Comércio Internacional, na sigla em inglês), pelo IBLF (International Business Leaders Forum) e pelo PNUD, vai premiar companhias, instituições e associações de todos os tipos e tamanhos que comprovem que suas atividades empresariais contribuem para o progresso de um ou mais ODM.

O júri é composto por Jeffrey Sachs (economista e professor da Universidade Columbia), Oby Ezekwesili (vice-presidente do Banco Mundial para África), Lisa Dreier (diretora do Fórum Econômico Mundial), Jane Nelson (diretor da Harvard Kennedy School) e Guy Sebban (secretário-geral da ICC).


Da PrimaPagina
Envolverde, 25/04/08


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Evento avalia expansão dos cursos de graduação a distância

A educação a distância (EAD) tem registrado avanços significativos em todos os sentidos: regulação, qualidade e, principalmente, quantidade de cursos. Com esta constatação, o secretário de Educação a Distância, Carlos Eduardo Bielschowsky, abriu a primeira palestra do 5º Congresso Brasileiro de Educação Superior a Distância e do 6º Seminário Nacional de Educação a Distância, na noite desta terça-feira, 22, em Gramado (RS).

Os números são impressionantes, e mostram o tamanho da nossa responsabilidade”, observou ele. De fato, dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) demonstram a permanente expansão do sistema, principalmente nos cursos de graduação. De 2003 a 2006, o número de cursos de graduação a distância passou de 52 para 349, um aumento de 571%.

Na palestra, Bielschowsky apresentou uma análise das políticas públicas de educação a distância, ressaltando que o grande desafio hoje é de manter a boa qualidade dos cursos. “No ano passado, criamos os referenciais de qualidade e agora toda a regulação e credenciamento dos cursos vai passar pela Secretaria de Educação a Distância”, afirmou.

“A EAD já registrava números sólidos nos cursos de formação continuada. Agora, dados do Enade demonstram que é possível oferecer cursos de graduação a distância com qualidade”, ressaltou. Atualmente, os cursos nesta modalidade correspondem a 5% do total de cursos de graduação.

Renata Chamarelli, do MEC
Envolverde, 24/04/08


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Relatório da Unctad mostra que distância entre países ricos e pobres caiu

Imagem Associação Cearense do Ministério Público

O abismo entre os níveis de riqueza dos países desenvolvidos e em desenvolvimento está um pouco menor. A distância, que era de 20 para 1 em 1990, caiu para uma proporção de 16 para 1 em 2006.

A conclusão consta de relatório da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) sobre os efeitos da globalização no desenvolvimento. O documento foi divulgado na 12ª Unctad, que será encerrada hoje (25) em Acra (Gana).

Na avaliação da Unctad, a brecha entre ricos e pobres diminuiu devido ao rápido crescimento econômico registrado desde 2002 pelos países em desenvolvimento e em transição. Apenas entre 2003 e 2006, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita cresceu 3,7% na América Latina e Caribe (4,3% apenas na América do Sul), 3% na África e 6,2% na Ásia. Nas economias em transição, o aumento foi de 9,7% entre os asiáticos e de 7,3% entre os europeus. Nos países desenvolvidos, a média foi de 1,9%.

Embora ainda muito desequilibrada, a participação no PIB mundial também mudou nas últimas décadas. Segundo a Unctad, os países desenvolvidos - que representam apenas 16% da população mundial - produziram 73% do PIB nominal de 2006. Em1980, essa participação era de 80%.

A fatia dos países em desenvolvimento nas exportações mundiais chegou a 36% em 2006, totalizando US$ 3,7 trilhões. O comércio Sul-Sul, defendido pelo Brasil, triplicou entre 1995 e 2005, embora os países mais pobres continuem dependendo de exportações de produtos básicos de baixo valor agregado. O maior volume de comércio foi registrado pelos países asiáticos, que alcançaram US$ 1,69 trilhões nas trocas intra-Ásia e com outras regiões do sul do Planeta (cerca de US$ 100 bilhões em trocas com a América Latina).

"Considera-se que hoje são os maiores países em desenvolvimento, com crescimento mais rápido, que estabilizam a economia mundial devido ao dinamismo e abertura", constata o o secretário-geral da Unctad, Supchai Panitchpakdi - ex diretor-geral da Organização Mundial do Comércio -, na apresentação do relatório. "Como muitos países em desenvolvimento obtiveram déficit em conta corrente, se tornaram importantes provedores de capital para o resto do mundo", conclui Supachai.

Mylena Fiori, da Agência Brasil
Envolverde, 25/04/08

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Países em desenvolvimento reduzem número de habitantes que vivem abaixo da linha de pobreza

As metas do milênio ainda não estão asseguradas, mas já é possível perceber um alívio na pobreza mundial. De acordo com o relatório Desenvolvimento e Globalização: Fatos e Estatísticas, da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad), o número de habitantes dos países em desenvolvimento que vive com menos de um dólar por dia caiu de 1,25 bilhão em 1990 para 980 milhões em 2004.

Na África subsaariana, a parcela da população que vive abaixo da linha da pobreza diminuiu de 46% para 41,1%. Um dos objetivos do milênio é reduzir pela metade a pobreza mundial até 2015.

De acordo com a Unctad, as remessas de imigrantes que trabalham em outros países têm sido importantes para a promoção do desenvolvimento, superando a assistência oficial. Em 2006, totalizaram US$ 177 milhões e passaram a representar a segunda maior fonte de financiamento para os países em desenvolvimento. O documento constata que a maior parte dessas remessas se destina à satisfação de necessidades básicas de grupos mais pobres, contribuindo para a redução da pobreza.

As remessas têm origem, principalmente, nos Estados Unidos, Arábia Saudita, Suíça, Alemanha, Rússia e Espanha. Os principais destinos são Índia, México, China, Filipinas e Bangladesh. O Brasil aparece em 13º lugar no ranking de países de destino, segundo dados de 2006 - naquele ano, os imigrantes brasileiros que trabalham no exterior enviaram aos seus familiares US$ 3,5 milhões. Na América do Sul, o volume só perde para as remessas à Colômbia.

Em teoria, a assistência oficial para o desenvolvimento também vem crescendo desde o ano 2000, superando os US$ 100 bilhões em 2005 - o ritmo vinha caindo nos anos 90, ficando em US$ 45 bilhões em 2000. Segundo o informe da Unctad, grande parte desses recursos foi destinada a iniciativas de alívio da dívida desses países.

Em termos reais, a assistência para o desenvolvimento se mantém nos mesmos níveis de 1990: equivale a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) dos 23 doadores que integram o Comitê de Assistência para o Desenvolvimento (CAD) da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) , entre eles Estados Unidos, Comissão Européia, Canadá e Japão. A meta destes países para assistência oficial ao desenvolvimento é de 0,7% do PIB.

Mylena Fiori, da Agência Brasil
Publicado pela Envolverde em 25/04/08

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Dois mil jovens debatem políticas públicas a partir de domingo

1ª Conferência Nacional de Juventude

Mais de duas mil pessoas estarão reunidas em Brasília de 27 a 30 de abril na 1ª Conferência Nacional de Juventude. Os participantes discutirão os principais desafios e ações governamentais para essa faixa etária.

A Conferência Nacional é um espaço de diálogo entre o poder público e a sociedade civil. Os representantes de governos e os movimentos e organizações juvenis vão debater propostas para garantir os direitos dos jovens. Entre os temas estarão questões relacionadas à educação, trabalho, cultura, sexualidade, participação, saúde, meio ambiente, segurança, diversidade e lazer.

Como resultado do evento, as propostas debatidas serão transformadas em uma agenda de prioridades para as políticas públicas a ser entregue aos governos Federal, estaduais e municipais e aos parlamentos das três esferas da Federação. A programação contará com uma intensa programação cultural com música e exibição de filmes.

A solenidade de abertura será no dia 27 às 15h e terá a presença do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, e do secretário nacional de juventude, Beto Cury. A presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, está prevista no dia 29 às 18h, quando fará um discurso aos participantes.

As idéias que serão debatidas na conferência foram construídas coletivamente nos encontros preparatórios estaduais e municipais. Foram realizadas conferências em 841 municípios em todo o país, totalizando 406 mil pessoas envolvidas. Para Danilo Moreira, presidente do Conselho Nacional de Juventude e coordenador da Conferência, a superação da marca de 400 mil participantes ajuda a desconstruir o mito da apatia juvenil e da aversão à política, rótulos injustamente atribuídos a esta geração de jovens. "Os resultados comprovam que basta apenas oferecer oportunidade para o exercício deste direito que a juventude responde a altura", defende.

Ao final dos processos locais, foram eleitos dois mil jovens delegados para participaram da Conferência Nacional. Os estados com maior representação, devido à grande população, foram São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Bahia. Foram eleitos representantes da juventude também na Consulta Nacional aos Povos e Comunidades Tradicionais, garantindo a diversidade cultural no evento.

Pauta Social, 25/04/08

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O Brasil precisa se tornar mais competitivo

Dentro do âmbito econômico e de negócios, a sigla Bric se tornou célebre. Há sete anos, a instituição financeira de investimento global Goldman Sachs previu que os países Bric - Brasil, Rússia, Índia e China - serão as futuras potências econômicas mundiais nos próximos 20 anos. Neste cenário, firma-se a importância crescente do Brasil, com seus recursos naturais abundantes - petróleo, minerais e as maiores reservas de água doce. O Banco Mundial (Bird) descreve o Brasil como um poder industrial, sendo a maior economia da América do Sul.

Ultimamente, tem-se falado sobre o crescimento acelerado dos outros países Bric, especialmente a China, com aproximadamente 10% ao ano. Especialistas apostam que o Brasil deverá chegar a 6% ao ano em um futuro próximo se o governo mantiver o regime de metas de inflação e reduzir os gastos públicos.

A burocracia e a tributação elevada prejudicam o ambiente de negócios no Brasil. Apesar das dificuldades, o mercado de capitais está forte e cada vez mais atrai investimentos. Há quatro meses, o Brasil aprovou uma nova legislação contábil que coloca o país no mesmo patamar de grau de investimentos de países como a Inglaterra e a Alemanha. Com estas novas mudanças na legislação, o Brasil está na véspera de atingir o "investment grade".

Na área de propriedade intelectual, o Brasil tem feito grandes avanços para aumentar seu respeito no cenário internacional. Em maio de 1996, o governo aprovou uma lei de propriedade industrial moderna elogiada pela maioria das economias desenvolvidas. Desde então, foram sancionadas diversas legislações relacionadas à propriedade intelectual, tais como a lei de cultivares, a lei de software e as leis de regulamentação de medicamentos genéricos e para a proteção de topografia de circuitos integrados. O Brasil adotou essas medidas bem antes da China e da Índia.

Com o advento da nova Lei de Propriedade Industrial, houve um considerável aumento de solicitações de patentes para novas invenções desenvolvidas nas áreas de fármacos e de biotecnologia. Entretanto, ainda existem sérios problemas de infra-estrutura no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) que geram grandes demoras na concessão de patentes. Atualmente, o INPI demora em média nove anos para proferir uma decisão nas áreas acima mencionadas. Na divisão elétrica/eletrônica, a grande demora na concessão de patentes deve-se à falta de examinadores. A meta do INPI é a de contratar mais profissionais para suprir a crescente demanda.

A Índia tem feito grandes avanços na estruturação da sua repartição de patentes, e por ser um país extenso, conta com quatro repartições de patentes, cada uma com sua autonomia e todas com infra-estrutura moderna. Embora existam atrasos na concessão de patentes, as autoridades de patentes indianas estão fazendo um grande esforço para conceder patentes dentro de um prazo não maior que cinco anos.

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O governo brasileiro precisa priorizar o sistema de propriedade intelectual para torná-lo mais eficiente
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A China, por sua vez, adotou recentemente um sistema de propriedade intelectual dinâmico e bastante alinhado com legislações do primeiro mundo. Não possui a quantidade de pedidos de patentes pendentes para exame que o nosso INPI possui e começa a deixar para trás sua fama de país pirata, transformando-se em uma potência que, além de respeitar os direitos de propriedade intelectual de terceiros, desenvolve sua própria tecnologia.

Após o colapso da antiga União Soviética em dezembro de 1991, a Rússia substitui sua antiga lei de patentes com uma nova e, em 2003, efetuou diversas modificações no texto para adequá-lo ao Acordo Trips. Hoje, seu sistema de patentes é moderno, dinâmico e sua repartição de patentes possui um número ideal de examinadores para atender a demanda de exame dos pedidos.

Enquanto o Brasil não melhorar a infra-estrutura do INPI, poderá perder a capacidade de receber mais investimentos. A essência do sistema de patentes consiste na concessão de um título de propriedade pelo Estado em troca de uma contribuição tecnológica pelo inventor. É uma troca justa, onde o inventor/empresa contribui com inovação tecnológica e o Estado premia o mesmo com exclusividade temporária para o uso, a fabricação e a comercialização desta tecnologia.

Para a grande maioria das empresas que requerem patentes no INPI, é vital possuir o título de propriedade (carta-patente) dentro de um prazo razoável. Caso contrário, não valeria a pena solicitar proteção patentária no Brasil, desacreditando totalmente o sistema de propriedade intelectual.

O Brasil possui condições favoráveis e necessárias para ser competitivo em relação aos outros países Bric, pois é um mercado almejado e respeitado, tanto pelas nações desenvolvidas quanto pelos países emergentes. No entanto, o governo brasileiro precisa priorizar o sistema de propriedade intelectual para torná-lo mais eficiente, moderno e confiável. O INPI precisa de reformas infra-estruturais, apoio financeiro e toda a ajuda do governo federal.

Rana Gosain
Advogado e sócio do escritório Daniel Advogados


Publicado pelo Valor Online em 25/04/08

Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do jornal Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações

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Escrevendo o Livro “A Rede”

Pois é. Quem disse que a gente não aprende nada depois dos 50? Depois de escrever e publicar mais de treze livros, de editar um outro tanto de publicações e de participar de dezenas de coletâneas, aprendi com o jovem David de Ugarte (www.deugarte.com) uma outra maneira de fazer o meu trabalho. Por que não destinar um livro ao domínio público? E por que não elaborar um livro em público, quer dizer, expondo claramente, aos leitores eventualmente interessados, o próprio processo de elaboração, não apenas os rascunhos dos capítulos já escritos, mas, inclusive, as notas e esboços de novas partes do livro que ainda serão desenvolvidas?

No blog Nandai começo a colocar os rascunhos de um livro que estou preparando (para uma edição inicialmente na Espanha, ainda neste ano de 2008), intitulado “A REDE: um índice de explorações imaginativas no multiverso das conexões ocultas que configuram o que chamamos de social”. Sairá na Colección Planta 29, de Barcelona. Para saber mais clique aqui.

É claro que proceder assim só foi possível, pelo menos em termos globais, depois da Internet e, em particular, dos blogs (que aceitam comentários dos leitores sobre o que foi escrito e, no caso, inclusive, sobre o que ainda vai ser escrito).

Na minha experiência atual (http://nandai.wordpress.com) não exijo nem mesmo a identificação correta do leitor e não adoto qualquer forma de mediação – ou seja, de controle – de comentários. Qualquer pessoa pode dar sua contribuição ou fazer seu comentário crítico: sua mensagem será publicada automaticamente. E eu só ficarei sabendo depois que a mensagem for publicada. Por outro lado, os que quiserem ter seu nome no novo livro, tendo reconhecidos seus direitos morais sobre o que produziu, também poderão fazê-lo.

Mas mesmo que o suporte tecnológico para proceder dessa maneira já esteja disponível (e gratuitamente) há vários anos, ainda são muito poucos, contam-se talvez nos dedos, os que admitem tal grau de abertura e de compartilhamento. Por que?

Bem, há aqui várias coisas envolvidas, provavelmente relacionadas entre si, dentre as quais podemos apontar: o copyright (ou domínio privado: o direito de exploração patrimonial da produção intelectual); a vaidade intelectual (que desestimula o autor a expor suas dúvidas e incertezas; em geral os chamados intelectuais não querem ficar em posição vulnerável diante de seus pares, arriscando-se a cair no ridículo ao expor interpretações eventualmente incorretas ou opiniões pouco consistentes); a competitividade colocada no lugar errado e os incentivos errados fornecidos pelas burocracias sacerdotais do conhecimento (que ainda insistem em querer manter o controle sobre a produção intelectual); e, fundamentalmente, uma idéia de sucesso, herdada da velha sociedade, segundo a qual uma pessoa é importante na medida da sua capacidade de se destacar das demais (ao invés de se aproximar delas).

Vamos começar pelo copyright, que não é exatamente o direito autoral e sim o direito de exploração patrimonial da reprodução (e venda) da obra. Os chamados “direitos morais” do autor permanecem. No entanto, uma vez cedidos os direitos sobre a venda de exemplares reproduzidos, até mesmo o autor fica impedido de tirar cópias do seu trabalho.

Segundo normas e recomendações internacionais, aceitas pela maioria dos países, a obra literária entra em domínio público setenta anos após o falecimento do autor. No entanto, nada impede que o autor abra mão, voluntariamente, dos direitos de cópia (copyright) de sua obra (como estou fazendo agora, seguindo o exemplo de Ugarte e do pessoal que organiza a Coleción Planta 21 em Barcelona). Em geral os autores não fazem isso porque a única maneira – pelo menos até bem recentemente – de terem seus trabalhos publicados era submetendo-se àquelas regras que estabelecem que nenhuma parte da sua obra, depois de publicada com copyright, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.

No entanto, está ficando cada vez mais claro que, em geral, tais reservas não concorrem a favor do autor (que, a não ser em casos raríssimos, dificilmente consegue auferir algum benefício significativo daqueles 10% sobre o preço de capa por exemplares vendidos, que recebe da editora) e, muito menos, em prol da divulgação mais ampla da sua obra e, conseqüentemente, da distribuição global do conhecimento que gerou.

Por outro lado, não há nenhuma indicação consistente de que “devolver” (a palavra é usada aqui no sentido de ‘destinar’) um livro ao domínio público diminua as vendas dos exemplares impressos em papel (por alguma editora que queira publicá-lo sem ter a reserva exclusiva dos direitos de exploração patrimonial). As evidências disponíveis, aliás, indicam o contrário. Ademais, cerca de 98% dos livros publicados não chegam a vender um número de cópias que represente algum lucro substantivo (não atingindo a marca de 5 mil exemplares); e quase 80% de tudo o que é publicado não chega a vender nem 100 exemplares.

Não tenho certeza se esses dados estão muito corretos, mas eles devem se aproximar da realidade. Foram colhidos no site Nielsen Bookscan (http://www.bookscan.com) por David de Ugarte, e publicados em seu blog, no post “La industria editorial y el dominio publico”, 08/04/08): em 2004, de 1 milhão e 200 mil livros editados, 950 mil títulos venderam menos de 99 cópias. Outros 200 mil venderam menos de mil cópias. Somente 25 mil venderam mais de 5 mil cópias. O livro médio nos Estados Unidos vende apenas umas 500 cópias!

David acrescenta: “Yo lo tengo claro: el futuro es de dominio público. Los grandes autores de ficción escribirán por una cantidad prepactada con la editorial que tenga la exclusiva de la primera edición y tendrán que hacer trabajos convencionales como escribir guiones o columnas periodísticas (que valdrán tanto más cuanta más difusión tengan sus obras). El mundo del ensayo dejará de ser tan minoritario. Como nuestra experiencia apunta, generará valor y marca personal suficiente a muchos profesionales, académicos y activistas como para que viva un verdadero renacimiento… y lo que es más importante: más obras tendrán más difusión, más autores obtendrán ingresos, más editoriales en más países podrán participar de la fiesta… Y lo que es más importante el dominio público distribuirá más conocimiento e ideas a más gente en más formatos”.

Por trás dessa discussão do direito de cópia versus domínio público existe, como assinalei, muita coisa a mais. O que está em discussão aqui é, no fundo, a noção de sucesso (ou seja, o reconhecimento, esperado pelos atores (no caso, autores) – e as vantagens de toda ordem, inclusive econômicas, dele derivadas –, por parte da sociedade em que vivem).

Todavia, como escrevi na ‘Carta Rede Social 136’, a “idéia de sucesso está mudando na medida em que está mudando a morfologia e a dinâmica da sociedade. A idéia de sucesso como visibilidade, notoriedade, popularidade, é adequada à sociedade-massa (e à chamada “sociedade do espetáculo”), mas não à sociedade-rede.

Do ponto de vista das redes sociais as pessoas mais importantes não são as mais famosas, não são os ícones da mídia, nem os colecionadores de diplomas e títulos conferidos pelas burocracias sacerdotais do conhecimento e sim os hubs, os inovadores e os netweavers. Na rede você é importante na medida da sua capacidade de exercer uma dessas três funções e não do seu exibicionismo, da sua capacidade de usar os semelhantes como instrumentos para a sua projeção ou da sua auto-reclusão estudada, baseada numa opinião muito favorável sobre si mesmo ou baseada no seu currículo. Fama, glória, riqueza, poder, conhecimento atestado por títulos – que são sinais de sucesso em outros tipos de sociedade – tendem a não ser os atributos mais importantes na sociedade-rede”.

Naquela mesma carta, mais adiante, reconheci que “ainda percorreremos uma longa jornada antes de assumir mais amplamente esses novos paradigmas, o que não significa que eles já não estejam vigendo. Quem está “na ponta” já se comporta mais ou menos assim. Basta ver o que começa a ocorrer nos meios científicos: antes um pesquisador, para ser reconhecido [– ou, acrescento agora, para se inserir numa comunidade de pesquisa –], precisava se submeter ao conselho editorial de uma publicação autorizada pelas instituições acadêmicas e esperar alguns meses (às vezes muitos) para ter seu trabalho publicado (ou rejeitado). Agora boa parte desse pessoal publica as descobertas que vai fazendo nos seus próprios blogs, imediatamente e sem pedir licença a ninguém. Convenhamos: é uma mudança é tanto!

Vai acontecer com os inovadores o que já acontece com algumas atividades intelectuais ou exercidas na área do conhecimento; por exemplo, com os escritores. Escritor é quem escreve. O escritor é reconhecido pelos que lêem o que ele publica e não em virtude de ter obtido um título acadêmico ou uma licença de uma corporação de escribas para escrever ou, ainda, um atestado concedido por uma burocracia qualquer... A rede é uma oportunidade ótima para quebrar o poder das burocracias do conhecimento. Na verdade para quebrar o poder de qualquer burocracia. ‘Quebrar’ talvez não seja a melhor palavra, pois se trata de desobstruir o que foi entupido”.

Conclui na ocasião afirmando que “a busca pelo sucesso é legítima: o problema é o que entendemos por sucesso. Imagino que sucesso mesmo seja uma vida plenamente realizada no encontro com os semelhantes (sem o quê – presumo – não podemos consumar a nossa humanidade). A mudança dos critérios de sucesso, que necessariamente acompanhará a transição da sociedade de massa para uma sociedade-rede, contribui, a meu ver, para valorizar essa concepção em detrimento das visões instrumentais, centradas na capacidade de uma pessoa de se destacar das demais ao invés de se aproximar delas”.

Pois bem. Quero aproveitar essa experiência que estou realizando agora – e para a qual lhe convido a participar (clicando em http://nandai.wordpress.com) – para falar um pouco do próprio conteúdo do livro “A Rede”, que tem a ver com o tema desta carta, não apenas em virtude do processo de elaboração que está sendo ensaiado e sim em termos substantivos mesmo. O livro é justamente sobre isso. Sobre as mudanças de visão e de comportamento que se impõem com a mudança social em curso no mundo contemporâneo.

Para falar do conteúdo do livro vou reciclar parte do que já escrevi na ‘Carta Rede Social 120’. O tema do livro é A Rede, aquela que existe independentemente de nossos esforços voluntários organizativos (ou conectivos). O princípio é simples. Seres humanos se conectam uns com os outros formando redes sociais. Não é necessário que alguém tome a decisão de fazer isso. Não há qualquer razão (decorrente de alguma coisa como uma ‘natureza humana’, seja lá o que isso for) pela qual essas relações não sejam horizontais, quer dizer, distribuídas em vez de centralizadas.

Dentro de certos limites (impostos pelo número de pessoas e pelas distâncias entre elas, quer dizer, para usar o jargão tecnológico atual, pela “largura da banda” ou pela velocidade da conexão), em princípio também não há qualquer motivo tipicamente humano para que todas as pessoas não se conectem diretamente com todas as pessoas. A tendência é que isso acabe acontecendo… Se não impedirmos. É aí que a coisa começa a complicar. Quando a rede é invadida por padrões hierárquicos e modos de regulação autocráticos.

Só então nos damos conta de que a rede está presente no nosso cotidiano de uma maneira muito mais concreta do que imaginamos. Vamos ver alguns exemplos.

Você tenta falar com uma pessoa e não consegue, você chega em uma instituição pública e lhe dão um “chá de cadeira”: ora, o que está havendo senão obstruções na rede? Se os caminhos estivessem abertos você escorreria por eles; se alguns caminhos estivessem impedidos ou congestionados, você tomaria rotas alternativas. Mas quando não há múltiplos caminhos é sinal de que não há rede – essa é, aliás, a própria definição de rede (stricto sensu, distribuída). Muitas vezes os caminhos são obstruídos por barreiras ou cancelas burocráticas.

Você fez um estudo interessante sobre determinado assunto, mas a burocracia sacerdotal do conhecimento acadêmico não lhe dá crédito; você tenta ler (ou escrever) alguma coisa inédita, mas não consegue entender (ou ser entendido) por razões estranhas à racionalidade formal (lógica e metodológica) ou substantiva (semântica incluída) do texto: certamente está havendo algum tipo de intervenção hierárquica, que seleciona alguns caminhos na rede em detrimento de outros. Algum programa particularizou uma região da rede instaurando códigos de reconhecimento e permissões… Se você não possui as credenciais (um título, por exemplo, com o qual os mesmos de sempre se condecoram, mutuamente, num circuito fechado de quem leu as mesmas coisas, participou das mesmas conversas – quer dizer, compartilhou voltas em torno do mesmo assunto ou da mesma maneira de abordá-lo), seu acesso é proibido. Para esse tribunal epistemológico – que se arroga o direito de dizer o que é e o que não é válido em termos de pensamento – todos são culpados de heresia em princípio. Você tem que ser absolvido por ele, de antemão, para ser aceito.

Você tem uma opinião sobre determinado assunto, mas não lhe reconhecem o direito de proferi-la; ou, então, tentam desvalorizá-la em princípio. Alguém – algum grupo organizado de modo autocrático – construiu uma orto-doxa (uma opinião correta, tida como verdadeira, diante da qual a sua mera opinião é julgada como incorreta ou falsa). Então eles ficam lá, em uma espécie de alfândega, vendo quais as opiniões que podem passar ou ter trânsito livre e quais não podem. E diante dessa patrulha você se omite, deixa de dizer o que pensa porque acaba ficando com vergonha de destoar do que é proclamado como politicamente correto. Isso quando não lhe perseguem, prendem, torturam e matam – só porque você tem uma opinião diferente da “oficial” (como ocorre nas autocracias). As alfândegas ideológicas são filtros (centralizações), introduzidos na rede social, para deixar passar somente o que interessa aos que têm como objetivo estabelecer algum tipo de hegemonia de um pensamento sobre a sociedade.

Cancelas burocráticas, tribunais epistemológicos e alfândegas ideológicas são exemplos de mecanismos de controle. Só existem porque querem que você obedeça, que faça coisas com as quais não concorda e que deixe de fazer as coisas que quer fazer. Para tanto, criaram um mundo em que ordem e hierarquia, disciplina e obediência, vigilância (ou patrulha), punição e fidelidade imposta de cima para baixo, viraram comportamentos desejáveis ou virtudes.

O objetivo é fazer com que você mesmo se controle. Ou que você deixe de fazer as coisas por si mesmo, delegando a tarefa a alguém que lhe represente. Representações também são mecanismos de controle. São escadas. São descentralizações, isto é, criação de centros de poder que vedam caminhos. Corporações e organizações burocráticas – mesmo as da nova burocracia associacionista das ONGs – são pequenos castelos enquistados na rede social. Geram perturbações, singularidades no espaço-tempo dos fluxos que abolem a isotropia (privilegiando a direção vertical).

Não é necessário descrever com muitos detalhes como funciona esse mundo. Você é capaz de sentir. Seus graus de liberdade estão sendo restringidos, você é vítima de mais-ordem, tem a impressão de que sua vida está sendo controlada, não consegue se fazer ouvir nem chegar aonde quer. Não foi a rede que fez isso sozinha: alguma “coisa”, que nela foi introduzida, de certo a centralizou, ou descentralizou (no fundo é a mesma coisa), mas (– eis a diferença! –) impediu a distribuição das conexões.

O que aconteceu? Os eventos de desenredamento (ou de hierarquização) são escadas e muros. São portas, cercas e linhas escritas… E são culturas. De qualquer modo são sempre programas que rodam na rede. Sim, normas e instituições são programas, assim como a própria escrita.

Normas e instituições são programas que orientam fluições segundo um padrão recorrente.

Normas são assim. Para chegar ali você só pode passar por aqui. E depois, você só pode voltar para cá fazendo tal caminho e não outro. Você não pode abrir novos caminhos, ou seja, seu estoque de futuros disponíveis está limitado. Então, mesmo que não queira, você deve repetir passado. Não estamos discutindo aqui se normas são ou não são necessárias (e é claro que são, para manter sociedades estáveis, pelo menos no atual padrão civilizatório). Estamos apenas reconhecendo em que consistem e o que fazem.

Instituições são assim. Regiões do espaço-tempo dos fluxos são congeladas criando um campo que conserva determinada configuração geral. Como num trem fantasma de parque de diversões, as linhas (férreas) já estão estabelecidas: você deve levar os mesmos sustos até que não se assuste mais com o inesperado, até que – como diria Heráclito – não consiga mais esperar o inesperado, para que ele não possa mesmo ocorrer (quer dizer, para que você não consiga mais encontrá-lo – provavelmente é o que deve ter dito Heráclito). Sem isso – diz-se então – não poderíamos viver socialmente. Como se sabe, é preciso dar voltas para se manter no mesmo lugar.

No fundo normas e instituições são a mesma coisa; no primeiro caso olhamos o script e, no segundo, o campo, a configuração gerada quando aquele script do programa começa a rodar na rede.

Culturas são redes particulares de conversações que geram circularidades que subtraem caminhos, clusterizando campos de convivência. É por isso, aliás, que qualquer monoculturalismo é nocivo, porquanto, no limite, centraliza tudo extinguindo a rede. Mas qualquer multiculturalismo também é nocivo, porque divide a rede em clusters estanques; descentraliza, é verdade, mas criando filtros. Cada clusterizado só pode chegar diretamente ao seu próprio centro, mas é obrigado a passar por ele – por esse filtro – para chegar aos elementos de outros clusters. Só a interculturalidade aberta à mestiçagem distribui, só a mestiçagem é compatível com a rede. Só é verdadeiramente público o que é distribuído. Uma cultura pública global seria necessariamente mestiça.

Linhas escritas obrigam o pensamento multidimensional a se enfileirar (a se linearizar) para passar numa espécie de corredor polonês. Espancam a livre e imediata apreensão – o glance ou o blink – até que ela se acostume a rastejar. Quem sabe, se tivéssemos uma “escrita” simbólica ao invés de alfabética (cuneiforme + hieroglífica), talvez isso não acontecesse. Mas a escrita enfileiradinha (vertical ou horizontal, da esquerda para a direita ou ao contrário, tanto faz) foi introduzida em consonância com um padrão organizativo introduzido top down, cujo objetivo era (ou o resultado objetivo foi) alterar a morfologia e a dinâmica da rede. O mesmo impulso – ou pulsão de morte – que erigiu o primeiro Estado (quer dizer, a primeira ‘Cidade-Estado-Palácio-Templo’ sumeriana, constituída basicamente por escadas e muros, como é, fisicamente, um zigurate) gerou a linha escrita. (No livro ver-se-á que estamos falando da guerra, isto é, do oposto da política democrática ou pluriárquica). Sim, a escrita é também um programa, ou melhor, uma linguagem de programa.

Quanta coisa para ser pensada e desenvolvida, não? Bem, vamos em frente. Para quem está interessado em compreender o que está por trás da fenomenologia que aparece como social, eis o desafio maior: começar a reler tudo com os “óculos de ver rede”…

É disso que trata o livro que estou escrevendo, tarefa para a qual peço a sua colaboração. Basta clicar em http://nandai.wordpress.com

Augusto de Franco
Carta Rede Social 162, 24/04/08


Para ler as ‘Cartas Rede Social’, ex-‘Cartas Capital Social’ (e antigas ‘Cartas DLIS’) e outros textos de Augusto de Franco, publicados a partir do final de 2005, clique em www.augustodefranco.com.br

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Microempreendedores do Vale do Ribeira desenvolvem tecnologia social

O Grupo Comunitário de Artesanato "Ribeirão das Flores", localizado na comunidade rural do Ribeirão das Flores, no município de Doutor Ulysses, apresentou em março uma inovação produtiva que amplia sua capacidade produtiva, melhora a qualidade e minimiza erros e custos de sua produção.

Trata-se de um "Tear Rústico" desenvolvido pelas próprias microempreendedoras integrantes do grupo que aumenta significativamente a qualidade da peça e evita erros na montagem.

Com o novo tear, a produtividade do grupo triplicou. Isso significa mais encomendas, clientes e renda vinda de seu artesanato. "Assim não tem como errar a passada!" diz Iraci, falando do resultado da amarração do bambu obtida com o novo tear.

Nos últimos meses, as artesãs microempreendedoras do Grupo de Artesanato Ribeirão das Flores vêm desenvolvendo produtos com foco no mercado feitos em fibras naturais como bambu, taboa e fibra da bananeira. Um dos produtos é um jogo americano ou "porta-pratos", como chamam.

Mesmo com recursos financeiros limitados, elas vêm buscando especialização para oferecer ao cliente um produto com alto padrão de qualidade.

Desde abril de 2007 o grupo de microempreendedoras tem recebido apoio em Design, Gestão e Comercialização pela Aliança Empreendedora e SEBRAE-PR, e tem sido estimulado a buscar soluções criativas para as suas dificuldades.O grupo faz parte do Projeto Vale Do Ribeira, que apóia grupos produtivos comunitários de microempreendedores do Vale do Ribeira, no Paraná.

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responsável: Kellen Ribas
kellen@aliancaempreendedora.org.br

Publicado pelo Boletim Aliança Empreendedora em 24/04/08

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CoopZumbi em Destaque - 4º Mutirão Melhorias de Infra Estrutura, 5S e Aquecedor Solar de Pet, Novo Caminhão


Com o apoio da SPAIPA, Instituto Wal Mart e Instituto Coca Cola, a Coopzumbi - que também conta com a parceria da Fundação Alphaville - pode levar sua atuação e resultados a novos patamares de impacto, inclusão e resultados.

O Instituto Wal Mart e Instituto Coca Cola viabilizaram à Coopzumbi a aquisição de um caminhão, novos equipamentos, reformas e melhorias na infra-estrutura e condições de segurança que aumentaram a produtividade e resultados da Cooperativa.

Com o apoio da SPAIPA, foi realizado no dia 16 de fevereiro o 4º Mutirão CoopZumbi de Coleta e Sensibilização Ambiental, agora incluindo a região do Bairro Alto, em Curitiba, onde foram cadastradas em torno de 100 novas residências que já se somam a outras 1100 cadastradas até o momento.

Com a participação de catadores e voluntários, os mutirões de coleta e sensibilização tem tripla função e resultados: Aproximam e divulgam a importância do trabalho do catador e da cooperativa para a sociedade, educam a população sobre a coleta seletiva beneficiando o meio ambiente e organizam a coleta feita pelos cooperados reduzindo assim seu esforço e distância, ao passo que ampliam sua renda.

Além dos mutirões e equipamentos, durante os meses de Fevereiro e Março, também foram realizados os Cursos de 5S e de Fabricação de Aquecedores Solares de Pet em parceria com o projeto CREAR da Companhia de Habitação do Paraná –COHAPAR e SEMA - Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Paraná.

Nestes cursos, os cooperados puderam aprender a metodologia do 5S usada para a organização e otimização de processos e melhorias no ambiente de trabalho. Assim como aprenderam a construir e instalar aquecedores solares feitos de garrafas pet, que além de proporcionar uma maior economia nas contas de energia, têm o propósito de dar destino útil e de maior valor agregado às embalagens pet e caixas tetrapak.

Os resultados obtidos com o curso e a instalação do aquecedor na CoopZumbi possibilitou aos cooperados uma visão empreendedora do negócio. Até o momento, já receberam encomendas de 120 novos aquecedores para casas que serão construídas em mutirão, com o valor do aquecedor variando de R$ 150,00 a R$ 200,00 .

A parceria com a SEMA e COHAPAR foi além dos cursos e ainda viabilizou a realização de um antigo sonho da Coopzumbi, a implantação de um jardim e de uma horta comunitária na Cooperativa.

Aguarde o Lançamento do Site da Coopzumbi.

CoopZumbi:
41. 3606-5979

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responsável: Daniele Bonacin
daniele@aliancaempreendedora.org.br

Publicado pelo Boletim Aliança Empreendedora em 24/04/08

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Lojas Comunitárias - A Conquista de um Sonho!

O grupos Belas Artes e Mãos de Ouro, iniciados 2006 no bairro do Uberaba (Curitiba/Paraná) começaram o ano de 2008 com o pé direito.

Ambos os grupos de microempreendedoras realizaram antigos sonhos recém inaugurando em Março suas lojas próprias. Ambos os grupos de microempreendedoras realizaram antigos sonhos recém inaugurando em Março suas lojas próprias.

A idéia de montar a própria loja, desde o início, foi cultivada pelo Mãos de Ouro. Para o Belas Artes, a idéia surgiu em novembro de 2007, quando as artesãs resolveram planejar e arriscar, fazendo um empréstimo de microcrédito para investirem no sonho e idéia.

O grupo Belas Artes não parou por aí. Inscreveram-se por conta própria nas feiras de artesanato da praça Osório e Santos Andrade e seus produtos foram aprovados para ambas. Não deixe de conhecer as lojas e fazer suas encomendas.

Saiba mais O grupo Belas Artes
Responsável: Helena Casanovas
helena@aliancaempreendedora.org.br


Publicado pelo Boletim Aliança Empreendedora em 24/04/08

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