Descoberta pelo Fundo de Investimento Social ELAS, a cooperativa “Bordadeiras da Coroa”, sediada em uma das regiões mais violentas do Rio de Janeiro, conquista o mundo da moda — e dos negócios
A vida das oito mulheres que integram a cooperativa Bordadeiras da Coroa pode ser dividida em antes e depois de um certo vestido de shantung de seda. O modelo em quatro cores, que elas costuraram e enfeitaram com aplicações douradas e prateadas, foi arrematado em leilão beneficente, em outubro de 2009, por R$ 163 mil. Quem assinou o cheque? O empresário Eike Batista, o que ajudou a dar mais visibilidade ao trabalho. O dinheiro ainda repousa na conta bancária do grupo, mas, em breve, começará a financiar uma senhora reforma no ateliê, uma casinha simples, encarapitada no alto do Morro da Coroa, uma das comunidades mais violentas na região central do Rio de Janeiro. “Não sei pra quem ele comprou o vestido, mas deve ser uma mulher muito magra!”, diverte-se a coordenadora da cooperativa, Elza Santiago, 49 anos.
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