segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Governo do Estado de SP define programa de compras sustentáveis

O Governo do Estado de SP, por meio do Decreto n.º 53.336, publicado no último dia 20 de agosto, instituiu o Programa Estadual de Contratações Públicas Sustentáveis em todas as esferas da administração. Trata-se de um mecanismo legal para a implementação de um sistema de contratações públicas sustentáveis, promovendo a inserção de critérios socioambientais, que orientarão os procedimentos licitatórios e as aquisições diretas.

“Dessa forma, o Estado, como indutor de políticas públicas e dotado de elevado poder aquisitivo, deve servir de exemplo no que diz respeito à consideração de critérios socioambientais no desenvolvimento de suas atividades. A instituição do programa, objeto do decreto, poderá ensejar não apenas a conscientização dos servidores, como também a inovação do mercado de fornecedores, que buscarão se adequar às novas demandas a fim de atender aos requisitos estabelecidos pela Administração”, considerou Casemiro Tércio Carvalho, coordenador de Planejamento Ambiental da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SMA) e um dos responsáveis pela elaboração do decreto.

De acordo com as finalidades do programa, os consumidores institucionais devem agir de modo responsável, tendo em vista a sua influência no mercado consumidor e na economia como um todo, sendo este o objetivo central do decreto, uma vez que os efeitos ambientais das condutas do Poder Público devem ser adequados à política de prevenção de impactos negativos ao meio ambiente.

A aplicabilidade das diretrizes legais depende em grande parte da atuação direta dos funcionários envolvidos nos procedimentos administrativos de compras e contratações. Por esse motivo, será necessário sensibilizá-los quanto à importância do conteúdo estabelecido no Decreto n.º 53.336, não apenas no sentido de cumprir o conteúdo normativo, mas também no de demonstrar o quanto suas atitudes individuais podem influenciar nas condições ambientais, econômicas e sociais, a partir do entendimento de que o menor preço nem sempre corresponde ao menor custo total efetivo de um produto ou serviço.

Para contemplar essa necessidade, a SMA, por meio da Coordenadoria de Planejamento Ambiental (CPLA), realizará no dia 7 de outubro, um Seminário Internacional sobre Compras Públicas Sustentáveis, cujo público-alvo serão os integrantes dos quadros da administração estadual direta e indireta, ocupantes de cargos de direção, tais como diretores administrativos e financeiros, gerentes de projeto e chefes de gabinete, que atuam como ordenadores de despesas e possuem um papel fundamental na escolha de tudo o que será comprado ou contratado no âmbito de seus órgãos e instituições.

“O seminário contará com a participação de representantes dos setores público e privado e da área acadêmica, os quais terão a missão de demonstrar como o consumo governamental pode afetar o tripé da sustentabilidade - economia, sociedade e meio ambiente -, tanto de forma

positiva quanto negativa, apresentando as ferramentas já disponíveis e as necessárias para a implementação efetiva da sustentabilidade no setor público”, informou Carvalho.


Cris Olivette, da Cetesb
Envolverde, 01/09/08
© Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.

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Internet: Jornais atrás da fórmula mágica

Os executivos da grande imprensa têm, pelo menos, uma coisa em comum com os blogueiros independentes: ambos estão a procura da fórmula para conseguir a sustentabilidade financeira na Web.

Trata-se de uma busca que até agora não conduziu a uma estratégia financeira capaz de tornar menos arriscada e incerta a transição do modelo convencional de publicação de informações para o formato digital, na internet.

As empresas jornalísticas assistem impotentes a migração de seu público e de seus anunciantes em direção à Web, sem poderem compensar as perdas com novos usuários e novas receitas publicitárias. O mesmo acontece com os blogueiros autônomos, que salvo raríssimas exceções ainda sobrevivem com o salário de empregos convencionais.

O pior de tudo é que crescem os indícios de que a procura da fórmula salvadora ainda vai demorar muito, ou de que provavelmente ela nunca será encontrada.

O grande problema das empresas é que a notícia, a sua principal mercadoria de troca com o leitor, perdeu quase todo o seu valor pelo fato de poder ser encontrada grátis em milhares de paginas da Web, no fenômeno que se convencionou chamar da avalancha informativa.

As versões online dos jornais continuam sendo a principal referência informativa dos internautas, mas a receita publicitária é ínfima (menos de 10% da receita da versão impressa) e insuficiente para manter a operação na Web. O ideal seria a versão impressa financiar provisoriamente a online, só que os jornais estão perdendo fontes tradicionais de receita como os anúncios classificados, bem como a publicidade de automóveis e construção civil, com exceção do Brasil.

Aqui, a nossa imprensa vive em plena bolha financeira provocada pelo boom imobiliário e pelo crédito fácil para a compra de automóveis. Os donos de jornais estão eufóricos e com isto a transição para o modelo digital foi desacelerada e a busca da fórmula mágica deixou de ser uma obsessão como nos Estados Unidos e Europa.

O processo em marcha na imprensa mundial mostra uma irreversível diminuição da rentabilidade da mídia convencional, especialmente a impressa, num fenômeno que torna compulsória a mudança de modelo de negócios.

Por outro lado, cresce a convicção de especialistas na mídia contemporânea de que a imprensa digital jamais alcançará a mesma rentabilidade da versão convencional, por conta de uma — também irreversível — segmentação do mercado, com a formação de nichos informativos.

O conglomerado europeu de mídia Mecon resolveu apostar na diversificação. Está criando em média uma página web por semana, tanto no segmento de redes sociais para públicos específicos como nos cassinos online.

David Montgomery, o executivo chefe da Mecon, anunciou que a estratégia agora é aumentar o número de compradores de jornais oferecendo também desde livros e DVDs grátis até entradas de cinema e sorteios quase diários.

Ainda na Europa, o tablóide sensacionalista Sun, do império Murdoch, vai rifar entre seus leitores 2.200 ingressos para a abertura da temporada lírica em Londres a preços quase 10 vezes menores do que o normal. É uma manobra para atrair leitores classe A para um jornal famoso por suas manchetes escabrosas e pelas fotos de mulheres nuas.

Jeff Jarvis, blogueiro e professor da Escola de Jornalismo da Universidade de Nova York, defende a tese de que a imprensa está passando de uma “economia do conteúdo para uma economia do link”, ou seja: o valor da notícia não está mais no seu conteúdo, mas sim na quantidade de vezes que ela é linkada por outras páginas.

Também a equação econômica na imprensa sofreu uma inversão de componentes, pois agora a regra é crescer primeiro e depois buscar a rentabilidade. Antes, o crescimento só acontecia depois de investimentos iniciais. Na Web atual, a aposta inicial é na criatividade para conquistar usuários e só depois de tornar-se um sucesso de público é que o empreendimento obtém recursos financeiros.

Outro grande dilema dos executivos da mídia convencional é que todos eles foram criados na cultura do "planeje, junte recursos e faça". Agora, além de esta regra ter sido quebrada, os empreendimentos que deram certo na Web não foram planejados e só foram buscar recursos depois de terem crescido. Exemplo disto é o mecanismo de buscas Google. O site You Tube até hoje não tem um modelo de negócios.

Na busca da fórmula mágica, uma coisa parece estar ganhando corpo: na mídia tradicional, os empreendedores desenvolvem um produto e depois o oferecem ao público. Na Web, a norma parece ser outra: o empreendedor chama o público e o usa para desenvolver o produto. Com isto ele baixa os custos de desenvolvimento, mas em compensação corre o risco de perder o controle total do projeto porque os usuários começam a criar novas utilidades.

Os críticos da fórmula mágica, entre os quais está Steve Outing, do Poynter Institute, de Saint Petersburg, Florida, justificam sua posição afirmando que cada jornal terá que procurar no seu público leitor a receita para a sobrevivência. Isto significa que haverá uma solução diferente para cada caso, pois nenhum leitor é igual ao outro.


Carlos Castilho, para o Observatório da Imprensa
Envolverde, 01/09/08
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US$ 1 milhão para projetos sustentáveis no Cerrado

O Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-Ecos) destinará cerca de US$ 1 milhão para projetos de uso sustentável da biodiversidade e fortalecimento de comunidades tradicionais no Cerrado.

Os recursos serão doados a organizações civis sem fins lucrativos, escolhidas por meio do edital divulgado esta semana pelo Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN). O prazo final para o envio das propostas é o dia 13 de outubro.

Cada entidade poderá concorrer a projetos de até US$ 35 mil para iniciativas inéditas. Serão contemplados projetos no bioma Cerrado e nas áreas de transição para Caatinga, Amazônia, Mata Atlântica e Pantanal.

As organizações que já possuem experiência ou projetos com resultados e impactos positivos comprovados e que possam ampliar a escala de sua atuação poderão pleitear até US$ 50 mil. A escolha dos projetos se dará por meio de um comitê gestor nacional com representantes de órgãos governamentais, organismos internacionais, organizações da sociedade civil e universidades.

O PPP-Ecos existe no Brasil há 14 anos e é executado por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Tem recursos do Fundo para o Meio Ambiente Mundial das Nações Unidas e apoio da Comissão Européia.

Em 2007, o PPP-Ecos entrou em uma nova fase de execução, na qual os recursos destinados aos projetos foram submetidos à aprovação do governo brasileiro e ao secretariado do Fundo para o Meio Ambiente Mundial.

Mais informações: www.ispn.org.br/roteiro2008-2009.doc

Postado por Osmar Aleixo Rodrigues Filho em 05/09/08
Fonte: Agência FAPESP

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ONGs criam parcerias para adoção de animais; veja onde obter seu bicho

Gatinhos esperam dono no Centro de Adoção do Casarão da Paulista; ONGs estão criando parcerias para adoção de animais
Beatriz Toledo/Folha Imagem


Eles são muitos, mas ninguém sabe dizer ao certo quantos. Numa cidade como São Paulo, a população de animais de rua ainda é desconhecida. Ao menos uma coisa é certa: eles não cabem nos abrigos existentes, tanto nas ONGs quanto no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da prefeitura. Com a aprovação da lei que proíbe o sacrifício de animais sadios, aprovada em abril deste ano, o destino de todos os bichinhos é o mesmo: a adoção.

Por conta de uma outra lei, aprovada em 2007 e regulamentada em abril deste ano, eventos de venda de cães e gatos em ruas, praças e parques estão proibidos. As feiras de adoção precisam de aprovação da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.

A solução das ONGs foi criar parcerias com pet shops ou realizar o processo de adoção em seus próprios abrigos e utilizar cada vez mais a internet. As próprias ONGs, que trabalham em defesa dos bichos, estimam que a população de cães e gatos à espera de um dono chegue a 1 milhão. O interessado em um deles passa por uma entrevista de avaliação, para que a adoção tenha chances de ser bem-sucedida e o animal não corra o risco de voltar para as ruas.

A Revista selecionou eventos e sites para quem procura um animal de estimação. Pode-se adotar cães e gatos, filhotes ou adultos, machos ou fêmeas, sem raça definida ou com pedigree. Basta se adequar às noções de posse responsável e ter carinho e amor pelo animal.

Abrigo do CCZ
Além de feiras periódicas, mantém adoção permanente em seus canis e gatis. Atualmente, há 70 cães e 30 gatos, a maioria adultos. Todos são castrados, vermifugados, vacinados contra a raiva e testados para doenças como leishmaniose visceral, leptospirose e toxoplasmose
Para adoção: apresentar RG e CPF. Taxa: R$ 13,80.
R. Santa Eulália, 86, Santana, tel. 2224-5500.
Seg. a sáb.: 9h às 16h.

Abrigo da Uipa
Com 113 anos, a União Internacional Protetora dos Animais tem esquema permanente em seu abrigo, que comporta 900 cães e 300 gatos de diferentes idades e raças. Todos castrados, vacinados e vermifugados. A ONG orienta a devolução dos bichos se não houver adaptação
Para adoção: o interessado responde a um questionário de avaliação. Taxa: R$ 30.
Av. Presidente Castelo Branco (marginal Tietê), 3.200, Canindé, tel. 3313-1475. www.uipa.org.br.
Seg. a sáb.: 9h às 16h.

Centro de Adoção do Casarão da Paulista
São doados 50 cães e gatos por fim de semana, a maioria sem raça definida. Eles são castrados, vermifugados e vacinados
Para adoção: ser maior de 18 anos, apresentar RG e CPF e preencher um termo de responsabilidade.
Taxa: R$ 50.
Av. Paulista, 1.919, Consolação, tel. 6917-0257.
Sáb., dom. e feriados: 11h às 19h.

Feira Permanente de Itaquera
São cães e gatos de todas as idades. Os adotados são acompanhados pelo protetor responsável, que pode reaver o animal em caso de maus-tratos. Eles são castrados, vacinados e vermifugados
Para adoção: apresentar RG, CPF e comprovante de residência. Taxa: R$ 20.
Pet Center Chácara Pêssego. Av. Jacu-Pêssego, 1.475, Itaquera, tel. 4109-8366.
Sáb.: 10h às 17h. Dom.: 9h às 17h.

Projeto Cel
São cerca de 80 cães e gatos, muitos deles filhotes, à disposição nos fins de semana. São castrados, vermifugados e vacinados
Taxa: R$ 100.
Av. Presidente Castelo Branco, 1.795, Pari, tel. 2797-7400 (www.projetocel.org.br). Sáb. e dom.: 14h às 17h.

Na internet
Adote um Gatinho
www.adoteumgatinho.org.br
Os animais são castrados, vacinados e vermifugados. Há fotos, informações sobre cada animal e dicas para quem estiver interessado. A adoção é gratuita

Quero um Bicho
www.queroumbicho.com.br
Traz fotos e dados dos animais, além de procedimentos para adoção

Vira-lata é Dez
www.viralataedez.com.br
Cerca de 450 cães e 50 gatos castrados e vacinados. É possível apadrinhar um animal a partir de R$ 15, dinheiro usado para alimentação e tratamento dos órfãos

Veja as antagens em adotar um animal adulto
1 - Aprendem mais facilmente a fazer as necessidades em local adequado
2 - Dificilmente destroem sapatos, tapetes e móveis
3 - É mais fácil saber, antes de adotar, seu temperamento e seu tamanho
4 - Em geral, não latem muito nem choram à noite
5 - São mais tranqüilos e independentes
6 - Suportam melhor ficar sozinhos
Onde saber mais: www.pea.org.br

Fonte: PEA (Projeto Esperança Animal)


Cíntia Marcucci
da Revista da Folha, 08/09/08

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