Madonna, carnaval e investimento social privado
"Sem planejamento, estratégia, monitoramento e avaliação a doação é mera filantropia".
O Carnaval passou, sobraram as suas lembranças. Como esta não é uma coluna de variedades, mas de sustentabilidade, o fato em questão ocorreu nos bastidores da grande folia e só veio a público por conta do trabalho jornalístico de Mônica Bérgamo, na Folha de São Paulo.
Sua interessante coluna de 21 de fevereiro, no Caderno Ilustrada, reacendeu uma velha discussão sobre doações feitas por empresas a projetos sociais. Com o título de “A Misteriosa sacolinha brasileira de Madonna”, o conjunto de notas de Bérgamo expõe, ainda que não fosse este o seu objetivo, uma ferida que incomoda especialmente os gestores de organizações de terceiro setor na busca de recursos para suas atividades junto ás empresas: a lógica excludente do investimento que valoriza mais o resultado de imagem para quem doa do que os impactos gerados aos beneficiários da doação.