sábado, 22 de dezembro de 2007

Feliz Natal e um grande 2008!

Imagem encontrada na Internet, sem indicação de autoria


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quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Banco Mundial obtém êxito ao passar o chapéu

Abid Aslam
Publicado pela
IPS em 18/12/07

As nações doadoras destinaram somas recordes para que o Banco Mundial ajude os países pobres a partir do próximo ano, sem levar em conta os cálculos dos que questionam a instituição por usar esse dinheiro com fins políticos.

Quarenta e cinco países se comprometeram a entregar US$ 25,1 bilhões à Associação Internacional de Fomento (AIF), entidade do Banco que fornece ajuda às nações mais pobres do mundo por meio de empréstimos a juros baixos e doações.

Isso eleva a US$ 41,6 bilhões o total disponível a ser distribuído com esses mecanismos entre 80 países pobres entre meados de 2008 e 2011, US$ 9,5 bilhões a mais do que no atual triênio. “Esta é a maior expansão no financiamento dos doadores na história da AIF”, disse o presidente do banco. “A comunidade de doadores demonstrou seu pleno compromisso com a ajuda aos países pobres, especialmente os da África, para acabarem com a pobreza e conseguirem um crescimento sustentável”. Mas, não se tratou de um ato de generosidade sem reservas.

O governo da Noruega, citando o uso contínuo dos empréstimos livres de juros feitos pela AIF como meio de pressão para a privatização de serviços básicos como água, saneamento, saúde e educação, reduziu seus fundos em US$ 4,2 bilhões,o que foi considerado um ato simbólico. Os ativistas destacaram o gesto, por ser incomum e porque foi conhecido pouco depois de se saber que o Banco Mundial continua incluindo condicionamentos políticos a sete em cada 10 empréstimos destinados ao alivio da pobreza, apesar de ter declarado que deixou de fazê-lo. Essa foi a conclusão da não-governamental Rede Européia sobre Dívida e Desenvolvimento (Eurodad), após um estudo feito com base em dados oficiais.

“Apesar do fato de a soma retida ser relativamente pequena, trata-se de uma decisão importante porque muitos países fizeram algo semelhante”, disse Atle Sommerfeldt, secretário-geral da Assistência Eclesiástica Norueguesa, organização não-governamental que pressionou o governo de seu país com esse objetivo. Ativistas britânicos cobraram, sem êxito, do governo do primeiro-ministro Gordon Brown que seguisse o exemplo norueguês. Pela primeira vez em meio século a Grã-Bretanha tirou os Estados Unidos do primeiro lugar de doadores da AIF. Mas, as organizações de ajuda ao desenvolvimento do Sul consideram que agora os doadores vão pressionar o Banco para conseguir melhores resultados.

“Os doadores assumiram compromissos importantes para garantir que o Banco Mundial considere o impacto de suas recomendações quando empresta dinheiro aos mais pobres e vulneráveis”, disse Elizabeth Stuart, da Oxfam Internacional. Esta organização “está contente por ver dinheiro extra disponível para os países mais pobres, mas, não deveriam passar cheque em branco a instituições de desenvolvimento que pressionam pela implementação de políticas que prejudicam os menos afortunados”, acrescentou Stuart. “Deveria haver mais doadores enviando esta mensagem a Washington: queremos vermais desenvolvimento com nossos dólares”, concluiu.

Para Zoellick, o dinheiro comprometido fala por si só. “Este generoso reabastecimento é tanto um reconhecimento da importância da ajuda multilateral quanto um voto de confiança na AIF”, afirmou. Seis países se incorporaram à lista de doares: China, Chipre, Egito, Estônia, Letônia e Lituânia. O dinheiro será usado para ajudar países de baixa renda a combater a mudança climática, participar de processos de integração e cooperação regional e fomentar o investimento em infra-estrutura. O Banco também vai procurar apoiar mais os países que saem de conflitos armados.

Os empréstimos da AIF não têm juros e devem ser pagos no prazo de 35 a 40 anos, com 10 de carência. Esta instituição também concede doações a países em risco de sofrer uma crise de dívida. A metade dos beneficiários estão na África. Seu fundo, reabastecido a cada três anos, entregou US$ 182 bilhões desde sua criação em 1960. No ano fiscal concluído em 30 de junho, destinou US$ 11,9 bilhões, 19% dos quais foram doações.

O Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento, ramo creditício do Banco Mundial e da Corporação Financeira Internacional, sua unidade dedicada ao setor privado, injetaram na AIF lucros operacionais de US$ 3,5 bilhões. Os Estados Unidos, até este ano principal doador da AIF, destinou à instituição para este triênio US$ 3,7 bilhões, e a Grã-Bretanha o superou por US$ 400 milhões, apesar de sua economia ser seis vezes menor do que a norte-americana. (IPS/Envolverde)

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Por 30 euros, grupo picha frases em muro israelense

Publicado pelo Valor Online em 19/12/07

Foto AP

Uma entidade holandesa criou uma nova e criativa forma de protesto contra o muro que Israel vem construindo na fronteira com a Cisjordânia e que causa transtornos diários para milhares de palestinos. Por meio de um site na internet (www.sendamessage.nl), o grupo recebe frases de pessoas de qualquer parte do mundo que desejam ter sua mensagem pichada na barreira. Um voluntário palestino ligado ao grupo picha a frase no muro (foto).

Pode ser desde uma frase de teor político até um pedido de casamento. Na foto, o palestino reproduz uma mensagem em inglês: "Se a construção de muros garante a liberdade, quem é realmente livre?". Mensagens de ódio contra israelenses ou palestinos não são reproduzidas. O grupo cobra uma "colaboração" de 30 euros pelo serviço.

Segundo Faris Arouri, coordenador local do projeto, a maior parte dos recursos arrecadados vai para projetos assistenciais em Ramallah.

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segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Evento lança edital de financiamento para projetos de Direitos Humanos e debate participação empresarial

Verena Glass
Publicado no site do
Fundo Brasil de Direitos Humanos

O Fundo Brasil de Direitos Humanos (FBDH), entidade que apóia iniciativas, movimentos e pequenas organizações de Direitos Humanos em todo o país, lançou, no último dia 13 de dezembro, quinta feira, o edital de financiamento para novos projetos no ano de 2008.

No evento, que aconteceu no Centro Universitário Maria Antônia e contou com a presença de lideranças dos 23 projetos financiados em 2007, ocorrereu também o debate “Investimento privado em Direitos Humanos no Brasil”, com a participação do jornalista Fernando Rosseti, Secretario Geral do GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), dos empresários Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, e Oded Grajew, presidente do Conselho Deliberativo da entidade, do advogado Valdemar Oliveira (Maneto), representante regional para o Brasil da Fundação Avina, e do empresário Benjamin Steinbruch, Presidente da CSN (a confirmar).

Em seguida, o premiado cineasta Kiko Goifman apresentou quatro trabalhos relacionados ao tema Direitos Humanos – o documentário Tereza, que aborda os aspectos do cotidiano no sistema prisional (drogas, homossexualismo, morte e a idéia de espaço e tempo), o CD-ROM Valetes em Slow Motion, sobre o mesmo tema, o curta Aurora, sobre velhas prostitutas do centro de São Paulo, e um trailer sobre seu mais novo longa, Atos dos Homens, que trata da chacina na Baixada Fluminense em 2005.

Sobre o Fundo Brasil de Direitos Humanos
O FBDH foi criado em dezembro de 2005 a partir da iniciativa conjunta de quatro grandes defensores dos Direitos Humanos no Brasil – o ex-bispo de São Felix do Araguaia, Dom Pedro Casaldaliga, a escritora feminista Rose Marie Muraro, a ex-dirigente da Comissão de Justiça e Paz da Diocese de São Paulo, Margarida Genevois, e o artista, escritor, poeta e militante do movimento negro, Abdias do Nascimento – e tem como objetivo angariar recursos para o financiamento de projetos de defesa dos Direitos Humanos implementados por organizações de base em seus próprios ambientes sociais, principalmente no interior do país.

Com um orçamento anual inicial de R$ 500 mil, o FBDH apoiou em 2007, seu primeiro ano de existência, 23 projetos ligados a temas como infância e adolescência, raça, gênero, direito indígena, trabalho escravo, violência institucional e sustentabilidade social, ambiental e econômica, entre outros, com recursos que variaram de R$ 10 mil a R$ 25 mil por iniciativa.

Agora, o objetivo do Fundo é ampliar seu alcance. Para tanto, quer buscar junto à iniciativa privada, principalmente empresas socialmente responsáveis, o apoio necessário. Segundo a secretária executiva da entidade, Ana Valéria Araújo, o FBDH oferece aos investidores privados a facilidade e a segurança de um acompanhamento criterioso dos projetos e dos resultados obtidos, garantindo também a seriedade das organizações beneficiadas.

O FBDH (http://www.fundodireitoshumanos.org.br) é dirigido pelo advogado Darci Frigo (Terra de Direitos), o advogado e professor doutor Oscar Vilhena (Conectas Direitos Humanos e Coordenador do Programa de Pós-graduação do curso de Direito da FGV-SP), o economista e doutor em Educação Sergio Haddad (Abong, Ação Educativa e Fórum Social Mundial) e a doutora em Filosofia Sueli Carneiro (Gueledés - Instituto da Mulher Negra).

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PDA investirá R$ 2,32 milhões em rede na Mata Atlântica

Lucia Leão, do MMA
Publicado pela
Envolverde em 14/12/07

O PDA (Subprograma Projetos Demonstrativos), da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, está selecionando projetos para a geração de conhecimentos por meio de redes de organizações que atuam com formas de desenvolvimento sustentável na Mata Atlântica. Serão apoiados pequenos e grandes projetos, podendo receber até R$ 70 mil ou R$ 350 mil, respectivamente. O PDA dispõe de R$ 2,32 milhões para o programa, recurso proveniente de doação do banco alemão KfW.

A chamada está disponível na página do PDA no site do Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br/pda). As propostas devem contemplar a sistematização, monitoramento, consolidação e difusão das informações e conhecimentos produzidos, pelos integrantes das redes, dentro das linhas temáticas estratégicas do PDA: agroecologia, comercialização, beneficiamento, serviços ambientais, gestão participativa de unidades de conservação e ecoturismo ou turismo rural. A partir desses conhecimentos as redes devem propor políticas públicas, como por exemplo mecanismos de mercado que viabilizem a inserção desses núcleos produtivos que desenvolvem práticas inovadoras e ambientalmente sustentáveis. O objetivo é contribuir para a construção de instrumentos e metodologias que fortaleçam e qualifiquem as relações entre o Estado, organizações da sociedade civil e movimentos sociais na construção e aperfeiçoamento de políticas socioambientais.

Podem solicitar recursos do PDA Mata Atlântica ONGs com atuação na área de meio ambiente e desenvolvimento sustentável em parceria com instituições públicas. A rede deve ser integrada por projetos PDA apoiados na região.

A secretaria técnica do PDA está promovendo reuniões para divulgar a chamada e esclarecer dúvidas das redes ou conjuntos de projetos que pretendem apresentar propostas. Já foram realizados encontros com a Ecovida, na Região Sul, com o IEF e com as ONGs executoras de projetos PDA e projetos bilaterais do KfW no Rio de Janeiro e com os executores de projetos PDA da região Nordeste, em Recife. Os grupos que ainda necessitarem de maiores esclarecimentos sobre a chamada poderão solicitar a presença de um técnico do PDA ou da Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA).

Esta é a primeira Chamada de Rede para a Mata Atlântica, mas o PDA já investiu R$ 1.358.669,00, apoiando cinco projetos semelhantes na região amazônica. Parte desses projetos já foi concluída com resultados altamente positivos, como o Projeto Rede BR163 + Xingu, executado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lucas do Rio Verde, no MT.

Um aporte de R$ 247.220,80 de recursos do PDA possibilitou que nove projetos PDA/Padeq (Projeto Alternativas ao Desmatamento e às Queimadas), estabelecidos no trecho mato-grossense da BR-163 promovessem o intercâmbio de informações e de conhecimentos e capacitação tanto nas áreas de produção, agricultura, pecuária e apicultura, como na difusão e comercialização dos produtos numa feira única, construída pelos próprios agricultores com tecnologia de bioconstrução e matéria-prima da floresta. A experiência da Feira se desdobrou na proposta de criação, com parceiros públicos, de uma Rede de Comercialização Solidária para colocar no mercado também os produtos dos assentamentos da região.

É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.

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O desafio de avaliar efeitos de um projeto

Carmen Guerreiro*, da Revista Idéia Socioambiental

Publicado pela Envolverde em 12/12/07

O economista Flávio Comim explica como mensurar resultados de programas sociais - O desafio de avaliar efeitos de um projeto
Imagem Amigos da Terra


No esforço de criar programas para o desenvolvimento de comunidades locais, no âmbito de suas ações de responsabilidade social, muitas empresas realizam bons projetos ou programas, mas a maioria esquece que é preciso medir os resultados. É por isso que, em todo o Brasil e no mundo, há cada vez mais encontros para discutir avaliação e retorno da sustentabilidade corporativa.

“Quando os projetos não são avaliados, o investimento social assemelha-se a um tiro no escuro, muitas vezes representando apenas gasto de publicidade disfarçado. A avaliação é importante para a legitimidade do gasto social e para a prestação de contas das empresas perante a sociedade”, diz o economista brasileiro Flávio Comim, pesquisador do St. Edmund’s College da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

Para chegar a um relatório dos impactos de um projeto social, é preciso analisar informações qualitativas e quantitativas, de forma a comparar projetos com diferentes ações, diz ele. “Em uma avaliação de impacto, sabe-se exatamente quais os resultados do investimento”. E completa: “Desconfie de empresas que não mensuram os seus projetos”.

A experiência de Comim decorre não só de longo estudo sobre a avaliação de projetos, mas do know-how na implementação de método que ele criou, com base no Índice de Qualidade da Educação (IQE). A metodologia foi testada no TIM Música nas Escolas, da operadora de telefonia celular TIM. O estudo do empreendimento em paralelo à pesquisa nas áreas de música, neurociência, pedagogia e desenvolvimento infantil mostrou que esses elementos têm impacto na qualidade da educação, possibilitando o desenvolvimento cognitivo temporal e espacial e uma melhor socialização das crianças na escola e em casa. Para o pesquisador, todo projeto pode ser avaliado. Basta seguir alguns passos. Na primeira etapa, escolhe-se uma abordagem — mais comuns são a econômica, a subjetiva e a de desenvolvimento humano —, a partir da qual as iniciativas serão julgadas. “As abordagens econômica e subjetiva possuem falhas metodológicas e deixaram de ser usadas há décadas. Mas continuam a ser aplicadas no Brasil, por alguma razão inexplicável. O melhor caminho, na minha visão, é o do desenvolvimento humano.”

Comim argumenta que ele não é o único a defender como o mais recomendável tal método. “O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento o recomenda, com base na obra de pensadores renomados como Amartya Sen, Sudhir Anand, Sir Richard Jolly e Frances Stewart.” A diferença dessa abordagem é que a econômica foca no crescimento do Produto Interno Bruto para medir impactos e a subjetiva contabiliza critérios como felicidade, ambas amplas e imprecisas. “O desenvolvimento humano vê na expansão das liberdades individuais o verdadeiro significado de desenvolvimento. Nessa visão, o importante é o que as pessoas podem ser ou fazer.” O segundo passo é estruturar a avaliação a partir do estudo dos possíveis impactos do projeto social “em função do melhor conhecimento científico disponível”.

A terceira e a quarta partes consistem em formular e aplicar uma pesquisa, por meio de questionários, entre os gestores e demais participantes da iniciativa. O objetivo é entender melhor o funcionamento do projeto, seus obstáculos, seus pontos fortes e uma perspectiva dos resultados. O projeto TIM Música nas Escolas, que seguiu todas as etapas, contou com mais de 40 artigos científicos na base da avaliação e uma equipe para aplicar o questionário em oito cidades.

A quinta etapa diz respeito a compilar os resultados em estatísticas e o último passo está relacionado à “análise estatística da evidência empírica”, ou seja, a interpretação dos resultados com base em fatos e experiências do projeto. Na iniciativa da TIM, foram contrastados nesta fase, sob os mesmos critérios, os grupos que participaram e os que não fizeram parte do projeto. Assim, foi possível calcular o desempenho e evolução das crianças envolvidas e a taxa social de retorno do empreendimento. A abordagem permitiu, segundo ele, maior precisão no tratamento das opiniões individuais dos participantes e melhores soluções para problemas no programa. “No caso, mostrou que o projeto tem um desempenho diferenciado. Definido pelo presidente do Grupo Orsa, Sérgio Amoroso, como um “laboratório da sustentabilidade no meio da Amazônia, o Projeto Jari funciona na base de exploração de um pólo agroindustrial de celulose.

Na área social são investidos R$ 4,5 milhões ao ano em mais de 20 projetos sociais que beneficiam 139 mil pessoas. “Toda vez que fazemos um projeto, traçamos o objetivo, que é medido semestral ou anualmente. Há várias maneiras de fazer a avaliação, mas o melhor indicador é quando a iniciativa vira uma política ou gera idéias que o Estado adota posteriormente.”

* Colaborou Caio Neumann.
Veja mais em http://www.ideiasocioambiental.com.br.

É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.

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Publicação reúne Ferramentas de Gestão de Responsabilidade Socioambiental

Publicado pela Envolverde em 13/12/07

Iniciativa inédita é resultado de uma ampla pesquisa que compilou diversas ferramentas de gestão disponíveis em 33 países para apoiar a implementação da gestão sustentável nas organizações; lançamento acontece no dia 18 de dezembro, às 8h, na Bovespa.

O Instituto AntaKarana, com patrocínio da Petrobras, Comgas e patrocínio Cultural da AES Tietê, e apoio da Bovespa, tem a satisfação de convidar para o lançamento do Compêndio para a Sustentabilidade - Ferramentas de Gestão de Responsabilidade Socioambiental: Uma contribuição para o Desenvolvimento Sustentável, dia 18 de dezembro, terça-feira, a partir das 8 horas, no Auditório do 1º andar da Bovespa (Rua XV de Novembro, 275).

A publicação, organizada por Anne Louette, coordenadora do Instituto AntaKarana, tem como objetivo contribuir para que a adoção de práticas de responsabilidade social empresarial seja incorporada à cultura e aos sistemas de gestão de pequenas, médias e grandes organizações de vários portes e de todos os setores da sociedade (esferas pública, privada e organizações não-governamentais).

Além de reunir iniciativas já conhecidas do mercado brasileiro, como GRI – Global Reporting Initiative da Holanda – e TNS – The Natural Step da Suécia –, entre outras, o levantamento revela também a diversidade e a convergência entre as várias ferramentas desenvolvidas por centros de pesquisa e organizações ainda pouco divulgadas no Brasil, como VMS – Values Management System –, da Alemanha; IMS – Integrated Management Systems –, da Áustria; e Vastuun Askeleita, da Finlândia, as quais servem de parâmetro para reflexão e análise de como essa discussão está globalizada.

O Compêndio contou, ainda, com o apoio institucional de diversas organizações comprometidas com a disseminação da gestão socialmente responsável para a sustentabilidade. São elas: CEBDS - Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável; FDC – Fundação Dom Cabral, Núcleo AG de Sustentabilidade e Responsabilidade Corporativa; Fides - Fundação Instituto de Desenvolvimento Empresarial e Social; Gife - Grupo de Institutos Fundações e Empresas; GVCes - Centro de Estudo em Sustentabilidade da FGV; Instituto Akatu pelo Consumo Consciente; Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social; e WHH - Willis Harman House.

Serviço:

Título: Compêndio para a Sustentabilidade - Ferramentas de Gestão de Responsabilidade Socioambiental: Uma contribuição para o Desenvolvimento Sustentável

Editora: Instituto AntaKarana
Páginas: 186
Distribuição: gratuita no evento ou acesso ao PDF no site http://www.institutoatkwhh.org.br/compendio
Lançamento: 18/12 (terça-feira), às 8 horas.
Local: Auditório I – Bovespa – Rua XV de Novembro, 275, São Paulo-SP

É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.

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Por novas oportunidades de participação

Rodrigo Zavala
Publicado pelo
redeGIFE Online em 10/12/07

Em sete anos de atividades, o Programa Aprendiz Comgás (PAC) tem muito a comemorar. Fruto da parceria entre a Companhia de Gás de São Paulo e a ONG Cidade Escola Aprendiz, a iniciativa divulgou o resultado de seu trabalho com jovens de baixa renda em São Paulo, São Bernardo do Campo, Campinas, Santos, São José dos Campos e Hortolândia.

Levantamento realizado pela MultiFocus, empresa de pesquisa de mercado, constatou que 50% dos jovens entrevistados - ex-aprendizes do PAC - conseguiram emprego e que continuam estudando. Do percentual de estudantes, 54% cursam universidade. E 48% seguiram com a implementação dos projetos elaborados no PAC.

No período de 2000 a 2006 foram investidos R$ 8,1 milhões no programa. Só em 2007 o investimento foi de R$ 1,2 milhão. Nestes sete anos, foram envolvidos mais de 1700 jovens, 120 professores da rede pública estadual capacitados, e mais de 400 projetos sociais nas áreas de saúde, meio ambiente, cultura, cidadania e comunicação desenvolvidos no interior e grande São Paulo.

Em entrevista exclusiva ao redeGIFE a analista de investimento social privado da Comgás, a psicóloga Gisele Gerotto, fala dos sete anos do Programa Aprendiz Comgás e aponta os principais desafios para oferecer oportunidades de participação a jovens de baixa renda.

“Pensar sempre do nosso compromisso com o desenvolvimento deste jovem sem cair na armadilha de achar que para trabalhar bem com jovens é preciso ser igual a eles“, afirma.

redeGIFE - O lema do PAC é “Para mudar o mundo, comece com sua idéia”. Em sete anos, como os jovens mostraram que poderiam fazê-lo? Quais foram as principais preocupações deles?
Gisela Gerotto - O PAC sempre se preocupou em avaliar suas ações e por isso, anualmente, o programa é avaliado por instituições especialistas como Cenpec.

Em 2006 fizemos uma avaliação de impacto, a empresa contratada foi a MultiFocus, empresa de pesquisa de mercado, e alguns resultados desta pesquisa nos alegrou muito, veja: 50% dos jovens entrevistados conseguiram emprego, 50% continuam estudando e do percentual de estudantes e 54% cursam universidade.

No quesito de implementação dos projetos elaborados no PAC, 48% seguiram com o projeto. Hoje, após 7 anos de trabalho com os jovens e principalmente com a disseminação da metodologia desenvolvida conseguimos ver mais e mais jovens tendo oportunidade de participar e fazer por suas comunidades.

redeGIFE - Avaliar mudanças comportamentais ou atitudinais é sempre um exercício complexo. Mas, na sua opinião, quais foram os principais resultados do PAC em relação a esses jovens?
Gisela Gerotto - Os jovens começam a perceber seu papel na sociedade, sentem na pele a dificuldade e alegria em dialogar francamente, de trabalhar em grupo, de conhecer a qualidade dos outros e reconhecer as suas próprias.

O PAC é visto com um local agradável de trocas de aprendizado, e segundo a pesquisa realizada, os jovens sentiram que houve diminuição da timidez e que ampliaram seu círculo de amizades, melhoraram a comunicação e aprenderam a se relacionar com todo tipo de pessoa.

Constataram também que desenvolveram mais responsabilidade e se tornaram mais independentes. Ampliaram a visão de mundo, aprenderam a ter um olhar mais humano e se sentiram vencedores, valorizados como pessoa. Aprenderam a planejar e elaborar um projeto, criar um pensamento organizado, estruturado, melhoraram o desempenho que tinham na escola e desenvolveram habilidades com a informática. E por fim, criaram objetivos de vida, projetos para o futuro e incluíram neles o estudo e o aprimoramento para conseguir uma melhor posição na sociedade.

redeGIFE - Qual é o maior desafio ao se trabalhar com jovens?
Gisela Gerotto - Ter energia e paciência para compreendê-los e aceitá-los. Pensar sempre do nosso compromisso com o desenvolvimento deste jovem sem cair na armadilha de achar que para trabalhar bem com jovens é preciso ser igual a eles. O trabalho do adulto requer maturidade para fazê-los crescer com consciência de cidadão e compromisso.

redeGIFE - Para o percentual que manteve seu projeto de geração de renda, existe algum tipo de acompanhamento a distância pelo PAC?
Gisela Gerotto - Não.

redeGIFE - Qual a relação do PAC, Comgás e Cidade Escola Aprendiz? Parcerias entre empresas e ONGs podem ser difíceis, às vezes ...
Gisela Gerotto - O PAC é fruto do diálogo entre ONG e empresa. Digo isso, pois foi um programa construído pelas partes e não simplesmente um programa patrocinado por uma empresa. Eu julgo que o principal desafio foi encontrar um equilíbrio entre os dois interesses que inicialmente pareciam tão distantes.

A insistência e constante avaliação do programa geravam subsídios para se continuar aprimorando o programa e hoje a sinergia é muito boa e rica para as duas partes.

redeGIFE - Qual é o principal desafio do PAC daqui para frente?
Gisela Gerotto - Atingir um número maior de jovens de São Paulo e do interior do estado mantendo a qualidade e o compromisso com esta geração. É importante oferecer a oportunidade de participação para estes jovens, de troca entre as gerações com respeito.

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Global Forum America Latina acontece em Curitiba em 2008

O Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas, em parceria com a Case Western Reserve University (Cleveland/Ohio), a Federação das Indústrias do Estado do Paraná e a Universidade da Indústria (Unindus), realizam no próximo ano, o Global Forum America Latina 2008, conferência internacional que une negócios, universidades e sociedade na busca de soluções para um mundo sustentável. O fórum será realizado nos dias 18 a 20 de junho de 2008, em Curitiba.

O GVces será responsável pela gestão do Congresso Acadêmico que se realiza dentro da conferência internacional, que reunirá líderes empresariais, educadores, pesquisadores e representantes da sociedade civil de toda a América. Essa iniciativa vai ao encontro dos objetivos do GVces de criar um espaço único de exposição e discussão sobre o desenvolvimento da educação frente às mudanças no mundo atual, gerando propostas que permitam um diálogo contínuo entre empresas, universidades e a sociedade.

O Congresso Acadêmico aceita resumos expandidos de artigos e relatos de experiências empresariais, nas áreas de: Tecnologias Limpas: Inovação e Reposicionamento para a Sustentabilidade; Base da Pirâmide e Mercados de Baixa Renda; Empreendedorismo e Tecnologias Sociais; Eco-Eficiência e Produção Mais Limpa; Gestão do Relacionamento das Empresas com seus Diferentes Públicos; Governança Corporativa; Ética na Comunicação e Marketing; Políticas Públicas e Sustentabilidade; Finanças Sustentáveis; Agronegócio Sustentável; Mudanças Climáticas; e Transformação Organizacional. Palestrantes de renome internacional conduzirão as sessões plenárias.

A primeira edição do Global Forum ocorreu em 2006, na cidade de Cleveland, Ohio, Estados Unidos. Visite o site www.globalforum.com.br para saber mais informações sobre a Conferência e sobre o envio dos trabalhos acadêmicos.

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terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Real troca experiências com os clientes

Célia Rosemblum
Publicado pelo
Valor Online em 04/12/07

Nos escritórios de Fábio Barbosa, presidente do Banco Real ABN Amro, e de Maria Luiza de Oliveira Pinto e Paiva, diretora-executiva de desenvolvimento sustentável, um quadro-mural intitulado "A Jornada", com mais de um metro de largura, domina uma das paredes. Nele, uma espiral cor-de-laranja composta por círculos sucessivamente crescentes registra 120 programas, projetos e iniciativas da instituição, implementados nos últimos sete anos - nos campos de negócios, gestão, institucional e de investimentos sociais e culturais. São ações que ilustram uma das máximas de Barbosa, que se transformou, também nesse período, em um dos ícones do movimento da sustentabilidade no país: "Empresas melhores, numa sociedade melhor, num mundo melhor."

A partir de hoje, mais um ponto será adicionado à espiral com o lançamento oficial do "Espaço Real de Práticas em Sustentabilidade", internamente chamado apenas de "Práticas". Uma iniciativa que pretende compartilhar com o público externo, principalmente os clientes corporativos e fornecedores, as experiências em busca do equilíbrio financeiro, social e ambiental que formam o tripé da gestão sustentável, acumuladas desde a integração do ABN AMRO Bank e do Banco Real, em 1998, e colocadas em prática a partir de 2000.

A criação de um espaço específico para troca de experiências pretende, segundo Barbosa, que também preside a Febraban, "encurtar o caminho de outras empresas." O pacote de ações, que inclui cursos on-line e conteúdo aberto na internet para o público em geral; palestras e visitas à agência "verde" inaugurada na Granja Viana, Grande São Paulo, no início do ano; oficinas e workshops para empresas clientes e fornecedoras - não tem a pretensão de estabelecer modelos ou ditar regras. Até porque, explica Maria Luiza, existem organizações e consultorias especializadas nisso.

A idéia é mostrar como os princípios do desenvolvimento sustentável podem ser aplicados no dia-a-dia das empresas e dos cidadãos. "É um fórum para troca de experiências", diz Barbosa, que considera o novo passo uma evolução natural da trajetória do Real e uma resposta à crescente demanda por informações por parte de universitários, organizações não-governamentais, clientes e fornecedores.

Hoje, na área de sustentabilidade, conta Maria Luiza, "cerca de 60% do tempo da equipe é dedicado aos clientes." São 60 pessoas que trabalham especificamente o tema que suscita cada vez mais interesse da sociedade. "A idéia de que a empresa está aí para ganhar a qualquer preço não é mais aceita", sentencia. Quando se faz negócios é preciso olhar para a transparência, para a diversidade, para o meio ambiente. É fundamental, diz, "ter uma proposta para valorizar as pessoas e o país."

Entre os clientes que inspiraram a iniciativa de sistematizar a troca de conhecimentos está a rede Othon, de hotéis. Cerca de 300 funcionários foram treinados a partir de uma parceria com o Real. Quando entram nos quartos, os hóspedes encontram em seus travesseiros um mini-manual, impresso em papel reciclado, que anuncia na capa: "Deixamos o Rio Othon Palace mais confortável para você e muito melhor para o meio ambiente". A pequena publicação registra que, com o apoio do Real, o hotel passou por uma reforma que foi além da restauração e o tornou mais sustentável, com controle dos desperdícios de água e energia. E apresenta 24 dicas para o cidadão contribuir, na sua rotina, com a preservação ambiental.

Transferir "para fora" parte da energia que em sete anos foi canalizada para projetos internos e ações de sustentabilidade só é possível agora porque a preocupação simultânea com a saúde financeira e os impactos sociais e ambientais do negócio já foi incorporada por diferentes departamentos do Real. As práticas adquiriram uma dinâmica de certa forma independente nas rotinas das diversas áreas de atuação do banco.

Mas o Real ainda não chegou onde queria. Em 2001, o banco criou uma então vanguardista diretoria executiva voltada para o que, na época, era identificado como "responsabilidade social". A meta era disseminar práticas socialmente responsáveis por toda a empresa de forma que, depois de quatro anos, esse departamento simplesmente "desaparecesse", com a missão cumprida. A diretoria foi projetada para ser, nos termos utilizados no banco, "biodegradável".

"Acho que subestimamos algumas coisas nesse processo", avalia Maria Luiza. Na verdade, explica, "tivemos que passar a empresa a limpo, todos os produtos, todos os processos". E a tarefa não foi, nem é, fácil. Hoje o Real ostenta uma carteira respeitável de negócios sustentáveis que vão da adoção de políticas de crédito socioambientais ao empenho na área de microcrédito, em que acumula 40 mil clientes.

Mas o banco ainda precisa trabalhar dentro de casa. "Ainda temos muito dilemas que não resolvemos", diz Barbosa. Um dos focos, agora, são as práticas de negócios das 30 corretoras que atuam junto à Tesouraria, que estão sendo analisadas e aprimoradas com base nos indicadores Ethos de responsabilidade social - parâmetros que avaliam as relações das empresas com todos os públicos interessados. As corretoras que têm desempenhos inferiores nas práticas socialmente responsáveis têm menos chances de negócios no sistema de rodízio da administração de recursos adotado pelo banco. Até agora, as corretoras trabalhavam dois meses e ficavam um afastadas. Com a adoção dos indicadores, as que têm piores resultados, não trabalham dois meses.

A continuidade dos esforços para garantir negócios sustentáveis não parece ameaçada pela compra do ABN AMRO por um consórcio, há dois meses, que colocou o Real sob o comando do espanhol Santander. "A Espanha tem reforçado que a estratégia é seguir com duas estruturas separadas aqui no Brasil", diz Barbosa. Assim, os projetos continuam. "É algo que veio para ficar, que traz bons resultados. Os acionistas ficam satisfeitos, a sociedade reconhece e os clientes e fornecedores também." Trata-se de provar, na prática, que é possível fazer negócios de uma maneira diferente, em que todos os envolvidos ganham, com bons resultados. "Queremos questionar a idéia de que ou se faz direito ou se tem bons resultados. É o mundo do ´e´, não o mundo do ´ou´, explica o executivo.

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Classe C é partida em duas e facilita o marketing

Daniele Madureira
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Valor Online em 04/12/07

O tamanho da classe média vai aumentar no Brasil. Representada genericamente pela classe C, este estrato da população, que hoje equivale a 36% das famílias brasileiras, cresce para 43% e divide-se em duas faixas a partir de 2008. Este novo padrão, adotado pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep), traduz uma antiga reivindicação dos anunciantes e pode ajudar a medir com mais precisão o comportamento do consumidor.

Além do aumento da classe C, apontado em pesquisa de 2005 em 11 mil domicílios de nove regiões metropolitanas, os novos critérios da Abep também mostram um aumento da renda familiar em todas as oito faixas - de A1 a E (ver quadro ao lado).

Desde o Plano Real, lançado em 1994, o poder de compra desse público vem aumentando, beneficiado com os consecutivos reajustes do salário mínimo e a inflação sob controle. Agora, as empresas podem direcionar com mais precisão seus projetos para vender produtos para os consumidores da C1 (renda média mensal familiar de R$ 1,2 mil) ou da C2 (R$ 730).

"Essa subdivisão é importante porque a classe C é a mais heterogênea de todas. Abriga gente que já pertencia à classe média, muitos que saíram da classe D e alguns poucos que caíram de B para C", afirma Waldyr Pilli, presidente da Abep. Ao se subdividir o mesmo estrato em dois, diz Pilli, é possível identificar necessidades diferentes, principalmente quando se trata de produtos de alto consumo, como alimentos, bebidas, higiene e beleza.

Para a Procter & Gamble, gigante de higiene e beleza, por exemplo, a nova subdivisão vai gerar um refinamento na abordagem à classe C. "Em C1, a nossa estratégia de marketing deve se centrar mais na marca, assim como acontece nas classes A e B", diz Cézar Benitez, diretor da área de pesquisas da P&G. "Estes consumidores, que almejam ser classe B, valorizam a diversidade de marcas e de versões de produtos que já consumiam antes", afirma Benitez.

Na C2, diz Pedro Silva, diretor de relações externas da P&G, há um grande contingente de consumidores que veio da classe D e começou a adquirir itens que até então não tinha acesso, a exemplo de fraldas descartáveis. "Para este público, preço continua sendo uma prerrogativa fundamental e o consumo de determinado item compete com outras categorias", diz Silva.

As oito agências que trabalham para o departamento de pesquisa da P&G estão fazendo as adaptações dos critérios para que a empresa mantenha uma série histórica. Só este ano, a Procter encomendou cerca de 200 pesquisas. No ano passado foram 150.

Para Benitez, a estimativa de renda média das famílias em C1 e C2 ajuda a definir, por exemplo, como as campanhas de marketing devem atingir cada público. "A diferença de R$ 500 reais na renda média familiar entre os dois segmentos abre espaço para identificar se há consumo de TV paga em C1 e se o transporte público mais usado por C2 é o metrô ou o ônibus, o que também direciona os investimentos em mídia", diz.

Na Norsa, produtora e distribuidora da Coca-Cola em quatro Estados do Nordeste, a subdivisão da classe C vai ajudar a empresa a identificar espaço para novos produtos. "No Nordeste, 90% do público é formado pela soma das classes C, D e E", afirma André Salles, superintendente da Norsa. "Nesse meio, há quem possa pagar alguns centavos a mais do que outros", ressalta Salles, que em janeiro assume a presidência da empresa.

Contar os centavos que se pode pagar a mais por um produto faz muita diferença para a Norsa que, antes de qualquer lançamento, procura saber quanto o consumidor está disposto a desembolsar para ver determinada necessidade atendida. Foi assim que a empresa lançou, por exemplo, a lata de refrigerante de 250 mililitros a R$ 1 (a tradicional tem 350 ml) e investiu no litro retornável (em vidro), 35% mais barato que a embalagem PET.

Para Guilherme Belluzo, sócio da consultoria Top Brands, a divisão de um mesmo estrato social faz muito mais sentido na classe C. "As subdivisões entre A1 e A2, e B1 e B2 quase nunca são usadas, porque o perfil é semelhante", afirma. "Já na C, existem pedaços com realidades diferentes que, embora apresentem um desembolso menor que A e B, são muitos, o que compensa cada vez mais o investimento".

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Seminário pede decisões rápidas na busca do desenvolvimento sustentável

Chico Santos
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Valor Online em 04/12/07

Bernardo Toro: "Precisamos acelerar a implantação do mercado de carbono"
Foto Leo Pinheiro

A urgência na tomada de decisões em busca de um desenvolvimento social e ambientalmente responsável e os desafios nada triviais que esta busca encerra marcaram o seminário "Ecoeficiência e os Desafios da Globalização", promovido pelo Valor, ontem, no Rio. O filósofo e educador colombiano Bernardo Toro, assessor estratégico da presidência da Fundação Avina, voltada para a busca do desenvolvimento sustentável, disse que algo precisa ser feito em prazo menor que dez anos para mudar a mentalidade na busca de uma sociedade baseada na ética, nos direitos humanos e no respeito ao meio ambiente.

Para Toro, no ritmo atual a humanidade vai levar pelo menos 20 anos para tomar medidas que são urgentes, mas ele se mostra otimista e entende que após o filme "Uma Verdade Inconveniente", do ex-vice-presidente americano Al Gore, a tomada de decisões tende a se acelerar. "Precisamos acelerar a implantação do mercado de carbono", disse ao Valor logo após sua palestra, acrescentando que esta e outras iniciativas precisam se efetivar em "cinco a seis anos".

Toro reforçou, em entrevista, a declaração feita por Fernando Almeida, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), segundo a qual ou a humanidade acelera uma ruptura planejada do modelo atual ou essa ruptura será feita, em pouco tempo, sob pressão de catástrofes naturais. "Não acredito que melhoria contínua dará resultado", disse.

Para ele, "o lucro tem que ser revisto, queiramos ou não". A mudança seria para reverter parte do que hoje é lucro para os acionistas para a sociedade como um todo. Almeida disse que não é visível a redução da miséria e lamentou a falta de lideranças capazes de conduzir o processo de ruptura com o modelo produtivo atual. "Não vejo o (Mahatma) Gandhi da sustentabilidade", disse.

Chamada por Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos, de "a nova utopia", a sustentabilidade depende, na opinião de Toro, menos de grandes líderes e mais de um esforço coordenado das elites, entendidas como as lideranças das diversas camadas sociais. "Se você logra juntar as elites, é possível que nas grandes cidades aprendamos mais rápido os caminhos da sustentabilidade", disse o filósofo.

A organização da sociedade civil é, na visão de Toro, a chave para se alcançar uma humanidade que seja centrada na satisfação dos direitos fundamentais, "políticos, econômicos, sociais, culturais, ambientais e difusos". Ao "modelo napoleônico" de "tudo pelo Estado" que, segundo ele, imperou nos últimos 200 anos, deve-se contrapor o Estado Social de Direito, que "existe para tornar possível a felicidade da gente".

Em outro dos três painéis do seminário, o físico Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, defendeu a criação de um fundo, com receitas da exploração da nova fronteira petrolífera do país, a camada pré-sal do subsolo marinho, para financiar o desenvolvimento de energia originária da biomassa.

Pinguelli mostrou-se pessimista em relação aos resultados da Convenção Mundial do Clima que começou ontem, em Báli (Indonésia), por entender que não há novidades significativas a serem sacramentadas no encontro, embora tenha aplaudido a adesão da Austrália ao Protocolo de Kioto.

Após mostrar dados de 2003 segundo os quais a maioria dos países ricos, com exceção de Alemanha e Reino Unido, estava com emissões até 42% (Espanha) acima das metas de Kioto, Pinguelli disse que os países em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia tendem a aumentar suas emissões. E os EUA não assinam o protocolo.

Eduardo Rath Fingerl, diretor do BNDES, apresentou as iniciativas do banco estatal para enfatizar o papel dos intangíveis na geração de valor pelas empresas e na conseqüente capacidade dessas empresas de captarem financiamentos. Segundo ele, os atuais modelos contábeis não são adequados para medir, por exemplo, se uma empresa é sustentável ou não.

Regina Zimmermann, gerente-técnica da Amanco, produtora de tubos de PVC, mostrou que, com o uso de uma série de parâmetros de ecoeficiência. a empresa acumula economia de custos de US$ 1,63 milhão desde 2002.

O seminário "Ecoeficiência e os Desafios da Globalização" foi realizado com o patrocínio da Ambev e com o apoio da Avina, da ONG Rio como Vamos, do Instituto Ethos e da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

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segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Caravanas vão esclarecer dúvidas sobre Seleção Pública de projetos sociais da Petrobras

Publicado pela Agência Petrobrás de Notícias em 29/11/07

Começa nesta sexta-feira, 30 de novembro, o atendimento on line às instituições interessadas em inscrever projetos sociais na seleção pública do Programa Desenvolvimento & Cidadania Petrobras. Todos os dias, até 11 de janeiro de 2008 (data do encerramento das inscrições), das 10 às 22 horas, a equipe técnica do Programa ficará à disposição para prestar esclarecimentos às instituições interessadas.

O acesso deve ser feito pelo site http://www.petrobras.com.br/desenvolvimentoecidadania

Esse atendimento virtual complementa as visitas das Caravanas Sociais, gratuitas e de livre acesso, a todos os estados brasileiros. Até o momento, foram realizadas Caravanas presenciais em três cidades – Aracaju (SE), Recife (PE) e Brasília (DF). No cronograma, disponível abaixo e também no site, constam datas e locais de realização das oficinas, onde a equipe técnica da Petrobras esclarecerá as dúvidas das instituições. As visitas serão encerradas em 18 de dezembro.

Outro canal disponível para informações sobre a seleção pública de projetos sociais é o telefone 0800-789001.

Acesse aqui a agenda das Caravanas Sociais.

Detalhes do Programa
A Petrobras irá destinar R$ 27 milhões para o patrocínio de projetos sociais que forem selecionados na edição 2007/2008 do programa Desenvolvimento & Cidadania Petrobras. Cada instituição poderá solicitar até R$ 690 mil para implantação e desenvolvimento do projeto pelo período de um ano. Há possibilidade de estender o apoio por até 24 meses.

A inscrição na seleção pública do Desenvolvimento & Cidadania Petrobras é gratuita e deverá ser feita somente no endereço www.petrobras.com.br/desenvolvimentoecidadania. Também nesse endereço as instituições têm acesso ao passo-a-passo para elaboração do(s) projeto(s).

Serão aceitos projetos sob responsabilidade de organismos governamentais, não governamentais e comunitários, legalmente constituídos no País, que atuem no Terceiro Setor brasileiro. Cada organização poderá inscrever até três projetos, mas só poderá ser contemplada em um. Poderão candidatar-se projetos em andamento, ou em fase de planejamento, que tenham como foco uma das seguintes linhas de atuação:

• Geração de Renda e Oportunidade de Trabalho
• Educação para a Qualificação Profissional
• Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente

Dentro dessas linhas, os critérios de seleção vão considerar quatro temas transversais: Gênero, Igualdade Racial, Pessoas com Deficiência, Pescadores e outros Povos e Comunidades Tradicionais.

O envio do material deve ser feito em um volume único lacrado, contendo quatro vias encadernadas separadamente em formato A4, acompanhados dos sumários dos formulários de inscrição e demais documentos requeridos. O encaminhamento por via postal deve ser feito por correspondência registrada e com aviso de recebimento, segundo normas dos Correios, para: Caixa Postal 29143 - CEP: 20540-970.

Serão válidos os projetos postados impreterivelmente até o dia 14 de janeiro de 2008. A divulgação pública dos resultados do processo seletivo será feita até o final do mês de maio de 2008, pela imprensa e pela internet, no mesmo endereço eletrônico.

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Primeira Infância vem Primeiro: conheça essa iniciativa

Publicado pela Fundação Abrinq em 27/11/07

Direito, importância e necessidade. Essas são as características que compõem, atualmente, a situação da educação infantil no Brasil.

Estima-se que sejam necessários, atualmente, 4,2 milhões de vagas de creche no Brasil. Em outras palavras, será preciso investir cerca de R$ 21,3 bilhões em estabelecimentos de ensino para crianças de 0 a 3 anos.

Este cenário é a motivação para o lançamento do programa A Primeira Infância Vem Primeiro. Seu objetivo é contribuir para a efetivação dos direitos à educação, saúde e proteção das crianças de 0 a 6 anos no ambiente da educação infantil.

Creche para Todas as Crianças é a ação prioritária do programa, que é uma iniciativa da Fundação Abrinq em parceria institucional com o Instituto C&A. Será lançada oficialmente no próximo dia 4 de dezembro, em São Paulo.

A finalidade da ação Creche para Todas as Crianças é alavancar o apoio da sociedade civil para resolver uma demanda urgente: a oferta de atendimento de creche de qualidade para toda criança.

Conheça mais sobre essa iniciativa: www.fundabrinq.org.br/primeirainfancia

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No SuperTube, plano é cruzar vídeo caseiro com vendas on-line

João Luiz Rosa
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Valor Online em 03/12/07

Rodrigo Junco, um dos três sócios da companhia: uso dos vídeos para tornar mais pessoal o comércio eletrônico
Foto Davilym Dourado/Valor

Está no ar há um mês um site de comércio eletrônico que mistura dois formatos consagrados pela chamada web 2.0 - o termo que, segundo alguns, define a fase atual da internet, marcada pelo conteúdo feito e exibido pelo próprio usuário. Batizado de SuperTube, o site é um cruzamento do YouTube, o portal de vídeos do Google, com o Mercado Livre, a página de classificados on-line na qual o consumidor pode vender e comprar diretamente de outro consumidor. O resultado dessa combinação é uma vitrine na qual o usuário pode exibir vídeos nos quais tenta vender seu próprio peixe.

"Pensando no YouTube, que é uma ferramenta fantástica para vídeos de entretenimento, avaliamos por que não empregar [o modelo] no comércio eletrônico, cujo processo de compra e venda é frio e provoca uma certa desconfiança sobre a procedência dos produtos", diz Rodrigo Junco, um dos criadores do SuperTube.

A idéia, explica Junco, surgiu há oito meses e foi apresentada a ele por seus atuais dois sócios no projeto: Leandro Zavaloni e Christian Aquino. Juntos, eles fundaram a MFC Planejamento e Projetos para colocar o SuperTube no ar e desenvolver outros projetos semelhantes. Dos três, Junco é o único que já trabalhava com tecnologia. Nos últimos sete anos, ele foi sócio na Full Tecno, braço de internet do grupo de comunicação Full Jazz. Os demais fizeram carreira na área de administração, em empresas de outros setores.

Nos próximos seis meses, os fundadores da MFC planejam completar a fase inicial de investimento no SuperTube, da ordem de R$ 2 milhões. Boa parte do dinheiro tem sido direcionada à infra-estrutura, considerada um ponto essencial em um serviço que depende de aspectos técnicos, como largura de banda suficiente para que os vídeos sejam transmitidos.

A expectativa inicial de Junco e seus sócios é de obter um faturamento de R$ 1,5 milhão no fim de 2008, multiplicando essa receita para R$ 5 milhões no ano seguinte. Depois disso, o plano é acelerar os negócios e alcançar tamanho suficiente para levar a companhia até o Bovespa Mais, um segmento da bolsa voltado para empresas médias e pequenas.

Para seguir essa rota, Junco e seus sócios finalizam o modelo de negócios do SuperTube. "Há três fontes principais de receita", afirma o empresário. A primeira e mais importante é a venda dos pacotes de serviços que permitirão ao usuário colocar no ar um determinado número de vídeos. A idéia é permitir aos usuários esporádicos, que requerem um número menor de vídeos, a possibilidade de usar o serviço básico, de acesso gratuito. Para os usuários mais ativos, que vivem de vender produtos na internet, serão oferecidos pacotes pagos que garantirão a exibição de um número maior de vídeos.

A segunda fonte de recursos é o patrocínio. Antes da exibição dos vídeos gratuitos, serão transmitidas mensagens de um patrocinador. O plano é dividir as cotas por canais, evitando que o patrocinador acabe concorrendo com os vídeos exibidos. Assim, no canal de venda de motos ou automóveis, o patrocínio viria de uma empresa de aditivos ou autopeças, mas não de uma concessionária de veículos.

O SuperTube também planeja ganhar dinheiro vendendo tecnologia para outras empresas. Esta será a terceira fonte de receita. Com sede em São Paulo, a MFC tem um laboratório em Florianópolis (SC), onde desenvolveu um conjunto de sistemas e ferramentas que permitem ao internauta transferir um arquivo de seu computador - no caso, os vídeos - para um site de internet.

A oportunidade está em vender essas ferramentas de software a empresas interessadas em exibir vídeos de clientes ou parceiros em seus próprios sites, além do SuperTube. "Uma agência de empregos poderia oferecer aos clientes a chance de gravar vídeos para apresentar seus currículos", exemplifica Junco. "Depois, os vídeos seriam exibidos tanto no site da agência como no SuperTube."

Uma coisa que está fora do plano de receita é cobrar taxas sobre as transações que venham a ser concretizadas no site. Os modelos comerciais incluirão a venda a preço fixo e os leilões, mas os negócios serão realizados diretamente entre o vendedor e o comprador, sem interferência do site.

O modelo básico é o seguinte: depois de ver um anúncio de seu interesse, o consumidor poderá clicar para fazer uma oferta pelo produto ou dar um lance, no caso de um leilão. Automaticamente, um e-mail será disparado tanto para o comprador como para o vendedor. A partir daí, as negociações ocorrem entre eles. Nos leilões, o sistema também está preparado para acompanhar os lances até que se chegue ao valor de reserva determinado pelo vendedor.

O SuperTube já está em funcionamento, no que Junco chama de modelo beta, o jargão do setor para a última fase de testes. A prioridade nessa etapa é agregar usuários, diz ele. Na web 2.0, quanto mais gente entra em um site, mais chances o site tem de virar o padrão em seu segmento. Não é à toa que até no slogan o SuperTube se espelha no YouTube, a referência em compartilhamento de vídeo. Se a frase do YouTube é "Broadcast Yourself" (algo como "divulgue a você mesmo"), no SuperTube vale a máxima "Broadcast your Sales" ("divulgue as suas vendas").

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Não basta apenas embelezar o balanço para ter sucesso

Irene Azevedo *
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Valor Online em 03/12/07

Houve um tempo em que, para ser um executivo de sucesso, objeto de desejo das maiores empresas, bastava gerar um balanço bonito para os acionistas. Ou seja, exibir lucro a qualquer preço. Hoje nem todas as organizações pensam e agem assim. Uma nova geração de executivos, com visão integrada, passou a ser valorizada.

O que eles trazem de diferente? Os que se dedicavam predominantemente à visão financeira cederam lugar ao profissional de novo perfil, preocupado com o desenvolvimento do capital humano, novas competências, formação de talentos, de lideranças, equilíbrio entre vida pessoal e trabalho, inserção não invasiva da empresa na comunidade, de forma ética e com responsabilidade social. Claro, também voltado para a geração sustentável de lucros, de tal sorte que as metas financeiras não comprometam a harmonia interna e se situem dentro de uma relação saudável com os funcionários.

Podemos agora acrescentar novos ingredientes à fórmula de sucesso dos que agora fazem a diferença no ambiente corporativo brasileiro: equilíbrio e agilidade. Para adquirir tais virtudes só há um caminho: o auto-conhecimento. Vale terapia, exercício diário de leitura e mesmo meditação, afinal o processo de crescimento pessoal deve ser constante e eterno. Quem está seguro de si se torna capaz de escutar e entender melhor os seus liderados e assim servi-los de forma que a empresa e eles sejam mais eficazes e eficientes. É preciso liderar pela diversidade, contratar pessoas que supram as deficiências da organização e não, simplesmente, alguém que seja uma mera cópia daqueles que estão no poder.

Um líder que faz a diferença é capaz de preparar seu sucessor e contrata pessoas que poderão vir a ser tão aptas quanto ele. Não gerencia pela mediocridade, mas trabalha para que todo o grupo se desenvolva. Isso se faz atribuindo responsabilidades e verificando quais são as necessidades deste grupo. Além disso, a humildade de admitir que não sabe tudo e a coragem de enfrentar os desafios são características fundamentais em um líder. Muitas vezes, quando um alto executivo é contratado, a empresa precisa de mudanças radicais para manter uma linha de crescimento. Neste caso, a percepção do profissional deve estar aguçada para tomar atitudes coerentes e éticas, ou seja, para encontrar o equilíbrio entre o balanço financeiro e a integridade dos funcionários.

Outro ponto importante é que o network não pode morrer. Fazer marketing pessoal e se apossar das suas habilidades e características é tão imprescindível quanto saber usá-las na hora correta e de acordo com cada ocasião. A técnica de questionar os seus funcionários para que eles próprios assimilem como solucionar os problemas do seu departamento, também conhecida como coaching, é uma característica essencial para executivos em cargos de liderança. E para não perder as rédeas, mesmo em situações e ambientes de total ambigüidade, use a resiliência pessoal. Ou seja, tenha autocontrole, conheça bem o território, fique informado sobre os recursos disponíveis e trace um plano de ação.

Hoje, a palavra chave que as companhias buscam é sustentabilidade. Resultados que sejam de longo prazo e que levem em conta todos os stakeholders - funcionários, clientes e até a sociedade de um modo geral. Não basta melhorar a empresa, um líder deve se preocupar em construir um mundo melhor para funcionários, familiares, comunidade e toda a sociedade.

* Irene Azevedo é sócia da Keseberg & Partners

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Petrobrás lança novo Programa Social - destinados R$ 27 milhões para a edição deste ano

Publicado pela Agência Petrobrás de Notícias em 21/11/07

A Petrobras apresentou, dia 21 de novembro, em solenidade no Palácio do Planalto, o seu novo programa social. O Programa Desenvolvimento & Cidadania Petrobras vai investir R$ 1,2 bilhão em projetos com foco em geração de renda e oportunidade de trabalho, educação para a qualificação profissional e garantia dos direitos da criança e do adolescente.

O principal objetivo é contribuir para a redução da pobreza e das desigualdades e atuar em prol do desenvolvimento local, regional e nacional, gerando a inserção social, digna e produtiva, de pessoas e grupos que vivem em risco ou em desvantagem social no país.

Até 2012, deverão ser atendidas cerca de quatro milhões de pessoas diretamente e 14 milhões de forma indireta, além de alcançar outros 27 milhões de pessoas com ações de comunicação e difusão da cidadania.
O evento de lançamento do Programa contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, da ministra interina do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes e do presidente do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Ricardo Young.

AVALIAÇÃO DE RESULTADOS
O Programa Desenvolvimento & Cidadania Petrobras inaugura uma nova fase na gestão do investimento social da companhia. O Programa vai estabelecer um conjunto de indicadores e metas de desempenho para integrar o monitoramento das ações e a avaliação dos resultados em todo o território nacional. Dessa forma, será possível obter mais eficiência na mensuração de desempenho e na gestão do Programa, com base na estratégia corporativa.

Segundo o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, um dos principais diferenciais do Programa será saber, através dos mecanismos de metas e resultados, “o efeito transformador que a iniciativa terá, não para a Petrobras, mas para a população brasileira”. Gabrielli destaca que o novo Programa introduz mecanismos de auto-sustentabilidade, possibilitando que os participantes “caminhem com suas próprias pernas”.

A fim de alcançar uma transformação consistente no cenário social das comunidades, a Petrobras definiu um conjunto de metas de desempenho para o novo Programa. Entre estas metas, destacam-se: a prioridade à juventude, com 50% do público atendido na faixa etária entre 15 e 29 anos; a inclusão de 20% dos participantes dos projetos de formação profissional no mercado de trabalho; a melhoria do desempenho de 60% de crianças e adolescentes atendidas nos projetos na escola formal; e a entrega de certificados de conclusão reconhecidos pelo Sistema Nacional de Certificação Profissional em, pelo menos, 60% dos cursos profissionalizantes.

Já as ações de geração de renda e oportunidade de trabalho devem garantir um aumento de, pelo menos, 60% da renda dos participantes. Além disso, no mínimo 70% dos projetos devem estruturar um plano de negócio para garantir sua sustentabilidade.

Além de facilitar a identificação, o registro, a sistematização e a multiplicação das ações bem-sucedidas, o novo Programa vai estimular a adoção de boas práticas de gestão pelas organizações sociais brasileiras.

Diretrizes
• Respeitar a diversidade
• Dar prioridade à juventude
• Buscar a sustentabilidade dos resultados produzidos pelas ações
• Atuar em sinergia com políticas públicas
• Realizar ações estratégicas, sistêmicas e multiinstitucionais
• Estimular o protagonismo social, a co-responsabilidade, o associativismo, o cooperativismo e o trabalho em rede
• Contribuir para a erradicação do analfabetismo
• Colaborar para o desenvolvimento local nas áreas de influência do Sistema Petrobras

Linhas de atuação
1. Geração de renda e oportunidade de trabalho
2. Educação para a qualificação profissional
3. Garantia dos direitos da criança e do adolescente

Temas transversais
• Gênero
• Igualdade racial
• Pessoas com deficiência
• Pescadores e outros povos e comunidades tradicionais

Ações estratégicas
1. Investimentos em projetos sociais (nacionais, regionais e locais)
Repasse de recursos, de forma planejada e monitorada, a iniciativas que promovam a transformação social das comunidades.

2. Fortalecimento de redes e organizações sociais
Apoio à interação entre os agentes sociais, públicos e privados, para a formação de parcerias e alianças, troca de experiências, produção de conhecimento e debate sobre políticas públicas.

3. Difusão de informações para a cidadania
Campanhas de comunicação para mobilizar e influenciar a opinião pública, as organizações sociais e o governo para a discussão de temas ligados à cidadania e aos direitos humanos.

Durante o lançamento do Programa Desenvolvimento & Cidadania Petrobras, dia 21 de novembro, também foram abertas as inscrições de projetos sociais. O prazo irá até 11 de janeiro de 2008.

Serão destinados R$ 27 milhões para a edição deste ano. Cada instituição poderá solicitar até R$ 690 mil para implantação e desenvolvimento do projeto pelo período de um ano. Há possibilidade de estender o apoio por até 24 meses.

A inscrição na seleção pública do Desenvolvimento & Cidadania Petrobras é gratuita e deverá ser feita somente no endereço petrobras.com.br/desenvolvimentoecidadania.

Serão aceitos projetos sob responsabilidade de organismos governamentais, não governamentais e comunitários, legalmente constituídos no país, que atuem no Terceiro Setor brasileiro. Cada organização poderá inscrever até três projetos, mas só poderá ser contemplada em um. Poderão candidatar-se projetos em andamento, ou em fase de planejamento, que tenham como foco uma das seguintes linhas de atuação:

• Geração de renda e oportunidade de trabalho
• Educação para a qualificação profissional
• Garantia dos direitos da criança e do adolescente

Dentro dessas linhas de atuação, os critérios de seleção vão considerar quatro temas transversais: gênero, igualdade racial, pessoas com deficiência, pescadores e outros povos e comunidades tradicionais.

Durante o período de inscrições, a Petrobras vai realizar em todos os estados brasileiros as Caravanas Sociais, com o objetivo de divulgar o Programa e seus critérios, permitindo a igualdade de acesso aos interessados. Livres e gratuitas, as Caravanas são oficinas presenciais e virtuais que vão capacitar as organizações sociais para a elaboração de projetos. O sítio do Programa disponibiliza o cronograma das visitas.

INFORMAÇÕES GERAIS
No sítio petrobras.com.br/desenvolvimentoecidadania, as instituições têm acesso ao passo-a-passo para elaboração do(s) projeto(s). O envio do material deve ser feito em um volume único lacrado, contendo quatro vias encadernadas separadamente em formato A4, acompanhados dos sumários dos formulários de inscrição e demais documentos requeridos. O encaminhamento por via postal deve ser feito por correspondência registrada e com aviso de recebimento, segundo normas dos Correios, para: Caixa Postal 29143 - CEP: 20540-970.

Serão válidos os projetos postados impreterivelmente até o dia 14 de janeiro de 2008. A divulgação pública dos resultados do processo seletivo será feita até o final do mês de maio de 2008, pela imprensa e pela internet, no mesmo endereço eletrônico. Outras informações poderão ser obtidas no SAC (0800-789001).

A Petrobras identificará e valorizará projetos que reaplicam Tecnologias Sociais mapeadas pela Rede de Tecnologia Social (RTS), ou que desenvolvem novas tecnologias com potencial para inclusão na Rede.

Também será feita a inclusão, na Carteira de Projetos, de iniciativas inscritas na Seleção Pública e escolhidas pela Comissão, que não venham a ser contempladas com patrocínio por causa da limitação de recursos do Programa. Esses projetos receberão um selo comprovando sua qualidade técnica, pertinência e alto potencial de gerar resultados transformadores e impactos sociais nas comunidades mais vulneráveis do Brasil.

O objetivo é estimular ações socialmente responsáveis entre as empresas parceiras, clientes e fornecedoras que integram a cadeia produtiva da companhia, e potencializar seu papel de protagonista na consolidação de uma política de responsabilidade social corporativa no mundo dos negócios.

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