quinta-feira, 23 de julho de 2009

PNUD organiza seminário para discutir temas sugeridos na Campanha Brasil Ponto a Ponto

O que desejam os brasileiros?

Mais de 500 mil pessoas que participaram da Campanha Brasil Ponto a Ponto, promovida pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e um conjunto de 25 parceiros, responderam que desejam uma sociedade onde se possa educar para melhores valores de vida e onde as pessoas não sejam tão violentas.


Para entender melhor os temas escolhidos nessa consulta, o PNUD está organizando um seminário nos dias 24 e 25 de agosto e convida organizações para contar a experiência prática da sua instituição nesses temas.

Workshop sobre Valores de Vida e Desenvolvimento Humano
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) está elaborando o próximo Relatório de Desenvolvimento Humano Nacional. O relatório busca identificar os desafios ao desenvolvimento humano no país e discutir alternativas para o trabalho rumo à superação desses desafios.

Como parte da preparação desse Relatório, o PNUD, junto com seus parceiros, promoveu a Campanha Brasil Ponto a Ponto. A campanha teve por objetivo definir o tema do RDH. Mais de meio milhão de pessoas em todo o Brasil participaram e escolheram o tema ‘Valores’, com ênfase nas questões ‘educação’ e ‘violência’.

Os participantes da campanha Brasil Ponto a Ponto, quando falaram de “valores”, indicaram uma preocupação com as crenças e atitudes que atrapalham a convivência entre as pessoas na sociedade. O tema educação foi mencionado como algo mais amplo do que a educação nas escolas, o que inclui, por exemplo, uma educação sobre direitos e deveres ou para melhorar a relação entre as pessoas. Por fim, o tema violência apontou principalmente uma preocupação com a violência entre as pessoas, presente no dia-a-dia dos brasileiros. Falou-se muito sobre violência nas escolas, violência doméstica e violência como forma de resolução de problemas.

Para aprofundar a discussão dessas questões o PNUD está organizando nos dias 24 e 25 de agosto de 2009 um Workshop em Brasília. Este workshop abordará uma discussão teórica sobre o tema dos “valores” e sua relação com as áreas da educação e violência. Também buscará identificar e discutir projetos e iniciativas que trabalhem esses temas na prática.

O evento é direcionado a organizações (públicas ou da sociedade civil) que desenvolvam projetos ou iniciativas na área de promoção e formação de valores. Especial atenção será dada às práticas que abordem a questão dos valores com os temas de educação e/ou violência.

Durante o seminário, serão discutidas questões como:
  • É possível alguma prática mudar os valores, as crenças ou as formas de agir das pessoas?
  • Como trabalhar valores de modo local / comunitário?
  • O trabalho com valores pode mudar a educação e/ou a violência no Brasil?
  • Como trabalhar com valores para melhorar a questão da violência entre as pessoas?
  • Como trabalhar a relação entre valores e educação?
Para participar, envie um breve relato (máximo de 2 páginas) da prática desenvolvida pela sua organização, seguindo o formato abaixo.
1. Dados da experiência
a) Nome da experiência
b) Local de desenvolvimento da experiência
c) Instituição responsável
d) Contato (nome do responsável, endereço, telefone e e-mail
e) Tempo de funcionamento da experiência
2. Descrição da experiência
a) Objetivos
b) Público Alvo
c) Descrição da situação que motivou a realização desta experiência
d) Relação da experiência com o tema dos “valores” (se houver, destacar relação também com os temas de “educação” e/ou “violência”)
e) Principais atividades realizadas
f) Resultados alcançados
g) Outras informações (Descreva aqui outras informações que julga importante e que não foram colocadas nos itens anteriores)

Se desejar, pode ser enviado junto com o formulário material completar sobre a experiência da sua organização, como vídeos, cartilhas, fotos, etc.

O prazo para o envio das propostas é 31 de julho de 2009. Os melhores relatos serão convidados para apresentar suas experiências no workshop. Todas as despesas de viagem (passagens e estadia) para Brasília serão cobertas pelo PNUD. As melhores apresentações poderão servir de referência para a elaboração do Relatório de Desenvolvimento Humano.

Participe! Ajude o PNUD a produzir um Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) que possa tratar de nossos valores, nossas atitudes, nossas contradições de uma maneira positiva, que valorize as boas práticas e aponte soluções para uma sociedade mais justa.

Para quaisquer questões ou dúvidas por favor escrevam para Flavio Comim (flavio.comim@undp.org.br) ou Moema Freire (moema.freire@undp.org.br )


Portal do Voluntário, 16/07/09

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Nova era exige atuação digital

Empresas e pessoas físicas estão deixando de grafar as assinaturas em papel de documentos importantes, como contratos, operações com instituições financeiras e também com o Judiciário, além de escriturações de notas fiscais e livros contábeis. Utilizam de modo crescente o meio digital como instrumento de ratificação, autorização e designação de autoria dessas práticas.Tais fatos vêm ocorrendo em razão de uma série de mudanças de serviços implantadas por cartórios, bancos e poderes públicos, em busca de mais segurança, melhor controle e qualidade na arrecadação de tributos.

A transformação está fazendo com que as pessoas transfiram todos os procedimentos, até então oficializados por intermédio da impressão dos arquivos eletrônicos em papel, para o meio exclusivamente digital, com validade jurídica e respaldo legal. Exemplo disto é a massificação do uso da Nota Fiscal Eletrônica municipal e estadual.

De agora em diante, as empresas, em maior escala, deverão fornecer todo o movimento econômico, antigamente registrado nos chamados livros diários e auxiliares, imediatamente após o encerramento do exercício fiscal, para o SPED – Sistema Público de Escrituração Digital. Este agrupa as informações das Notas Fiscais Eletrônicas, escrituração fiscal dos livros de registros de saídas, entradas e inventário, bem como o antigo livro diário, em um repositório nacional administrado pela Receita Federal.

As Juntas Comerciais, sinônimo de grande cartório com montanhas de papéis, estão se atualizando para que todos os procedimentos utilizem o fluxo eletrônico, desde a sua geração, transmissão, análise e retorno ao usuário. O novo sistema chama-se Registro Mercantil Digital.

O cruzamento das informações econômico-fiscais está cada vez mais eficiente, pois o trânsito dos dados eletrônicos, anteriormente restrito aos papéis, agora é realizado eletronicamente pelos próprios contribuintes para as autoridades fiscais, por meio de programas que validam as informações e as transmitem, via internet, para o banco de dados do governo. Graças aos instrumentos legais da Era Digital, os profissionais da área contábil e da advocacia, que há décadas sofrem com a burocracia imposta pelos cartórios, órgãos públicos e o Judiciário, conseguem trabalhar sem sair de casa ou do escritório. A geração dos processos com Certificação Digital lhes dá garantia legal e autenticidade da assinatura, como se fosse de próprio punho.

São muitos os exemplos do sucesso da Certificação Digital em distintas atividades, tais como: acesso ao banco de dados dos contribuintes da Receita Federal, com retificações de guias de recolhimentos, emissão de segundas vias, consulta às informações fornecidas por terceiros para o Fisco e diversos benefícios que evitam as famigeradas idas e vindas ao balcão de atendimento; protocolo on-line de petições no Judiciário, o Sisdoc — Sistema Integrado de Protocolização de Documentos Físicos e Eletrônicos; envio de processos judiciais desde o início pela internet; e Registro do Livro Diário Eletrônico nas Juntas Comerciais.

Assim, cabe aos profissionais que utilizam os benefícios dos meios eletrônicos (1,1 milhão de cidadãos, sendo 400 mil contabilistas e 700 mil advogados) ajudar o governo a reduzir a burocracia, além de ensinar, disseminar e multiplicar perante a população o bom uso dessa ferramenta. Compete ao governo criar mecanismos para transferir todos os processos existentes que ainda exigem a presença física das pessoas e dos papéis para os meios eletrônicos.

A nova geração entra no mercado com a filosofia digital e facilita o entendimento desses benefícios. A Era Digital deu partida a uma corrida tecnológica rumo ao futuro, sem a mínima possibilidade de retorno. Por mais saudosista que alguém seja, tornou-se inexoravelmente inútil teclar na velha máquina de datilografia ou continuar raciocinando de maneira analógica. Daquele valioso instrumento de trabalho dos nossos pais, nos resta guardar a boa herança da digitação. Entretanto, até mesmo essa aptidão migrará, oportunamente, “da ponta dos dedos” para o comando de voz.

Além disso, a simples transposição de registros, documentos, processos e informações das agora ultrapassadas cópias impressas para os meios eletrônicos representa o louvável respeito à economia de recursos naturais, em razão da prosaica dispensa do uso de papel.

Como todas essas mudanças são extremamente bruscas, vertiginosas, muitas pessoas ainda não se deram conta. Outros criaram certa resistência e até um medo justificável, pois nem sempre é fácil enfrentar o novo. E, assim, vão ficando de fora, ou por fora, do seu próprio mundo.


Antoninho Marmo Trevisan
Colunista de Plurale, colaborando com um artigo por mês. Empresário e educador, é presidente do Conselho Consultivo da BDO Trevisan, da Trevisan Consultoria e Gestão, da Trevisan Escola de Negócios e Membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
Envolverde, 14/07/09
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