terça-feira, 25 de março de 2008

Prêmio “Educar para a igualdade racial” recebe inscrições

O Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert), em parceria com o banco ABN Amro Real, recebe até 5 de maio inscrições para a quarta edição do prêmio "Educar para a igualdade racial. O objetivo do prêmio é sensibilizar e subsidiar profissionais da educação sobre a inclusão social de crianças de diferentes etnias.

As inscrições podem ser feitas pela Internet ou pelos Correios, neste caso os candidatos devem enviar a ficha de inscrição para o Ceert, na Rua Duarte de Azevedo 737, no bairro Santana, CEP 02036-0222.

Podem participar professores e escolas da rede pública ou privada de educação infantil e ensino fundamental I (da 1ª à 4ª série) do Estado de São Paulo. Os candidatos podem inscrever projetos político-pedagógicos que valorizem a igualdade racial, como pesquisas, exposições, produções teatrais. As atividades devem ter sido desenvolvidas entre 2005 e 2007 e devem estar relacionada a pelo menos uma das seguintes áreas de conhecimento: ciências, educação artística, educação física, geografia, história, matemática, língua estrangeira e língua portuguesa.

Os quatro professores premiados (dois de educação infantil e dois de ensino) receberão R$ 5.000, participarão de um curso sobre a temática racial desenvolvido pelo Ceert e ganharão um kit de livros que envolvem o tema da diversidade humana e pluralidade cultural.

Na categoria "Escola" quatro instituições receberão R$ 10.000, um kit de livros sobre a temática racial e os setores dos estabelecimentos de ensino participarão de um curso organizado pelo Ceert.

Publicado pelo redeGIFE Online em 24/03/08

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A Necessária Participação em Ações Políticas

Luiz Carlos Merege*

As conquista do terceiro setor nos últimos anos foram significativas, mas ainda não são suficientes para colocá-lo como um ator na formulação de políticas sociais públicas. Da ausência de identidade até o seu reconhecimento como componente do PIB não se passaram 15 anos. Trata-se, portanto de um setor nascente que está aos poucos construindo seu papel na sociedade brasileira.

Foram os economistas latinos americanos que elaboraram uma concepção sobre o que seria um setor nascente e quais seriam as políticas econômicas necessárias para o seu fortalecimento. Tal teoria se referia ao reconhecimento de um frágil setor industrial que não crescia e não tinha condições para tanto, já que prevalecia uma visão hegemônica de que o país tinha um destino agrícola.

Era uma visão da classe dos grandes proprietários de terras que acumulavam riquezas com os saldos positivos de nossa balança comercial e, portanto, podiam formar e influenciar a classe política para defender seus interesses.

Os economistas desenvolvimentistas conseguiram provar que o quê era bom para uma classe social não era bom para o país. No longo prazo, se o país permanecesse essencialmente agrícola ele se empobreceria em relação aos países industrializados. Provaram que havia a necessidade de se aumentar constantemente a produção agrícola para se adquirir a mesma quantidade de bens de consumo industriais, já que estes, pela inovação tecnológica constante, agregam mais valor. Defenderam que o setor nascente industrial necessitava de proteção cambial e enorme incentivos para o seu crescimento. Foram adotadas medidas radicais tal como o fechamento do mercado brasileiro para importações de bens industriais e criado forte incentivo fiscal para garantir uma atrativa taxa de lucro para o setor.

A renúncia fiscal do Estado foi enorme, o que acabou criando uma colossal dívida interna. Mas, o nosso setor industrial se fortaleceu e se tornou um dos mais importantes do planeta. Tudo isto foi possível graças a uma forte articulação das lideranças do nascente setor industrial brasileiro. A defesa de seus interesses econômicos se constituiu em uma luta permanente frente ao poder legislativo e executivo para que a legislação fosse favorável ao crescimento do setor industrial.

O nascente terceiro setor ainda não tem forças para uma ação de tal envergadura. Constituído majoritariamente por micro organizações que atuam em campos dos mais distintos, o setor ainda se sente refém do poder público. Nos trabalhos de pesquisa de campo até agora realizados, nota-se uma forte dependência das organizações de favores dos governos locais. Como influenciar a formulação de políticas públicas se as organizações se sentem temerosas de perderem os parcos recursos que conseguem como uma dádiva que não deve ser questionada?

O papel hoje passivo das organizações deverá ser convertido em um papel ativo de tal forma que possa influenciar na formulação de políticas publicas que fortaleçam o setor. Assim como ocorreu no setor industrial, isto é possível através da organização das mais expressivas lideranças do setor em um forte “lobby” que atue nos mais distintos níveis de decisões governamentais. Influenciar a formulação da legislação social com o intuito de fortalecer o setor tem que fazer parte das prioridades na agenda das organizações.

Recentemente foi publicado pelo Instituto Aspen (www.aspeninstitute.org) um livro intitulado “Seen but not Heard: Strengthening Nonprofit Advocacy” que faz um diagnóstico da atuação de defesa de interesses das organizações do terceiro setor apontando que elas são esporádicas e ainda fracas.

Para mudar tal cenário o livro faz cinco recomendações para que as organizações promovam cada vez mais a participação e comprometimento de suas lideranças em ações de defesa dos interesses do terceiro setor frente aos poderes governamentais. São elas:

(i) discutir advocacy com os conselhos e os dirigentes da organização. Os principais diretores devem explicitar o seu envolvimento e apoio nas ações que poderão influenciar políticas públicas;

(ii) estabelecer como um procedimento interno da organização a preparação e discussão de assuntos que melhorem a participação da organização em ações coletivas de defesa de interesses;

(iii) designar membros da direção que sejam responsáveis no dia a dia por assuntos de defesa de interesses da organização e do setor;

(iv) engajar a organização em redes que representem os interesses do setor frente a órgãos governamentais e

(v) formar colaboradores especialistas em defesa de interesses, assim como uma estrutura que favoreça a sua ação.

Uma recente notícia exemplifica o tipo de ação necessário para que o setor se torne um protagonista na formulação de políticas públicas. Ela dizia respeito à formação de duas redes de organizações. Uma para exercer o controle e monitorar o poder legislativo municipal de São Paulo nas áreas de juventude, infância, adolescência, educação, arte e cultura. E, outra, para acompanhar o trabalho de vereadores com relação aos temas de diversidade e direitos humanos.

É o pontapé inicial que precisávamos. Cabe seguir o exemplo e semeá-lo pelo país afora. Os necessários frutos para fortalecer o setor certamente virão!

* Luiz Carlos Merege é professor titular, doutor pela Maxwell School of Citizenship and Public Affairs da Universidade de Syracuse, coordenador do Centro de Estudos do Terceiro Setor - CETS da FGV-EAESP, do curso de Administração para Organizações do Terceiro Setor e do Projeto Censo do Terceiro Setor do Pará .

Publicado na edição de setembro da revista Integração

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Últimos dias para inscrever-se no Encontro de mobilização de recursos ABCR - Resource Alliance

O encontro antecede o 5º Congresso do Gife sobre Investimento Social Privado em Salvador e será realizado no dia 2 de abril, no Pestana Bahia Hotel, em Salvador.

As vagas são limitadas, por isso inscreva-se o quanto antes.

Objetivos:
- Discutir sobre os avanços da sustentabilidade das ONGs no Brasil;
- Discutir o papel do captador de recursos na busca pela sustentabilidade;


Contexto:
O crescimento vertiginoso do número de ONGs no Brasil a partir dos anos 90 e a pressão dos novos financiadores do Terceiro Setor (organismos internacionais e empresas) por resultados, fez com que a profissionalização e algumas ferramentas típicas do mundo empresarial fossem incorporadas ao dia-a-dia das ONGs. Planejamento estratégico, avaliação, indicadores, marketing, foram algumas das palavras que passaram a compor o vocabulário de quem trabalha no terceiro setor.

Nesse cenário, nasce, no início dos anos 2000 a ABCR – Associação Brasileira de Captadores de Recursos, inspirada em movimentos internacionais pela ética na atividade da captação de recursos e pelo fortalecimento dessa atividade como fundamental para fortalecer todo o setor da Sociedade Civil. Essa também é missão da Resource Alliance, uma ONG internacional com presença na Europa, Ásia, África e a partir de 2008 no Brasil.

Mas depois de quase dez anos do início desse processo, afinal, quais foram os avanços na profissionalização da atividade de captação de recursos no Brasil? E como evoluiu a atividade do captador de recursos? As ONGs valorizam ter em sua equipe um profissional de captação de recursos? Qual o perfil desse profissional? Como formar um captador de recursos?

Essas são algumas das perguntas que inspiram o Encontro de Mobilização de Recursos ABCR e Resource Alliance.


Programação:

8:30 a 9:00 - MESA DE ABERTURA E BOAS VINDAS
Norma Galafassi - Conselheira da Resource Alliance
Marcelo Estraviz - Presidente da ABCR
Fernando Rossetti - Secretário Geral do GIFE


9:00 a 11:00- PALESTRA INTERNACIONAL
Norma Galafassi - "Panorama mundial da mobilização de recursos e a sustentabilidade das ONGs"


11:00 a 11:30 - COFFE-BREAK
Mesas Temáticas para intercâmbio e discussão


11:30 a 13:00 - OFICINAS DA MANHÃ
Oficina M1: Michel Freller - "Captação de Recursos através de Incentivos Fiscais Federais"
Oficina M2: Claudia Amaral - "Captação de Recursos para o Desenvolvimento Local"


13:00 14:00 -ALMOÇO


14:00 a 16:00 - OFICINAS DA TARDE
Oficina T1: João Meirelles - "Cadeias de valor: empresas & comunidades tradicionais em parceria"
Oficina T2: Rodrigo Alvarez - "Negócios sociais: criando valor financeiro ao que tem valor simbólico"

16:00 a 16:30 - COFFE-BREAK
Mesas Temáticas para intercâmbio e discussão


16:30 a 17:00 - COMUNICAÇÃO
Marcio Zepellini - "Marca X Causa: agregando valor à comunicação no Terceiro Setor"


17:0 a 18:00 - PALESTRA NACIONAL
Marcelo Estraviz - "Rumo ao desenvolvimento institucional: 'Mobilizando' mobilizadores de recursos"


18:00 A 18:30 - MESA DE ENCERRAMENTO
Norma Galafassi e Marcelo Estraviz - Resumo do dia e convite para o coquetel.

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Empresas criam Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresarial

Objetivo é incentivar, qualificar e fortalecer o trabalho voluntário

Cerca de 30 empresas de todo o Brasil reúnem-se para lançar nesta segunda-feira, 24, na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresarial (CBVE). Entre as empresas participantes do Conselho, que é uma iniciativa pioneira no país, estão Coca Cola, Carrefour, Light, Petrobras, Shell, Souza Cruz, TV Globo e Vale, entre outras.

O objetivo do CBVE é incentivar, qualificar, fortalecer e disseminar o trabalho voluntário em empresas, institutos e fundações empresariais a ele associados. Escolhida por unanimidade como presidente do CBVE, Wanda Engel, superintendente-executiva do Instituto Unibanco, afirma que sempre acreditou na união de esforços, apontando a fragmentação como um dos maiores males nas lutas coletivas. “A dispersão de esforços diminui o impacto das ações sociais”, diz a presidente do CBVE.

Para assumir a secretaria-executiva do CBVE foi escolhida a ONG RIOVOLUNTÁRIO, por sua experiência na consultoria de programas de Voluntariado Empresarial. “É muita honra assumir essa posição em um conselho dessa natureza. O país precisa muito de força de voluntários e, nesse sentido, é fundamental a participação da iniciativa privada. As empresas estão conscientes de seu papel e da oportunidade de aderirem a esse processo de construção e engajamento”, afirma Heloisa Coelho, diretora-executiva do RIOVOLUNTÁRIO.

Após o lançamento, outras empresas poderão ingressar no Conselho. Basta entrar em contato com a coordenação do CBVE, no RIOVOLUNTÁRIO – empresarial@riovoluntario.org.br.

Publicado pela Pauta Social em 24/03/08

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