segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Índice de Oportunidade Humana coloca Brasil em oitavo lugar na América Latina

Um novo indicador criado pelo Banco Mundial aponta que o Brasil está atrás de países como Argentina, Chile, Jamaica e México no que diz respeito à igualdade de oportunidades oferecidas às crianças. Ainda assim, está dois pontos acima da média latino-americana.

O Índice de Oportunidade Humana (IOH), divulgado ontem (2) pela instituição, mede as oportunidades necessárias para assegurar o acesso universal de crianças e jovens a serviços básicos essenciais para uma vida produtiva. O índice vai de 0 a 100 e aumenta à medida que há mais oportunidades. Outro fator levado em consideração é se essas chances são distribuídas de forma eqüitativa. A insituição defende que esse nivelamento de chances para as crianças é a chave do desenvolvimento na região. A nota do Brasil é 72 e a da América Latina, 70. O país com melhor resultado é o Chile, com IOH de 91. Na outra ponta, a Nicarágua ficou com 46.

Em função das desigualdades entre a população dos países latino-americanos, a região foi escolhida pelo Banco Mundial para aplicação do IOH pela primeira vez. Foram avaliados 19 países. O índice é calculado com base na distribuição das oportunidades educacionais e habitacionais oferecidas nos países. Os cinco indicadores considerados foram acesso à saneamento, água potável, eletricidade, freqüência escolar na faixa etária de 10 a 14 anos e conclusão da 6ª série do ensino fundamental na idade correta.

Segundo o banco, “entre 25% e 50% da desigualdade permanente de renda observada entre os adultos da América Latina e do Caribe deve-se a circunstâncias que essas pessoas enfrentaram ainda na infância e sobre as quais não tinham controle nem responsabilidade”.

Entre os 19 países da América Latina e Caribe, Argentina, Chile, Costa Rica, Uruguai e Venezuela foram considerados os mais próximos da universalidade nos serviços básicos. Já Guatemala, Honduras e Nicarágua são os mais distantes da meta.

O estudo analisa ainda de que forma fatores como cor de pele, local de nascimento e condições de renda da família influem no acesso aos serviços básicos em cada país. De acordo com o relatório, o nível educacional da mãe e a renda salarial do pai estão entre os fatores de maior peso para explicar desigualdades na distribuição de oportunidades entre as crianças da região.

Os pesquisadores analisam ainda os avanços dos países na última década, considerando indicadores sociais de 1995 a 2005. Nesse recorte, o Brasil aparece como destaque, já que o índice subiu de 59 para 72 no período, com uma taxa de crescimento anual de 1,3%.

Ranking IOH América Latina e Caribe: http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/10/02/materia.2008-10-02.9609431861/view

Oportunidades educacionais são menores no Brasil, diz Banco Mundial
No Brasil, as oportunidades em educação oferecidas às crianças são menores do que nos outros países da América Latina e Caribe, com exceção de Nicarágua, El Salvador e Honduras.

A educação é uma das variáveis utilizada para calcular as oportunidades necessárias para assegurar o acesso universal de crianças e jovens a serviços básicos essenciais para uma vida produtiva. A instituição considera esse acesso como fator determinante para a ocorrência de desigualdades sociais e econômicas em uma população.

O IOH brasileiro na área educacional é de 67 pontos, nove abaixo da média (76 pontos) dos 19 países que participaram do estudo. O Chile é o país com melhor desempenho na área educacional, com 90 pontos. As crianças da Nicarágua são as com menos chances de acesso a uma boa educação, com um IOH de 59 pontos.

O índice da educação é calculado com base na freqüência escolar dos alunos de 10 a 14 anos e no número de crianças que conclui a 6ª série do ensino fundamental na idade indicada para o período. O relatório aponta que o Brasil, ao lado do Chile e da República Dominicana, é o país mais próximo da universalização de oportunidades para a freqüência escolar, com 96%.

Por outro lado, o IOH para crianças que concluem a 6ª série na idade certa é de 37%, o terceiro pior entre os países. O índice vai de 0 (privação total) a 100 (universalização de oportunidades). Apesar do baixo desempenho, o relatório do Banco Mundial aponta o Brasil como um país que registrou significativas melhorias na área.

“Na verdade, quando os países latino-americanos são ranqueados pelas melhorias nas oportunidades educacionais, o Brasil é o melhor ou o segundo melhor na região”, diz o estudo.

Segundo o relatório, o avanço é resultado de políticas públicas criadas para esse objetivo. O aumento do financiamento para a educação com a criação do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) é citado como um pilar da política educacional. O relatório aponta ainda o Bolsa Família como “vital para acelerar o progresso educacional do país”.


Amanda Cieglinski, da Agência Brasil
Envolverde, 03/10/08
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Prêmio IPS/ FIDA de Jornalismo

O Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e a agência internacional de notícias IPS - Inter Press Service convocam para o prêmio jornalístico “Desenvolvimento econômico, luta contra a pobreza e a exclusão social nas comunidades rurais pobres e indígenas da América Latina e Caribe”.

O concurso premiará os dois melhores trabalhos - relatórios, reportagens, crônicas, entrevistas ou notícias de qualquer gênero -, publicados entre 1º de janeiro e 30 de setembro de 2008, em meios de comunicação impressos de circulação periódica, de cidades médias e pequenas vinculadas a regiões rurais da América Latina e do Caribe, ou publicações impressas e sites de organizações da sociedade civil, comunitárias ou indígenas.

Os trabalhos apresentados deverão estar centrados na vida, nos problemas e nos projetos dos integrantes das comunidades rurais pobres e dos povos indígenas da América Latina e do Caribe, no desenvolvimento econômico, na luta contra a pobreza e a exclusão social, nos direitos humanos e na diversidade cultural.

Os prêmios são de US$ 1.500 para o primeiro colocado e de US$ 1.000 para o segundo

O júri será composto por Antonella Cordone, Coordenadora de Questões Indígenas e Tribais do Fondo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Ernesto Lamas Coordenador Regional da AMARC para América Latina e Joaquín Costanzo, Diretor Regional da IPS América Latina.


O regulamento do prêmio pode ser visto em http://www.ipsnoticias.net/_focus/voces_tierra/concurso_por.asp

Não serão aceitas inscrições que chegarem após o dia 15 de outubro de 2008

Para qualquer pergunta, escreva para concurso@ipslatam.net

A proposta de comunicação levada adiante pela IPS e apoiada pelo FIDA pode ser encontrada aqui: Vozes da terra. Povos indígenas e pobreza rural (http://www.ipsnoticias.net/_focus/voces_tierra/index.asp)


Envolverde, 03/10/08
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Condicionar repasse de renda vale a pena

Exigir que as famílias pobres cumpram alguns requisitos para receberem dinheiro do governo é uma medida que pode trazer grandes benefícios, embora aumente o custo dos programas de transferência de renda. Um estudo publicado pelo Centro Internacional de Pobreza, uma instituição de pesquisa do PNUD em parceria com o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), analisou o caso do México e concluiu que o número de crianças matriculadas na escola aumenta quando o repasse de benefícios é condicionado à freqüência escolar.

Os programas que impõem requisitos para que as famílias recebam recursos têm se tornado muito comum nos países em desenvolvimento. O Bolsa Família, por exemplo, é uma iniciativa desse tipo. Para obterem o dinheiro, os chefes de domicílio precisam comprovar que as crianças em idade de estudar (6 a 17 anos) estão freqüentando a escola. Se houver gestante, ela precisa fazer exames pré-natais. Se houver crianças menores de 7 anos, elas precisam estar com o calendário de vacinação em dia.

No México, o Progresa, analisado pelo estudo, funciona de maneira semelhante. No entanto, algumas famílias receberam o benefício, mas não os formulários para preencherem os dados sobre freqüência escolar — na prática, portanto, não lhes foi imposto requisito algum. Os pesquisadores Alan Brauw e John Hoddinott, do Instituto Internacional de Pesquisa em Política Alimentar, compararam os dados dessas famílias com os das outras, que foram monitoradas.

Em artigo intitulado As condicionalidades são necessárias em um programa de transferência condicionada? e publicado pelo Centro Internacional de Pobreza, eles relatam que, em média, a freqüência escolar das crianças dos domicílios que não receberam os formulários de monitoramento é 7,2 pontos percentuais menor. A diferença é maior nas séries escolares mais avançadas, mas inexistente na educação primária.

"Nossos resultados mostram que os benefícios das condicionalidades podem ser grandes, mas que, calibrando o desenho dos programas de transferência de renda de acordo com a heterogeneidade de seu impacto, podem torná-las ainda mais eficientes", afirma o texto.

A adoção de condicionalidades, porém, não é algo unânime entre os estudiosos. No artigo, os pesquisadores sintetizam algumas das ressalvas. Alguns especialistas destacam que os requisitos aumentam o custo do programa e, se esse custo adicional for elevado, as exigências podem ser um problema. As condicionalidades também “podem dar espaço para corrupção, uma vez que os indivíduos responsáveis pela certificação de seu cumprimento podem cobrar das famílias para que digam que elas estão seguindo as condicionalidades”, afirmam os autores. Além disso, as vantagens do programa podem diminuir se as exigências não coincidirem com práticas valorizadas pelos beneficiários.

Outra ressalva às condicionalidades é que alguns domicílios podem ter mais dificuldades para cumpri-las — e, se esses domicílios são justamente os mais pobres, o programa pode falhar em atender quem mais precisa de renda.


Redação do Pnud
Envolverde, 03/10/08
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Ícones nascidos na web

Campeãs de popularidade, personalidades fictícias da internet ganham espaço em campanhas de marcas e produtos

A história da propaganda brasileira está repleta de ícones nascidos dos comerciais de TV. Agora, um novo capítulo se consolida. A publicidade vem se apropriando das celebridades surgidas da internet em campanhas de marcas e produtos. São pessoas como a nutricionista atrapalhada Ruth Lemos (que repetia o final das palavras em uma entrevista feita para um telejornal e que foi parar no YouTube, gerando a pérola "sanduíche-íche-íche"), os bailarinos da Dança do Quadrado (popularizada pelo refrão-chiclete "Cada um no seu quadrado") e a veterana atriz Maria Alice Vergueiro, do curta Tapa na Pantera, outro vídeo campeão de views no YouTube. Além disso, as agências começam a criar personagens em ações online com cara de sucesso instantâneo da internet.

O sucesso do desabafo intitulado Rubinho (referindo-se ao piloto da F1) no YouTube rendeu sucesso instantâneo a um grupo de amigos de São Paulo. O protagonista do vídeo foi contratado pela Y&R para campanha de uma marca na agência. "Os ícones da internet são mais espontâneos", afirma o vice-presidente de estratégia digital da Y&R, Fernando Taralli. O filme alcançou 1,5 milhão de page views e chegou a incomodar Barrichello, que pediu para tirarem o vídeo do ar. Ele foi retirado, mas voltou a ser postado. "Não dá para controlar a veiculação na internet", emenda Taralli.

Seguidores
Na história, o protagonista do vídeo fica descontrolado emocionalmente ao criticar o piloto em uma sátira baseada no inconformismo sobre seu desempenho nas corridas. "Esses vídeos que pretendem ser amadores fazem sucesso. A vantagem é que os ícones da internet têm seus seguidores e fãs", explica o executivo da Y&R. Desse modo, ele destaca a diferença entre os populares personagens da web e as celebridades da TV, caso dos participantes do Big Brother, que conseguem a atenção dos telespectadores e consumidores por conta da superexposição na mídia.

Um personagem que vem ganhando destaque é a suposta chocólatra Cláudia Cristina. Ela nasceu por conta de um blog, o Sai pra lá, criado pela Ogilvy para promover a marca Bis. Cláudia Cristina bola maneiras de esconder o chocolate para não ter de dividi-lo com ninguém. Entre as invenções da personagem, estão a saia-porta e a bolsa em formato de bueiro. Quando alguém pede um Bis, as roupas-ferramentas entram em ação.

Na ação promocional para a TV, no programa Pânico, os telespectadores são convidados a criar vídeos com dicas de esconderijos para o chocolate Bis. Os vídeos são enviados diretamente para o blog da personagem, e os melhores são exibidos no programa. O vencedor do concurso garante um ano de Bis grátis. "Vamos utilizar esse tipo de conteúdo sempre que houver identificação com a marca. Quem disser que existe uma fórmula, está errado. Não basta replicar essas ações. O mais importante é achar a linguagem adequada para o internauta", afirma o diretor geral da Ogilvy & Mather, Fernando Musa. A agência também está criando ação de conteúdo na internet para o Magazine Luiza.

Outro personagem fictício que desperta atenção é o repórter investigativo Alexandre Monteiro. No blog publicitário Meu Carro se Matou - Reze para o seu Carro não Virar Pauta, Alexandre Monteiro tenta encontrar pistas sobre a depressão de carros. "Carro deprimido se mata bebendo gasolina envenenada", afirma o jornalista. Alexandre Monteiro era um mistério, até que na semana passada veio a resposta sobre sua identidade. Trata-se de uma ação criada pela Salem para o Renault Sandero Stepway, veículo alinhado com o conceito de modernidade, diferenciação e interatividade na campanha "Um novo movimento urbano".

Em um dos vídeos do blog Meu Carro se Matou, um automóvel se joga do alto de um prédio de dez andares, outro entra na linha do trem para ser atropelado, e um terceiro invade um posto lacrado para se envenenar com gasolina adulterada.

A Salem criou ainda um segundo blog, o Cansei da Cidade, onde pessoas reclamam de problemas comuns aos moradores dos grandes centros. A solução para esses dilemas está no hot site do Sandero Stepway, com animação do carro em 3D. O blog traz lugares interessantes e divertidos de cidades brasileiras. "O Sandero Stepway é um modelo para público de espírito jovem, independente. A internet é um canal de informação fortemente presente no dia-a-dia desse público, um meio de comunicação que não pode ser ignorado ou temido", afirma a gerente de marketing da Renault do Brasil, Vanessa Castanho.

Para o sócio da colmeia, André Passamani, todo projeto de internet tem a missão de ser viral, ter efeito pólvora, para que consumidores enviem o conteúdo para amigos e colegas.

Transitoriedade
O sucesso instantâneo na internet não implica, contudo, credibilidade, segundo o blogueiro e analista de tendências da Fischer América, Carlos Merigo. "Muitas dessas celebridades conseguiram seus 15 minutos de fama, mas não têm credibilidade em mídias sociais. Tem credibilidade quem cria conteúdo de humor e entretenimento".

"O Diário de um Emo já teve seus 15 minutos de fama. Mas o sucesso desapareceu", afirma Merigo. O reconhecimento instantâneo - espontâneo ou planejado - tem alguns exemplos até na música brasileira. A cantora adolescente Mallu Magalhães, de apenas 16 anos, confirmada para a edição 2008 do festival Planeta Terra, lançou músicas no MySpace e conquistou a atenção de patrocinadores. As canções da intérprete teen estão no site patrocinado Hot Pocket Sadia.

No Brasil, a produtora Ioiô Filmes tenta repetir no celular o sucesso do curta Tapa na Pantera, um recorde de 5 milhões de acessos no YouTube. Desde a semana passada, o conteúdo está disponível em WAP para clientes das operadoras Amazonia Celular, Brasil Telecom, Claro, CTBC, Oi, Vivo, TIM, Sercontel e Nextel, na categoria de vídeos de humor.

E por falar em Maria Alice Vergueiro, ela também está na campanha de lançamento da operadora de telefonia celular Aeiou. A BigMan criou um comercial com fenômenos da web. Ela reuniu a estrela do Tapa na Pantera, a nutricionista do "sanduíche-íche-íche", a cantora do hit do YouTube Vai Tomar no Cu e os tais bailarinos da Dança do Quadrado.


Sandra Silva
Meio & Mensagem Online, 01/10/08

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Pela reformulação das leis dos direitos autorais

Professor Lawrence Lessig, eleito uma das 50 pessoas mais visionárias do mundo pela Scientific American, defende adaptação ao novo modelo criativo imposto pelas novas tecnologias

Na abertura do Digital Age, evento promovido pelo Now! Digital Business e que acontece até esta quinta-feira, 2, em São Paulo, o professor Lawrence Lessig inicou os trabalhos com uma palestra focada no tão discutido impasse com relação aos direitos autorais numa era modificou a cultura de todo o mundo.

Batizada "A cultura remix", a apresentação de Lessig - que também é um dos fundadores do Center for Internet and Society - defendeu, sobretudo, a necessidade de reformulação em toda a legislação que envolve os copyrights no intuito de fazer com que os modelos de negócios se adaptem às mudanças bastante significativas provocadas pela web. "Vivemos um tempo em que a criatividade de qualquer pessoa por se propagar pela rede e cada vez mais os conteúdos tidos como amadores se aproximam daquilo que conhecemos por profissional. Para isso, muitas vezes, os usuários de internet fazem uso de matéria-prima protegida pela chamada propriedade intelectual. É hora de distinguir por lei, por exemplo, o que amador e o que é profissional sem criminalizar a liberdade de comunicação", disse Lessig.

O professor destacou ainda a importância dessas mudanças para impedir a propagação da idéia de que a geração - hoje formada pelos mais jovens que utilizam as novas tecnologias de forma natural -- é formada por "criminosos" que desrespeitam os direitos autorais diante da simples transformação na maneira de se comunicarem. "Eu tenho dois filhos e acho um absurdo pensar neles ou em outros jovens como criminosos. Qualquer um que olhe para essa geração na internet sabe que não há meios de impedir a criatividade. Então porquê não adaptar os modelos de negócios", comentou.

Lessig finalizou sua apresentação defendendo, portanto, um meio termo elaborando leis que garantam os direitos de diferentes pessoas sejam elas da indústria ou criadores amadores da nova ordem digital. Como exemplo, ele citou o modelo Creative Commons para distribuir e valorizar qualquer trabalho criativo.

A hora do Marketing de liderança
Também durante o primeiro dia de evento, Seth Godin, o mais influente blogueiro sobre marketing e mídia segundo a AdAge, afirmou que anunciantes de todo o mundo precisam tomar muito cuidado com o que fazem na internet, uma vez que qualquer erro pode deixar marcas profundas. Segundo Godin, que é autor de uma série de livros consagrados, é preciso em primeiro lugar que as empresas abandonem o modelo de publicidade vigente pelo qual conteúdos medianos são vendidos para pessoas medianas a fim de conquistar uma maior escala de consumidores. "Está na hora de todos pensarem formas de elaborar produtos e comunicação que façam com que as pessoas sintam vontade de comentar e passar para frente", disse.

Com catorze tendências em mãos, Godin apresentou algumas dicas de como se dar bem na nova era da comunicação. Entre elas, destacou o diálogo direto com o consumidor para a construção de um relacionamento; contar histórias que agradem os consumidores, já que cada vez mais as pessoas compram histórias e não recursos; e promover a ligação entre as pessoas/consumidores.

"Com o avanço da internet, os usuários estão cada vez mais distantes da televisão e focados em distribuir suas vidas em tribos, comunidades. Para dar certo neste momento, as empresas precisam pensar na frente e encontrar tribos que precisem de um líder, de alguém para seguir", concluiu.


Mariana Ditolvo
Meio & Mensagem Online, 01/10/08

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BID busca projetos inovadores que promovam acesso a serviços financeiros para pessoas de baixa renda da América Latina e Caribe

Programa estimulará implantação de sistemas de banco em aparelhos celulares para população sem acesso a serviços bancários

O Banco Interamericano de Desenvolvimento está aceitando propostas para desenvolver e implantar sistemas de banco móvel voltados às populações sem acesso a serviços bancários em toda a América Latina e Caribe. Atualmente, apenas 35% dos adultos latino-americanos possuem contas em banco.

O BID apoiará os projetos através do M-Banking for the Unbanked (Banco Móvel para Desbancarizados), um programa do banco realizado em parceria com a Associação GSM, uma organização que concentra operadores de telefonia de tecnologia GSM. O BID apoiará o projeto por meio do Fundo Coreano de Parcerias para o Conhecimento em Tecnologia e Inovação com recursos que somam US$500 mil.

Equipes qualificadas de operadores de telefonia móvel e bancos parceiros receberão apoio financeiro e técnico para o desenvolvimento e implantação de soluções de banco móvel em versões de teste ou iniciativa-piloto, para verificar sua viabilidade operacional e financeira ou de apoiar uma aplicação em grande escala.

Por meio dessa iniciativa, o BID pode vir a financiar, por exemplo, projetos de bancos móveis que permitam a clientes acessar suas contas bancárias e realizar transações sem a necessidade de ir a uma agência. O banco pode também financiar projetos que desenvolvam soluções para serviços específicos tais como transferências de valores em nível local e internacional.

A experiência mundial demonstrou que o uso de telefonia móvel é um meio eficaz e eficiente de oferecer serviços financeiros às pessoas sem acesso bancário e, ao mesmo tempo, lucrativo tanto para as operadoras de redes móveis como para as instituições financeiras. O acesso a esses serviços ainda é muito limitado na América Latina e no Caribe.

O programa financiará até 50% dos custos dos projetos selecionados. O montante máximo a ser concedido a um programa será de US$ 150 mil. A expectativa é de que pelo menos cinco projetos sejam selecionados para receber esse apoio.

As operadoras de redes móveis e os bancos parceiros interessados em participar do programa devem enviar uma proposta de projeto, seguindo o modelo e instruções disponíveis no formulário de inscrição.

As propostas serão avaliadas e selecionadas pelo BID com base em critérios transparentes e objetivos indicados no formulário.

Podem se inscrever empresas e instituições de países membros do BID na América Latina e Caribe.

BID
O Banco Interamericano de Desenvolvimento, a maior e mais antiga instituição multilateral de desenvolvimento regional, foi criado em 1959 para ajudar a acelerar o desenvolvimento econômico e social da América Latina e do Caribe. O BID tem 47 países membros, que incluem 26 países latino-americanos e caribenhos, os Estados Unidos, o Canadá e 19 países de fora da região. O Grupo do Banco Interamericano de Desenvolvimento aprovou novas operações em um total de mais de US$ 9,6 bilhões em 2007, confirmando seu papel como a principal fonte de financiamento multilateral para a região.

GSMA
A GSM Association (GSMA) é uma associação mundial que representa mais de 750 operadoras de telefonia móvel GSM em 218 países e territórios do mundo. Os membros da Associação representam mais de 3 bilhões de conexões GSM e 3GSM – mais de 86% das conexões de telefonia móvel do mundo. Além disso, mais de 200 fabricantes e fornecedores apóiam as iniciativas da Associação. A GSMA tem extensa experiência e prática na implantação de soluções de bancos móveis voltadas para os pobres e os desprovidos de acesso bancário.

Link
Formulário de Inscrição
M-Banking: A Transformational Technology to Reach the Unbanked
Video
A Bank in My Cell Phone?

Mais Informações
Franklin Nieder
Especialista Sênior em Finanças
frankn@iadb.org
(202) 623-3446

Rafael Anta
Especialista Sênior em Ciência e Tecnologia
rafaela@iadb.org
(202) 623-3056


BID, 22/09/008

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Seminário online debaterá e-commerce e as redes sociais em outubro

Evento gratuito, que acontece em 7 de outubro, discutirá os principais caminhos para se chegar ao consumidor através das redes sociais.

No dia 7 de outubro, a Ikeda promove o webseminário gratuito “E-commerce e as redes sociais”. O objetivo do evento é auxiliar lojistas virtuais a conhecerem o perfil do atual consumidor brasileiro, considerado mais atento a novas mídias e canais de relacionamento.

O evento será realizado, das 15h às 16h, em tempo real por audioconferência pela web e discutirá os principais caminhos para se chegar ao consumidor através das redes sociais e como, através dessas redes, o consumidor pode levar uma empresa à falência ou ao sucesso completo.

Os interessados podem se inscrever pelo site do evento.


IDG Now!, 03/10/08

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