segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Pegue uma lata de tinta branca e suba no telhado

One Degree Less é um projeto da ONG brasileira GBCB (Green Building Council Brazil) que basicamente sugere que os telhados das casas e prédios sejam pintados de branco ou cores frias fazendo com que a estrutura absorva menos calor e, com isso reduzindo o uso de ar condicionado e consequentemente a emissão de CO2 na atmosfera também diminui.

No site você pode conferir um estudo científico comprovando a idéia.


One Degree Less - Correções - 60" inglês from One Degree Less on Vimeo.

Vale dizer que não somente pintar os telhados de branco mas também o uso de materiais alternativos que reflitam a luz e telhados verdes também podem contribuir para que o imóvel tenha uma temperatura mais amena.

E você, acha que a idéia funciona mesmo?
Campanha criada pela Mohallem Meirelles.
Update or dry.
Dica do Marcelo Toledo.


Cris Gorissen
Update Or Die, 22/01/09

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Redes sociais mobilizam campuseiros

Orkut, twitter, flickr, facebook, myspace e blogs são alguns dos principais canais para trocas de informações entre os campuseiros, apelido dos participantes da Campus Party. “O atrativo do evento são as redes sociais e é por meio delas que conseguimos nos mobilizar e decidir vários pontos importantes do encontro”, explica o diretor-geral do evento Marcelo Branco.

A Campus Party, um dos maiores eventos de tecnologia e cultura digital do mundo, reúne neste ano no Brasil mais de 6 mil participantes. 36% dos campuseiros estão incluídos na faixa etária de 18 e 24 anos. Eles se organizam para o encontro por meio de redes sociais. O evento é o momento para conversarem e trocarem idéias com os amigos, antes, virtuais.

Para Branco, as redes sociais são um fenômeno e iniciam novas formas de sociabilidade e relacionamentos. “A era dos portais acabou. A web 2.0 chegou com muito mais força, porque é muito mais interativa”, complementa.

O criador da web Tim Berners-Lee também considera a internet uma poderosa ferramenta de informação e comunicação. “É uma plataforma em branco na qual os jovens podem fazer muitas coisas”. No entanto, critica o padrão web 2.0. “É frustrante, pois ainda não é possível permitir que o usuário use a vasta quantidade de informações do sistema”.

Outra crítica do pesquisador britânico ao atual modelo da web é a falta de compartilhamento de dados. Hoje os dados ficam trancados em sites de relacionamento social. “Na web 3.0, o conceito de interatividade será mais amplo”.

Berners-Lee também destacou a necessidade de descentralizar os dados das redes sociais e do controle dos usuários sobre suas informações. Ele apresentou a linguagem do FOAF (Friend of a friend) que é uma rede social aberta e descentralizada, na qual é possível lincar e extrair dados.

Redes sociais e a grande mídia
Além de servir para mobilizar os campuseiros, as redes sociais estão em pauta no evento. No debate “A influência das mídias sociais nas publicações”, jornalistas de grandes veículos discutiram de que maneira Orkut, blogs e outras ferramentas de relacionamento podem contribuir para informar e conquistar leitores. Também analisaram o impacto das novas tecnologias no jornalismo atual.

Para a publisher da IDG Brasil Silvia Bassi, com a disseminação dos blogs e da internet, o jornalista não é o único capaz de produzir notícias. “A informação passa ser aquilo que você organiza. Cabe ao jornalista produzir conteúdo para várias caixinhas: TV, rádio, site, blog”.

De acordo o editor do Meio & Mensagem, Marcelo Gomes, as ferramentas como blog e redes sociais podem ajudar a “fidelizar o leitor”. Marco Chiaretti, jornalista do Grupo Estado, também concorda com essa visão. Ele acredita que no jornalismo diário online o blog serve para criar uma rede de relacionamentos entre os internautas que comentam os posts, formando assim uma comunidade virtual.


Vivian Lobato e Talita Mochiute, do Aprendiz
Envolverde, 23/01/09
© Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.

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Outdoor Reciclado

A H2OH! acabou de lançar alguns outdoors em BH, Porto Alegre, RJ e Curitiba com garrafas pet formando a palavra “Recicle”. Parte da estratégia da marca de se posicionar como uma bebidas ecologicamente responsável (vide o site deles).A peça foi criada pela agência AlmapBBDO (SP), começou com o outdoor apenas verde e o pack, e depois, com o passar dos dias iam aparecendo letras formadas por garrafinhas de H2OH! recicladas (recolhidas nas ruas).

Pra cada outdoor são 700 garrafas, ao todo, serão três mil e quinhentas garrafas pra compor todos os outdoors da campanha.Eu não sou muito fã de outdoor mas ação ficou legal.Tks Toninho.


Daniel Chagas Martins
Update Or Die, 22/01/09

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Público da Campus Party fica de costas em protesto contra “Lei Azeredo”

Usuários usam frases em notebooks para protestar contra projeto de lei sobre crimes na internet

Participantes da Campus Party, evento de tecnologia que acontece em São Paulo, ficaram de costas e em silêncio nesta sexta-feira (23) para protestar contra o projeto de lei que enquadra crimes cometidos pela internet, aprovado pelo Senado no ano passado e que tem o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) como relator.

O ato aconteceu ao fim de um debate sobre o assunto, com participação de José Henrique Santos Portugal, assessor de Azeredo. Também participaram da mesa o desembargador Fernando Botelho, o sociólogo Sérgio Amadeu, diretor de conteúdo da Campus Party, e Ronaldo Lemos, professor de direito da Fundação Getulio Vargas no Rio.

Portugal e Botelho tiveram muita dificuldade para apresentar seu ponto de vista sobre o projeto, sofrendo intensos protestos dos “campuseiros” – a maioria dos expectadores era contra o projeto. Organizadores da Campus Party, como o diretor do evento, Marcelo Branco, também são contrários à matéria.

Os manifestantes exibiam narizes de palhaço, faixas, camisetas e um autêntico protesto “geek”: notebooks com frases, que eram alteradas de acordo com o que era dito pelos defensores.

Referência internacional
Portugal abriu a discussão argumentando que países signatários da Convenção de Budapeste, documento internacional sobre crimes na internet, já possuem legislações semelhantes.

Em tramitação desde 2003, o projeto altera seis leis e cria dez novos tipos penais. Entre eles, estão crimes de estelionato eletrônico (como roubo de senhas para ter acesso a contas bancárias), divulgação indevida de informações, difusão de vírus e atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública. A pena para os crimes varia de um a três anos de prisão, na maioria dos casos.

“O projeto se inspira na legislação do Conselho Europeu [de Budapeste], com 44 países que assinaram. Em 22 países, o tratado já está vigorando”, afirmou o assessor. Portugal acrescentou que, nos EUA, país em que se encontram os grandes provedores, a lei vigora desde o dia 1º de janeiro de 2007. “Mas o Brasil não é signatário”, afirmou.

Em seguida, ele ressaltou os benefícios que a lei pode trazer, como a penalização do acesso ilegal a computadores e dados ou atentados a servidores públicos e de segurança. Por diversas vezes, foi vaiado ou houve tentativa de interrupção da sua fala.

Regulamentação necessária
O desembargador Botelho, que auxiliou na redação do projeto de lei, abriu a participação na mesa classificando o debate como “uma discussão acertada, genuinamente democrática, com especialistas em tecnologia”.

Botelho afirmou que “dizer que não há necessidade de regulação [da internet] é preocupante, pois crimes autorais de software são realidade. O direito penal tem que educar preventivamente. É preciso de uma disciplina que eduque para a punição”.

Essas afirmações geraram protestos por meio dos notebooks, nos quais se lia: “O Rly?” ['Oh, really?', expressão que expressa sarcasmo, bastante usada entre internautas]” e “Disciplina Ditaturativa” [sic].

Crime no iPod
Ronaldo Lemos, professor da Fundação Getulio Vargas, reiterou seu raciocínio de ontem, em defesa de uma legislação civil para o internauta, que preceda a legislação penal.

“O direito penal é aplicado quando todo o restante dá errado. O projeto de lei se inspira na Convenção de Budapeste, mas os países que adotaram o acordo já tinham regulamentação civil para a internet. Os EUA, por exemplo, adotaram parcialmente o que foi tratado”, afirmou.

Segundo Lemos, uma simples troca de arquivos via iPod já tipificaria o enquadramento pelo artigo 285-a, que prevê de um a três anos de prisão.

O sociólogo Sérgio Amadeu, por sua vez, classificou a redação do projeto de lei como “absurda”. “Se o usuário transferir uma música de um podcast para um CD, já viola a lei”, afirmou. “A RIAA [Associação de Indústria Fonográfica da América, sigla em inglês] processa, atualmente, 18 mil adolescentes nos EUA. Não podemos concordar com essa redação.”

O mais preocupante, de acordo com Amadeu, é o artigo 22, que determina aos provedores a manutenção dos dados de conexão. “Ou seja, universidades com milhares de acessos terão que guardar dados. A lei não irá punir o criminoso, ao contrário. A lei é um atraso”, disse ele, sob aplauso intenso dos espectadores.

Com relação aos provedores de acesso, o projeto cria quatro obrigações: manter por três anos dados de endereçamento eletrônico de origem, hora e data da conexão; preservar, após requisição judicial, informações requisitadas; e informar em sigilo à autoridade competente denúncia que tenha tomado conhecimento e que contenha indícios de crime.

A multa para o provedor que não cumprir as determinações da lei varia de R$ 2.000 a R$ 100 mil.


Publicado por José Murilo
Ministério da Cultura, 23/01/09

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Pedofilia é tratada de forma impactante em campanha

Criada pela Promovirtus e produzida pela VTCine, vinheta de 15 segundos convida espectador à denúncia após aludir a abuso sexual infantil

Acostumada a produzir os filmes de varejo criados pela Promovirtus, a VTCine se uniu à agência em prol do combate à pedofilia. A partir de um convite do diretor de criação Ozias Rodrigues, a produtora de Marcelo Ferraz produziu uma impactante vinheta de 15 segundos que busca inventivar a denúncia de casos de abuso sexual de crianças e adolescentes.

Após produzir o filme Rodrigues apresentou o resultado a diversas instituições ligadas à questão, mas a maioria preferiu não chancelar a vinheta pelo impacto que causava. Sob forte trilha clássica, a câmera foca na mão de um homem fazendo movimentos repetitivos. Quando a mão para de se movimentar, a música atinge um nível agudo. Enquanto a locução diz: "Abuso sexual contra crianças e adolescentes é crime. Ligue 181 e denuncie", a mão se abre e abaixo dela revela-se uma chupeta, numa alusão a um caso de abuso sexual infantil. O filme é arrematado pela vinheta do MPCrim (Associação Nacional do Ministério Público Criminal) e do Ministério Público de São Paulo, que, ao lado de outros estados, apoiou a iniciativa.

A vinheta depende, agora, de cessão de espaço em TV aberta para ser veiculado. Agência e produtora já enviaram o filme para algumas emissoras. Segundo Ferraz, o filme também já foi inscrito em Cannes, o que pode gerar ainda mais repercussão a respeito do tema.

Assista ao filme aqui.


Eduardo Duarte Zanelato
Meio & Mensagem Online, 23/01/09

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domingo, 25 de janeiro de 2009

Papa inaugura seu próprio canal no YouTube

O papa Bento 16 se tornou nesta sexta-feira uma das pessoas mais velhas a ter um canal próprio no YouTube. Ele aconselhou os jovens a usarem a nova mídia de forma sensata e tentar evitar a obsessão on-line que pode isolá-los da vida real.

O canal do Vaticano (www.youtube.com/vaticanit) terá vídeos curtos sobre as atividades do papa de 81 anos, além de eventos e cultos no Vaticano, com áudio e texto, inicialmente, em inglês, espanhol, alemão e italiano.

Os vídeos noticiosos diários terão cerca de dois minutos de duração. Eles serão produzidos pelo centro televisivo do Vaticano, por jornalistas e diretores de web da Rádio Vaticano.

O lançamento do canal no YouTube vem no mesmo momento em que o papa mandou uma mensagem no dia mundial de comunicações da Igreja Católica, cujo tema é "novas tecnologias, novos relacionamentos: promovendo uma cultura de respeito, diálogo e amizade".

Henrique de Castro, diretor do setor de vendas europeias e soluções de mídia do Google, que é dono do YouTube, disse em uma entrevista coletiva que o Google não vai lucrar nada com a iniciativa.

"Nossa estratégia é fazer as pessoas virem aos nossos sites", disse.

O canal não terá anúncios e fornecerá links para vários websites e vídeos católicos, incluindo vídeos de igrejas do mundo todo, e do próprio Vaticano.

O Vaticano tem site na web (www.vatican.va) desde 1995.

O arcebispo Claudio Celli, chefe do setor de comunicações do Vaticano, disse que considera também criar um espaço para o Vaticano no Facebook, uma rede social virtual.

Em sua mensagem de boas-vindas aos visitantes do YouTube, o papa disse esperar que a iniciativa "esteja a serviço da verdade".


Fonte: Reuters
HSM On-line, 23/01/09

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Dinheiro é coisa do passado

O PagSeguro do UOL precisava de uma ação que comunicasse para os milhares de desenvolvedores e formadores de opinião presentes na Campus Party 2009 a facilidade de uso de seu sistema e como ele pode ser integrado em soluções de pagamento online. Montar um estande na área Expo não adiantaria, pois o público-alvo não eram os visitantes ocasionais, mas sim os “campuseros” que se mudam para o pavilhão e só saem de suas bancadas na Arena para comer e dormir.

Para atender a este desafio, a Espalhe criou o “ambulante do futuro”. Ele circula entre as bancadas anunciando “Energético por R$1”, um preço mais do que convidativo (o preço na área Expo é 7 vezes maior). Mas para mostrar que dinheiro em espécie é algo do passado e já existe uma solução de pagamento bem mais moderna, simples e acessível, o nosso vendedor só aceita pagamento eletrônico.

Como os clientes já estão com o seu computador ali do lado, a transação ocorre em menos de um minuto. Basta entrar na página especial do evento e efetuar a compra, podendo escolher entre 13 formas de pagamento. Em seguida o vendedor confere a transação e entrega a latinha.

A novidade se propagou por toda a Arena e em pouco tempo muita gente já estava atrás do ambulante, que precisou se desdobrar para atender os pedidos que pipocavam. O sucesso foi tanto que o estoque de latinhas foi reforçado para agüentar o tranco dos próximos dias.

Uma forma simples de fazer o público não apenas se cadastrar para ganhar o brinde, mas usar o serviço em algo prático, atestar o quanto é eficiente e, principalmente, falar disso para muitas pessoas. Inteligência de guerrilha que diminui a necessidade de mega-estandes, modeletes, dos brindes de sempre e de todo aquele desperdício de recursos que quase nunca são potencializáveis com o boca-a-boca.

Se você está na Campus Party 2009, não deixe de conferir o serviço. Vai acontecer até sábado, de 18h até meia-noite (ou enquanto durarem os estoques).

[]´s MrWagner


Blog de Guerrilha, 21/01/09

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Internet: corporações precisam aprender a utilizá-la melhor

Especialista afirma que 2009 trará mudanças no ambiente web, que precisa começar a fazer parte das estratégias de negócios das empresas

Fatores como a mudança nos hábitos do consumidor e a popularização de novas tecnologias devem mudar profundamente o perfil da internet corporativa ao longo do 2009. A opinião é de Marcello Póvoa, diretor da MPP Solutions, para quem o cenário de crise não deve afetar as tendências de mudança.

“Essas mudanças serão alavancadas pelos consumidores e pela quebra de alguns paradigmas de tecnologia”, diz, lembrando que o mercado brasileiro, embora ainda atrasado em relação aos Estados Unidos, está no mesmo nível – ou melhor – que o europeu.

O primeiro ponto é a mudança no perfil dos consumidores, hoje mais ativos. De acordo com Povoa, o internauta hoje realiza interações verticais e horizontais com as marcas na web, e tem se mostrado muito mais exigente em relação a elas. “Isso vai exigir um novo comportamento das empresas, que precisarão levar o relacionamento com este cliente para além da venda”, afirma.

Do lado da tecnologia, a maior mudança virá da migração do modelo de página impressa na web para o modelo de aplicativos, o que provoca mudanças nos clientes e na infraestrutura das empresas. Aqui entra o conceito de nuvem, com a potencial transformação dos aplicativos web no novo desktop. “Isso muda o relacionamento. No modelo clássico, o usuário vai à URL. Agora, a tendência é de fragmentação. O site da empresa irá ao usuário via widgets, possibilitando a capitalização de audiências pré-existentes”, diz, lembrando que, para isso, o mercado como um todo precisará compreender melhor o conceito de viralidade.

Outra previsão do especialista é que o processo de seleção natural das comunidades online deve ganhar corpo. Para ele, muitas delas devem desaparecer, mas isso não mata o fenômeno. Tanto é assim, que Póvoa disse existir hoje uma corrida pelo desenvolvimento de um algoritmo que permita o monitoramento semântico de redes sociais, o que vai permitir às empresas estabelecer alertas e iniciativas sobre epidemias, tanto positivas quanto negativas.

Em paralelo a isso, há o crescimento da internet móvel, para ele bastante estimulada pelo lançamento do iPhone. Segundo o executivo, 75% do tráfego móvel existente nos Estados Unidos acontece no iPhone. “As pessoas começam a surfar na internet e isso não pode ser ignorado”, diz.

“Todas estas tendências estão hoje presentes no mercado brasileiro, por isso as empresas precisam atentar mais para a web como parte de suas estratégias de negócios, o que já começa a acontecer”, ressalta, afirmando que, no atual cenário, sua expectativa é que o mercado de internet corporativa cresça de 15% a 20% ao longo deste ano.


Fábio Barros
COMPUTERWORLD, 23/01/09

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Macaé investe cerca de R$ 500 mil para se tornar cidade digital

Projeto começou em 2006; expectativa é que em dois anos toda a cidade esteja coberta por rede que permita acesso grátis à internet

Macaé, no norte do Estado do Rio de Janeiro, investiu cerca de 500 mil um projeto que começou em 2006 para transformar o município em uma cidade digital. O valor é uma estimativa de Guto Garcia, Secretário de Ciência e Tecnologia de Macaé, e foi destinado a recursos e manutenção da rede wireless montada na cidade.

A prefeitura ainda não "tem uma análise, em termos monetários" da economia que o projeto resultou para os cofres públicos, informa Garcia. Mas ele ressalta que um dos benefícios sentidos de imediado foi um aumento da transparência das ações municipais. "Hoje sabemos quem é beneficiado em cada projeto social, aumentou a visibilidade da organização", comenta.

A primeira etapa do projeto envolveu a interligação de 27 prédios da municipalidade por meio de uma rede sem fio WiMesh, da Motorola. "Hoje, nossa rede abrange 56 postos de saúde, 20 prédios públicos e metade das 114 escolas municipais. O objetivo é colocar nossa rede de fibra óptica para funcionar para não deixar a rede wireless sobrecarregada", afirma Garcia.

A cidade também conta com um sistema, desenvolvido pelos técnicos da prefeitura, que integra os cerca de 90 programas sociais apoiados e desenvolvidos pela municipalidade, o que permite que mapear os beneficiários das iniciativas. "Se hoje em dia alguém quer uma dentadura, uma perna mecânica, óculos, temos um sistema que nos permite saber quem são as pessoas beneficiadas e de quais projetos ela está participando", explica o secretário.

"Há a idéia de instalar totens na cidade para permitir o agendamento de consultas, fazer matrícula escolar, etc. A principal função de você fazer uma cidade digital é melhorar a função administrativa da prefeitura", acrescenta Joeval Martins, gerente da área de Governo & Empresas da Motorola.

Segundo Garcia, atualmente a prefeitura está desenvolvendo um software que permitirá aos pais de 40 mil estudantes da rede municipal de ensino acompanhar boletins, observações dos professores e outros dados, pela internet. A previsão é que em três meses o projeto seja concluído, criando a possibilidade dos familiares acompanharem o desempenho escolar dos alunos.

Ele diz que, caso a família não tenha acesso à internet em casa, poderá recorrer a uma das 17 lan houses municipais que oferecem acesso gratuito à rede. O número de computadores em cada uma delas varia entre 10 e 20 máquinas.

As lan houses utilizam PCs reciclados e montados na chamada "fábrica da cidadania", um espaço que conta com 200 jovens aprendizes que recebem treinamento sobre informática. Quando concluem o curso, os melhores alunos se tornam monitores das lan houses. "Já recebemos mais de 3.000 peças de computador e treinamos mais de 500 jovens", contabiliza o secretário.

As estimativas de Garcia indicam que 22.500 moradores de Macaé estão cobertos pela rede Mesh e podem acessar a internet gratuitamente, cerca de 12% da população da cidade, que tem 200.000 habitantes. Os distritos de Córrego do Ouro, Frade e Glicério, além do bairro do Aeroporto, contam com a cobertura sem fio.

"Quem tiver uma anteninha em casa, pega internet", diz o secretário, acrescentando que a meta é levar acesso gratuito à internet para toda a cidade em dois anos. As próximas regiões a serem cobertas serão a orla e as praças públicas de Macaé.


Fabiana Monte
Computerworld, 21 /01/09

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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Cliente Wal-Mart recebe crédito por sacolas plásticas não usadas

Pioneiro no País, o programa piloto que repassa integralmente o valor das sacolas plásticas para o consumidor consciente contabilizou R$ 7,5 mil de descontos só na primeira semana

Desde o dia 1º de dezembro, as lojas Bompreço e Hiper Bompreço (bandeiras controladas pelo Wal-Mart - parceiro estratégico do Akatu) nas cidades de Recife e Salvador estão oferecendo um crédito equivalente ao valor das sacolas plásticas não utilizadas pelos clientes diretamente em suas compras. O programa tem como principal objetivo o consumo consciente das sacolinhas e já concedeu mais de R$ 7,5 mil em descontos. A meta é reduzir o uso das sacolas plásticas em 50% até 2013.

O crédito é dado como um desconto automático no valor da compra. Para cada sacola não utilizada, o cliente ganha R$ 0,03. A cada cinco itens é creditado o valor correspondente a uma sacola, mas, se o cliente levar menos de cinco, também recebe o desconto equivalente a uma sacolinha.

“Os primeiros resultados registrados nas lojas de Recife e Salvador mostram que o programa está tendo uma boa receptividade. Percebemos que é cada vez maior a consciência dos consumidores em relação às atitudes que todos devem tomar para preservar o meio ambiente e garantir o futuro das próximas gerações”, afirma Luiz Herrisson, Diretor de Assuntos Corporativos do Wal-Mart no Nordeste.

O programa teve receptividade imediata por parte dos consumidores que trocaram as sacolas plásticas por caixas de papelão e até carrinhos de feira para carregar as compras. Outros trouxeram sacolas retornáveis de casa ou optaram por comprá-las nas lojas.

Da implementação até o dia 7 de janeiro, já foram adquiridas mais de 7 mil sacolas retornáveis nas lojas das duas cidades nordestinas. Para Herrisson, o programa fez com que os consumidores se interessassem mais em praticar ações de consumo sustentáveis, “seja consumindo e incentivando a indústria a apostar em produtos mais sustentáveis, seja em levar para casa menos sacolas plásticas ou utilizar as sacolas retornáveis nas compras”.

A expectativa do Wal-Mart Brasil ao longo de 2009 é levar o programa às lojas do Wal-Mart em todo o Nordeste, o que constitui a segunda fase do projeto. Posteriormente, “iremos definir a implantação do projeto para as demais regiões onde operamos pelo Brasil”, conta Herrisson.

O Wal-Mart Brasil tem hoje 330 lojas em 18 estados brasileiros e no Distrito Federal e conta com mais de 72 mil funcionários em hipermercados (Wal-Mart Supercenter, BIG e Hiper Bompreço), supermercados (Bompreço, Nacional, Mercadorama, Todo Dia), atacado (Maxxi) e clubes de compras (SAM’S CLUB).


Instituto Akatu, 19/01/09

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Projetos do Sebrae apóiam lan houses brasileiras

Site da Campus Party: maior encontro mundial de internet ocorre em São Paulo até o próximo domingo (25), no Centro Imigrantes
Ações buscam incentivar a formalização e a melhoria na gestão desses negócios, estimulando a cidadania e o empreendedorismo


Estima-se que existam mais de 90 mil lan houses no Brasil. É por meio desses estabelecimentos que mais da metade da população brasileira têm acesso à internet. Porém, acredita-se que mais de 95% dessas lan houses atuem na informalidade. Para reverter o quadro, com o estímulo à formalização, e contribuir para que este tipo de comércio se torne um aliado da cidadania, o Sebrae pretende realizar uma atuação cada vez mais forte e específica junto ao segmento.

O Sebrae participa da Campus Party, evento de inclusão digital inaugurado nesta segunda-feira (19) e que prossegue até o próximo domingo (25), em São Paulo, no Centro Imigrantes. Entre os destaques da programação está o Encontro Nacional de Lan Houses. A Instituição vai realizar um mapeamento das lan houses no Brasil.

Na sexta-feira (23), às 15 horas, André Spínola, analista da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae Nacional, falará sobre legalização e tratará de temas como Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e a recém criada figura do Microempreendedor Individual (MEI).

Em 2008, por meio de uma Chamada Nacional de Projetos Finalísticos do setor de Comércio Varejista e do setor de Serviços do Sebrae Nacional, foram aprovados cinco projetos de apoio a lan houses nos estados de Goiás, Ceará, Rio de Janeiro, Pará e Sergipe.

Hoje, há mais de 160 empresas atendidas diretamente por estes projetos, além de muitas outras que serão beneficiadas indiretamente por eventos, palestras e outras ações resultantes. O segmento de lan house foi um dos 11 do setor de serviços apoiados pela chamada pública. A coordenação destes projetos se dá pela Unidade de Atendimento Coletivo Comércio e Serviços do Sebrae Nacional, dentro da carteira de projetos de Serviços, por meio das coordenadoras nacionais Karen Sitta e Márcia Darós.

“Com essa iniciativa o Sebrae procurou atuar de forma mais intensa em alguns segmentos, assim como o das lan houses, contribuindo ainda mais com o fortalecimento e a sustentabilidade destes empreendimentos”, explica Karen Sitta.

As ações nos estados são programadas de acordo com as peculiaridades e desigualdades regionais refletidas no segmento. Em Goiás, o Sebrae identificou que a maioria das lan houses comercializa algum produto gastronômico como valor agregado ao negócio principal. A partir daí, elaborou-se o curso ‘Gastronomia em Lan Houses’, para que os empresários do ramo cumpram as exigências da Vigilância Sanitária e cuidem da higienização relacionada ao uso de computadores e ao local.

No Ceará, o projeto prevê ações de tecnologia, acesso ao crédito e consultorias gerenciais. No Rio de Janeiro, há foco na inclusão digital, em ações socioambientais e em práticas de eficiência energética. No Pará, o Sebrae realizou um Diagnóstico de Dados dos empreendimentos na cidade de Marabá, com ações de incentivo a formalização. Em Sergipe, já aconteceu o II Encontro Setorial de Lan House, entre muitas outras ações.

Educação a distância
Segundo Karen Sitta, o Sebrae pretende ampliar ações de educação a distância no segmento e focar em questões prioritárias junto aos proprietários de lan houses, como a formalização e a gestão dos negócios, reforçando que estes empreendimentos não são apenas espaços para acesso à internet mas um importante caminho para a Inclusão Digital e merecem atenção.

Para Karen, a informalidade traz uma série de obstáculos para quem mantém esse tipo de negócio. “Sem a formalização, esses empresários enfrentam a falta de crédito e problemas na aquisição de licenças para os computadores, contribuindo para a pirataria. Deixam de ser uma ferramenta de geração de conhecimento e transformação socioambiental.”, lista Karen.

A analista técnica diz que para o Sebrae as lan houses constituem um segmento de grande importância, por exemplo, no fomento do empreendedorismo, na educação empresarial e na universalização da tecnologia.

Ela conta que grandes empresas e universidades já realizam parcerias com as lan houses, como um serviço diferenciado para alunos e funcionários, incentivando e proporcionando a realização de cursos a distância e pesquisas. “É importante que estes micro e pequenos empreendimentos estejam preparados para fechar parcerias com grandes empresas”, diz Karen.

“Em muitas cidades, em especial no interior do País, onde a oferta de banda larga e o acesso à internet é limitado, as lan houses são os lugares procurados pelos jovens que não têm condições de pagar por uma conexão própria ou que não possuem computador, mas não querem ficar longe da internet e do mundo digital,", afirma Karen Sitta.

Serviço:
Agência Sebrae de Notícias - (61) 3348-7138 e 2107-9362
www.agenciasebrae.com.br
Campus Party - de 19 a 25 de janeiro, no Centro Imigrantes, na cidade de São Paulo
www.campus-party.com.br


Marcelo Araújo
Agência Sebrae de Notícias, 20/01/09

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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Site de pesquisa sobre RDH Brasil está no ar

Opiniões sobre o Relatório de Desenvolvimento Humano do Brasil podem ser enviadas em vídeo; depoimentos ficarão acessíveis a todos

Está no ar o site da campanha Brasil Ponto a Ponto — uma pesquisa do PNUD para verificar qual assunto a população brasileira quer ver como tema do próximo RDH (Relatório de Desenvolvimento Humano) do país e que, até dezembro de 2008, teve a participação de 2,5 mil pessoas. O relatório está em sua terceira edição nacional, sendo que a primeira, de 1996, trouxe a novidade do cálculo do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) para todas as unidades da Federação e a segunda, de 2005 focou os temas racismo, pobreza e violência. As contribuições para a definição do tema do próximo relatório poderão ser enviadas até o fim de março.

No site, qualquer pessoa pode enviar um vídeo respondendo à pergunta “O que precisa mudar no Brasil para a sua vida melhorar de verdade?”. Ao utilizar o vídeo como ferramenta, a ideia, segundo Flávio Comim, coordenador do relatório, é que as pessoas não apenas enviem suas mensagens, mas possam “se ver, ver seus amigos e ver as outras opiniões”. “Em princípio, parece que só serve para pegar a opinião das pessoas, ver o tema que venceu e fazer o relatório, mas tem o mais importante, que é a oportunidade que as pessoas terão de ver o que os outros estão vivendo, de conhecer a opinião de jovens, idosos, mulheres e homens.”

Por enquanto, a página está em uma fase piloto, com apenas um depoimento, que serve de exemplo. “Fala pro Lula dar um jeito do pobre chegar em casa”, pede uma mulher de fala simples no vídeo, que afirma já ter dormido na rua por não ter dinheiro para usar o transporte público. Entretanto, de acordo com Comim, até o final desta semana o site deve trazer mais vídeos, separados por Estado. Quem não quiser ou não puder fazer um vídeo com a sua opinião, também pode participar enviando seu depoimento por escrito, pelo próprio site.

A iniciativa, segundo Comim, é inédita. “O que acontece hoje é que as pessoas acabam delegando aos políticos a função de pensar o que o país precisa”, opina o coordenador. Para ele, o conceito a partir do qual esta edição do relatório está sendo pensada pressupõe o contrário. “Para que possa haver desenvolvimento humano, é necessário que haja canais de discussão, para sabermos para onde as pessoas querem ir.”

A ideia é que os participantes desse espaço de interferência da vontade coletiva nos rumos do país sejam contatados depois, via e-mail, para receber o resultado de sua participação: o Relatório do Desenvolvimento Humano Brasil – 2009/2010. O texto deve ser publicado em cadernos lançados ao longo de 2009 e início de 2010. O primeiro deles, justamente sobre a experiência da consulta pública para a definição do tema do relatório, deve sair no final de abril.

Além do site, a população também participa por meio do site do PNUD, do Portal do Voluntário, do envio de sugestões pela comunidade acadêmica e através audiências públicas. A campanha conta, ainda, com uma parceria com as empresas TIM (telefonia) e Natura (cosméticos), que se comprometeram a enviar questionários e mensagens de celular sobre o tema para seus consumidores. Também foi realizado um levantamento com moradores dos dez municípios de menor IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, uma adaptação do IDH aos indicadores regionais brasileiros): Manari, em Pernambuco; Jordão, no Acre; Guaribas e Caraúbas do Piauí, no Piauí; Traipu, em Alagoas; Ipixuna, no Amazonas e Araioses, Santana do Maranhão, Lagoa Grande do Maranhão e Centro do Guilherme, no Maranhão. Os relatos das visitas a estes municípios e fotos podem ser encontrados no blog Pode Mudar, da equipe do PNUD.

Responda à enquete
Quais são os maiores desafios do Brasil?

Leia também
2,5 mil participam de pesquisa sobre RDH


Mariana Desidério, da PrimaPagina
PNUD Brasil, Boletim nº 524, 19/01/09

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A diferença entre ser e parecer verde

As 10 dicas do consultor Brendam May para estratégias de comunicação da sustentabilidade

Existem poucas companhias atualmente que não querem fazer parte da discussão sobre a sustentabilidade. Elas não podem se dar ao luxo de não estarem no debate. Cada vez mais, as empresas vão além do debate, reunindo a coragem necessária para se anunciar como campeãs verdes. De muitas formas, essa estratégia é um desenvolvimento positivo, mas que pode apresentar um preço muito alto.

Então, aqui está um guia para se evitar as armadilhas de ser pioneiro quando o assunto é a comunicação de ações sustentáveis:

1- Certo – Tenha certeza de que o movimento ambiental é tão impressionado pela sua iniciativa quanto você. Gaste (muito) tempo ouvindo o que barômetros de opinião, como ONGs ambientais, esperam da sua corporação e ajuste suas práticas dentro da razão, obviamente. Pense nas pessoas que a mídia chamará para obter uma opinião contrária quando você lançar sua grande campanha verde e faça com que as primeiras informações que elas recebam sobre sua iniciativa venham de você. Isso melhorará a qualidade do que se está tentando fazer, da mesma forma que fornecerá algo essencial que é o apoio independente quando você vier a público. Algumas vezes, o melhor que se pode esperar é a neutralidade, mas mire mais alto.

2 – Errado – Não fale demais. Nunca. Caso você esteja dando apenas um pequeno passo em direção a uma grande meta, diga só isso – não dê nenhum espaço para que se crie a impressão de que sua empresa fez o suficiente se você sabe que não fez. Tenha certeza de que nenhuma parte do seu negócio esteja em maior conflito com o trabalho divulgado na sua campanha de marketing.

3 – Certo – Envolva seus empregados. Eles são seus melhores advogados. Inúmeras companhias gastam recursos falando mundo a fora o quanto elas são responsáveis, sem que as pessoas no chão da fábrica tenham conhecimento dessas ações. Se você tem milhares de empregados, pense no efeito de todas essas pessoas conversando em um bar sobre seus trabalhos e sobre o que a companhia delas faz. É possível se alcançar milhões com um bom engajamento dos empregados, assim como motivar uma força de trabalho que espera que seus patrões se engajem em questões que elas leem sobre todos os dias.

4 – Errado – Não seja fogo de palha. Uma campanha verde terá pouca influência de longo prazo na sua reputação se ela se dispersar ou morrer em uma gaveta e nada vir em seguida. Construir credenciais verdes pode levar anos. As melhores companhias se tornam cada vez mais ousadas nos seus objetivos e falam mais alto nas suas comunicações.

5 – Certo – Seja autêntico. Se existem desafios em se tornar verde, seja honesto sobre isso. Se você acha que muito está sendo questionado sobre sua companhia, diga isso e diga o porquê. Explique os ganhos a serem atingidos com o desenvolvimento sustentável. Mostre as coisas do jeito que elas são, não o que você acredita que as pessoas queiram ouvir. Não há nada melhor do que um líder de negócios transparente, acessível e honesto. Você pode até mudar a ideia das pessoas que discordam de você. Falar de marketing não funciona, então seja você mesmo.

6 – Errado – Não se esqueça do poder das tecnologias digitais. As comunicações agora são on-line. A mídia social é a nova moeda. Quem faz campanha está usando isso efetivamente; corporações também deveriam. Encontre o conteúdo que pode mobilizar comunidades on-line e ganhe atração na busca por credenciais verdes. Anúncios e press releases estão se tornando cada vez menos efetivos. Com o papel da busca on-line se leva histórias diretamente para os indivíduos no simples toque de uma tecla. Isso é muito efetivo em relação a custos também.

7 – Certo – Meça o seu sucesso e use isso para assegurar ainda mais tempo na liderança da busca para a sustentabilidade. Vá atrás das percepções de todos os públicos de interesse, sejam clientes, stakeholders de ONGs, investidores, empregados ou o público em geral. Green marketing de sucesso alcança a todos e, fazendo isso, melhora as vendas.

8 – Errado – Não fique nervoso. Não serão todos que o aplaudirão de pé e, provavelmente você tomará alguns golpes daqueles que desejariam que seu negócio nem mesmo existisse. É tudo parte dos altos e baixos do movimento ambiental. Não deixe que um ataque o ponha para fora – afinal, se você fez a lição de casa e sabe que está certo, não é mesmo?

9 – Certo – Se reúna com jornalistas e os conheça. Construa relacionamentos, não os bombardeie com informações por e-mail que você acredita que eles acharão interessantes – normalmente eles não acham. Leve-os para um café e se seja receptivo. Você achará a cópia deles muito mais balanceada a seu favor se eles pensarem que vale a pena te escutar. Conte-lhe sobre o que ainda não ouviram. Convide-os para que vejam por eles mesmos o quão bom você é, caso eles não acreditem em você. Faça amigos e não “contatos”.

10 – Errado – Não desista. Esse trabalho é muito importante para gente que desiste fácil.

Green marketing sem desenhar as políticas em avanço é como caminhar em uma fábrica de gás enquanto brinca com um isqueiro. Você pode até não se machucar, mas as chances de sair ileso são baixas. Faça o que é certo, e as recompensas serão gigantescas. Acima de tudo, seja transparente e autêntico. Se você precisa de um curso de treinamento para ser essas coisas, então ignore a décima dica.


Brendam May
Diretor da Planet 2050, consultoria de comunicação na área de sustentabilidade.
Ideia Socioambiental Online, 20/01/09

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Propaganda infantil sustentável

Em meio a um cenário de névoas geradas pela crise econômica mundial, janeiro traz uma boa nova para pais, mães, organizações da sociedade civil especializadas em crianças e ativistas da responsabilidade social empresarial. Passa a vigorar, a partir deste mês, um compromisso fechado por algumas grandes indústrias multinacionais de alimentos de obedecer a regras mais restritivas em relação à propaganda dirigida a crianças.

Este acordo – convém lembrar – foi selado em 2007, após a assinatura na Europa de um termo de compromisso chamado EU-Pledge. Por meio dele, empresas como Nestlé, Kellogg`s, Coca-Cola, Pepsico, Danone, Kraft, Unilever e Burger King europeia se comprometeram a, por exemplo, não mais fazer publicidade em canais infantis para crianças até seis anos, voltando seu arsenal de mensagens comerciais aos pais -- quem, na verdade, deve decidir sobre a compra de produtos e serviços. Para crianças acima dessa idade, as campanhas seguirão cuidados básicos, há muito tempo reivindicados por psicólogos, educadores e ONG´s: além de incentivar a alimentação saudável e a atividade física, as peças de comunicação não devem reduzir a autoridade dos pais, nem confundir as crianças sobre os benefícios do produto, muito menos criar um senso de urgência quanto ao seu consumo. Personagens de programas serão abolidos. Espera-se assim evitar que a publicidade produza expectativas exageradas ou dificulte ao pequeno telespectador distinguir o conteúdo real do produto e o recurso de fantasia da propaganda em si.

Ninguém tem dúvida de que tal conjunto de medidas é oportuno, embora chegue com algum atraso. Há mais de uma década, especialistas de diferentes campos de conhecimento defendem a restrição à propaganda infantil para crianças até 12 anos de idade, apoiados em estudos que mostram o óbvio, o que qualquer executivo ou publicitário, sendo ou não pais, sabem por experiência: em processo de desenvolvimento cognitivo e emocional, as crianças não possuem maturidade suficiente para julgar e discernir sobre o teor das mensagens publicitárias. Assim, são facilmente empurradas a um consumismo reativo e sem crítica cujos efeitos já podem ser notados no aumento dos índices de obesidade, na erotização precoce e até na dependência de álcool e drogas.

Pesquisa realizada em 2007 pela TNS Interscience, sugestivamente denominada Kids Power, revelou que 83% das crianças brasileiras são influenciadas pela publicidade. Depois dos anúncios de TV, a associação de produtos com personagens famosos e as embalagens atrativas consistem nos fatores que mais impactam o consumidor infantil. Uma criança brasileira passa em média quase cinco horas diárias em frente à televisão, exposta a uma programação de qualidade duvidosa e a toda sorte de estímulos comerciais, muitas vezes nocivos à sua saúde física e emocional. Qualquer cidadão de alma pura que se dispuser a ler sobre o tema na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e Adolescente e no Código do Consumidor vai encontrar elementos que repudiam a propaganda infantil.

Com tantas boas razões, uma prática insustentável como esta, já deveria ter sido abolida pelo menos entre as companhias que há 10 anos se dizem socialmente responsáveis (nunca é demais lembrar que o indicador 29, dos Indicadores Ethos, um dos primeiros instrumentos de auto-análise do comportamento de responsabilidade social, trata especificamente deste tema). Então por que apenas agora, ela começa a ruir? A resposta é simples: precaução diante do crescente receio de que uma combinação previsível de regulamentação e autorregulamentação severas acabe de vez com a propaganda de alimentos para crianças, como já ocorreu com os cigarros. De um lado, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) faz enorme barulho com uma consulta pública que tem como objetivo regular o assunto. De outro, o bravo Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação) aumentou sua vigilância, cumprindo o importante papel social que lhe cabe de defender os interesses da sociedade contra eventuais abusos da indústria da propaganda.

No exercício de suas funções, ambos os órgãos incorporam, na verdade, os anseios éticos dos cidadãos consumidores deste novo milênio. A mudança da indústria rumo a uma comunicação mais responsável responde, portanto, a uma pressão maior por parte da sociedade que já não admite, como em outros tempos, ser alvo de estratégias comerciais agressivas, mentirosas e manipuladoras.

Resta saber se as boas intenções vão sair do papel do compromisso EU-Pledge – Nestlé e Kellogg’s já admitem mudanças de rota em suas campanhas brasileiras - ou se os mesmos interesses que, em passado recente tentaram defender a prática escorados em argumentos convenientes como o do direito à livre expressão, vão reaparecer camuflados sob novos discursos.


Ricardo Voltolini
Publisher da revista Ideia Socioambiental e diretor da consultoria Ideia Sustentável.
ricardo@ideiasustentavel.com.br
Ideia Socioambiental Online, 20/01/09

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Salvador anuncia patrocínios

Itaú, Nova Schin e Nextel serão cotistas máster; investimentos giram em torno de R$ 11 milhões

Com o tema "O coração do mundo bate aqui" e homenageando os grupos afoxés, a cidade de Salvador já prepara também seu Carnaval. Nesta terça-feira, 20, um coquetel na capital baiana vai apresentar os patrocinadores oficiais da festa do Momo na cidade: Itaú, Nova Schin e Nextel. Os investimentos giram em torno de R$ 11 milhões.

A comercialização das cotas está sendo feita, pelo segundo ano consecutivo, pelo consórcio Tudo - OCP, formado pela agência Tudo, do Grupo ABC, e pela agência de propaganda baiana OCP.


Renato Pezzotti
Meio & Mensagem Online, 19/01/09

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Marcas na passarela

SPFW tem dez patrocinadores, mas outros anunciantes também fazem ações no evento

Com a abertura da passarela do Pavilhão da Bienal para as grifes da São Paulo Fashion Week, inicia-se também uma maratona de desfiles de marcas que não necessariamente são de roupas. O evento idealizado e coordenado por Paulo Borges, à frente da sua empresa Luminosidade, chega à 26a edição como um grande ímã de atração de anunciantes. Ao todo, dez empresas assinam como patrocinadoras do encontro, que ocorre até o dia 23, sendo duas cotistas master - Oi e Natura. Banco do Brasil, Havaianas, Universidade Anhembi Morumbi, Nova Schin, TAM, Iguatemi, C&A e Campari completam o time.

O investimento na produção da SPFW bateu R$ 7 milhões. O valor das cotas de patrocínio não foi divulgado, mas se sabe que a atual versão do evento, com as coleções outono/inverno, registrou aumento de 40% em sua receita publicitária em relação à de janeiro de 2008. Esse dado mostra que o projeto de Borges está blindado contra a crise. E também leva a uma reflexão sobre por que, diante de um calendário de eventos cada vez mais amplo, tantas marcas disputam espaço num mesmo encontro, voltado para um mundinho à primeira vista tão restrito quanto o fashion.

"A SPFW tirou uma expressão brasileira, a moda, do lugar-comum e a colocou em um ambiente profissional, de inovação, o que para a Natura é muito interessante. Mas isso depende do olhar de cada marca. Algumas estão ali para aprimorar a sua rede de relacionamento", explica Renata Sbardeline, gerente de marketing institucional da empresa. "O público que freqüenta o evento não é só o de moda: ele é formador de opinião", lembra Ana Coutinho, diretora de grupo de cervejas da Schin. O fato é que predomina no pavilhão a idéia de ver e ser visto, e isso vale para o público, as grifes e todos os demais anunciantes. Estar ali é lido como ser moderno e antenado, um apelo extremamente sedutor. Não surpreende, portanto, a extensa lista de ações de marketing planejadas para ocorrer no local durante a semana.

A Natura, por exemplo, lança em seu lounge, assinado pelo artista plástico Gringo Cardia, a edição especial de maquiagem Natura Diversa SPFW, que só chega às lojas em março. A Oi aproveita para divulgar também as marcas da rádio Oi FM e do portal Mundo Oi. Já a C&A apresentou as tops de suas novas campanhas publicitárias - Alessandra Ambrósio, Carol Trentini e Emanuela de Paula (leia aqui) - e o Banco do Brasil opta pelas mais diferentes ações em seu espaço, com cenografia assinada pelo estilista mineiro Ronaldo Fraga (também patrocinado pela instituição). Além de fazer uma palestra, Fraga imprime sua marca aos brindes que são distribuídos no lounge do BB, onde há serviço de auto-atendimento por TV digital, customização de tiaras e pocket shows para convidados.

Para a Schincariol, que abastece os dois bares da Bienal, o encontro é o palco para o lançamento da Água Schin, que recebe nova marca e identidade visual. E a Campari se empenha em montar um painel de fotos com os visitantes do evento que usarem alguma peça vermelha, cor da bebida. Aproveitando o tema "Brasileirismos", que dá o clima do evento, a TAM leva para o pavilhão expressões do nosso artesanato e atrações musicais. Também serão gravadas entrevistas para exibição nos aviões da companhia. "Se a moda fosse uma marca, ela teria atributos como alegria e atualidade, com os quais a TAM se identifica", afirma Manoela Amaro, diretora de marketing da empresa.

Por sua vez, a Anhembi Morumbi faz um desfile de seus alunos durante a SPFW. Os estudantes da instituição também têm acesso a diferentes atividades que ocorrem no encontro, de acordo com a especialidade de cada um: moda, design, arquitetura, culinária... "Com essa parceria com o Paulo Borges, expressamos a nossa criatividade e sintetizamos a nossa modernidade", diz a vice-reitora, Elizabeth Guedes. E essas são só algumas das ações dos patrocinadores.

Mas mesmo anunciantes que não patrocinam o evento pegam carona nele para divulgar produtos e marcas. A Unilever patrocina a grife V.Rom, do apresentador Marcos Mion, com o desodorante Axe Instinct. Em outra ação, a modelo Fernanda Motta toma o novo picolé Magnum durante o desfile do estilista André Lima. Até a Fademac, empresa que fabrica pisos, lança uma nova linha no lounge do portal de tendências de moda WGSN. E a Suzano Papel e Celulose apresenta o papel Report no Alvo da Moda durante o desfile da Iódice. Depois de tudo isso, os convidados vips podem tentar relaxar do bombardeio de marcas. Ou dar um pulinho na Top Night, festa da Mercedes-Benz que se apropria do tema da moda e acontece na Casa Fasano, na segunda-feira, 19.

Veículos também marcam presença
A SPFW estende os seus tentáculos também entre os veículos de comunicação. Um número cada vez maior deles monta quartel-general na Bienal e desenvolve ali ações diferenciadas. Canal oficial da transmissão do evento, o GNT tem estúdio por lá e um hot site no endereço www.gnt.com.br com a cobertura em tempo real dos desfiles. A revista Elle mostra no segundo andar da Bienal, em uma instalação com 12 monitores de plasma, as escolhas da revista - os destaques de cada desfile de acordo com a equipe da publicação. Emissora oficial da semana da moda, a rádio Eldorado entra ao vivo com novidades do evento a partir do lounge do Grupo Estado, de onde se pode ver o trabalho dos jornalistas presentes em alguns momentos.

Já no espaço da revista Marie Claire, que conta também com a participação da Quem e da Criativa, os visitantes recebem de presente uma camiseta da grife Cavalera desenvolvida com exclusividade para a ocasião. E a Vogue faz parceria com a Hering e inclui flagras de quem estiver usando roupas da marca na cobertura que faz do evento.

Este ano, toda a comunicação do SPFW está sendo feita pela própria Luminosidade. A conta deixou a carteira da Ag407 - clique aqui para ler mais.


Paula Ganem
Meio & Mensagem Online, 19/01/09

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IAB Brasil promove 1º Encontro sobre Mobile Advertising em fevereiro

Evento discutirá as oportunidades da mídia móvel no Brasil e também vai marcar o lançamento do Comitê de Mobile Marketing do IAB

O IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau Brasil) promove, no dia 12 de fevereiro, às 8h, o 1º Encontro sobre Mobile Marketing, no hotel Grand Hyatt, em São Paulo. Pensando no panorama do mercado internacional e as possibilidades de crescimento da mídia no Brasil, os principais executivos e agências terão suas falas em torno do tema “Tudo o que você gostaria de saber sobre mobile marketing, mas não tinha para quem perguntar”.

Terence Reis, presidente da Mobile Marketing Association, e Fábia Juliasz CEO do IBOPE/NetRatings farão apresentações sobre o mercado de Mobile Marketing no Brasil e o perfil de consumo dos usuários de celular. Marcas como Skol, Claro, Omo, e Terra apresentarão cases inéditos e debaterão o tema.

O encontro também será palco do lançamento do Comitê de Mobile Marketing da entidade, que é presidido por Abel Reis, COO e presidente da AgênciaClick. Também será lançado o primeiro documento de Boas Práticas de Mobile Marketing, fruto de uma parceria entre o IAB e a MMA (Mobile Marketing Association).

As inscrições custam 100 reais para sócios do IAB/ABA e 200 reais para não sócios. Mais informações com Fabiana Fedeli pelo e-mail fabiana@iabbrasil.org.br ou pelo telefone (11) 3849-8468.


IDG Now!, 19/01/09

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Mudanças no edital de Subvenção Econômica 2009

Foi publicada nesta segunda-feira (19/1) uma reedição do edital de Subvenção Econômica 2009. Houve alterações em três itens da versão anterior do documento. Além da nova data para disponibilização do Formulário para Apresentação de Propostas - FAP -, há mudanças nos itens: Anexo 1 (Áreas e Temas), Área 1 e item 5 (Características das Propostas - Contrapartida).

Veja aqui a reedição do edital.

O FAP estará disponível no site da FINEP no dia 26 de janeiro, mas o prazo para envio de propostas foi mantido em 27 de março.


Finep, 19/01/09

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Adesão de beneficiários do Bolsa Família a qualificação é pequena

A adesão dos beneficiários do Bolsa Família ao programa de qualificação profissional - lançado pelo governo no primeiro semestre de 2008 - é considerada baixa pelo Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O tema está sendo discutido por cerca de 200 secretários municipais de Assistência Social reunidos em Brasília.

Segundo a secretária nacional de Renda de Cidadania do MDS, Lúcia Modesto, o Ministério ainda não fechou o percentual de adesão dos beneficiários até o momento. O Plano Setorial de Qualificação (Planseq) quer capacitar 184 mil trabalhadores na área da construção civil e outros 25 mil na de turismo. Após a capacitação, os alunos trabalhariam em obras de infra-estrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Para o ministro Patrus Ananias, a baixa adesão ocorreu em função do período eleitoral de 2008. "Nós lançamos a campanha quando muitos prefeitos já estavam encerrando seus mandatos. Nós vamos buscar maior envolvimento dos gestores estaduais e municipais e aperfeiçoar os mecanismos de divulgação e de contato com as famílias", afirmou Patrus.

O presidente do Congemas, Marcelo Garcia, acredita que faltou uma "negociação" direta com os beneficiários do programa. "Nós precisamos perguntar para as famílias se o que a gente desenvolveu é uma necessidade delas. Por isso, essa reunião será importante, para discutir isso", defendeu. Garcia também critica o mecanismo utilizado pelo MDS, a carta, para informar os beneficiários sobre o curso de qualificação. Ele acredita que os Conselhos Regionais de Assistência Social (CRAS) precisam estar envolvidos no processo.

Os cursos na área da construção civil começam em fevereiro. As regiões metropolitanas que receberão a capacitação são Belo Horizonte (MG), Manaus (AM), Belém (PA), Baixada Santista (SP), Salvador (BA), Campinas (SP), Fortaleza (CE), Recife (PE), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Distrito Federal (DF). Nessas áreas, segundo o MDS, vivem 1,34 milhões de famílias elegíveis ao plano. Garcia defende que em uma segunda fase a profissionalização deveria ser expandida para todo o país.

A condição básica para participar dos cursos profissionalizantes é ser maior de 18 anos e ter cursado pelo menos até a 4ª série do ensino fundamental. Para fazer a inscrição, o beneficiário deve comparecer a uma agência do Sistema Nacional de Emprego (Sine) com a carteira de identidade, a carteira de trabalho e o Número de Identificação Social (NIS). Patrus ressaltou que quem participar do programa de qualificação não perde o benefício.


Valor Online, 19/01/09

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Novo Sistema

A partir de 1º de janeiro, propostas de projetos culturais podem ser postadas na página do MinC na Internet

Os proponentes de projetos culturais que buscam o apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura para a captação de recursos terão a partir de 1º de janeiro mais uma facilidade: o envio de suas propostas via Internet.

Desde o último dia 20, o Ministério da Cultura introduziu um novo formulário, com campos para informações necessárias a uma maior transparência de todo o processo, de forma a ampliar o acompanhamento e o monitoramento da concessão do benefício da renúncia fiscal.

Além do encaminhamento eletrônico, também permanece válido o envio de propostas por meio dos Correios. Para tanto, o novo formulário deverá ser preenchido e encaminhado junto com a documentação solicitada.

Confira as duas modalidades de apresentação de projetos ao Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac):

* Formulário para preenchimento na página eletrônica do Ministério da Cultura (Internet)
* Formulário para cópia, preenchimento e envio ao Ministério da Cultura (Correios)


Fonte: Site do Ministério da Cultura

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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

"Economia grátis" se espalha do mundo digital para o mercado real

Pagar está em baixa. Pagar caro, então, nem pensar. Além da crise, que tem desestimulado compras, a chamada "economia grátis" (ou "freeconomics", como cunhou a revista "Wired"), surgida na internet, está chegando ao mundo real.

Na rede, a maioria já se acostumou a usar serviços sem pôr a mão no bolso. Fora, formas de consumo grátis, ou "freesumerism" (como nomeou a consultoria de tendências The Future Lab), têm se disseminado, com a força dessa geração viciada em pegar sem pagar.

Operadoras de celular usam esse modelo, quando "dão" o celular ao consumidor, em troca da sua fidelidade a um contrato. É o tal subsídio cruzado.

Agora, na Inglaterra, uma operadora dá chip, minutos e mensagens SMS grátis a usuários, com a contrapartida de poder entupi-los de torpedos publicitários. É a Blyk, que se mantém por anúncios e alveja jovens de 18 a 24 anos.

A loja de móveis Ikea, presente na Europa e nos EUA, criou uma linha de balsa entre a ilha de Manhattan, em Nova York, e sua loja, no Brooklyn. Quem a usa não paga e nem precisa comprar na Ikea. "Serve para o consumidor gostar mais da marca", diz Paulo Al-Assal, diretor da Voltage, que representa o Future Lab aqui.

Há reedições da velha "amostra grátis". Na Inglaterra, o serviço Matter, dos correios, envia à casa de quem se cadastra no site uma caixa de novidades selecionadas, como produtos de beleza e DVDs. As primeiras foram enviadas no fim do ano e a ideia, segundo a Matter, é juntar produtos de acordo com o perfil de cada pessoa. O lucro viria em forma de publicidade boca-a-boca dos produtos.

Iniciativa semelhante vem do Japão. O Sample Lab, em Tóquio, cobra taxa anual de US$ 9 para que as pessoas levem novos produtos para casa, a título de experiência.

Esses modelos buscam burlar a pulverização da atenção dos consumidores, perdida pela internet. Segundo a teoria, dessa forma o alvo da mensagem fica concentrado e ela chega só a quem interessa.

No Brasil, a marca Arno tem "lojas" onde oferece cursos gratuitos e experimentação de produtos. A Viver Casa & Gourmet deixa à disposição de quem entra alimentos, roupas, xampus, tudo o que for necessário para testar um eletrodoméstico. Nada está à venda lá dentro.

"Fazemos questão de não vender e de não cobrar", diz Eliana Leonhardt, diretora de marketing do grupo francês SEB, detentor da Arno e da Panex. Os cursos às vezes nem têm relação direta com os produtos. Dá para aprender a receber, arrumar o armário, servir a mesa.

A coreana Samsung também tem seu espaço de experimentação em São Paulo. Você fica o tempo que quiser mexendo em TVs, monitores, celulares, impressoras e outros gadgets. "O consultor da loja não tem a pressão de vender, nem o consumidor, de comprar. Tem que ser assim para maximizar a experiência", diz Carlos Werner, diretor de marketing da marca no Brasil. Ele diz que a loja é usada pelas pessoas na hora de tomar a decisão de compra. Dali, vão para uma loja comum. "Quem volta aqui com a nota fiscal até leva um brinde", diz Werner.


Débora Mismetti
Folha de S.Paulo, 19/01/09

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Mais de 60% dos brasileiros doam, aponta pesquisa

Pesquisa realizada pela organização britânica Charities Aid Foundation (CAF) sobre as práticas de filantropia nos países que formam o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), mostrou que 61,5% dos brasileiros realizaram algum tipo de doação para causas sociais. No ranking, o país perdeu apenas para a China, cujo índice de doação chegou a 80,1% no ano passado, graças ao forte terremoto que atingiu a Província de Sichuan, que matou mais de 70 mil pessoas.

De acordo com o estudo "BRIC Giving", os números apontam um crescimento da cultura de filantropia nos países líderes entre os emergentes. O levantamento -- que entrevistou 5 mil pessoas, nos quatro países -- sugere que as quatro nações podem atingir níveis de práticas filantrópicas comparáveis às de países como a Inglaterra.

“Se várias pessoas estão escolhendo por doar para causas sociais, diretamente aos beneficiados ou via instituições, temos razões para acreditar que no futuro eles irão não somente definir a economia mundial, mas também o seu tecido social”, afirma a head de Desenvolvimento Internacional da CAF, Bea Devlin.

O crescimento da filantropia nos países citados pode ser explicado, segundo o estudo, pelas tradições solidárias presentes em suas culturas também influenciaram positivamente os bons desempenhos dos demais países. Além disso, o fortalecimento de suas economias no cenário local e internacional e a relativa melhoria dos padrões de vida da população ajudaram a estimular os impulsos filantrópicos e, como conseqüência, a qualificá-los.

Brasil
Apesar dos dados positivos, o levantamento indica que grande parte das doações que as pessoas afirmam fazer são aquelas com forte caráter assistencialista e pouca potência para a transformação social. Exemplo disso é o empate técnico entre doações diretas e indiretas: enquanto 40% dos brasileiros confiaram seus recursos para organizações sociais investir, 39% afirmaram doar diretamente para pessoas de baixa renda.

A proporção entre doadores que realizam essas ações diretamente é quase o dobro dos que são intermediados por organizações sociais (21% e 43% nos casos de doação de tempo; e 19% e 34% na doação de produtos).

Mesmo tendo apresentado uma média alta de doações individuais (80,2 dólares nas quatro semanas anteriores à pesquisa) o mercado filantrópico brasileiro ainda está voltado para atender necessidades básicas e imediatas da população. Para o diretor presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (Idis), Marcos Kisil, as falhas do Estado na garantia de direitos como educação, saúde e assistência social criam demandas que são atendidas pela iniciativa privada.

Olhar Internacional
O aumento da filantropia dos países que compõem o BRIC não é surpresa para quem acompanha o assunto. No ano passado, quando o GIFE promovia o 5º Congresso GIFE de Investimento Social privado, em abril, a secretária executiva do Rússia Donors´ Fórum, Natalya Kaminarskaya, já apontava o crescimento das doações, sobretudo, pelas empresas russas. “Essas organizações passaram a considerar o investimento social como uma oportunidade de se destacar no mercado. A boa relação com as comunidades e regiões próximas aumentava os rendimentos das empresas”, contou.

Se na Rússia o empresariado lidera o movimentos, na Índia é a população, segundo a representante do Child Rights and You (CRY), Ingrid Srinath. “A visão filantrópica na Índia ainda é arcaica. Boa parte da arrecadação de recursos vem de doações de indivíduos que, em maioria, possui baixa renda. A fragilidade do setor empresarial também prejudica os investimentos social”, argumentou.

No mesmo evento, a diretora executiva da Asia Pacific Philanthropy Consortium, a filipina Rory Francisco-Tolentino, também falou do aumento do investimento social privado. Segundo ela, na China, eles costumam ser muito direcionados pelo fator pessoal (identificação religiosa, étnica).

“O chinês possui uma cultura filantrópica tradicional, herdada do período comunista, que valoriza e estimula os investimentos sociais no terceiro setor”, garantiu.

*Com informações do site do Idis.



redeGIFE Online, 19/01/09

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Mais Cultura tem 2009 para dar resultado

Até agora, o Ministério da Cultura (MinC) investiu R$ 223 milhões, pouco mais da metade prevista para o primeiro ano do programa, 2008

O Programa Mais Cultura foi lançado em outubro de 2007 como uma grande esperança para o setor no País, afinal de contas o presidente Lula garantiu um investimento de R$ 4,7 bilhões até 2010 somente para a iniciativa. Desses, R$ 2,2 bilhões de recursos federais e o restante de verbas estaduais e municipais. Até agora, o Ministério da Cultura (MinC) investiu R$ 223 milhões, pouco mais da metade prevista para o primeiro ano do programa, 2008. A largada mais desacelerada tem gerado críticas ao Mais Cultura, que, na prática, teve uma repercussão tímida nesse tempo. Seguindo o conselho do presidente Lula, no discurso do lançamento do programa, a reportagem Jornal do Commercio resolveu cobrar um balanço da iniciativa de quem está perto, ou melhor, à frente da gestão do dinheiro público nessa ação, em Brasília: a pernambucana Silvana Meireles, secretária de Articulação Institucional do MinC e coordenadora executiva do programa desde setembro passado. Leia a entrevista a seguir.

Jornal do Commercio - Quando o Mais Cultura foi lançado, o então ministro Gilberto Gil definiu o programa como o “Fome Zero do espírito”, porque foi criado para atingir áreas com menor acesso à cultura do País. De que forma o programa tem servido na prática, desde então, de alimento para a alma dos brasileiros?

Silvana Meireles- O programa está estabelecido em três grandes linhas: Cultura e Cidadania, Cidade Cultural, e Cultura e Renda. Isto é, está pensando a cidadania e o acesso, mas pensando também nas cidades que precisam de infra-estrutura cultural e na necessidade de tirar da informalidade os trabalhadores da cultura, investindo na formação de jovens. De lá para cá, diferentes ações foram desenvolvidas, nos três eixos. A questão do acesso foi a que mais avançou, sobretudo com os Pontos de Cultura, no intuito de incentivar projetos da própria sociedade. O Cultura Viva já existia, mas passou a ser incorporado e ampliado pelo Mais Cultura. Nessa linha, a grande questão foi a relação do Estado com a cultura e a sociedade. Ao invés de o Estado dizer o que deve ser feito, a sociedade apresenta a sua proposta e o governo fica encarregado de implementar. O Estado fomenta, incentivando, portanto, o protagonismo e a autonomia.

JC - De certa forma, a Lei Rouanet também já recebe projetos da sociedade.

Silvana - Recebe, mas são só projetos. Um Ponto de Leitura não é um projeto, já existe e vai ser potencializado pelo ministério. É um fomento a uma atividade já desenvolvida. Tanto que os Pontos de Cultura precisam ter no mínimo dois anos de atividade. Diferente do projeto com começo, meio e fim fomentado via Lei Rouanet. A segunda diferença é que a maioria dos proponentes do Mais Cultura está fora da Lei Rouanet, que é uma autorização para captação de recursos com isenção fiscal, uma negociação do proponente com as empresas. E aí os critérios de avaliação são muito diferentes dos critérios do Mais Cultura. Na lei, são os de mercado e os patrocinadores apóiam grandes eventos. Em relação aos Pontos de Cultura, é dinheiro do Fundo Nacional de Cultura. A partir do Mais Cultura, os recursos foram descentralizados, através dos pontos, para 23 Estados e cinco municípios. Foi um salto. Tínhamos 800 Pontos de Cultura e agora são mais de 2 mil.

JC - Dos R$ 223 milhões gastos pelo Mais Cultura em 2008, R$ 111,2 milhões foram investidos somente em Pontos de Cultura. São de fato a prioridade do programa?

Silvana - Não, é uma das prioridades. Ao lado deles, tem os Pontos de Leitura, como o caso da palafita-livroteca Os Guardiões no Bode (Recife) e outras similares, selecionados com edital nacional. Foram selecionadas em 2008 517 iniciativas, de pessoas físicas e jurídicas. Nessa mesma linha de fomento, tem também os Pontinhos de Cultura, espaços de brincar, iniciativas para a infância. Foram aprovados cerca de 200 no País. A ideia é fomentar iniciativas da sociedade civil. O MinC está implementando ainda 661 bibliotecas, através do Mais Cultura, que vão receber o kit, com acervo, mobiliário, telecentro e software de catalogação. Isso envolve negociação com os prefeitos. É um acordo com o gestor do município, que fica responsável pelo espaço e sua manutenção. Outra questão é a modernização das bibliotecas. Em 2008, foram modernizadas 410.

JC - O objetivo do MinC é zerar o número de municípios sem bibliotecas. Mas a pesquisa do IBGE (Suplemento de Cultura da Munic 2006), base para a elaboração do Mais Cultura, constatou que 89,1% dos municípios brasileiros já possuem pelo menos uma. Não seria um número alto, se comparado ao de museus, por exemplo, que só existem em pouco mais de 20% dos municípios do País?

Silvana - Entendemos que o livro e a leitura são fundamentais à cidadania. Precisamos formar um país de leitores, ampliar esse universo. Livro e leitura são estruturantes. E aí a prioridade é zerar o número de municípios sem bibliotecas e modernizar as que existem.

JC - Mas não há o risco de os brasileiros, mesmo assim, não se atraírem pela leitura?

Silvana - Sim. Mas como a gente está pensando o estímulo? Através da Rede Biblioteca Viva, que tem objetivo de integrar bibliotecas estaduais, municipais, Pontos de Leitura, escolas. Unir tudo numa rede. Atrelado a isso, tem a formação de mediadores, dos agentes de leitura. São eles que vão contribuir para o estímulo. A ideia é que sejam jovens selecionados e tal qual um agentes de saúde, possam trabalhar diretamente com as famílias de sua comunidade. Nos baseamos numa experiência bem-sucedida do Governo do Ceará. Afora isso, a pesquisa Retratos da Leitura, divulgada em 2008, apontou que os leitores brasileiros geralmente têm bibliotecas próximas às suas moradas e tiveram influência da mãe. São dois pontos que se destacam como estímulo para a formação. Existe ainda outra ação que ainda não aconteceu, a dos Livros Populares, para incentivar o acesso ao livro. O preço é ainda muito caro. A ideia ainda está sendo desenvolvida, vamos ver parcerias com editoras, um edital. Pensamos também em estimular a leitura de revistas que já existam, para fazer o leitor ir à biblioteca ler a edição do mês.

JC - Em artigo publicado no mês passado, no site Cultura e mercado, Leonardo Brant atacou a eficácia do Mais Cultura, cujos propósitos seriam muito vagos e corriam o risco de transferir para os municípios e Estados o dever federal, sobretudo com o Cultura Viva. Como responde a essa crítica?

Silvana - É evidente que temos metas muito ousadas, quantitativas. No ano passado, o aporte orçamentário nos obrigou a reduzir as metas para 2008. Algumas ações estão estruturadas, mas há outras mais novas. O País tem uma dimensão continental. Leva tempo até as coisas acontecerem. Quanto à parceria com Estados e municípios, penso que tem havido um erro de interpretação de Leonardo Brant. Ao fazermos a descentralização, a intenção não é transferir a responsabilidade para Estados e municípios, mas construir na prática o Sistema Nacional de Cultura, com divisões de responsabilidades e competências. O Estado e o município são os que estão mais próximos da sociedade, podem ajudar a implantar o programa mais rapidamente, acompanhando de perto. Acompanhar 2 mil Pontos de Cultura não é uma tarefa que deva ser feita pelo MinC sozinho, mas por quem está com o cidadão. Evidente como o sistema está em construção, essa divisão é algo que vai ser aprimorado. Afora isso, ao descentralizar, você está incorporando a cultura local e reforçando a economia local. Descentralizando, amplia-se o número de cada uma das ações, porque o Estado e o município entram com recurso. Para cada R$ 1 que os governos estaduais e municipais colocam, o MinC bota R$ 2. A gente amplia essa meta.

JC - Onde foi gasto o restante da verba do programa em 2008, de R$ 114,8 milhões, tirando a dos Pontos de Cultura?

Silvana - Em Pontos de Leitura, Pontinhos de Cultura, modernização e implantação de bibliotecas, conteúdos para TV. Está previsto para março um programa novo na TV Brasil, o Tô sabendo, que vai articular escolas de três Estados (RJ, BA e PA) num game de conhecimento. Esse recurso foi utilizado ainda no edital FIC TV/ Mais Cultura para a produção de três minisséries feitas por e para jovens de 15 a 29 anos, das classes C, D e E. Também foi gasto com o Cine Mais Cultura, em pequenas salas de exibição, com o Promoart (Programa de Promoção do Artesanato de Tradição Cultural) e uma parte em microprojetos culturais.

JC - O que seriam esses microprojetos?

Silvana - São incentivos a pequenos projetos, com recursos entre 1 e 30 salários mínimos, para proponentes que não têm acesso a qualquer lei de incentivo à cultura e precisam comprar um instrumento, uma roupa, fazer uma pequena exposição, publicar um pequeno livro. É um edital descentralizado e vai abrir com foco, neste primeiro semestre, nos Estados do Nordeste, no Norte de Minas e no Espírito Santo.

JC - Além dessas ações, como outros dados da pesquisa do IBGE estão sendo revertidos?

Sulvana - Quando pegamos o dado de que 90% dos municípios não possuem qualquer equipamento cultural, mostramos a importância de criar no País uma infra-estrutura cultural, e isso tem pautado a locação de recursos no Mais Cultura. Tem sido positivo, inclusive no Congresso. Os deputados têm feito emendas à cultura, o que é uma ajuda, porque sofremos cortes em 2008.

JC - Por quê? Qual foi o maior entrave?

Silvana - A disponibilidade orçamentária do governo mesmo. Houve um outro agravante também. Perdemos R$ 120 milhões, porque uma liminar derrubou medidas provisórias que fossem votadas via crédito suplementar. E esses R$ 120 milhões estavam incluídos na medida provisória de crédito suplementar de 2007.

JC - Este é o último ano antes das eleições presidenciais. É definitivo para o Mais Cultura mostrar a que veio. Quais são as perspectivas para os próximos meses?

Silvana - Este é o ano que o Mais Cultura precisa de fato estar na rua, em todo território nacional. Como várias coisas são fruto de edital, os resultados de 2008 vão ficar mais visíveis em 2009. As bibliotecas vão receber os kits. Os pontinhos, R$ 18 mil cada um. O Plano Nacional de Cultura está sendo enviado ao Congresso agora em fevereiro. O ano de 2008 foi de lançamento dos editais e agora estamos na conclusão das ações.


Olívia Mindêlo
Jornal do Commercio, 19/01/09

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Mapa participativo inédito expõe os impactos do avanço da soja sobre a floresta

Comunitários de Santarém e Belterra produzem mapa participativo baseado em imagens de satélite e conhecimento tradicional
Imagem: Greenpeace / Alberto César Araújo

Um mapa inédito, com os impactos da produção de soja na região oeste do Pará, foi lançado nesta sexta-feira por comunidades tradicionais de Santarém e Belterra a bordo do Arctic Sunrise, navio do Greenpeace. O trabalho identificou os principais pontos de desmatamento e outros problemas associados à expansão desordenada da soja na região, como o assoreamento e contaminação de igarapés por agrotóxicos, bloqueio de acessos tradicionais da população local pelas plantações e o desaparecimento de comunidades tradicionais.

O projeto mapeou ainda 121 comunidades locais, algumas das quais nunca incluídas em qualquer outro mapa. A iniciativa, apoiada pelo Greenpeace e Projeto Saúde e Alegria (PSA), capacitou mais de 50 lideranças de 28 diferentes comunidades no uso de GPS e interpretação de imagens para mapear e documentar os impactos da expansão da soja na região, e foi liderada pelos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) de Santarém e Belterra.
Baixe a cartilha no http://www.greenpeace.org/brasil/documentos/amazonia/mapeamento-comunitario-dos-imp com o Mapeamento Comunitário dos Impactos da Soja (em Santarém e Belterra), que traz detalhes sobre o projeto, a participação das comunidades tradicionais e o mapa.

“Eu vejo o mapa como uma imagem de um microscópio porque a gente vê nele aquilo que a gente costumava não ver”, disse um comunitário que participou do mapeamento e que não quis ser identificado.

As comunidades tradicionais da Amazônia detêm um vasto conhecimento dos espaços que ocupam. Em uma região marcada pela falta de governança, esse conhecimento é crucial para a defesa de territórios e dos recursos naturais.

"Ao unir conhecimento tradicional a técnicas modernas de mapeamento, os povos da floresta estão mais preparados para lutar pelos seus direitos e participar da gestão de seus próprios territórios", disse Raquel Carvalho, da campanha da Amazônia do Greenpeace.

"Esse tipo de iniciativa permite que os comunitários produzam seus próprios mapas, fazendo um contraponto importante à inexistência desse tipo de informação – oficial ou não."

Além de fortalecer o conhecimento tradicional, o mapa é um retrato atual dos impactos da soja na região.

"A mitigação destes impactos deve ser incorporada às análises do Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) do porto graneleiro da Cargill, que ainda aguarda audiência pública", disse Raquel.

De acordo com os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até 2002, o cultivo de soja no estado do Pará ocupava cerca de dois mil hectares. No ano seguinte, após a instalação do porto da Cargill em Santarém, a área cultivada saltou para 35 mil hectares. Essa expansão acelerada da soja na região ocorreu em várias outras áreas do bioma e foi alvo de intensa campanha do Greenpeace, que resultou na assinatura da Moratória da Soja, um compromisso assumido pela Abiove (Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais) de não comercializar soja plantada em novos desmatamentos a partir de agosto de 2006.

Ainda que tenha obtido resultados positivos, a moratória se limita a conter a abertura de novas áreas e não elimina os demais impactos da produção do grão dentro do bioma – principalmente na área de influência direta do porto –, nem pretende ser uma solução definitiva.

"A moratória é a melhor estratégia para reduzir o avanço do desmatamento sobre o bioma Amazônia pelo menos até que os mecanismos de governança necessários estejam implementados", afirma Raquel Carvalho.

O avanço da fronteira agrícola é uma das principais causas de desmatamento, acarretando em perda de biodiversidade e recursos naturais, deslocamento de populações tradicionais e aquecimento global. A destruição das florestas e mudanças no uso do solo, principalmente na Amazônia, são responsáveis por 75% das emissões brasileiras de gás carbônico, colocando o país como o quarto maior emissor de gases de efeito estufa do mundo. A floresta amazônica é de fundamental importância para o equilíbrio do clima global. A manutenção da cobertura florestal tropical pode evitar que 800 milhões de toneladas de carbono sejam liberadas na atmosfera por ano.

Salvar o planeta. É agora ou agora.
O lançamento do mapa comunitário faz parte da expedição do Greenpeace Salvar o Planeta. É Agora ou Agora, para alertar a população brasileira sobre os problemas causados pelo aquecimento global e pressionar os governos a tomarem medidas urgentes contra os impactos das mudanças climáticas.

Para fazer a sua parte, o Brasil deve se comprometer com metas setoriais de redução de gases do efeito estufa, zerando o desmatamento da Amazônia até 2015, promovendo fontes renováveis de energia e eficiência energética e implementando uma rede de áreas marinhas para proteger os oceanos.

Conheça mais detalhes sobre a campanha na página especial da expedição no http://www.greenpeace.org.br/cop/.

Confira o roteiro do Arctic Sunrise pelo Brasil - datas e horários para a visitação pública ao navio em cada cidade da programação. A entrada é gratuita no http://www.greenblog.org.br/?page_id=46.


Redação do Greenpeace
Envolverde, 19/01/09
© Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.

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Para atrair anunciantes Oscar reduziu o preço e mudou as regras

A ABC reduziu de USD 1,7 milhao para USD 1,4 milhao o preço da inserçao comercial durante a transmissao do Oscar. O movimento tem o objetivo de atrair o interesse dos anunciantes para um evento que vem perdendo audiência - 32 milhoes de americanos assistiram à transmissao da premiaçao no ano passado, abaixo dos 39,9 milhoes que tinham visto em 2007. Além da queda de preço, a emissora também passou a aceitar comerciais de filmes.

A publicidade dos estudios sempre foi proibida na transmissao do Oscar com o objetivo de evitar conflito de interesses e garantir que o publico nao visse a premiaçao como um jogo de cartas marcadas.

A noticia é do Ad Age.


Blue Bus, 19/01/09

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Entenda o que significa "blog content"

Julio Câmara criou blog há dois anos e diz que ganhou "fama na blogsfera"; idade impediu contratação para cobrir feira de tecnologia
Foto Rogério Azor/Folha Imagem


Para entender melhor por que uma empresa pagaria pelo conteúdo de um blog pessoal, vale dizer que o principal motivo é que é um ótimo negócio.

Imagine o seguinte: você tem um blog sobre um assunto que ama, como carros, e pesquisa e escreve com frequência sobre o tema. Além disso, tem uma vasta rede de contatos que lotam seus comentários, é mencionado em outros blogs e participa ativamente de comunidades. Pronto, você é popular e já tem um "ramo" na blogsfera.

Agora, se uma montadora quer fazer um blog para se aproximar do consumidor final, ela pode contratar uma agência, que vai contratar um jornalista especializado e, depois, vai divulgar o site para que ele tenha visibilidade. Que pode dar certo, ou não.

Mas, se o seu blog já tem leitores cativos, basta que eles te chamem, você põe um link no seu blog no estilo "mudei de endereço e agora estou escrevendo no site tal" e está feito.

Isso é chamado "blog content" e já existem até pessoas cuidando especificamente disso dentro de agências. Sim, porque é muito vantajoso: a empresa que quer fazer a ação e a agência já sabem como é o seu texto, que seu blog já tem leitores, que você tem moral na web e que já tem material para saber se quer associar a marca a você.

Além de evitar surpresas, contratar blogueiros é opção econômica. Como a maioria escreve sobre uma paixão, quando surge alguém querendo pagar pelos textos que já seriam publicados, qualquer valor parece vantajoso. Muitas vezes escrever para uma empresa significa ter novas regras, como não criticar ninguém e não falar sobre sexo, por exemplo. Por isso pense bem se a grana vale sua liberdade perdida.


Marina Fuentes
Folha Online, 19/01/09

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Ceará implanta fibra óptica para conectar população

Proliferam pelo país as chamadas "cidades digitais", em que prefeituras criam suas redes de banda larga para conectar a população à internet. Em âmbito estadual, o Ceará foi um dos primeiros a adotar um projeto do gênero: partiu para a instalação de fibra óptica. Inicialmente, a infra-estrutura deverá ser implantada numa área onde vive 82% da população urbana.

O governo cearense vê com bons olhos a revitalização da Telebrás e o uso da rede da Eletronet para ter um sistema alternativo à sua própria infra-estrutura.

O presidente da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), Fernando Carvalho, afirma que foi a Brasília quando soube da intenção de grupos do governo de transferir à Telebrás a gestão da rede da Eletronet. "Estivemos em várias reuniões com a ministra Dilma (Roussef), mas ela alertou que, com a falência da Eletronet, existia o passivo sub judice. Em vez de esperar, optamos por construir a nossa rede, mas continuamos interessados na parceria" afirma.

Segundo Carvalho, logo depois que Cid Gomes (PSB) assumiu o governo do Estado foi identificado que havia uma despesa anual da ordem de R$ 35 milhões com telecomunicações. Diante disso, começaram a ser estudadas alternativas para reduzir os gastos. Uma das primeiras idéias foi a busca de parcerias, mas diante da demora o governo optou por partir para a construção de rede própria.

Foi realizada uma concorrência. Venceu a construtora Schain. O projeto de instalação das fibras, orçado em R$ 49 milhões, deverá ter sua primeira etapa concluída em meados deste ano. A rede total terá 2,5 mil quilômetros e passará por vários municípios do interior, além da capital Fortaleza.

"Nosso objetivo não é criar uma empresa estatal para oferecer serviços de telecomunicações. Queremos usar nossa rede como uma ferramenta da desenvolvimento e de redução de custos. Há locais no Estado onde a operadora não chega, temos um monopólio que não investe por que não vê retorno imediato. Havia metas de instalar a telefonia em todos os locais com população acima de 100 habitantes, mas há metas (de universalização) que foram trocadas pelo projeto de levar banda larga às escolas", afirma.

O projeto tem parceria com a Companhia Energética do Ceará (Coelce), Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) e TV Ceará, que vão interligar redes próprias à do governo do Estado.

Outra parceria é a Rede Nacional de Pesquisas (RNT), que interliga instituições de pesquisas, universidades e está à frente do programa Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (Redecomep). Financiada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), ela está em expansão e prevê atingir todo o país com 27 redes em todos os Estados ainda no decorrer deste ano. A maior delas e com mais capacidade ficará no Rio de Janeiro.

Há empresas como Eletronorte, no Pará, e Neoenergia, na Bahia, que firmaram parcerias para ampliação da rede da Redecomep. O governo do Ceará fez o mesmo. Lá, o objetivo é interligar 80 escolas estaduais e orgãos públicos. No projeto, a chamada última milha, que conecta a rede ao destino final, utiliza infra-estrutura sem fio.

Carvalho diz que, se o Estado fosse usar serviços da concessionária de telefonia, em muitos locais não haveria velocidade de transmissão para prestar alguns serviços, como o videoconferência - tecnologia que poderia se tornar auxiliar no sistema de ensino. "Por isso, chegamos à conclusão que seria mais vantajoso montar nossa própria infra-estrutura. Fortaleza já está toda com fibra, são 120 quilômetros", afirma.

Carvalho conta que há outros Estados implementando ou buscando projetos próprios. Ele diz que estão sendo trocadas experiências com os governos do Maranhão, Bahia, Pará, Rondônia, Piauí.


Heloisa Magalhães
Valor Online, 19/01/09

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