segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Redes sociais mobilizam campuseiros

Orkut, twitter, flickr, facebook, myspace e blogs são alguns dos principais canais para trocas de informações entre os campuseiros, apelido dos participantes da Campus Party. “O atrativo do evento são as redes sociais e é por meio delas que conseguimos nos mobilizar e decidir vários pontos importantes do encontro”, explica o diretor-geral do evento Marcelo Branco.

A Campus Party, um dos maiores eventos de tecnologia e cultura digital do mundo, reúne neste ano no Brasil mais de 6 mil participantes. 36% dos campuseiros estão incluídos na faixa etária de 18 e 24 anos. Eles se organizam para o encontro por meio de redes sociais. O evento é o momento para conversarem e trocarem idéias com os amigos, antes, virtuais.

Para Branco, as redes sociais são um fenômeno e iniciam novas formas de sociabilidade e relacionamentos. “A era dos portais acabou. A web 2.0 chegou com muito mais força, porque é muito mais interativa”, complementa.

O criador da web Tim Berners-Lee também considera a internet uma poderosa ferramenta de informação e comunicação. “É uma plataforma em branco na qual os jovens podem fazer muitas coisas”. No entanto, critica o padrão web 2.0. “É frustrante, pois ainda não é possível permitir que o usuário use a vasta quantidade de informações do sistema”.

Outra crítica do pesquisador britânico ao atual modelo da web é a falta de compartilhamento de dados. Hoje os dados ficam trancados em sites de relacionamento social. “Na web 3.0, o conceito de interatividade será mais amplo”.

Berners-Lee também destacou a necessidade de descentralizar os dados das redes sociais e do controle dos usuários sobre suas informações. Ele apresentou a linguagem do FOAF (Friend of a friend) que é uma rede social aberta e descentralizada, na qual é possível lincar e extrair dados.

Redes sociais e a grande mídia
Além de servir para mobilizar os campuseiros, as redes sociais estão em pauta no evento. No debate “A influência das mídias sociais nas publicações”, jornalistas de grandes veículos discutiram de que maneira Orkut, blogs e outras ferramentas de relacionamento podem contribuir para informar e conquistar leitores. Também analisaram o impacto das novas tecnologias no jornalismo atual.

Para a publisher da IDG Brasil Silvia Bassi, com a disseminação dos blogs e da internet, o jornalista não é o único capaz de produzir notícias. “A informação passa ser aquilo que você organiza. Cabe ao jornalista produzir conteúdo para várias caixinhas: TV, rádio, site, blog”.

De acordo o editor do Meio & Mensagem, Marcelo Gomes, as ferramentas como blog e redes sociais podem ajudar a “fidelizar o leitor”. Marco Chiaretti, jornalista do Grupo Estado, também concorda com essa visão. Ele acredita que no jornalismo diário online o blog serve para criar uma rede de relacionamentos entre os internautas que comentam os posts, formando assim uma comunidade virtual.


Vivian Lobato e Talita Mochiute, do Aprendiz
Envolverde, 23/01/09
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