quinta-feira, 6 de agosto de 2009

BNDES libera R$ 1 bilhão para socorrer faculdades

O governo federal irá oferecer uma linha de financiamento para instituições de ensino superior públicas e privadas com juros e prazos de pagamento menores do que os praticados no mercado.



A linha de financiamento do BNDES terá duração de cinco anos e disponibilizará R$ 1 bilhão --cerca de 40% do orçamento da USP. Os recursos poderão ser usados para gastos em infraestrutura, compra de equipamentos, qualificação de professores, capital de giro (custeio), fusões e aquisições e até pagamento de dívidas.

O lobby do setor de ensino superior para obter um programa de financiamento começou em fevereiro, com o argumento de que o governo precisava ajudar as instituições para diminuir os efeitos da crise econômica. Na época, porém, o banco sinalizou que os financiamentos iriam visar investimento (ampliações e aquisição de equipamentos, por exemplo), e não socorro financeiro.

"Na primeira rodada de discussões que nós tivemos, o BNDES queria ter a segurança de que a qualidade ia ser fiscalizada. Quando sentiu que o MEC expôs e apresentou seus critérios, houve uma disposição maior de discutir alguns itens, inclusive esse do capital de giro", afirmou a secretária de Educação Superior do MEC, Maria Paula Dallari Bucci.

No caso da reestruturação financeira, as instituições terão seis anos para devolver o dinheiro, com carência de um ano. Para os demais gastos, o prazo é de dez anos, com carência de dois. A carência e o prazo são os pontos altos do acordo, segundo Gabriel Mário Rodrigues, presidente da Abmes (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior).

A taxa cobrada será a TJLP (taxa de juros de longo prazo), de 6% ao ano, acrescida de outra taxa, dependendo do tipo de empréstimo. Além disso, um percentual menor será cobrado pelo banco que intermediar o financiamento. Nas operações de empréstimo para capital de giro, os juros médios anuais cobrados pelos bancos em junho estavam em 31,8%, segundo dados do Banco Central.

Para Hermes Figueiredo, presidente do Semesp (sindicato das faculdades particulares de SP), a medida "veio em boa hora". Segundo ele, a medida tem a vantagem de incluir o capital de giro. Ele diz, contudo, que o prazo de 72 meses para a implantação de projetos de reestruturação financeira não é suficiente. "Temos a inadimplência, que é um problema crônico", afirma.

Podem pedir o financiamento instituições públicas e particulares. Para se habilitarem, elas terão que cumprir alguns requisitos de qualidade.

Entre as exigências, está a de que ao menos 70% dos cursos tenham conceito igual ou maior do que 3 nas avaliações do MEC, em escala de 1 a 5. O próprio MEC considera de qualidade insuficiente cursos com notas 1 e 2. Cada pedido, antes de chegar ao BNDES, terá de ser aprovado antes pelo MEC.

Segundo Maria Paula, do MEC, o financiamento tem o objetivo de dar apoio para que instituições que têm tido bons resultados façam uma expansão com qualidade.

Embora o Brasil seja um dos países com menos jovens na universidade, o ritmo de crescimento das matrículas vem caindo. Em 2005, quando foi criado o ProUni, o setor havia crescido 14,8%. De 2006 para 2007, a taxa foi de 7,5%.


Angela Pinho
Folha Online, 06/08/09

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Humanitarian Lion e os CEOs

O Humanitarian Lion (que já foi post aqui) continua na luta pra conseguir convencer a organização do evento mais importante da propaganda mundial a criar um prêmio exclusivo para celebrar grandes idéias criadas para o terceiro setor.


Dessa vez criaram emails específicos para CEOs de empresas que costumam frequentar os palcos do festival: Burguer King, McDonald’s, Pepsi, Coca-Cola e Apple. A idéia é que o email vá passando de pessoa pra pessoa, email por email e quem sabe desse jeito a mensagem chegue as pessoas que podem brigar pelo Humanitarian Lion no próximo festival de Cannes.

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Bradesco dará nome a teatro em São Paulo

Instituição financeira patrocinará espaço cultural no Shopping Bourbon; espaço deverá começar a funcionar a partir de setembro

O Bradesco dará um importante passo para associar a sua marca à área da cultura. O banco irá inaugurar, em São Paulo, o Teatro Bradesco, espaço cultural com capacidade para 1.400 lugares, que se somará às demais opções de entretenimento da cidade, ao mesmo tempo em que expõe a marca da instituição financeira em seu ambiente interior.

A assessoria de imprensa do banco confirmou o projeto do teatro, que ocupará uma sala do Bourbon Shooping, localizado na Zona Oeste de São Paulo. O investimento dará ao Bradesco o direito de naming rights, fazendo com que sua marca nomeie o espaço cultural.

A previsão é de que a inauguração oficial do teatro aconteça no mês de setembro. Os detalhes a respeito da negociação e dos investimentos movimentados com o projeto serão revelados na próxima terça-feira, 11, quando o banco realizará uma coletiva de imprensa, em São Paulo. O encontro com os jornalistas acontecerá no próprio espaço do futuro Teatro Bradesco.

Ainda de acordo com informações fornecidas pela assessoria de imprensa do banco, a estrutura do teatro já está montada e a ambientação da marca e do conceito do Bradesco dentro do espaço já começou a ser realizada. De acordo com as informações, ainda não foi definida como será a participação da Neogama/BBH - agência detentora da conta publicitária do banco - no projeto.


Bárbara Sacchitiello
Meio & Mensagem Online, 05/08/09

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Multas podem render R$ 1 bilhão a fundo

Diego Faleck, atual presidente do FDD: "Estão falando que ficamos ricos"
Foto Ruy Baron / Valor


Parte da multa de R$ 352 milhões sobre a AmBev pode ser utilizada para melhorar o Vale dos Dinossauros no interior da Paraíba. Já os R$ 295 milhões cobrados da Oi e da Brasil Telecom podem ser destinados a aulas de judô e educação ambiental na favela da Rocinha. E os R$ 301 milhões cobrados da Claro podem servir para a recuperação de línguas indígenas.

Essas foram as maiores multas já cobradas de empresas por prejuízos à concorrência e aos consumidores e todas deverão ser revertidas para um caixa público conhecido como Fundo de Direitos Difusos (FDD). Esse fundo administra verbas de até R$ 300 mil por projeto nas áreas de meio ambiente, defesa do consumidor e melhorias do patrimônio histórico.

O FDD sempre foi considerado um "fundinho". Para este ano, ele liberou pouco mais de R$ 8 milhões. O dinheiro que vai para projetos como restauração de igrejas, equipamentos para Procons e cartilhas de defesa dos consumidores, é tão insignificante que, ao contrário de outros conselhos interministeriais de governo, jamais ministros de Estado participaram de suas reuniões. Eles sempre indicam representantes para os encontros, que se realizam nas últimas quintas-feiras de cada mês, no Palácio da Justiça, em Brasília. Em duas semanas, no entanto, a expectativa de novas verbas para o FDD aumentou brutalmente. Com três multas na casa dos
R$ 300 milhões aplicadas a três grandes empresas, os conselheiros podem chegar a administrar mais de R$ 1 bilhão ano que vem. "Estão falando que ficamos ricos", disse o presidente do Conselho Federal do FDD, Diego Faleck.

O FDD é composto por dez conselheiros. São representantes dos ministérios da Cultura, do Meio Ambiente, da Saúde, da Fazenda, do Cade, do Ministério Público Federal, de três ONGs (Idec, Brasilcon, Instituto O Direito Por um Planeta Verde) e da Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça, que ocupa a presidência do conselho gestor. Em 2003, o cargo de presidente do FDD, que tradicionalmente era ocupado pelo secretário de Direito Econômico, foi transferido pelo então ocupante do cargo, Daniel Goldberg, para o seu chefe de gabinete. Na época, o atual presidente do Cade, Arthur Badin, ocupava a chefia de gabinete e passou a presidir o conselho do FDD. Hoje, Diego Faleck ocupa a chefia de gabinete da secretária Mariana Tavares e, por isso, foi designado para comandar o fundo.

Faleck explicou que os projetos são aprovados de acordo com a relevância do tema, a eficácia (se o projeto pode cumprir os objetivos que propõe), a eficiência (se pode ser concluído com os recursos destinados) e a sustentabilidade (se terá efeitos a médio e longo prazo). Como o número de projetos aumentou muito nos últimos anos, chegando a 3,6 mil propostas em 2007, o FDD passou a adotar uma estratégia seletiva. Os conselheiros elegem temas anuais para focar boa parte dos investimentos. Isso reduziu o alto número de propostas e facilitou as votações no conselho. "Nós não queremos nos firmar como um órgão que dá o dinheiro, mas como o que faz política pública de financiamento", disse Faleck.

A soma das três multas aplicadas à Ambev, à Oi/Brasil Telecom e à Claro é maior do que o orçamento de muitos ministérios. São exatos R$ 949.640.518,58. O valor significa um aporte considerável. Neste ano, o Fundo teve R$ 8 milhões para destinar a "projetos de interesse difuso" e a meta foi investir na segurança em museus. Para o próximo ano, o FDD elegeu como meta o investimento em projetos de proteção ao ambiente. Até aqui, já foi aprovada a destinação de
R$ 10 milhões para 75 projetos. Desses, 30 são relacionados à preservação ambiental e outros 22 vão para atendimento ao consumidor.

Se o governo conseguir obter de fato os R$ 949 milhões que estão sendo cobrados das três empresas, isso dará à área ambiental um valor que significa metade do orçamento previsto para a pasta do ministro Carlos Minc. O Ministério do Meio Ambiente espera receber R$ 3,5 bilhões no próximo ano, mas R$ 1,5 bilhão deverá ser contingenciado. Com isso, o ministério tem a expectativa de obter R$ 2 bilhões para o ano que vem.

Apesar dessa expectativa bilionária, o "fundinho" convive com contingenciamentos. No ano passado, foram arrecadados mais de R$ 100 milhões, mas apenas R$ 10 milhões serão efetivamente aplicados. "O dinheiro da multa da AmBev ainda não chegou para nós", admitiu Faleck. "A empresa vai ficar mais pobre, mas nós ainda não ficamos mais ricos."

Para "driblar" o contingenciamento, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) estuda nova proposta de destinar os valores que arrecada de empresas diretamente para projetos específicos. O órgão antitruste é o maior arrecadador do fundo, respondendo por 90% das verbas anuais. Em 2007, por exemplo, o Cade arrecadou R$ 43 milhões da Lafarge e outros R$ 13,7 milhões da Friboi para encerrar investigações de cartel contra essas empresas. O dinheiro foi para o FDD, mas parte dele ficou contingenciado, à disposição da União.

Agora, os conselheiros estudam discutir diretamente com as empresas a destinação do dinheiro. Se essa proposta for aprovada internamente pelo Cade, a empresa que pagar para se livrar de um processo de cartel, poderá indicar projetos específicos para a aplicação do dinheiro. "O ideal é que a empresa apresente uma proposta para fornecer diretamente para projetos que mitiguem os danos causados por ela ao mercado e aos consumidores", afirmou o conselheiro Vinícius Carvalho, representante do Cade no Conselho do FDD. Assim, uma empresa que impôs exclusividade a pontos de venda poderia financiar cursos de treinamento para que eles conheçam as leis de proteção aos consumidores.

Enquanto a proposta não é aprovada internamente no Cade, os projetos continuam seguindo para destinações difusas, como a construção de barragens para preservar pegadas de dinossauros, a recuperação de línguas indígenas e a compra de computadores para Procons no interior do país.


Juliano Basile, de Brasília
Valor Online, 06/08/09

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O eficiente "patinho feio"

Pouco comentado quando se fala em marketing digital, o Search é indispensável em uma boa estratégia de comunicação

É cada vez mais comum entre os anunciantes o enaltecimento do marketing digital para suas marcas. Durante o evento Search Marketing Expo (SMX), que aconteceu nessa última terça-feira, 4, em São Paulo, ficou claro ainda que a maioria das estratégias passa por um marketing de buscas eficiente que, em geral, são fortemente interligados com ações veiculadas nos veículos offline. Segundo pesquisa realizada pela iProspect e citada por Erica Schmidt, diretora global de pesquisa da Isobar, 67% das buscas feitas pela internet são oruindas de impacto causado pela mídia offline.

De acordo com Marcelo Sant'Iago, diretor da MídiaClick, além da mescla necessária entre on e off, é cada vez mais necessário que se atente para a integração dos variados canais online. "Fazer a conexão on com on é essencial para que se consiga trabalhar o Search Marketing de maneira mais interesante e com ainda mais conversão", acredita.

Para se ter uma idéia, apenas nos Estados Unidos, o Search movimentou, em 2008, cerca de US$ 10,5 bilhões e, no Brasil - com base nos dados divulgados pela revista Exame - apenas o Google faturou cerca de US$ 450 milhões com venda de links patrocinados e publicidade no mesmo período.

A força do setor foi confirmada pelos anunciantes presentes no evento. Carlos Alves, head digital marketing do HSBC, contou que cerca de 60% do tráfego registrado no site da instituição são provenientes dos endereços de buscas. "Não dar importância para o search marketing é negar a capacidade de estabelecer um diálogo com o consumidor. Hoje trabalhamos com ferramentas de precisão cirúrgica pelas quais conseguimos definir perfis atitudinais com hábitos de consumo e informações fundamentais para garantir bons investimentos", disse. Já Marcio Orlandi Júnior, gerente sênior de internet da Natura, foi categórico ao afirmar que o retorno sobre investimentos com Search é bastante alto e não à toa são investidos cerca de 10% de toda a verba para digital apenas em links patrocinados. "Também estamos testando internamente a integração das buscas em redes sociais e estamos vendo resultados. Para a Natura é importante estabelecer diversos pontos de contato, já que o relacionamento é a essência do nosso negócio", adiantou Orlandi Júnior, que, inclusive, já colocou a marca de cosméticos no Twitter.


Mariana Ditolvo
eio & Mensagem Online, 05/08/09

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Criação de valor com paixão e gestão financeira

Os gestores realmente têm paixão pela criação de valor? Os decisores conhecem as implicações financeiras de suas decisões? São perguntas feitas por John Percival na primeira parte de sua apresentação

Acadêmico da Wharton School da University of Pennsylvania, uma referência mundial no ensino de Finanças, John R. Percival iniciou o primeiro dia do Special Management Program, organizada pela HSM, sobre finanças estratégicas alertando os presentes para dois desafios: estimular nos executivos a paixão pela criação de valor econômico e integrar a área de finanças a outras áreas da empresa, principalmente a área da estratégia.

O pesquisador conta que, no contato com seus alunos e com executivos de diversos países, observou que tanto as pessoas da área de finanças precisavam entender melhor as questões estratégicas, como o pessoal da estratégia deveria conhecer melhor a parte financeira do processo de elaborar e executar a estratégia.

Ele também assinala que as decisões mais importantes que levam à criação de valor não são tipicamente tomadas pelos executivos financeiros, mas sim pelos de marketing, operações, tecnologia e RH, ainda que haja uma componente financeira nessas decisões. Assim, um dos papéis cruciais dos executivos financeiros é assegurar que os gestores entendam as implicações de suas decisões. Nesse sentido, a integração entre as áreas é fundamental.

Outro papel essencial do executivo financeiro é desenvolver a estratégia financeira que complementa a estratégia de negócios da empresa. A estratégia financeira deve buscar a criação de valor e a redução de riscos simultaneamente, isto é, o equilíbrio entre lucros e riscos, tema que o palestrante abordará durante os dois dias de evento.

Percival salienta que nem crescimento, nem participação de mercado são sinônimos de criação de valor: “Se você não cresce, não cria valor, mas é possível que você cresça e destrua valor”, diz ele, e acrescenta: “Perseguir participação de mercado pode destruir valor”.

A dura realidade: “A concorrência quer garantir que você não crie valor. Você tem de ser muito bom para conseguir isso!”. Desafiando, assim, os gestores financeiros presentes, Percival deu início à fundamentação de seus argumentos por meio da comparação intrigante entre as empresas FedEx e UPS.

Continue acompanhando a cobertura deste evento e conheça detalhes sobre esses casos.


HSM Online, 03/08/2009

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