terça-feira, 16 de setembro de 2008

Nokia é nova líder do relatório 'verde' do Greenpeace

Sony e Sony Ericsson perdem a liderança para a fabricante, que se destacou pela melhoria em sistema de reciclagem de eletrônicos

A Nokia foi eleita a empresa de tecnologia mais verde da 9ª edição do The Greener Electronics Guide, do Greenpeace, divulgada nesta terça-feira (16/09). Com 7 pontos em pontuação máxima de 10, a empresa se destacou pelo sistema de reciclagem de eletrônicos, que na última edição do estudo, apresentava problemas e deixou a empresa em 3º lugar.

Esta edição do estudo possui um novo critério, voltado a eficiência energética, no qual alguns produtos da Nokia foram contemplados. Com a mesma excelência na categoria estão a Apple, Sony Ericsson e Samsung.

No ranking, logo após a Nokia estão a Samsung, com 5,7 pontos e a Fujitsu-Siemens, com 5,5 pontos - salto direto do 15º lugar para a terceira posição do relatório, após prometer eliminar PVC e BFRs de seus produtos até 2010. A Sony Ericsson veio em seguida, com 5,3 pontos, empatada com a Sony - as empresas dividiam o 1º lugar na 8º edição do guia.

O estudo mostra, contudo, que os fabricantes de PCs ainda não conseguiram criar um computador sem PVC (poli cloreto de vinila) e retardantes de chamas (BFR), embora fabricantes de eletrônicos que consigam produzir pequenos gadgets sem estas químicas.

Embora a Apple tenha anunciado uma nova linha de iPods mais 'verde', sem PVC, BFRs e mercúrio, o Greenpeace continua infeliz com outros aspectos de seus produtos, como o custo do case que torna mais fácil a substituição do produto à troca da bateria. A fabricante alcançou 4,1 pontos.

A Nintendo continua em uma posição ruim, com apenas 0,8 ponto e, acima dela, está a Microsoft, com 2,2 pontos.


Por IDG News Service, França
Computerworld, 16/09/08

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Cidades 'encolhem' e perdem verba federal

Paulo Ziulkoski, da CNM: impacto violento para os pequenos municípios
Foto Fabio Pozzebom/ABr


Em 2006, a paranaense Santa Tereza do Oeste, que fica a 523 quilômetros a oeste de Curitiba e faz limite com o território do Parque Nacional do Iguaçu, tinha 14.181 habitantes, era produtora de grãos e possuía forte atividade pecuária. Um ano depois tudo continuava igual, menos o tamanho da população, que caiu 33,7%, para um total de 9.378 moradores.

A mudança não foi conseqüência de um êxodo repentino ou de alguma tragédia que disseminou mais de um terço da população da cidade no período de um ano. Foi, na verdade, resultado de um censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que no ano passado fez a contagem da população de localidades com até 170 mil habitantes. O levantamento censitário corrigiu supostas distorções na população estimada pelo próprio órgão em períodos anteriores.

O impacto para Santa Tereza do Oeste, porém, não se limitou a uma simples mudança em um de seus dados geográficos oficiais. O número de habitantes é o único critério utilizado para calcular a fatia de cada cidade do interior nos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), principal transferência obrigatória feita pela União às prefeituras. A população medida em um ano é usada para a distribuição de recursos do fundo no período seguinte.

Com a queda brusca de população de um ano para outro, o coeficiente de participação do município paranaense caiu de 1 em 2007, para 0,6 em 2008. De janeiro a agosto de 2008, Santa Tereza recebeu R$ 2,53 milhões em recursos do fundo. No mesmo período do ano passado, a prefeitura havia recebido R$ 3,62 milhões. A queda nominal de 29,96% chama mais atenção ainda num momento em que o repasse consolidado da União aos municípios tem aumentado. De janeiro até agosto de 2008, o total dessas transferências aumentou 22,9% em termos nominais (ver texto ao lado).

Santa Tereza do Oeste não é o único lugar que está deixando de aproveitar o aumento dos repasses obrigatórios da União. No ano passado, o resultado da contagem de população nos municípios com até 170 mil habitantes surpreendeu o IBGE por indicar um número de habitantes menor do que o esperado. E surpreendeu também, segundo o órgão, um total de 444 municípios espalhados pelo interior do país que apresentaram redução na fatia de recebimento dos repasses da União por conta da queda no número de moradores.

O IBGE não faz o censo com contagem de população todos os anos. Isso é feito a cada cinco ou dez anos. Quando não há contagem, o IBGE solta estimativas de população para cada um dos municípios. As estimativas são baseadas nas tendências apontadas nos censos e são também usadas para definir, a cada ano, a participação nas transferências da União.

O órgão divulgou no início do mês as novas populações estimadas para 2008 e que deverão ser levadas em consideração para o cálculo do repasse do fundo no próximo ano. Dos 444 municípios que perderam fatia em 2008, 148 conseguiram aumentar o coeficiente de participação para o ano que vem. Dois municípios, porém, segundo o IBGE, terão em 2009 nova redução de participação.

Santa Tereza do Oeste é uma das 294 cidades que continuarão em 2009 com o mesmo coeficiente reduzido de 2008. Como o IBGE concede 20 dias para a contestação, as prefeituras ainda podem solicitar um recálculo. A secretária de Finanças do município, Vera Biss, explica que Santa Tereza entrou com recurso na contagem de 2007, mas não teve sucesso. A redução na fatia do fundo faz muita diferença para a cidade, que tem nos recursos da União praticamente metade de seu orçamento total.

"O impacto da redução da participação no FPM é violento para os pequenos municípios , que têm alta dependência das transferências", diz Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Ele lembra que a redução de população também repercute em outros recursos da União, como os destinados à saúde, cujos critérios de distribuição são baseados em número de habitantes.

Vera explica que a queda provocou em Santa Tereza corte de investimentos e de programas na área de saúde. A prefeitura, que programava entregar 300 casas populares até o fim do ano, cortou o projeto habitacional para 150 moradias. Exames de saúde antes financiados pela prefeitura também foram comprometidos, além de obras na área de educação, como a construção de um centro de ensino integral, diz ela.

Vera contesta a contagem do IBGE. Segundo ela, a cidade tem pelo menos 10,2 mil pessoas, o que permitiria à Santa Tereza sair do menor coeficiente existente, de 0,6, para 0,8. O município, porém, não recuperaria o coeficiente de 1,0, que detinha em 1997. "Vamos entrar com ação judicial sobre o assunto", diz ela. Antes, porém, explica, a administração procura reunir os dados para comprovar que tem número de habitantes suficiente para elevar a participação nos recursos da União. "Estamos preparando os dados, como a população cadastrada no SUS da cidade", diz ela, referindo-se ao atendimento de saúde público no município.

Outros municípios prometem acompanhar o movimento de ida ao Judiciário. Valentim Gentil, cidade do extremo norte do interior paulista, deve ser um deles, diz o prefeito, Liberato Rocha Caldeira (PP). A cidade, que na estimativa do IBGE tinha 10.601 habitantes em 2006, ficou na contagem de 2007 com 9.408 moradores, o que fez a participação no fundo cair de 0,8 para 0,6. "Isso é uma irresponsabilidade. Estamos perdendo mensalmente entre R$ 80 mil e R$ 100 mil mensais", diz. Segundo ele, a receita do município é de R$ 800 mil ao mês. "A contagem do IBGE está errada", argumenta.

Segundo ele, a prefeitura contratou pesquisa de uma empresa de publicidade de Votuporanga que indica que o município tem 11 mil habitantes. Essa população, diz, pode ser provada com base no número de eleitores e de pessoas atendidas pelo serviço de saúde local. "O IBGE diz que encontrou mais de 400 casas fechadas. Mas as pessoas da casa estavam trabalhando durante o dia. Se tivessem voltado depois, à noite, teriam visto que há moradores lá." Pela nova estimativa, que valerá para a distribuição dos recursos em 2009, Valentim Gentil continuará com o coeficiente reduzido, de 0,6.

Situada na região de Araraquara, a cidade de Bady Bassitt foi um dos 148 municípios que conseguiram recuperar para 2009 ao menos parte do coeficiente de participação que perderam em 2008. A informação, porém, não deixa completamente satisfeito o prefeito Airton Silva Rego (PSDB). Ele diz que também irá ao Judiciário para recuperar um total de R$ 1,5 milhão que está deixando de receber em 2008 em função da queda de coeficiente de 1,0, no ano passado, para 0,8 neste ano. O orçamento de 2008, informa, previa uma receita de R$ 6,1 milhões em repasses da União. Com a queda na participação, Bady Bassitt terá R$ 4,7 milhões. O orçamento total da prefeitura é de R$ 16 milhões.

Rego diz que, caso a Justiça não lhe garanta o recebimento da diferença pleiteada, o prejuízo às contas da prefeitura irá além do corte de gastos. "Corremos um sério risco de fechar 2008 descumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal", diz. Segundo ele, as despesas acima do nível de receitas do ano darão um saldo de restos a pagar para 2009. Para o prefeito, a contagem do IBGE foi na "contramão da realidade".

"A população do município não está diminuindo. Na verdade, é crescente. Temos atualmente seis loteamentos em construção e não há mais espaços vazios a serem ocupados na cidade", conta o prefeito. Ele diz que a prefeitura de Bady Bassitt chegou a ser reconhecida pela confederação dos municípios por seu alto índice de responsabilidade fiscal e social. "No ano passado investimos na saúde 40% a mais do que o gasto obrigatório. Este ano teremos redução de 25% nos investimentos, principalmente na área social."


Marta Watanabe
Valor Online, 16/09/08

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Ganho financeiro supera renda do trabalho

Participação de juros, aluguéis e lucros na renda do Brasil cresceu 34,6%, enquanto fatia de remuneração de empregados caiu 19,8%

Juros, aluguéis e lucros foram os itens da renda brasileira que mais cresceram desde a última década, superando o rendimento dos trabalhadores. Os ganhos financeiros representavam, em 1990, 38,4% na renda nacional — um dos componentes do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2003, o peso havia subido para 51,7%. A remuneração das pessoas ocupadas apresentou tendência inversa e passou a ser a parte menor do bolo: caiu de 53,5% para 42,9%.

Os dados constam do relatório Emprego, Desenvolvimento Humano e Trabalho Decente – A experiência brasileira recente, lançado em 8 de setembro por três agências da ONU: CEPAL (Comissão Econômica para América Latina e Caribe), OIT (Organização Internacional do Trabalho) e PNUD.

O relatório mostra que a participação da remuneração dos trabalhadores no total de ganhos do Brasil caiu 19,8% entre 1990 e 2003. Nos últimos três anos abordados no estudo, acumulou três quedas. Na direção contrária, os ganhos com juros, aluguéis e lucros (chamados de “excedente operacional bruto”) têm tido forte crescimento — o peso aumentou 34,6% no período e cresceu continuamente nos últimos quatro anos analisados.

Os dois fatores fazem parte da distribuição funcional da renda, que é composta ainda por um terceiro item — o ganho dos autônomos, cuja parcela no bolo total também declinou: de 8,1% da renda para 5,4%. Os dados são das Contas Nacionais, calculadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Esse cenário indica, conforme o relatório, que os ganhos com o crescimento do PIB e os benefícios que as empresas brasileiras tiveram com melhoria de tecnologias podem não ter sido repassados, na mesma proporção, aos trabalhadores. O estudo sugere que “a melhoria na distribuição funcional depende de políticas distributivas de renda e, talvez ainda mais essencialmente, das condições em que os ganhos de produtividade são transmitidos aos trabalhadores. O comportamento das variáveis relevantes para essa transmissão foi pouco favorável aos trabalhadores no período aqui estudado”.

Os dados só foram analisados até 2003 devido a mudanças de metodologia no cálculo do PIB, o que influencia diretamente os números. “De qualquer modo, os dados divulgados pelo IBGE com a nova metodologia mostram que, nos anos mais recentes, a distribuição funcional passou a manter relativa estabilidade na repartição entre rendimentos do trabalho e excedente operacional bruto”, assinala o estudo.

Desigualdade de renda no trabalho
Apesar de a fatia da renda nacional relacionada com os ganhos dos trabalhadores ter diminuído, outros indicadores no estudo mostram que, embora muito elevada, a concentração de renda do trabalho caiu nos últimos anos. Essa concentração é medida pelo índice Gini para o rendimento mensal: quanto mais perto de zero, menor a concentração de renda. De 1992 a 2006, o índice caiu de 0,571 para 0,541, uma melhora de 5,2%.

“Contribuíram para essa melhoria na década atual o comportamento favorável do mercado de trabalho e a elevação do poder de compra do salário mínimo. (...) a razão óbvia é que o rendimento do trabalho é decisivo para a renda das famílias”, destaca o relatório.

Apesar disso, o rendimento médio do trabalhador só tem aumentado recentemente. O relatório mostra que ele chegou a R$ 999 em 1996 (ponto mais alto desde 1992), caiu para R$ 807 em 1994, para se recuperar, gradualmente, e chegar a R$ 904 em 2006.


Tiago Mali
da PrimaPagina
Boletim PNUD Brasil, 15/09/08

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Publicação e portal fortalecem a construção de redes intersetoriais

Organizações da sociedade civil (OSCs) e segmentos do setor público e empresas privadas em um mesmo ambiente virtual. Interagindo, trocando informações sobre mobilização de recursos, descobrindo novas possibilidades para o fortalecimento das ações sociais e das ONGs.

Ao mesmo tempo, uma publicação que faz uma análise de programas de qualificação de organizações não-governamentais da região Nordeste, no desenvolvimento de suas estratégias de sustentabilidade e construção da sua base social de apoio local.

Esses são os projetos que serão lançados nesta terça-feira (16), às 15h, em Recife, Pernambuco, pela Aliança Interage, entidade que reúne organizações de cooperação internacional, fundações e institutos privados com a missão de criar condições para o fortalecimento institucional do tecido social do nordeste brasileiro.

Homônimos, o portal e a publicação fazem parte de um trabalho em que se destaca a questão da sustentabilidade das organizações da sociedade civil, na definição de planos de longo prazo, principalmente para as tradicionais do campo da defesa e promoção de direitos.

Via Web
Os participantes do Portal terão acesso a informações sobre cursos, oficinas, editais para acesso a recursos, publicações, sistematizações e outras fontes. Poderão criar, ler e comentar notícias, formar parte de comunidades; conhecer projetos sociais desenvolvidos por ONGs e principalmente discutir sobre Mobilização de Recursos com entidades parceiras, profissionais especialistas dessa temática e representantes de outras entidades.

Segundo o secretário executivo da Aliança Interage, Rubén Pecchio, o Portal Mobilizar se propõe a abrir canais para potenciais construções solidárias, parcerias e outros apoios que hoje descortinam tanto no cenário de organizações do poder público, como também no segmento empresarial ou mesmo de cidadãos que se mobilizam para intervir em ações sociais junto com ONGs.

“Será uma oportunidade que as organizações terão para discutir o tema Mobilização de Recursos, divulgar seus projetos, compartilhar e conquistar novos aliados estratégicos para suas causas de inclusão social,” complementa Rubén. A meta da ferramenta é consolidar-se como referência disseminadora sobre esse tema, através da base de conhecimentos que apresenta e que permite ir estruturando pelo uso dos seus usuários.

O debate sobre Mobilização de Recursos acontece na comunidade Reflexão Política (administrada pela Interage) a qual conta com o apoio do sociólogo, Mestre em Ciência Política (UFRGS) e consultor em Desenvolvimento Institucional, Domingos Armani que desenvolveu um planejamento temático focado nos principais desafios das OSCs.

Outras comunidades administradas pela Aliança são: Biblioteca Mobilizar, a qual reúne publicações, relatórios e sistematizações de práticas disponíveis para download pelos participantes do Portal; Banco de Oportunidades, comunidade que traz informações sobre editais de acesso a recursos, sejam estes recursos privados ou fundos públicos, vagas de trabalho no setor social; Organizações e Projetos apresenta um perfil de ONGs e seus respectivos projetos de desenvolvimento social. Nesta seção, pessoas e interessados poderão fazer contato com estas organizações para oferecer apoios ou colaborar solidariamente.

A disponibilização do portal foi possível graças ao apoio da Fundação AVINA e do Centro de Estudos de Sistemas Avançados do Recife, CESAR, que projetou a plataforma base do portal A.M.I.G.O.S. – Ambiente Multimídia para a Integração de Grupos e Organizações Sociais, ferramenta inteligente que se estrutura pelo uso de seus participantes.

Publicação
O livro “Mobilizar - A Experiência do Programa de Formação em Mobilização de Recursos” traz uma análise das duas edições do Programa Mobilizar, desenvolvido pela Aliança Interage, destinado a qualificar ONGs desenvolvimento de suas estratégias de sustentabilidade.

Cada edição do Programa Mobilizar teve duração de aproximadamente 14 meses. Vinte e seis organizações passaram por um processo de aprendizagem em oficinas temáticas sobre: Planejamento Estratégico e Mobilização de Recursos, Fontes de Financiamento e Parcerias; Estrutura Organizacional e Controles Internos versus Mobilização de Recursos, Comunicação e Fundos Públicos, Indicadores de Sustentabilidade e Governança.

O livro foi organizado pelo diretor executivo do Instituto Fonte, Rogério Silva. De acordo com ele, o leitor irá encontrar um relato honesto de uma experiência, através da leitura política de conceitos para a sustentabilidade das ONGs. “A publicação oferece elementos para pensar processos de sistematização, como dicas metodológicas, e um relato de lições aprendidas com o Programa. Essa será uma ferramenta útil para outros gestores, educadores e empreendedores sociais que estão ajudando o Brasil a ser um país mais justo, solidário e sustentável”, complementa Rogério.

Serviço: Para ter acesso ao conteúdo do Portal Mobilizar, os interessados devem cadastrar-se através do endereço eletrônico: http://portalmobilizar.cesar.org.br e clicar no link “Cadastre-se Agora”, para preencher o formulário. O acesso é gratuito. O participante do portal irá ter sua home page própria, com descrições do seu perfil, na qual ele poderá ter acesso às notícias e comunidades postadas por ele e por outros participantes.

Lançamento
Local: Livraria Cultura.
Data: 16 de setembro de 2008.
Hora: 15h.
End. R. Madre de Deus, S/N, Bairro do Recife (ao lado do Paço Alfândega), Recife, PE.


redeGIFE Online, 15/09/08

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Fundação Nestlé destinará R$ 700 mil a ações sociais

A principal promoção da Nestlé para este ano, denominada Nestlé Torce por Você, destinará R$ 700 mil a projetos sociais por meio da Fundação Nestlé Brasil. O objetivo da iniciativa é estimular o atendimento a crianças e adolescentes com programas voltados à educação alimentar ou para a promoção da prática de esportes, como forma de alcançar uma vida saudável.

A fundação demonstra interesse em apoiar projetos que indiquem impacto em longo prazo e possuam estratégia de continuidade e sustentabilidade após o término do investimento; que tenham princípios pedagógicos claros; apresentem um diagnóstico da situação nutricional das crianças e adolescentes atendidos, além de ter um cronograma viável para a implementação das ações.

Para se inscrever e conhecer o edital é necessário acessar o site www.nestle.com.br/torceporvoce.

A mecânica da promoção Nestlé Torce por Você é simples. A cada R$ 7,00 em compras de produtos Nestlé nas redes participantes da campanha o consumidor recebe um código (emitido na própria nota fiscal da compra) que deve ser enviado via mensagem de texto (SMS) para o número 70000. Em seguida, o participante receberá um SMS confirmando a sua participação na promoção e será informado se foi contemplado com um dos prêmios instantâneos.

Serão sorteadas 1.200 camisas exclusivas dos 20 clubes da primeira divisão, além dos sete clubes de maior torcida da segunda divisão (Avaí, Bahia, Ceará, Corinthians, Fortaleza, Paraná e Ponte Preta), R$ 70 mil durante 12 semanas, viagens com acompanhante para conhecer o centro de treinamento do time do coração, além do grande prêmio final no valor de R$ 700 mil. Os residentes das cidades que sediam os jogos do Brasileirão 2008 poderão ganhar todos esses prêmios e, ainda, ingressos em setores especiais dos estádios para torcerem por seus times.

A Nestlé incentiva ainda os clubes a realizar partidas com baixo número de faltas e poucos cartões amarelo e vermelho. A equipe que apresentar, ao final do Brasileirão 2008, o melhor Fair Play nos 80 jogos da promoção será recompensada com um prêmio de R$ 70 mil. Ganhará a equipe que apresentar a menor média ponderada de cartões recebidos.


redeGIFE Online, 15/09/08

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Abrinq seleciona projetos para o Programa Nossas Crianças

O Programa Nossas Crianças da Abrinq mobiliza e articula recursos técnicos e financeiros da sociedade civil que possibilitem um atendimento de qualidade a crianças e adolescentes em organizações sociais. As inscrições para a seleção de projetos para receber financiamento com repasse de recursos por um período de até dois anos estão abertas até o próximo dia 30.

Este processo seletivo amplia a área de atuação geográfica do Programa para além da Região Metropolitana de São Paulo, incluindo os municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista, Região Metropolitana de Campinas e os Estados da Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba e o Distrito Federal. O prazo de vigência destes convênios será de 02 anos (fevereiro de 2009 a janeiro de 2011).

Podem participar da seleção, as organizações da sociedade civil que cumprirem os critérios de participação do Programa Nossas Crianças e os projetos apresentados devem oferecer atendimento direto para crianças e adolescentes em projetos voltados para:
educação infantil, erradicação do trabalho infantil, medidas socioeducativas em meio aberto (liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade) e programas de aprendizagem para adolescentes.

Saiba quais os tipos de atendimento para financiamento em seu Estado.

Para participar, os inscritos devem cumprir os critérios de participação de projetos.

O recurso financeiro deve ser utilizado em gastos diretos com a criança ou adolescente e os projetos apresentados devem conter a proposta de ampliação do número de atendidos ou implantação de novo atendimento.

O processo seletivo acontece em cinco etapas:
1. Análise e triagem dos projetos inscritos pelas organizações sociais, pela equipe técnica do Programa Nossas Crianças;
2. Recebimento e análise de documentação dos projetos aprovados na fase 1 e análise dos projetos aprovados na fase 1;
3. Visita da equipe do Nossas Crianças as organizações sociais, com projetos aprovados na fase 2 e parecer técnico dos projetos pré finalistas;
4. Aprovação dos projetos finalistas pela equipe técnica da Fundação Abrinq e comunicação aos selecionados;
5. Assinatura de convênio com as organizações com projetos aprovados.

A organização social só poderá apresentar um projeto por processo seletivo, e o Programa Nossas Crianças só aceitará propostas inscritas no sistema de cadastramento de projetos.

Também deve ser enviado ao Programa por correio, preferencialmente carta registrada ou SEDEX, cópias simples dos seguintes documentos da organização social aprovada na fase 1:
· Estatuto Social;
· Ata de Eleição da última diretoria;
· Ata de Constituição do núcleo onde será desenvolvido o projeto;
· Registro no CMDCA;
· Cartão do CNPJ;
· Certidão Negativa de Débito fornecida pelo INSS;
· Para projetos de Programas de Aprendizagem de Adolescentes deve ser incluída carta de compromisso da organização social comprometendo-se a realizar a formação teórica e profissional para os adolescentes atendidos pelo projeto e indicando as empresas parceiras nas quais os aprendizes realizarão a formação prática do programa de aprendizagem.

O repasse financeiro às organizações aprovadas no processo seletivo ocorrerá através de depósito bancário em conta corrente do Banco Bradesco. Portanto, a organização aprovada que não possuir conta neste banco, precisará comprovar a abertura da conta até JANEIRO/09.

As organizações sociais da Rede Nossas Crianças, só poderão encaminhar projetos de núcleos que ainda não foram conveniados ao Programa e que possuam CNPJ próprio.

O Nossas Crianças também segue critérios para analisar os projetos enviados pelas organizações sociais. Saiba como os projetos são avaliados.

Prazos
. Inscrição de projetos – de 01 a 30 de setembro de 2008;
. Envio de documentação dos projetos aprovados na fase 1 – 1ª quinzena de Outubro de 2008.
. Visita aos projetos aprovados na fase2 – 2ª quinzena de Outubro e 1ª quinzena de Novembro de 2008;
. Seleção dos finalistas e cumprimento de exigências documentais (comprovação de conta corrente no Banco Bradesco) – 2ª quinzena de Novembro de 2008 a Janeiro de 2009.
. Assinatura de convênio – Fevereiro de 2009.


Fonte: Site da Abrinq

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Sociedade civil organizada deve apoiar cobertura da imprensa

A pergunta foi pontual: a grande imprensa tem como política mostrar as propostas dos movimentos sociais para as eleições municipais? A resposta dada pelos especialistas convidados ao Diálogos da J-Aliança, foi um sonoro não, seja para questões locais, seja para políticas nacionais.

O evento, promovido pela Aliança Internacional de Jornalistas, em São Paulo, no entanto, não pode ser considerado pessimista. Jornalistas como Florestan Fernandes Jr., diretor do Departamento de Jornalismo da TV Brasil, Antonio Martins, do Le Monde Diplomatique, Verônica Goyzueta, presidente da Associação dos Correspondentes Estrangeiros e Guto Camargo, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de SP, mostraram como é importante a sociedade civil organizada apoiar a mídia na busca pela imparcialidade e objetividade.

Segundo eles, apenas com o apoio de movimentos sociais será possível uma cobertura mais transparente, não apenas para as eleições, mas para uma gama variada de assuntos. “A última eleição presidencial foi a primeira vez que a sociedade civil respondeu imediatamente à manipulação de dados feita pelos grandes meios de comunicação”, lembrou Florestan Fernandes.

O diretor da TV Brasil acredita que as emissoras de TV e rádio, tal como a imprensa escrita, têm interesses políticos e econômicos para defender ou rechaçar um determinado candidato ou político (e sua plataforma). “Imprensa livre no Brasil é um sonho”, afirmou.

A conseqüência direta dessa ação, além do benefício ao político, é dar as costas ao bem público em prol de interesses privados. É nesse ponto que organizações sociais podem pressionar para que essas relações sejam mais claras.

Por outro lado, as decisões sobre o que publicar ou não dependem da estrutura hierárquica da própria empresa de comunicação, relegando ao jornalista-repórter um papel muito pequeno na edição do material. “Existe uma relação de poder assimétrica entre o meio de comunicação e o jornalista, que deve fazer o que a direção impõe”, criticou Guto Camargo.

Nesse contexto, a articulação com movimentos sociais levaria a uma dupla vantagem: fortaleceria a figura do repórter, ao mesmo tempo em que forneceria mais dados e informações para a produção de matérias. Isto é, legitima o jornalista e melhora a qualidade de seu trabalho.

Em uma visão mais prática, é possível dar como exemplo as propostas dos candidatos. “Qual é o trabalho da imprensa? A cobertura deve mostrar se determinada promessa é possível de ser implementada. Sobre como as organizações locais vêem os projetos e os impactos nas regiões beneficiadas”, argumentou Verônica Goyzueta.

No entanto, as relações entre movimentos sociais e imprensa não são simples. A complexidade da utilização de informações, principalmente em ano eleitoral, assombra as redações. “Dar voz à sociedade civil pode ser interpretado como campanha contra, de forma eleitoreira”, avaliou o diretor do Núcleo de Sorocaba da Aliança Internacional de Jornalistas, Hélio Rubens.

Antonio Martins, do Le Monde Diplomatique, questionou também a motivação do próprio jornalista. “Ainda é pouco destacada a rede de organizações da sociedade civil”. Ele apontou como exemplo a cobertura da mídia sobre a redução dos índices de criminalidade no bairro Jd. Ângela, zona Sul de São Paulo.

Depois que o Jardim Ângela foi considerado a região mais violenta do planeta, iniciou-se ali, em 1996, uma mobilização liderada pelo padre irlandês Jayme Crowne. Surgiu o Fórum de Defesa da Vida, que aglutina centenas de entidades. Dessa pressão, foram criadas ali cinco bases de policiamento comunitário. Como os policiais tinham de conviver com a população, ganharam confiança e receberam informações sobre quem eram e onde estavam os criminosos. O resultado: sua taxa de homicídios caiu em 75%, entre 1991 e 2005.

“Quase não há cobertura da grande imprensa sobre essas redes sociais. O que se vê são os dados da Secretaria de Segurança Pública”, criticou Martins.

São Paulo
Durante o evento, a jornalista Luanda Nera, uma das responsáveis pela área de comunicação do Movimento Nossa São Paulo, mostrou como é possível trabalhar para melhorar a cobertura jornalística. A iniciativa, que reúne cerca de 500 organizações da sociedade civil, lançou no início deste ano o Observatório Cidadão.

Trata-se de 158 indicadores econômicos e sociais da cidade com resultados divididos resultados entre as 31 subprefeituras da capital. A análise dos dados levou a outra proposta do movimento: cerca de 1.500 propostas de governo entregues aos candidatos à Prefeitura de São Paulo.

As propostas foram apresentadas pelas organizações da sociedade civil que participaram de uma série de debates que duraram quatro meses. O documento não aponta quais devem ser as prioridades da próxima gestão, mas relaciona as idéias levantadas pela própria sociedade.

Embora o princípio da proposta seja mais transparência e controle social, as possibilidades para a cobertura de imprensa são ilimitadas. Ao mesmo tempo em que reúne dados sobre o município, o movimento torna-se uma espécie de guia de fontes na hora de elaborar a matéria.

“Fazemos um trabalho didático com jornalistas que buscam essas informações. Mastigamos os dados para eles usarem nas matérias. Muitas vezes, os direcionamos para as pautas mais importantes”, afirmou Luanda.

Em tempo: o movimento já conseguiu, no ano passado, a aprovação na Câmara Municipal de uma emenda à Lei Orgânica do Município que determina que todos os prefeitos apresentem, no primeiro trimestre da gestão, um plano de metas quantitativas para cada setor e para cada subprefeitura.


Rodrigo Zavala
zavala@gife.org.br
redeGIFE Online, 15/09/08

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