quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Ministério da Cultura e Itaú Social promovem curso gratuito sobre avaliação econômica de projetos sociais

O Ministério da Cultura, por meio de sua Representação Regional Nordeste, em parceria com a Fundação Itaú Social e o apoio da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), promove o curso Avaliação Econômica de Projetos Sociais que irá acontecer a partir de 5 de outubro, no campus da UFPE, em Recife.

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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Instituto Fonte convida para Oficina de Avaliação de Projetos Sociais de ONGs

Um encontro para fortalecer a compreensão e a prática sobre avaliação de projetos sociais

O Projeto Avaliação, realizado pelo Instituto Fonte em parceria com a Fundação Itáu Social e com apoio do Instituto Paulo Montenegro seguirá aprofundando discussões sobre o “estado da arte” da avaliação no Brasil, apresentando os resultados da pesquisa IBOPE.

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Nestlé lança Prêmio mundial

A fim de estimular programas sociais voltados para questões como água, nutrição e desenvolvimento rural, a Nestlé S.A. lança mundialmente o Prêmio Nestlé de Criação de Valor Compartilhado, que reconhecerá ações inovadoras para aperfeiçoar o acesso a água e o seu gerenciamento; proporcionar desenvolvimento às comunidades rurais e oferecer melhores condições de alimentação às populações que sofrem de deficiências nutricionais.

Os projetos podem ser inscritos até o dia 31 de outubro por meio do site www.nestle.com/csv/csvatnestle/csvprize (em inglês).

O projeto selecionado receberá uma bolsa de até 500.000 francos suíços (cerca de R$ 800 mil), concedida à medida que as ações propostas no planejamento forem sendo executadas junto à comunidade. Desta forma, é selado um compromisso financeiro com a entidade, garantindo a continuidade das atividades. O vencedor será anunciado em abril de 2010 durante o “Fórum Anual Nestlé de Criação de Valor Compartilhado”, que será realizado pela Nestlé S.A.

O Prêmio Nestlé de Criação de Valor Compartilhado faz parte da estratégia mundial da companhia de criar valor não apenas para seus acionistas, mas também para a sociedade.

Atuando de acordo com este escopo de compromisso com a sociedade, a Nestlé leva benefícios diretos às regiões onde atua, por meio de investimentos de longo prazo, transferência de tecnologia e treinamentos. Globalmente, cerca de três milhões de pessoas – entre colaboradores, fornecedores, distribuidores, varejistas e suas famílias – vivem, direta ou indiretamente, das atividades da Nestlé.

O que estamos procurando
O Prêmio Nestlé de Criação de Valor Compartilhado procura programas inovadores que melhorem o acesso a água potável ou a sua gestão, que melhorem a vida de produtores e comunidades rurais ou que levem melhor alimentação a populações com problemas nutricionais.

Além de reconhecer sucessos e inovações nas áreas de Água, Nutrição e Desenvolvimento Rural, também queremos destacar esforços exemplares que beneficiem a comunidade local e que possam ser replicados em outros lugares.

Quem pode concorrer
Indivíduos, empresas, ONGs, Organizações Governamentais e Intergovernamentais e outras, contanto que sejam concentradas em desenvolvimento, eliminação de pobreza, melhoria da saúde e nutrição.

Como concorrer
Os interessados devem submeter seus programas por meio do formulário de inscrição que pode ser acessado através do link no final desta página.

Este formulário exige um resumo detalhado do plano de negócios e da ação atual, descrevendo claramente sua escala de atuação, sua possível implantação em outras comunidades e como seu crescimento pode levá-lo a uma ampla escala de atuação no período de três a cinco anos.

Premiação
O Prêmio Nestlé de Criação de Valor Compartilhado dará ao vencedor um investimento de até CHF 500.000 por um período de tempo especificado, para ajudar na implementação ou no desenvolvimento da inovação e levá-la a uma ampla escala de atuação.

Julgamento
Os projetos serão avaliados pelo Comitê de Classificação do Prêmio Nestlé de Criação de Valor Compartilhado – um organismo internacional e independente constituído de pessoas notáveis do meio acadêmico, da sociedade civil e da indústria. Eles receberão uma lista com cinco finalistas indicados pelo Comitê Consultivo para determinar o vencedor, que será anunciado no Fórum Anual de Criação de Valor Compartilhado.

Clique aqui para preencher o formulário de inscrição.


Fonte: Nestlé

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Participe da pesquisa Ibope sobre o desenvolvimento institucional de organizações sem fins lucrativos que atuam no Brasil

O Instituto Fonte, em parceria com a Fundação Itaú Social e o Instituto Paulo Montenegro, estão realizando uma pesquisa sobre o desenvolvimento institucional de organizações da sociedade civil sem fins lucrativos que atuam no Brasil.

Quem responder a pesquisa até o dia 30 de setembro e receba por e-mail um sumário executivo em outubro. Para participar clique aqui.

Os resultados desse mapeamento subsidiarão iniciativas e ações orientadas a apoiar o fortalecimento de organizações, movimentos e indivíduos que atuam no campo social.

O IBOPE Inteligência foi contratado para realizar esse estudo com todo o rigor técnico e sob o código de ética da atividade de pesquisa de mercado e opinião, que garante o total sigilo sobre a identidade e as informações individuais dos entrevistados.

Caso deseje mais informações sobre a pesquisa, acesse os sites: www.fonte.org.br ; www.ibope.com.br; www.ipm.org.br; www.fundacaoitausocial.org.br, ou entre em contato com Cinthya Ali Dominguez (3069-9530) e Henrique Santos (3069-9508) no IBOPE Inteligência. No Instituto Fonte o nome e telefone são: Adriana (11) 3032-1108.

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Edital Nós na Tela

Inscrições até 3 de novembro

O Programa Nós na Tela é um concurso de apoio à produção de obras audiovisuais de curta metragem, voltado a jovens das classes C, D e E, entre 17 e 29 anos, envolvidos em projetos sociais.

Para participar é simples. Basta ter entre 17 e 29 anos, ter tido ou ainda ter envolvimento com projetos sociais e ter cursado ou ainda estar cursando um curso de formação audiovisual ligado ao projeto. O conteúdo dos curtas metragens pode ser em forma de documentário ou telerreportagem e o tema - “Cultura e Transformação Social” - permite que os jovens possam mostrar as várias expressões de sua realidade. As inscrições ocorrem no período de 16 de setembro a 03 de novembro.

O MinC vai investir um total de R$ 600 mil para premiar 20 projetos selecionados. Portanto, cada diretor e/ou roteirista que tiver seu projeto aprovado poderá contar com um orçamento de até R$ 30 mil. Originalidade, criatividade artística e adequação ao tema “Cultura e Transformação Social” serão alguns dos critérios que vão definir a escolha dos projetos.

A Comissão de Seleção, composta por cinco especialistas na atividade audiovisual, será designada pela SAv, SAI e ABCCom. A partir do dia 14 de dezembro de 2009, será divulgada a lista dos 20 projetos selecionados e dos 10 suplentes.

Para fortalecer a política de descentralização regional, serão contemplados na lista inicial de aprovados, no mínimo, dois projetos de, pelo menos, quatro macrorregiões do país.

Acesse aqui o Edital Nós na Tela

Mais informações:
Telefone: (11) 5084-3252
nosnatela@cinemateca.org.br
www.culturadigital.br/nosnatela


Jane de Alencar, Ascom SAv/MinC

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Bolsa Agente Cultura Viva 2009

Inscrições até 30 de outubro

O Ministério da Cultura (MinC), por intermédio da Secretaria de Cidadania Cultural (SCC), abre até 30 de outubro inscrições para Pontos de Cultura que queiram concorrer à Bolsa Agente Cultura Viva 2009. Serão concedidas 90 bolsas de R$ 28 mil, totalizando um investimento de mais de R$ 2,5 milhões. Cada Ponto de Cultura deverá selecionar quatro jovens, totalizando 360 bolsistas.

A Bolsa Agente Cultura Viva 2009 é uma iniciativa da SCC/MinC e tem por finalidade selecionar 90 projetos de Pontos de Cultura cujo foco seja o protagonismo juvenil, empoderamento social e o desenvolvimento pessoal e social de quatro jovens na faixa etária de 15 a 29 anos, envolvidos em uma das ações do Programa Cultura Viva (Escola Viva, Griô, Cultura Digital, Cultura e Saúde e Ludicidade).

Há também a possibilidade de inscrição de jovens envolvidos nos seguintes eixos temáticos:

Criação, Circulação e Difusão da Produção Artística dos Pontos de Cultura, que incentiva o protagonismo dos jovens dos Pontos de Cultura envolvidos nasc redes de interações estéticas e na rede audiovisual no âmbito do Programa Cultura Viva. Consiste no desenvolvimento de um processo de criação e produção artística associada às trocas de experiências, linguagens, conhecimentos e realidades, levando em consideração a realização de eventos e o intercâmbio e compartilhamento de experiências desenvolvidas nos Pontos de Cultura.

Cultura e Cidadania, que incentiva o protagonismo dos jovens dos Pontos de Cultura envolvidos em ações de saúde, meio ambiente, economia solidária, e de todas as ações sócio-educativas que possam surgir no âmbito do Programa Cultura Viva.

O valor total de cada projeto será de R$ 28.240,00, sendo R$ 10 mil destinados ao Ponto de Cultura e R$ 18.240,00 para o pagamento aos quatro bolsistas. Cada jovem receberá o valor de R$ 4.560,00, divididos em 12 parcelas mensais.

Para serem indicados, os jovens devem passar por seleção pública organizada pelo próprio Ponto de Cultura. Com a Bolsa Agente Cultura Viva 2009, o MinC pretende estimular o empoderamento social e incentivar o protagonismo da juventude por meio da apropriação de ferramentas e mecanismos de criação, produção e fruição cultural e artística, de forma a promover o desenvolvimento pessoal e social de jovens envolvidos nas diferentes redes sociais.

A comissão avaliadora das propostas, composta por representantes do MinC, consultores e especialistas na área de juventude e educação, vão analisar critérios como a qualidade do projeto pedagógico, memorial dos jovens selecionados pelos Pontos de Cultura, proposta de trabalho que promova o fortalecimento da rede das ações que os jovens estão envolvidos e os projetos que fortaleçam a transversalidade entre as ações.

Confira o edital:
Edital Agente Cultura Viva 2009
Anexo 1 - Requerimento
Anexo 2 - Formulário de inscrição
Anexo 3 - Declaração

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (61)2024 2508 ou pelo e-mail josiane.ribeiro@cultura.gov.br


Fonte: www.cultura.gov.br/cultura_viva

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Prêmio Pontos de Valor: SCC e PNUD

Inscrições até 30 de outubro

O Ministério da Cultura (MinC), representado pela Secretaria de Cidadania Cultural (SCC), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), abre inscrições para o Prêmio Pontos de Valor até 30 de outubro. Serão distribuídos 50 prêmios de R$ 10 mil aos Pontos de Cultura que apresentem as melhores práticas com foco na formação e promoção de valores de vida. No total, serão investidos R$ 500 mil.

O objetivo da premiação é identificar e mapear os Pontos de Cultura que apresentem práticas inovadoras em ações com foco na formação e promoção de valores de vida. A SCC/MinC e o PNUD querem contribuir para a compreensão das formas pelas quais os valores são transmitidos em diferentes meios e linguagens artísticas, inclusive a digital, com incentivo de uma política pública, subsidiando com isso a elaboração do Relatório de Desenvolvimento Humano Nacional (RDH) 2009/2010.

O relatório busca identificar os desafios ao desenvolvimento humano no país e discutir alternativas para o trabalho rumo à superação desses desafios. Como parte da preparação desse Relatório, o PNUD, junto com seus parceiros, promoveu a Campanha Brasil Ponto a Ponto. A campanha pretendia definir o tema do RDH. Mais de meio milhão de pessoas em todo o Brasil participaram e escolheram o tema “Valores de Vida”.

Valores de vida são aqueles que vivemos, que praticamos. Eles não tratam apenas do que falamos, mas de nossas ações diárias. Entender porque praticamos ou não valores que dizemos ter e como eles são formados é um grande desafio a ser superado. Para tal é importante saber como os valores são transmitidos com sucesso. A vivência dos valores nos quais acreditamos é uma condição fundamental para termos uma vida melhor.

Neste sentido, considerando que a maioria das iniciativas dos Pontos de Cultura se baseiam em valores como compartilhamento, inclusão e solidariedade, a SCC/MinC, em parceria com o PNUD, concebeu o Prêmio Pontos de Valor.

Transmissão de valores
A comissão avaliadora das propostas vai analisar critérios como o caráter inovador da iniciativa em ações na promoção de valores de vida, relevância da iniciativa para o entendimento da forma como a transmissão de valores de vida pode contribuir para a construção de um mundo melhor, aplicabilidade da iniciativa para produzir e gerar conhecimento, qualidade técnica da iniciativa e capacidade de ampliação de suas ações para outras comunidades.

No valor do prêmio já estão inclusas as despesas com passagens, deslocamentos, hospedagem e alimentação, necessárias ao custeio da participação de pelo menos um representante da iniciativa selecionada em encontro a ser realizado pelo Programa Cultura Viva e o PNUD após a premiação.

Confira o edital e os anexos:
Edital - 2009
Anexo I - Requerimento
Anexo II - Formulário de inscrição
Anexo III - Declaração


Fonte: www.cultura.gov.br/cultura_viva

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Laboratórios B.Braun seleciona projetos culturais

Os Laboratórios B.Braun já estão recebendo projetos culturais para análise de apoio e patrocínio para o ano fiscal de 2010. Os trabalhos devem versar sobre a valorização da identidade brasileira e inclusão social.

Criada este ano, a política cultural B. Braun é voltada para as áreas de música, dança e literatura. O patrocínio ocorre por meio dos incentivos da Lei Rouanet. Pessoas físicas também podem enviar seus projetos desde que aprovados pela Lei.

Os interessados devem encaminhar e-mail para comunicacao_BR@bbraun.com


redeGIFE Online, 28/09/09

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Guia para fundações e institutos empresariais entra em audiência pública

O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e o GIFE disponibilizaram para consulta pública uma versão preliminar do primeiro Guia de Melhores Práticas de Governança para Fundações e Institutos Empresariais. O documento, que receberá contribuições até o dia 8 de outubro, dará subsídios instrumentais aos dirigentes dessas organizações para uma gestão mais eficaz.

O guia entende que fundações e institutos empresariais são entidades sem fins lucrativos mantidas por empresas ou seus acionistas, para execução direta ou apoio a projetos voltados especificamente ao interesse público.

"A participação via consulta pública permite que mais pessoas possam enriquecer a publicação. Além de melhorar e legitimar o texto do guia, esse processo também ajuda a provocar reflexão e fomentar as discussões sobre governança nas fundações e institutos empresariais, de forma que o lançamento seja mais efetivo", explica o gerente institucional do GIFE, Eleno Gonçalves.

Segundo o advogado especialista em terceiro setor, Eduardo Szazi, a governança é, hoje, instrumento essencial para a formação da reputação de uma entidade e afeta diretamente sua capacidade de atração de recursos e retenção de talentos. “Quanto melhor ela for, melhor sua reputação e maiores as chances de ampliar seu leque de parceiros, colaboradores e financiadores”, afirma o advogado, também consultor técnico do documento.

Governança, em sentido amplo, é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre conselho, equipe executiva, e demais órgãos de controle. O que o guia faz é, no fim, converter os princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar a reputação da organização e otimizar seu valor social.

Para que isso faça sentido, as boas práticas de governança se sustentam de quatro princípios: a transparência, que não deve se restringir ao econômico-financeiro, mas também os demais fatores (mesmo os intangíveis que norteiam a ação gerencial; a equidade, o tratamento igual a todas as partes interessadas; a accountability, o prestar contas das ações, assumindo integralmente suas consequências e; reponsabilidade, quando o agente de governança zela pela sustentabilidade da organização.

Patrocinado pelas fundações Odebrecht e Banco do Brasil, além do Instituto Camargo Corrêa, o documento está didaticamente dividido em nove capítulos. Nos últimos sete, o leitor poderá encontrar todas as informações necessárias para uma boa gestão, como código de conduta, conflito de interesses, titularidade e formação de conselhos.

As contribuições podem ser encaminhadas até o dia 8 de outubro para o e-mail cleber.tavares@ibgc.org.br, contendo: (i) a identificação do trecho (página e item); (ii) redação sugerida; e (iii) explicação dos motivos e sugestão.

Para consultar o documento em audiência pública, clique aqui.


Rodrigo Zavala
redeGIFE Online, 28/09/09

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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Brechó Social

Desenvolvido pela Social Way, agência de marketing especializada na área social, o site Brechó Social é um inovador projeto de capação de recursos para o Terceiro Setor que alia a praticidade do e-commerce à imagem de celebridades.

O site visa contribuir com ONGs e entidades assistenciais, como Banco de Alimentos, Instituto da Criança e Casa do Zezinho, por meio da venda de objetos pessoais doados exclusivamente por personalidade brasileiras e internacionais, como o jogador de futebol Ronaldo, a modelo Gisele Bündchen, o guitarrista Andreas Kisser, o estilista Alexandre Herchcovitch, entre outros. As peças dos famosos ficam expostas no site com preço fixo.

www.brechosocial.com.br


Revista Filantropia On-line - nº214, 28/09/09

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Compêndio de sustentabilidade

O livro Compêndio de Indicadores de Sustentabilidade de Nações (download gratuito, 112 págs.), de Anne Karana, reúne práticas de indicadores de sustentabilidade mapeadas em diversos países, que devem servir para que a própria sociedade civil, governos, empresas e instituições avaliem suas condições econômicas e socioambientais e se inspirem para construir seus indicadores locais.

São 25 indicadores econômicos alternativos e complementares às métricas do PIB, dentre os quais destaca-se a “Pegada Ecológica”, que incorpora novas medidas de sustentabilidade econômicas, ambientais, sociais, éticas e culturais, além da inclusão de parâmetros de avaliação da felicidade/qualidade de vida.

www.compendiosustentabilidade.com.br


Revista Filantropia On-line - nº214, 28/09/09

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Real e Santander Brasil unem investimento social privado

A diretora-executiva de Desenvolvimento Sustentável do Grupo Santander Brasil, Maria Luiza Pinto, explica em entrevista a estratégia utilizada para unificar as práticas de responsabilidade socioambiental dos dois bancos. A integração ocorre desde agosto de 2008, cerca de um ano após o grupo espanhol Santander formalizar a aquisição das operações brasileiras do ABN AMRO, dono do Banco Real. Leia a entrevista:

Como o Grupo Santander Brasil vem absorvendo as práticas de Responsabilidade Socioambiental do Banco Real?
Maria Luiza Pinto
– Desde o primeiro momento da integração no Brasil, em agosto de 2008, a área de Desenvolvimento Sustentável foi confirmada como um setor de importância estratégica para o Grupo Santander Brasil – assim como era para o Banco Real. As principais políticas de sustentabilidade do Real estão sendo colocadas em prática pelo Grupo Santander Brasil ou estão com o plano de ação pronto para ser iniciado. Também mantivemos o fórum de debates internos sobre sustentabilidade. Todo o processo de gestão sustentável, iniciado no Real, foi perpetuado na nova organização e tem o apoio da diretoria, por meio de Conselhos de Sustentabilidade, que discutem o tema e respondem pelos encaminhamentos. No caso do Investimento Social Privado, existe o Comitê de Ação Social que é formado por cerca de dez dos principais executivos das duas instituições, inclusive o presidente do Grupo Santander Brasil, Fábio Barbosa (antes presidente do Banco Real).

De que forma o Grupo tem lidado com a fusão do investimento social?
MLP
– Inicialmente, a equipe técnica mapeou todas as iniciativas de investimento social privado nos bancos Santander e Real e, a partir de diretrizes estratégicas definidas pelo Comitê de Ação Social, realizou a análise dos projetos por temas e causas. Foram realizadas reuniões mensais com Comitê ao longo de um ano para discutir e ter posicionamento institucional de como seria o investimento social privado do Grupo Santander Brasil. A participação da alta diretoria demonstra o peso do tema dentro da organização. Em nenhum momento cogitou-se a redução do valor aplicado. A estratégia de investimento social já está validada e os principais projetos encaminhados.

Quais os focos escolhidos para o investimento social privado?
MLP
– A educação, tanto Ensino Básico quanto Ensino Superior, é o principal foco do investimento social privado. O Grupo Santander Brasil também atua em causas relacionadas a meio ambiente, empreendedorismo/geração de renda e diversidade. O comitê decidiu que a atuação social se estenderia a regiões onde o Grupo Santander Brasil não está física e comercialmente presente. A escolha do local será de acordo com análise de indicadores sociais que demonstrem a necessidade do investimento. Sempre que possível, articularemos alianças sociais para executar os projetos. É uma estratégia para potencializar o investimento e construir uma cultura de coparticipação e corresponsabilidade com a rede de relacionamento do Banco.

A intenção é manter as práticas de parcerias locais?
MLP
– É uma premissa. Sempre que possível continuaremos com a prática de formar alianças. O que ocorreu foi o fortalecimento das diretrizes, especialmente junto aos mais de 55 mil colaboradores com quem o Grupo Santander Brasil conta (originalmente, o Banco Real possuía 30 mil colaboradores). No voluntariado, por exemplo, estamos tendo adesão cada vez maior dos funcionários, e os mesmos são estimulados e orientados para articular parcerias.

Como o Grupo vem comunicando essa integração para as organizações sociais parceiras?
MLP
– Num processo de integração, é natural que os parceiros fiquem alertas. Tratamos com muito respeito a relação com as organizações parceiras: explicamos como seria realizado o processo de fusão do investimento social, qual seria a agenda levada ao comitê de executivos e, em alguns casos, as instituições sociais chegaram a participar da elaboração da proposta. Assim que as decisões eram tomadas a cada reunião do comitê, as organizações de relacionamento já eram informadas. O Grupo manteve os projetos existentes. No nosso cronograma (não divulgado) está prevista uma comunicação ampla.

Em processos de fusão, a unificação de cargos e processos leva à demissão de funcionários. O Grupo ofereceu algum auxílio para recolocação desses profissionais?
MLP
– O Grupo Santander Brasil contratou uma consultoria de recolocação profissional para apoiar os colaboradores demitidos no processo de fusão. A empresa ajudará, ao longo de um ano, o funcionário a se recolocar no mercado. O Grupo também estendeu alguns benefícios mais prioritários, como o direito à assistência médica, de forma que houvesse o menor impacto possível no curto prazo na vida da pessoa.

Você considera que os clientes confiarão que o Santander absorveu as práticas de Responsabilidade Social do Real?
MLP
– Na sua comunicação, o Grupo Santander Brasil assumiu a posição de oferecer aos consumidores e à sociedade o melhor de cada um dos bancos. Afirmo, com tranquilidade, que essa absorção é verdadeira. Toda integração teve um processo de planejamento e estruturação para que pudéssemos conhecer as práticas das duas instituições financeiras e tomar a melhor decisão. A campanha que está no ar hoje mostra o posicionamento do Grupo Santander Brasil, integrando o slogan “valor das ideias” com o compromisso da sustentabilidade para a construção de uma sociedade melhor.

O que o Santander tem feito, ou fará, para influenciar sua cadeia de valor, inclusive com o seu papel de financiador?
MLP
– Influenciar e engajar nossa rede de relacionamento faz parte da nossa estratégia. Um exemplo de como fazemos isso é o que está acontecendo no momento em que concedo esta entrevista (em 9 de setembro). Estamos realizando o encontro “Sustentabilidade na Prática: Caminhos e Desafios”. São dois dias em que compartilhamos toda a experiência que vivemos para inserir a sustentabilidade na gestão da organização. Participam cerca de 150 representantes de mais de 90 empresas, entre clientes e fornecedores. Pensamos que, dessa forma, as empresas podem acelerar a inserção da sustentabilidade nos seus negócios. Este programa iniciou em dezembro de 2007 e até hoje realizamos 22 turmas, com mais de 2.250 pessoas, representando cerca de 1.150 empresas brasileiras. Outra forma é por meio da política de risco socioambiental para a concessão de crédito de origem do Banco Real. Foram definidos 22 segmentos críticos para os quais temos critérios sociais e ambientais que são analisados para a liberação do crédito. Em breve, o Grupo Santander Brasil também passará a adotar essa prática.


Idis, 16/09/09

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Os impactos da crise global na agenda de sustentabilidade corporativa: um estudo de empresas líderes brasileiras

FBDS divulga estudo com 25 empresas de dez setores do Brasil

Empresas de dez setores - Energia, Serviços Financeiros, Petroquímica, Agronegócios, Papel e Celulose, Aviação, Cosméticos, Telecomunicações, Varejo, Siderurgia e Mineração - participaram do estudo, por meio de entrevistas e questionários, aplicados a executivos e gestores.

A FBDS convidou 45 empresas, das quais aceitaram 25, que atendiam a um dos critérios: Integrar a carteira do ISE Bovespa 2008; Estar entre as 20 empresas do Guia Exame de Sustentabilidade 2008; Pertencer à lista dos Top 10 da pesquisa Rumo à Credibilidade (FBDS e SustainAbility, 2008). Das 25 empresas, 40% são do setor de energia e 13% de serviços financeiros, ambos sob forte regulação.

Segundo o estudo, a crise global teve impactos reduzidos na agenda da sustentabilidade, mas para Clarissa Lins deve-se levar em conta a amostra analisada. "Há nestas empresas um compromisso com a gestão para a sustentabilidade, suportado em políticas corporativas e processos bem definidos".

Como a agenda de sustentabilidade ajudou as empresas em período de crise
Mais da metade dos executivos entrevistados afirmou que a agenda da sustentabilidade ajudou as empresas a enfrentarem os efeitos da crise. Neste contexto, as empresas perceberam valor nas práticas de engajamento, interno ou externo, como forma válida para enfrentar o momento de crise. Com efeito, 43% das respondentes apontaram o engajamento como a prática que mais contribuiu para a harmonia neste período, seja pelo fato dos stakeholders ficarem mais bem informados sobre as decisões e os rumos da empresa, seja pela credibilidade gerada por uma postura de diálogo.

Desafios para o avanço da agenda em tempos de crise e o pós-crise
Os cinco principais desafios mencionados pelos executivos para que a agenda da sustentabilidade permaneça no topo das prioridades foram: a disseminação permanente do conceito de sustentabilidade, o engajamento da cadeia de valor, o papel da regulamentação, o desenvolvimento de novas tecnologias e a incorporação da sustentabilidade no dia-a-dia dos negócios.

Há indícios de que estas empresas não vêem a crise como causadora de grandes rupturas de comportamento. Todavia, há um sentimento geral de que fatores como transparência e prestação de contas geram valor neste cenário e reforçam os laços com as diversas partes interessadas.

As apostas para o período pós-crise repousam em eficiência produtiva, energética e em investimentos em energias renováveis.

Leia aqui a íntegra da pesquisa


FBDS, 04/08/09

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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

III Seminário Ficas está com inscrições [gratuitas] abertas

Evento acontecerá no próximo dia 07, em São Paulo

O FICAS realizará, no dia 7 de outubro, das 8h às 17h30 na Maison Saint Germain, Rua Dr. Candido Mota Filho, 1.811, Butantã, em São Paulo, seu III Seminário, que este ano traz como tema central: “Estratégias para a sustentabilidade das práticas sociais”. O evento reunirá representantes de organizações da sociedade civil, fundações, institutos e empresas, para dialogar sobre os diferentes olhares a respeito da sustentabilidade das práticas sociais, bem como trazer luzes para as estratégias que vem sendo desenvolvidas para fortalecê-las. Após uma roda de conversa que abrirá o Seminário, os participantes poderão compartilhar suas experiências, por meio de três oficinas simultâneas: estratégias para o fortalecimento institucional, estratégias para o fortalecimento da causa e estratégias para o fortalecimento de políticas públicas.

O Seminário conta com o Patrocínio Master da Fundação Itaú Social, Co-Patrocínio do Banco Fator Corretora e Institutos Arcor Brasil, Cidadania Empresarial e Unibanco e Parceria do Instituto C&A - que está apoiando o evento e sua sistematização e disseminação. Além disso, terá como apoiadores a Agência Box, Maison Saint Germain, Neoband e Tablóide. Todos os palestrantes estarão presentes no Seminário de forma voluntária, e os principais serviços (recepção, filmagem e fotografia) serão realizados por jovens e educadores/as de organizações da sociedade civil.

O evento é gratuito e aberto à representantes dos diversos setores, como organizações da sociedade civil, fundações, institutos, empresas, poder público e demais interessados. As inscrições serão feitas exclusivamente pela internet, pelo site: www.ficas.org.br/seminário até o dia 02 de outubro. Vagas limitadas.

O FICAS já realizou dois seminários, o primeiro, ocorrido em 2007, teve como objetivo colocar em evidência a importância do papel estratégico das organizações da sociedade civil nas transformações sociais. As discussões realizadas pelos 105 participantes ao longo do evento levaram a uma questão fundamental - de que transformações sociais estamos falando? Essa e outras questões levaram ao tema central do II Seminário, ‘Transformações sociais: o desafio da continuidade’, realizado no ano passado.

Os 165 participantes compartilharam conhecimentos e experiências sobre os desafios do fortalecimento institucional, da causa e das políticas públicas. Por meio desses seminários, o FICAS pretende estimular o compartilhamento de conhecimentos e experiências e a articulação entre os diferentes atores sociais, de forma a contribuir para o fortalecimento das práticas e transformações sociais.

O FICAS é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, criada em 1997 por um grupo de profissionais, a maioria mestres e doutores de diversas áreas do saber, movidos pelo desejo de compartilhar o conhecimento adquirido no âmbito acadêmico, com pessoas e comunidades que pudessem se beneficiar direta ou indiretamente desses conhecimentos Por acreditar que as organizações da sociedade civil têm um papel estratégico e fundamental nas transformações sociais, o FICAS investe continuamente no seu fortalecimento, principalmente, por meio de programas de formação, estimulando-as a pensar e agir estrategicamente.

Nos últimos anos, além de desenvolver seus próprios programas e ações em vários estados do país, e mais recentemente em Moçambique (África), o FICAS tem prestado assessorias a fundações, institutos e empresas no desenvolvimento de seus programas junto às organizações da sociedade civil. Essa demanda surgiu, e tem crescido, pelo reconhecimento da competência do FICAS em adaptar os conhecimentos ao dia-a-dia das organizações e em acompanhá-las sistematicamente na aplicação desses conteúdos, e também pelo sucesso que essas instituições têm alcançado. Para saber mais, acesse: www.ficas.org.b


Pauta Social, 22/09/09

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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O preço da mensuração

Segundo especialistas, trabalho de monitoramento da rede é caro, mas proporciona análise profunda e evidencia oportunidade de negócios

Muito se prega a internet e o fenômeno das redes sociais como mídias baratas, mas pouco se comenta o custo de mensurar resultados e reputação na rede. "Há os que acreditem que o trabalho de monitoramento feito por empresas especializadas no ambiente online dependem exclusivamente de adventos tecnológicos e ferramentas bem construídas, quando na verdade o trabalho bem feito demanda um minucioso trabalho análitico que somente a mão-de-obra humana qualificada é capaz de executar", disse Martha Gabriel, CIO da New Media Developers, durante o Seminários Info.

Segundo Cassio Dreyfuss, vice-presidente do Gartner, as ferramentas são essenciais para detectar os assuntos e tópicos mais comentados, mas, a partir daí, é preciso fazer uma análise profunda para que os resultados correspondam à realidade. "Monitorar de fato é algo caro, mas que resulta em grande valor agragado para a marca que contrata. Depois da análise cabe à empresa tomar as atitudes cabíveis para conquistar um consumidor ou reverter uma imagem negativa na internet", comentou.

Alessandro Barbosa Lima, CEO da e-Life, acrescentou ainda que é possível detectar oportunidades de negócios e prever como o mercado vai se comportar no futuro de acordo com os resultados de monitoramento e análise. "Com o trabalho que fazemos é possível avaliar as intenções de compra que circulam pela rede e projetar os produtos mais procurados e oportunidades de crescimento para determinados segmentos. Também é possível ver o consumidor que está insatisfeito e pretende mudar de marca ou produto. Daí sai um raio-x do futuro", afirmou.

De acordo com os participantes do painel, os setores mais queimados no ponto de vista dos usuários da rede são os de telecomunicações, bancos e automóveis, enquanto o que compreende perfumaria e cosméticos estão cheios de moral nesse ambiente.


Mariana Ditolvo
Meio & Mensagem Online, 21/09/09

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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Comércio on-line ajuda pequenos criadores de itens feitos à mão

Produtos feitos à mão representam só 1% do faturamento com comércio eletrônico no Brasil (estimado este ano em R$ 10,5 bilhões). Mas é cada vez maior o número de sites que vendem essas criações.

Na outra ponta, aumenta também o público que consome na rede. A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico prevê que 17,2 milhões vão comprar on-line em 2009 no país.

A busca por produtos que fogem da massificação da indústria e têm um toque mais pessoal começa a ser percebida no mercado on-line. "Hoje, as pessoas querem algo mais próximo, feito pelas mãos, com carga sentimental", diz Auresnede Pires Stephan, professor de design na ESPM, Faap, Santa Marcelina e Belas Artes. "Aí as coisas saem da grande linha de produção para a customização", afirma.

No varejo virtual, quem consegue se voltar para esse nicho são os pequenos e médios comerciantes. "Os grandes têm dificuldade para atender essa demanda e os pequenos estão aí para suprir", diz o diretor da consultoria de mercado e-bit, Pedro Guasti.

Pensando nos pequenos comerciantes, o analista de sistemas Juliano Ipólito importou para o Brasil a ideia de reunir em um site lojistas cujo foco são itens feitos à mão.

O portal Elo 7, inspirado no americano Etsy e no europeu DaWanda, tem 50 mil usuários -sendo 15 mil vendedores- e mais de 220 mil mercadorias à venda. Manter uma loja ali custa R$ 49,90 ao ano. A equipe do portal dá assistência tecnológica.

Muitos dos pequenos comerciantes na internet são informais e nem têm ferramentas próprias para venda, ou seja, não são reconhecidos como lojas virtuais, onde a compra é feita na hora. Boa parte começou o negócio como um hobby, sem se dar conta do potencial.

"Eu compartilhava fotos dos acessórios que fazia no Flickr. As pessoas viam e perguntavam se podiam encomendar. Foi aí que decidi vender", conta a arquiteta Carol Grilo. A empreitada deu tão certo que há três anos ela se dedica só à marca de acessórios FofysFactory, que tem mais de 50 itens à venda.

Nem é artesanato
Nem tudo o que é feito à mão é artesanato. O termo é empregado com frequência, então fica difícil para quem compra fazer a diferenciação. "Assim como a palavra design, que se desgastou e deixou de ser um substantivo para se tornar adjetivo, há um mau emprego do termo. A pessoa prega um botão diferente e já chama de artesanato", diz o professor Stephan.

O artesanato no sentido mais completo tem raízes, tradição e técnicas apuradas. Para o consultor de design Renato Imbroisi, a falta de emprego levou muita gente a fazer aulas de crochê, cerâmica e bordado, sem que tivesse tradição nessas áreas. "Essas pessoas iniciam uma carreira sem rumo. É diferente do artesão, que vive da vontade de criar e não se desvia da técnica".

No site Elo 7, que se define como portal de vendas de artesanato, os produtos mais vendidos têm apelo moderno. "Não é o artesanato de raiz. É "craft". São itens que poderiam ser vendidos em lojas normais", diz o criador do portal, Juliano Ipólito.


Lígia Mesquita
Folha Online, 21/09/09

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Direto ao ponto

Ações de marketing direto levam informações às pessoas certas, tornando a captação de recursos mais eficaz

“Só existe uma estratégia vencedora: definir claramente o público-alvo e dirigir atenção especial a ele”. A afirmação é de Philip Kotler, guru americano do marketing, e define o sentido da expressão “marketing direto” com clareza. Assim, no Terceiro Setor, isso significa tornar cada colaborador um indivíduo, relacionando-se diretamente com ele de maneira que haja uma “comunicação-diálogo, e não uma propaganda-monólogo”, como definiu o também profissional de marketing, Drayton Bird. Direto ao ponto.

Para as organizações sociais, isso pode ser traduzido como um bom relacionamento com parceiros e doadores. A ação de marketing deve ser voltada para eles por meio de iniciativas que falem diretamente com cada um. “A utilização do marketing direto como estratégia de comunicação nas instituições pode ser muito produtiva, se bem executada. É uma forma de contato de médio e longo prazo muito proveitosa”, explica Marcus Hoenen, gerente geral da Full Jazz Propaganda.

A Newdbase, especializada em Database Marketing, é um exemplo de empresa que dá suporte a instituições sociais com seu know-how sobre o assunto. “Basicamente, oferecemos dois serviços: o de ações de segmentação de perfis de doadores para captação de recursos, com embasamento em pesquisas de mercado para diferenciar o doador do potencial doador; e o de tratamento, higienização, atualização e enriquecimento de dados da base do cliente que, por vezes, torna-se desatualizada ou incompleta”, explica Mônica Navarro, diretora da empresa.

Entrando em contato
De acordo com a Associação Brasileira de Marketing Direto (Abemd), por marketing direto entende-se a comunicação que “se utiliza de uma ou mais mídias para obter uma resposta ou transação mensurável junto a públicos específicos, ou simplesmente gerar uma ação de relacionamento que gere encantamento junto ao público visado”.

Isso significa que as atividades dessa categoria de marketing estimulam um retorno do receptor da mensagem, por meio de cupons ou cartas-resposta, por exemplo. Por isso, a comunicação do marketing direto consiste em conquistar nomes e manter o relacionamento contínuo com os que já foram conquistados.

A pergunta é: como fazer para chegar a esses nomes? Por meio de ações de captação de recursos, como a divulgação planejada da instituição em eventos e feiras, um site bem desenvolvido, mala-direta e propaganda. O importante, porém, é executar essas ações sempre com ferramentas de resposta: cadastro no site, cupons para preenchimento de dados, entre outros. Dessa maneira, é possível ativar o relacionamento e incentivar a participação dessas pessoas no dia-a-dia do trabalho da organização.

“O marketing direto deve ser utilizado com planejamento de comunicação completa, ou seja, a campanha deve ter um objetivo definido para um público direcionado e uma comunicação adequada”, explica Navarro. “Isso tudo deve ser bem estruturado, levando-se em conta que o retorno sobre investimento deve ser sempre positivo. É nisso que baseamos o sucesso de uma campanha”, complementa.

É necessário manter esse relacionamento conquistado por meio da comunicação dirigida – ou seja, específica para aquele tipo de público, que pode ser todo o banco de dados ou segmentos dele, de acordo com os interesses. Aqui, podem ser utilizados catálogos, newsletters, telemarketing ativo, cartas de agradecimento e convite para eventos. Outra iniciativa interessante é sempre convidar o colaborador para conhecer o trabalho realizado pela organização, fato que dá ainda mais credibilidade às atividades e, ainda, estreita os laços da parceria.

Fases do marketing direto
Para aplicar técnicas do marketing direto com eficiência, é recomendável que a organização tenha profissionais da área em busca de resultados positivos. Para sua implantação, existem alguns passos importantes a serem seguidos:

  • Fazer o diagnóstico, ou seja, entender as necessidades da organização;
  • Definir os objetivos, como a conquista de apoiadores, fidelização e captação de recursos;
  • Definir o público-alvo: quem se quer atingir, em que quantidade, onde encontrar os nomes desejados e qual mailing utilizar;
  • Analisar o que será enviado: folders, newsletters, brindes etc.;
  • Verificar em que contexto a ação está inserida, o que será comunicado e como será a abordagem;
  • Escolher que veículos de comunicação serão utilizados para atingir o público-alvo;
  • Optar por canais de resposta para a comunicação dos apoiadores;
  • Identificar o momento de colocar a ação em prática;
  • Calcular o custo e o retorno do investimento;
  • Mensurar os resultados da ação;
  • Organizar todas as atividades necessárias para o atendimento adequado dos apoiadores que aparecerem devido à ação do marketing direto;
  • Acompanhar e controlar os rumos da ação para seu constante aperfeiçoamento.
Atuando com o Terceiro Setor, a Newdbase ajuda as organizações com a profissionalização desses passos. “Recentemente fizemos ações para a Aldeias Infantis, Graacc, Unicef, Mater Maria Eclesiae e, principalmente, para a Apae, que nos proporcionou um mapeamento completo de pesquisas de mercado. Isso nos ajudou a entender melhor o perfil psicológico e sociodemográfico dos ‘doadores efetivos’”, conta Navarro.

Valorização do indivíduo
Ao identificar os possíveis colaboradores de uma organização, é essencial conhecê-los individualmente, saber de suas preferências e personalidades. Assim, é possível estreitar o relacionamento e fidelizar os apoiadores.

Essas informações devem ser mantidas em um banco de dados. Atualmente, com a facilidade de administrar e adquirir informações, é possível formar esses bancos com grupos de dados por similaridade, atuação ou outros critérios de divisão. É muito proveitoso utilizar a facilidade da internet para manter esse contato com os colaboradores.

De acordo com a teoria de Drayton Bird, “se a empresa não usa marketing direto, a sua propaganda é um monólogo repetitivo, ainda que tenha criatividade e dê leões em Cannes. Mas, se a empresa usa um processo de marketing direto, então a sua comunicação é um diálogo, ou seja, ela fala às pessoas e ouve essas mesmas pessoas, continuamente”. O mesmo serve para as organizações do Terceiro Setor. Os colaboradores e apoiadores querem se comunicar com a instituição, de modo que fiquem informados do que acontece e, ao mesmo tempo, possam participar das atividades realizadas.

Principais objetivos do marketing direto:
• Divulgação da marca ao público-alvo definido;
• Diminuição da dispersão da verba destinada à comunicação externa;
• Obtenção de resultados mensuráveis;
• Maximização da captação de recursos.

Links
www.abemd.org.br
www.newdbase.com.br


Marcio Zeppelini
Consultor em comunicação para o Terceiro Setor, editor da Revista Filantropia, produtor editorial pela Universidade Anhembi Morumbi e diretor executivo da Zeppelini Editorial & Comunicação.
Revista Filantropia On-line - nº213, 22/09/07

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Prefeito de Londres pede que banqueiros usem bônus para patrocinar arte

O prefeito de Londres, Boris Johnson, pediu aos banqueiros do centro financeiro da cidade que gastem as bonificações milionárias que ganham patrocinando as artes produzidas na capital.

Não fazer isso causaria um grande dano a um dos maiores atrativos de Londres, declarou o político conservador, referindo-se aos milhões de turistas que vão aos teatros, museus e galerias locais. "Quem eram os Médici? Eram banqueiros. Tinham um caixa dois, mas serão sempre lembrados por sua contribuição ao Renascimento italiano", destacou Johnson.

Em 2008, o apoio privado às artes, incluindo as doações privadas, atingiu a quantia recorde de 686 milhões de libras (US$ 1,12 bilhão). No entanto, segundo dados recentes, o patrocínio de empresas à produção artística caiu 7% no ano passado.

No discurso que fez no Victoria & Albert Museum, Johnson disse que, em tempos de recessão, investir nas artes "é mais importante que nunca". "As artes e a cultura não são um luxo, mas parte do DNA desta cidade. Graças a elas, as pessoas querem viver e trabalhar aqui. E sete de cada dez turistas dizem que é por elas que vêm" à cidade, destacou.

Johnson recebeu o apoio do ator americano Kevin Spacey, atual diretor do renomado teatro londrino Old Vic.

"Tendo vivido aqui sete anos, realmente acredito que a excelência do Reino Unido no campo das artes e da cultura constitui um dos mais fortes recursos naturais do país", afirmou Spacey.

Johnson também lembrou que o setor público investe 121,3 milhões de libras (US$ 198 milhões) no teatro, que, por sua vez, arrecada para o país cerca de 2,6 bilhões de libras (mais de US$ 4,2 bilhões).

Remuneração
Na reunião de cúpula do G20 (grupo que reúne representantes de países ricos e dos principais emergentes) que ocorrerá nesta semana em Pittsburgh (EUA), um dos principais temas deverá ser a reforma do sistema financeiro global, com destaque para as remunerações de executivos do setor financeiro.

Na semana passada, a chanceler alemã, Angela Merkel, reiterou sua exigência para que se limite, mediante regras internacionais, o pagamento de bonificações a altos executivos, que só poderão cobrá-las caso registrem os benefícios.

Também na semana passada, a imprensa americana informou que o Fed (Federal Reserve, o BC americano) avalia uma proposta para tornar mais rígida a legislação sobre a remuneração de executivos do setor bancário.

O presidente da Comissão Europeia, o órgão executivo da UE (União Europeia), José Manuel Durão Barroso, afirmou no domingo (20) que o bloco deve regular os bônus pagos a executivos de instituições financeiras, mesmo se não chegar a um acordo sobre o assunto com os Estados Unidos.

EUA
A necessidade de regulamentação oficial sobre as remunerações de executivos, no entanto, encontra resistência por parte dos mesmos. Ontem, nos EUA, um grupo de chefes de grandes empresas manifestou essa resistência em um relatório publicado pelo instituto privado de conjuntura Conference Board.

"uma política baseada em regras está desprovida da flexibilidade essencial que se requer para conciliar a diversidade dos setores de atividade, das estratégias, dos planes de negócios e do nível de desenvolvimento representado por mais de 12 mil empresas americanas de renome", assinala o grupo de trabalho sobre a remuneração dos executivos.

"Se executada corretamente, para fazer avançar a estratégia de negócios das empresas e o valor das ações, e for consistente com os princípios das empresas, o grupo considera que uma remuneração atrativa para os executivos é vital para a saúde econômica do setor de negócios dos EUA", diz o comunicado.


Folha Online, 22/09/09

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Riscos aos dirigentes de entidades do terceiro setor

Atividade de gerir uma ONG será cada vez mais arriscada

A Justiça do Trabalho determinou, recentemente, o bloqueio de R$ 68 mil na conta bancária do vice-diretor de uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip), em decorrência de três processos movidos por ex-funcionários contra a organização. Ocorre que, muitos dos gestores das entidades sem fins lucrativos são voluntários, não são os "donos do negócio" e não lucram com seu trabalho. Assim, atuais ou possíveis voluntários podem desistir de executar tão importante tarefa de interesse público pelo receio de terem suas contas penhoradas em função das referidas decisões judiciais.

Infelizmente, a Justiça do Trabalho, nitidamente "protecionista", acaba causando graves distorções na utilização da desconsideração da personalidade jurídica, que significa desfazer a separação patrimonial da empresa e de seus sócios e administradores.

Ao contrário do que ocorre na esfera cível (artigo 50 do Código Civil) e consumerista (artigo 28 do Código de Defesa do Consumidor), nas quais a lei determina que a desconsideração da personalidade jurídica ocorre somente quando há abuso evidenciado em atos atentatórios a lei, aos atos constitutivos e desvio de finalidade, na esfera trabalhista ela acontece automaticamente. Ou seja, na ausência de bens para a satisfação do crédito do reclamante, o Juízo do Trabalho defere o bloqueio de imediato, sem a análise detalhada de eventuais elementos ensejadores da desconsideração da personalidade jurídica.

Ademais, temos situações semelhantes nos processos de execução fiscal. Muito embora o artigo 135 do Código Tributário Nacional determine que os diretores e gerentes respondam com seu patrimônio pessoal em situações de excesso de poderes ou infração à lei, a realidade nos mostra que o Poder Judiciário vem deferindo os requerimentos de desconsideração da personalidade jurídica de forma ampla e genérica, avançando-se sobre o patrimônio dos diretores e sócios sem a cuidadosa análise do artigo 135. Ressalte-se, ainda, que a penhora online trouxe celeridade ao processo de bloqueio de numerário em contas bancárias.

Entendemos que o prévio ajuizamento da declaração de insolvência civil, uma vez diagnosticada a situação de ruína patrimonial da entidade sem fins lucrativos, revela-se como uma medida de precaução para mitigar a possibilidade de bloqueio de ativos financeiros de seus administradores (art. 748 do Código de Processo Civil e 955 do Código Civil). Finda a fase de conhecimento nos processos trabalhistas, não restará alternativa para o reclamante senão a de habilitar o crédito (título executivo judicial) nos autos da insolvência. De forma análoga ao processo de falência, por ocasião da satisfação do passivo deverá observar a ordem de preferência dos créditos: 1) Créditos acidentários e, trabalhistas, 3) Créditos com garant ia real, 4) Créditos Tributários e 5) Créditos Quirografários.

Ainda assim, o risco de desconsideração da personalidade jurídica em caso de insolvência civil não está totalmente descartado. Caso se comprove confusão patrimonial ou desvio de finalidade, os bens dos administradores poderão responder pelas dívidas contraídas pela ONG. Contudo, mesmo nessa situação, a desconsideração não é automática como ocorre na Justiça do Trabalho, pois é condição sine qua non o atendimento aos requisitos do artigo 50 do Código Civil, vez que a Justiça Cível é muito mais rigorosa para a concessão da desconsideração da personalidade jurídica.

Não existe em nosso em nosso ordenamento jurídico, para as entidades sem fins lucrativos, um regime análogo à recuperação judicial de empresas. A Lei n.º 11.101/05 (Lei de Falências e Recuperações Judiciais) somente é aplicável para as sociedades empresárias e o empresário. Todavia, a opção que o sistema oferece para a organização sem fins lucrativos em situação de ruína patrimonial é a declaração de insolvência civil, pois de acordo com o artigo 778 do Código de Processo Civil, todas as obrigações do devedor serão consideradas extintas decorrido o prazo de cinco anos da data de encerramento do processo de insolvência.

Os seguros de responsabilidade executiva (D&O) poderiam até ser uma opção para o resguardo dos dirigentes das entidades sem fins lucrativos, porém referida modalidade securitária mostra-se economicamente inviável para a maioria das entidades do terceiro setor. Infelizmente, diante da crescente tendência da Justiça do Trabalho de desconsiderar a personalidade jurídica das entidades, e, por consequência, avançar sobre os bens pessoais de seus administradores e gestores, a atividade de gerir uma ONG será cada vez mais arriscada.

Para que isso não leve a uma diminuição da atuação de organizações de tal natureza, em prejuízo para a própria sociedade brasileira, é fundamental que as entidades sejam cada vez mais rigorosas em seus processos de gestão e controle, precavendo-se contra eventuais tentativas de responsabilização judicial dirigidas a elas próprias e seus dirigentes.


Rafael Augusto Paes de Almeida
Advogado especializado em Direito Civil de Rubens Naves, Santos Jr., Hesketh Escritórios Associados de Advocacia – rap@rnaves.com.br
Eduardo Pannunzio
Advogado especializado em Terceiro Setor de Rubens Naves, Santos Jr., Hesketh Escritórios Associados de Advocacia – ep@rnaves.com.br
Pauta Social, 21/09/09

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Pesquisa traça perfil do voluntariado empresarial no país

Foram prorrogadas as inscrições para participar da pesquisa Perfil do Voluntariado Empresarial no Brasil, que faz uma radiografia das iniciativas de voluntariado corporativo no Brasil. Realizado pelo Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresarial (CBVE) e pelo Riovoluntário, o levantamento traduz os desafios e oportunidades do setor.

Com a chancela do Programa de Estatística Aplicada da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), que participou da elaboração do questionário e fará todo o tratamento dos dados e geração de relatório final, a expectativa é que até o final do ano os dados preliminares do estudo sejam conhecidos.

Na última edição da pesquisa, as empresas se disseram mais preocupadas com o desenvolvimento de bons programas de voluntariado corporativo. Das 89 empresas (de diferentes porte e setores, e com atuação nacional) que responderam ao estudo, 45% possuem programas de voluntariado institucionalizado, com planejamento e orçamento anuais.

O mesmo levantamento mostrou que os colaboradores das empresas são mais facilmente engajados nos programas quando: a) um profissional de comunicação interna está comprometido com o programa (79%) e; b) a diretoria presente nos programas. Para 84% deles, a existência de uma diretoria participativa está fortemente vinculada ao sucesso de um programa de voluntariado empresarial.

O curioso é que apenas um quarto das empresas que apresentam esse tipo de programa declararam que seus diretores participavam maciçamente das ações.

No que corresponde aos projetos em si, 73% dos entrevistados disseram estimular a atuação em programas sociais da própria empresa. Em outro caso, 63% delas afirmaram que oferecem recursos para os projetos em que os voluntários atuam.

No que toca ao período dedicado ao trabalho, 44% delas preferem planejar as ações de voluntariado durante o horário de trabalho, e realizá-las fora desse horário. Apesar desse dado, o estudo revela que 43% das empresas pesquisadas dispensam funcionários durante o expediente para a realização de serviço voluntário. O levantamento ainda indica que 18% das empresas valorizam a experiência em serviço voluntário na hora de contratar novos funcionários.

A segunda edição da pesquisa Perfil do Voluntariado no Brasil, tem patrocínio do Instituto Unibanco, Instituto Souza Cruz, Fundação Itaú Social, Kraft Foods, Vale, Banco Bradesco, Unimed-Rio, Metro-Rio, Light, Wartsila, Wilson, Sons e conta com o apoio da ABRH Nacional.

Para preencher o questionário, basta ter em mãos dados da empresa, como CNPJ, endereço e telefone de contato. O questionário está disponível no site do Riovoluntário – www.riovoluntario.org.br.


redeGIFE Online, 21/09/09

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US$ 1 dólar por água suja

As doenças diarréicas tiram a vida de cerca de 2 milhões de crianças a cada ano - 5.000 por dia - e um número incontável delas sofrem desde o nascimento com doenças relacionadas com a falta de saneamento básico, como diarréia, cólera e febre tifóide. O alerta, feito pelo UNICEF, há cinco anos permanece extremamente atual ainda hoje. E ganha novos contornos com o lançamento pela entidade da ONU para a Infância da campanha US$ 1 por uma garrafa de água suja.

Várias máquinas, semelhantes às que vendem refrigerantes, foram espalhadas por Nova York oferecendo garrafas de água supostamente contaminadas por vírus e bactérias causadoras de doenças como a diarréia, a malária, a febre tifóide ou o cólera.

A idéia da campanha é chocar o público e ampliar as doações para as ações humanitárias e da área de saneamento, especialmente para países do Terceiro Mundo. No yuotube é possível assistir a um vídeo mostrando a elaboração da campanha e o lançamento nos Estados Unidos.

O mote é “Por 1 dólar, saboreie a água suja que se bebe diariamente na África e na América Latina" . Os nova-iorquinos que caminham pela Rua 14 olham admirados ao insólito "vendedor" e fazem cara de nojo diante das garrafas com um líquido de suspeita cor alaranjada.

Quando os passantes “mordem a isca”, o homem se identifica. Se chama Dámaso Crespo, espanhol e diretor artístico da campanha “Dirty Water/Agua Suja”, da agencia Casanova Pendrill, que inundou as ruas de Nova York.

A idéia da original campanha é arrecadar fundos para o Tap Project, em cooperação com o Unicef e para atingir a meta de prover de água potável durante 40 dias a uma criança por cada dólar arrecadado.

«Escolha você. Temos água com sabor a tifo, a cólera, a malária, a hepatite, a disenteria, a febre amarela...», são algumas das opções do mercado. Quando o interessado se dispõe a sacar o dólar e a comprar a água suja na máquina Dámaso e sua equipe explicam: « Para tua própria saúde economiza o dólar que te custa a água suja e doa o dinheiro ao Unicef.

Um mal que desafia o tempo
A diarréia se espalha mais facilmente em ambientes de saneamento pobre onde a água potável está indisponível. Muitas vezes essas áreas foram atingidas por catástrofes naturais ou tornaram-se degradadas pela ação do homem.

Doenças transmitidas pela água são uma das principais causas de mortalidade em menores de cinco anos, juntamente com pneumonia, malária e sarampo. No caso de catástrofes, o abastecimento de água e instalações sanitárias que não estão devidamente protegidas são rapidamente danificadas.

"Quando as catástrofes naturais como terremotos e inundações ou catástrofes provocadas pelo homem como conflito destroem ou contaminam o abastecimento de água, a primeira conseqüência `uma ameaça à vida de crianças," segundo o UNICEF. Uma quantidade cada vez maior de recursos de água e saneamento são dedicados às situações de emergência - naturais e provocadas – em que comunidades pobres enfrentam o maior perigo. O UNICEF está empenhada em garantir o fornecimento de água potável e saneamento no prazo de 72 horas da superveniência de emergência porque as crianças são particularmente vulneráveis aos perigos da água suja em situações de emergência, como desastres naturais e conflitos. A melhor maneira de evitar o efeito de emergência, segundo a entidade é capacitar comunidades locais para cuidar de seu abastecimento de água e de governos a fazer investimentos que assegurem a segurança de água e saneamento mesmo durante os tempos mais difíceis.


Redação do Água Online
Envolverde, 21/09/09
© Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.

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Documentos públicos do Google Docs poderão ser encontrados por buscadores

Textos, planilhas e apresentações tornadas públicas no Google Docs poderão ser encontradas por buscadores nas próximas semanas

O Google anunciou que nas próximas semanas começará a indexar o conteúdo de documentos públicos hospedados no seu serviço online de produtividade, o Google Docs.

Em anúncio publicado no fórum de ajuda do Google Docs, uma funcionária da empresa chamada Marie F. afirma que nas próximas duas semanas textos, planilhas e apresentações disponíveis para qualquer usuário poderão fazer parte do índex de Google, Yahoo, Bing e outros buscadores.

Segundo o comunicado, apenas documentos publicados como páginas online ou que têm a opção de integração por meio de códigos disponível poderão ser encontrados pelos buscadores.

Arquivos sigilosos ou publicados, mas encontrados apenas por usuários que têm o link, não serão encontrados, lidos e nem integrados ao índex dos buscadores.

O anúncio do Google acontece na mesma semana em que a Microsoft começa a testar a versão online do popular pacote de produtividade Office, o Office Web Apps.

Ainda sem data para chegar ao mercado, o serviço, ainda fechado a convidados, permitirá que documentos do Word, Excel e PowerPoint sejam editados e compartilhados online.

O principal rival do Office Web Apps será o Google Docs, tanto pelas ferramentas oferecidas a usuários e empresas como pela penetração do serviço do buscador - pesquisa da consultoria IDC mostra que o Docs está presente em um quinto das empresas nos Estados Unidos.


IDG Now!, 21/09/09

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IAB publica manual para ajudar a conduzir investimentos em vídeos online

Long Form Video Overview traz dados sobre potencial publicitário de vídeos com mais de 10 minutos de duração para agências e anunciantes

O Internet Advertising Bureau (IAB) anunciou nesta segunda-feira (21/09) um guia para ajudar agências e anunciantes a entender melhor e guiar seus investimentos publicitários em vídeos online cuja duração supera dez minutos.

A associação justifica a produção do guia, chamado de Long Form Video Overview, citando números da consultoria Pricewaterhouse Cooper que afirmam que a publicidade vinculada a vídeos mais longos na internet ultrapassará a cifra de 4 bilhões de dólares em 2013.

De acordo com um estudo feito pela consultoria a pedido do IAB, o mercado publicitário movimentou nos EUA 737 milhões de dólares em vídeos feitos apenas para internet em 2008.

O manual indica cifras de outros institutos de pesquisa não apenas sobre crescimento da verba publicitária, mas também sobre a produção de vídeos, sejam eles profissionais ou amadores.

O documento também esclarece os quatro principais formatos de publicidade envolvendo vídeos e indica novos modelos que podem ser explorados em campanhas, além da tradicional vinculação de publicidade ao lado da janela pela qual o vídeo é reproduzido.


IDG Now!, 21/09/09

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Lilian Pacce, a jornalista que percebeu que sustentabilidade está na moda

O assunto moda sustentável ainda me parece um tema pouco abordado pelas grifes nacionais. Tirando algumas ações pontuais, como a criação de lojas “verdes” (assunto tratado aqui nesse post) ou a utilização de tecidos ecológicos em algumas peças, como faz a carioca Osklen, a aplicação da sustentabilidade, sobretudo no modo de produção das peças e em suas matérias-primas, ainda precisa de mais atenção por parte das marcas brasileiras.

Porém, se as grifes ainda não estão tão ligadas no tema, os jornalistas e entendidos no assunto estão, e já faz algum tempo. E um dos nomes mais respeitados nesse meio é o da jornalista Lilian Pacce.

Pioneira na campanha contra o uso de sacolas plásticas, a jornalista, a convite de Eduardo Jorge (secretário do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo), foi curadora da exposição “Eu Não Sou de Plástico”, que contou com a participação de 120 grifes e estilistas renomados, que fizeram suas versões fashion para as já famosas ecobags. O resultado da exposição pode ser conferido no livro “Ecobags - Moda e Meio Ambiente”, idealizado pela própria Lilian.


E hoje, na loja das sandálias Ipanema, no Rio de Janeiro, acontece o lançamento de mais uma empreitada de Lilian no campo da moda ecológica: uma linha de sandálias feitas com cortiça reciclada, cujas tiras são também de borracha reciclada. As sandálias foram desenhadas pela própria jornalista, e trazem um trevinho aplicado na ponta.

Sorte pra você, Lilian!


Laís Andrade
Update Or Die, 22/09/09

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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Gisele Bündchen será embaixadora da ONU

A brasileira Gisele Bündchen, uma das modelos mais conhecidas de todo o mundo, foi desginada embaixadora da boa-vontade pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA, na sigla em inglês). A cerimônia ocorreu neste domingo, perto da residência atual da modelo, em uma praça no West Village, em Nova York.

O título é fruto do ativismo da top brasileira em prol da defesa do meio ambiente - ela é uma das grandes divulgadoras do projeto Y Ikatu Xingu, que nasceu com o intuito de proteger e recuperar as nascentes e matas de beira de rio do Xingu, no Mato Grosso.

A modelo chega a doar para o projeto boa parte dos lucros obtidos com as vendas de sua linha de sandálias. A nomeação de Gisele como Embaixadora da Boa Vontade do Programa das Nações Unidas para o Meio-Ambiente, o Pnuma, acontecerá em uma cerimônia no Washington Square Park Fountain, em Nova York.

A top brasileira vai se juntar a um time do qual já fazem parte celebridades como Angelina Jolie, Oprah Winfrey e Nelson Mandela. A nomeação de Gisele faz parte de uma série de eventos organizados pelo Pnuma em comemoração à semana global do clima.

Um dos objetivos da escolha de Gisele para o posto é usá-la para carregar a bandeira dos riscos do aquecimento global. Foi o primeiro evento público em que a top participou com gravidez aparente, já de seis meses.

O meio ambiente e a questão nuclear devem ser os dois principais tópicos da Assembleia-Geral da ONU que começa esta semana em Nova York. O secretário-geral das Nações Unidas, o sul-coreano Ban Ki-moon, liderará um evento sobre o aquecimento global na sede da organização. O encontro ocorre na terça-feira, o que provocará o adiamento do início da Assembleia-Geral, que reúne chefes de Estado de todo o mundo, para quarta-feira, alterando uma tradição de décadas.


Fonte: Veja Online, 18 e 20/09/09

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Y&R cria animação para o movimento TCK TCK TCK

Junto com as produtoras Tribbo e Somzera, agência cria filme para reforçar as ações nacionais da campanha, que visa alertar para os riscos do aquecimento global

A Y&R entrou na lista das agências e das companhias que unirão esforços para divulgar o movimento global TCK TCK TCK - que pretende incitar a assinatura de um novo acordo sobre mudanças climáticas - no Brasil.

A agência, em parceria com as produtoras Tribbo e Somzera, criaram uma animação de dois minutos que pretende alertar as pessoas acerca dos riscos do aquecimento global e tentar promover uma conscientização geral acerca da adoção de novos hábitos em prol do meio ambiente.

O filme foi desenvolvido como parte do projeto Reclame Por um Mundo Melhor, realizado pelo programa Reclame, do canal de TV por assinatura Multishow e será a primeira produção totalmente nacional a ser lançada para a campanha TCK TCK TCK (som que, em inglês, representa o tique-taque do relógio).

A animação será exibida nas salas de cinema e nas emissoras de TV que cederem seu espaço para apoiar a causa. A campanha, que já arrecadou US$ 150 mil no Brasil e ruma para os US$ 6 milhões no mundo, e que já teve quase 1 milhão de assinaturas ao abaixo-assinado no site da ação, terá ainda outras ações em diversas mídias no País ao longo dos próximos meses.

Filme sobre futuro climático
Com estreia mundial para a segunda-feira 21, o filme "The age of stupid", que conta a história de um arquivista em 2055, procura mostrar como seria a vida no planeta se fossem ignorados os alertas a respeito das consequências das mudanças climáticas. A première será em Nova York e será seguida de um debate entre cientistas, políticos e Kofi Annan, ex-secretário geral da ONU e um dos líderes da campanha TCK TCK TCK. A discussão terá transmissão ao vivo.

O evento, marcado para a véspera da sessão da Assembléia Geral da ONU sobre o clima, será encerrado com uma apresentação de Thom Yorke, vocalista da banda Radiohead.

No Brasil, o filme entra em cartaz em 13 salas de cinema no dia 22 de setembro. A produção integra a rede de parceiros da campanha TCK TCK TCK.


Meio & Mensagem Online, 11/09/09

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Fundo de investimento social lança novo concurso

Com o apoio da Fundação Kellog, o ELAS lança o 12º Concurso de Projetos. Nesta edição, o foco é apoiar iniciativas de organizações e grupos de mulheres negras do Nordeste, promovendo os direitos humanos e a cidadania, o fortalecimento institucional, a melhoria nas condições sócio-econômicas e a implementação e o exercício de leis que as beneficiem.

Podem participar grupos, organizações e associações de mulheres negras, especialmente as de mulheres quilombolas. Os projetos deverão ter duração de 10 meses e o montante para cada projeto é de R$ 14.880,00. No total, serão doados US$ 160 mil. Para participar é preciso entregar os formulários de inscrição no ELAS até o dia 24 de outubro, impreterivelmente.

O edital do 12º Concurso e o formulário para participação devem ser acessados no site do ELAS (www.fundosocialelas.org).

Sobre o ELAS
O ELAS – Fundo de Investimento Social (novo nome do Fundo Angela Borba) é o único fundo brasileiro de investimento social com foco exclusivo em meninas e mulheres. A organização entende que investir nelas é o caminho mais rápido para o desenvolvimento de pessoas, comunidades, cidades, estados e, por fim, de todo o País.

Isso acontece porque elas são as principais agentes de transformação da sociedade. Assim, todos os investimentos feitos em meninas, jovens e mulheres têm retorno através de expressivas mudanças sociais em diversos aspectos de suas vidas e das comunidades em que estão inseridas.

Ao longo de quase dez anos, o ELAS já apoiou 187 grupos de mulheres de todas as regiões brasileiras e doou diretamente mais de R$ 1,5 milhão. Além de apoiar financeiramente os grupos, a organização oferece treinamentos de formação e monitora as atividades para maximizar os resultados.


redeGIFE Online, 14/09/09

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domingo, 20 de setembro de 2009

'Crise faz países priorizarem área social'

Em visita ao Brasil, economista indiano afirma que debate sobre saúde nos EUA mostra mudança de paradigma provocada pela crise

O debate nos Estados Unidos sobre a reforma na saúde é um dos maiores exemplos de que a crise econômica fez as questões sociais ganharem espaço, diz o economista indiano Alakh Sharma. O diretor do Instituto de Desenvolvimento Humano de Nova Déli veio ao Brasil para falar sobre os programas sociais da Índia e conhecer as ações brasileiras.

“Sabemos que os Estados Unidos estão dando grande importância à saúde”, afirma Sharma, “países desenvolvidos, que antes eram indiferentes ao papel do Estado na proteção social, repensaram este conceito”. Ele e o conselheiro da Comissão de Planejamento do governo indiano, Bhaskar Chatterjee, foram entrevistados para a série de entrevistas do IPC-IG (Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo), órgão do PNUD em parceria com o governo brasileiro.

Para Sharma, a crise trouxe uma mudança de paradigma, com a preocupação social para o centro das discussões públicas. Nos países em desenvolvimento, observa Chatterjee, cresce o número de programas de proteção social, como os de transferência de renda. “Essas questões têm um apoio político? Sim, hoje elas têm e precisam ter”, diz, “há uma enorme necessidade, uma enorme pressão de ONGs, organizações da sociedade civil e das próprias pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza”.

Ele reforça a importância de Brasil e Índia, ambos países emergentes, estudarem formas de saírem da crise com força econômica. “Os países em desenvolvimento estão pagando um alto preço por algo que não foi criação nossa, então tivemos de criar pacotes de estímulo às nossas economias”. “Acho que os países emergentes têm de dar as mãos, aprender um com o outro, olhar de perto quais são as nossas prioridades e interagir continuamente”, conclui.

Sharma ressalta que a proteção social nas regiões menos desenvolvidas é também a principal arma para superar a crise. “Os países do norte são capazes de enfrentar essa crise apenas porque a maioria deles oferece cobertura universal de seguro desemprego e outras formas de proteção social”, diz. “O dinheiro investido em proteção social, especialmente nas economias pobres do sul, aumentará o poder de compra e ajudará a combater a crise econômica”.

Acesse a entrevista na íntegra.


Pnud, Boletim nº 557, 14/09/09

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Prêmio ECO 2009 reconhecerá iniciativas de inovação sustentável

O Prêmio que a cada ano valoriza as melhores práticas de sustentabilidade nas empresas, vem com novidades em sua versão 2009. A inovação é a chave para o futuro e o Prêmio Eco inova trazendo o tema para sua vigésima sétima edição.

Lançado pela Amcham (Câmara Americana de Comércio) em 1982, o Prêmio ECO foi pioneiro no reconhecimento de empresas que adotam práticas socialmente responsáveis, gerando uma rica reflexão sobre o desenvolvimento empresarial sustentável no Brasil.

As quatro categorias que compõem a 27a edição do Prêmio ECO são:

Modelos de Negócios: relaciona-se a modelos de negócios e estratégias mais amplas das empresas que foram alterados pelos conceitos de sustentabilidade. Dá ênfase à integração da sustentabilidade nos níveis mais corporativos e sistêmicos das organizações;

Projetos: refere-se a novos projetos das companhias que envolvam a implantação de unidades produtivas ou de negócio que já nascem com critérios de sustentabilidade incorporados de forma sistêmica e estratégica;

Processos: envolve alterações em processos/ políticas de negócio que passaram a levar em conta atributos de sustentabilidade;

Produtos: diz respeito ao lançamento de produtos/ serviços ou linhas de produtos/ serviços que surgem com modelo de negócios inspirado nos conceitos de sustentabilidade.

As organizações serão reconhecidas de acordo com seus portes: pequenas e médias (com faturamento anual entre R$ 15 milhões e R$ 100 milhões) e grandes(acima de R$ 100 milhões). Serão doze premiações, sendo três por categoria: uma para pequenas e médias e duas para grandes.

As inscrições estão abertas e podem ser feitas no site www.premioeco.com.br até 12 de outubro.

Pelo segundo ano consecutivo, o jornal Valor Econômico é correalizador do ECO, uma parceria com objetivo de garantir maior visibilidade ao prêmio.


Fonte: site do Prêmio Eco

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Comércio Social: como fazer?

Veja as diferenças básicas entre as práticas de comércio eletrônico e social

O Comércio Eletrônico tem se destacado a olhos vistos no Brasil e tem sido alvo de holofotes em todo o país devido às suas cifras e possibilidades. O seu crescimento ano a ano de dois dígitos contrasta de forma significativa com os outros setores da economia, até mesmo diante de uma crise global.

Empresas dos mais diversos portes e segmentos estão percebendo que não aderir a tal estratégia de mercado é, em pouco tempo, estar fora do próprio mercado. É fato, porém, que saber o que tem que ser feito não significa saber como deve ser feito.

A urgência em montar sua plataforma de comércio eletrônico – muitas vezes porque o concorrente já o fez – gera um efeito colateral: faz com que as empresas não parem para se questionar qual o melhor modo de montá-la. Isso talvez aconteça porque só conheçam uma maneira, a mesma vitrine digital de produtos aliada ao velho "carrinho de compras".

Se todos se utilizam da mesma estratégia de diferenciação, ela deixa de ser eficiente. Tal qual ocorreu em meados dos anos 90, quando todos tinham que ter um site porque o concorrente já tinha, vivemos uma época de turbulência em que não há critérios, só pressa e falta de planejamento.

Se a sua empresa atualmente está investindo e despendendo esforços para montar uma bela plataforma de comércio eletrônico, saiba que há uma nova estratégia de diferenciação nessa área que ainda é privilégio de poucos.

Sabendo que o povo brasileiro é um dos que passa mais tempo navegando em redes sociais, tanto percentualmente quanto em números absolutos, é natural que tal comportamento venha cada vez mais fazer parte dos planos de vendas das empresas de comércio eletrônico.

Nasce assim o Comércio Social. Em poucas palavras, uma plataforma de comércio eletrônico que traz em sua gênese os conceitos de rede social, tendo como forte aliada a comunicação realizada na chamada web 2.0.

O Comércio Social se apresenta como o próximo passo do comércio eletrônico no país ao aliar as, ainda pouco conhecidas, rotinas de vendas aliadas à geração de conteúdo colaborativo, que pode ser potencializado por meio da comunicação viral e coesa em rede sociais.

Esses três "Cês" - comércio, conteúdo e comunidade - devem se somar de forma sinérgica em uma mesma plataforma de negócios digitais. Com um bom planejamento, essa estratégia vai gerar um número crescente de vendas qualificadas, porque trabalha continuamente a fidelização e a formação de uma comunidade de marca.

Os passos para implementar tal estratégia em sua operação de e-business não são tão complexos como se pode imaginar. Apresento algumas diretrizes a seguir:

Inicialmente é preciso gerar demanda, não há comunidade sem pessoas. O Google ainda é o melhor meio para gerar demanda para um site. Ter uma plataforma de comércio eletrônico otimizada para o mecanismo de busca é fundamental para gerar tráfego suficiente para manter uma comunidade sempre ativa e com novos membros.

A geração de demanda também passa pelo marketing viral, esse, contudo, ainda é misterioso o bastante para as empresas para que tenha sua efetividade garantida.

Após a geração de demanda, é preciso gerar “colas sociais”, ou seja, motivos para o usuário voltar e interagir com o site. Assim, a empresa deve realizar uma ação para não perder os usuários que já visitaram o site pela primeira vez. Exemplo dessas ações são concursos culturais, promoções relâmpago, fóruns em os consumidores podem conversar entre si e, desse modo, contribuam com suas opiniões e construam o site a seu gosto por meio de APIs ou áreas customizáveis. É importante tornar a navegação uma experiência e não se restringir à pura e simples compra.

Para manter a experiência sempre vívida e atual, é preciso ser inovador e ativo na comunidade o todo o tempo. É preciso gerar “buzz”, dar motivos para que falem (bem) da sua empresa.

Após gerar as "colas sociais" e fazer com que os usuários se mantenham unidos e ligados à marca, é preciso se comunicar com eles por meio de ferramentas da própria web, como Twitter, Blogs, Orkut, MSN, e-mail e várias outras. Cada empresa descobrirá qual a melhor ferramenta para o seu público. O site tem que ter um caráter pessoal, deve se personificar e se comunicar com seu mercado de maneira personalizada e em massa. Nessa etapa a micro segmentação é fundamental.

Em todas as ações citadas, são criadas oportunidades de venda de modo que naturalmente elas sejam reiteradas por todo o processo do Comércio Social. Quanto mais interação, mais vendas.

Como pode ver, Comércio Social é uma atitude, uma nova maneira de fazer a publicidade e vendas no seu negócio. Atualmente “vender” é “se relacionar” e a maior parcela de “relacionamento” na internet está nas redes sociais. O caminho natural do comércio eletrônico está no Comércio Social.

Se pararmos para pensar nas mais lucrativas marcas do "mundo off-line", iremos perceber que, na maioria das vezes, tais marcas são aquelas que mais geram "buzz" e que mais geram consumidores nas suas "comunidades de marca" de forma espontânea. Se isso já funciona tão bem no mundo de átomos, faça acontecer no mundo dos bits. A fórmula já foi dada, basta aplicá-la e replicá-la.


Conrado Adolpho
Publicitário, blogueiro, palestrante, consultor e especialista de internet. Formado em marketing e pós-graduado em economia, atua há mais de 10 anos no mercado e é um dos primeiros profissionais no Brasil a ser certificado pelo Google com o “Google Qualified Individual”. O palestrante é o brasileiro que mais vendeu livros de marketing no país em 2008, com o livro “Google Marketing” - o 4º livro mais vendido no ranking geral de livros de marketing, ao lado de Philip Kotler e Paco Underhill. É diretor da Agência Publiweb Marketing Digital
HSM Online, 18/09/2009

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Publicidade online tem maior impacto pela manhã

Pesquisa global realizada pela Eyeblaster revela que o pico de audiência das mensagens comerciais se dá às 9 horas

Uma pesquisa global feita pela Eyeblaster aponta que o internauta gasta, em média, um minuto por dia na interação com peças de publicidade online. Segundo os resultados, o período da manhã é o de maior impacto para as mensagens comerciais, com pico às 9 horas.

As peças criadas em formato de vídeo são as que mais repercutem, chegando a conquistar 70 segundos da atenção do usuário. O estudo analisou amostra de 42 bilhões de interações em todo o mundo, entre setembro de 2008 e março deste ano.

A informação é da coluna Em Pauta, publicada na edição 1376 de Meio & Mensagem, que circula com data de 14 de setembro de 2009.


Mariana Ditolvo
Meio & Mensagem Online, 14/09/09

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PPP-Ecos lança Edital 2009

O Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-ECOS) destinará 675 mil dólares para projetos de uso sustentável da biodiversidade e fortalecimento de comunidades tradicionais no Cerrado. Os recursos serão doados a organizações civis, sem fins lucrativos, escolhidas por meio do edital divulgado pelo ISPN - Instituto Sociedade, População e Natureza.

O prazo final para o envio das propostas é o dia 19 de outubro de 2009. Clique para acessar o Edital PPP-ECOS 2009 e o Roteiro de Apresentação dos Projetos.

Cada entidade poderá concorrer a projetos de até 35 mil dólares para iniciativas inéditas. Serão contemplados projetos no bioma Cerrado e nas áreas de transição para Caatinga, Amazônia, Mata Atlântica e Pantanal. As organizações que já possuem experiência ou projetos com resultados e impactos positivos comprovados e que possam ampliar a escala de sua atuação poderão pleitear até 50 mil dólares. A escolha dos projetos se dará por meio de um Comitê Gestor Nacional com representantes de órgãos governamentais, organismos internacionais, organizações da sociedade civil e universidades.

O PPP-ECOS existe no Brasil há 15 anos e é executado por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Os recursos são do Global Environment Facility (GEF/ONU). O PPP-Ecos tem co-financiamento da União Européia, Fundação Doen e Fundo Finlandês para a Cooperação Local.

A coordenação técnico-administrativa está a cargo do ISPN. Com 15 editais lançados até 2009, o PPP-ECOS já apoiou 297 projetos em comunidades de 14 estados brasileiros e Distrito Federal. Durante sua existência, o programa investiu cerca de 7 milhões de dólares no bioma.

O PPP-ECOS busca fortalecer as inter-relações entre comunidades carentes e o meio ambiente, com ênfase na promoção de modos de vida sustentáveis que contribuam com benefícios ambientais globais, conforme os acordos internacionais para os quais o GEF é o mecanismo financeiro.


ISPN, 14/09/09

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O corpo nunca mente

"Existem sinais que denunciam uma mentira: coçar o nariz, tocar o rosto, afrouxar o colarinho etc. Se você perceber esses gestos no seu interlocutor durante uma negociação, fique atento", recomenda a consultora empresarial Daniela Zanuncini.

Ler o corpo e saber interpretar o real significado da comunicação não verbal pode ser um grande diferencial em uma negociação. Quantos não gostariam de saber o que a outra pessoa está pensando, qual será seu próximo passo? Pois a verdade é que o inconsciente está marcado no corpo. Aquilo que a outra pessoa não diz pode estar lá, pronto para ser visto - se você tiver habilidade para ver.

Quando a criança nasce, sua comunicação com o mundo é 100% corporal. Essa forma de comunicação perdura até os dois anos de idade, em média, quando as primeiras palavras e frases começam a tomar forma. Até então, o mundo da criança é visual e gestual. O corpo se expressa - e continua se expressando ao longo de toda a vida.

Não é à toa que, em nossa comunicação, o que é dito (conteúdo) representa apenas 7% do que queremos transmitir. Outros 38% se referem ao tom da nossa voz e 55% correspondem à expressão corporal? No tom de voz (38%), percebemos as emoções presentes na comunicação - um fator importantíssimo para captar o real sentido por trás das palavras. A mensagem é comunicada por meio da ênfase que colocamos em diferentes palavras e gestos.

Para se comunicar de forma eficaz, porém, não basta modular o tom de voz e a postura. Só se comunica com eficácia quem tem flexibilidade para receber o que é transmitido pelo outro. Por isso, é preciso - sempre - ouvir com atenção e evitar o pecado do egocentrismo. Muitas vezes, estamos tão concentrados em nós mesmos, esperando para expor o nosso ponto de vista, que esquecemos de escutar.

A comunicação se processa efetivamente quando compreendemos o que o outro está transmitindo e vice-versa. Para verificar a compreensão do outro, a melhor maneira é perguntar se ele entendeu - ou simplesmente observá-lo. José Angelo Gaiarsa afirma que levamos apenas sete segundos para ler a linguagem do corpo de nossos interlocutores, desde que estejamos 100% concentrados nisso. Além disso, é fundamental desenvolver e exercitar a empatia - ou a habilidade de se colocar no lugar dos outros. Somente assim haverá condições de se chegar ao entendimento pleno.

Em uma negociação, esse conhecimento é essencial para quem está disposto a observar o que não foi dito. Ao mesmo tempo, vale a pena seguir algumas dicas:
. Sentar-se frente a frente pode gerar uma postura desafiadora e estimular o confronto. Posicione-se assim diante de quem realmente você pretende confrontar.

. Mesas-redondas tendem a estimular a conciliação. Quando as pessoas se sentam lado a lado, automaticamente se instaura na sala um clima favorável ao acordo.

. Se a mesa for quadrada ou retangular, procure se sentar ao lado da pessoa com quem você pretende negociar. É uma forma subliminar de dizer que "estamos do mesmo lado".

. Interesse ou desinteresse podem ser medidos pelo conjunto "olhar atento-corpo inclinado para frente". Observe os momentos em que isso acontece.

. Mãos juntas passam confiabilidade. Observe os políticos quando eles precisam justificar algo: eles foram devidamente orientados a manter as mãos unidas nessas ocasiões.

Existem alguns sinais que, combinados, ajudam a denunciar uma mentira, um blefe etc. São eles: coçar o nariz, tocar o rosto repetidas vezes com as mãos, afrouxar o colarinho, coçar o pescoço ou nuca, esconder a boca, etc. Se você perceber esses gestos no seu interlocutor durante uma negociação, deixe o assunto evoluir e repita a mesma pergunta mais tarde. Se eles se repetirem, fique atento: o corpo nunca mente.


Portal Revista Amanhã
Jandira Feijó, 18/09/09

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