segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Evento lança edital de financiamento para projetos de Direitos Humanos e debate participação empresarial

Verena Glass
Publicado no site do
Fundo Brasil de Direitos Humanos

O Fundo Brasil de Direitos Humanos (FBDH), entidade que apóia iniciativas, movimentos e pequenas organizações de Direitos Humanos em todo o país, lançou, no último dia 13 de dezembro, quinta feira, o edital de financiamento para novos projetos no ano de 2008.

No evento, que aconteceu no Centro Universitário Maria Antônia e contou com a presença de lideranças dos 23 projetos financiados em 2007, ocorrereu também o debate “Investimento privado em Direitos Humanos no Brasil”, com a participação do jornalista Fernando Rosseti, Secretario Geral do GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), dos empresários Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, e Oded Grajew, presidente do Conselho Deliberativo da entidade, do advogado Valdemar Oliveira (Maneto), representante regional para o Brasil da Fundação Avina, e do empresário Benjamin Steinbruch, Presidente da CSN (a confirmar).

Em seguida, o premiado cineasta Kiko Goifman apresentou quatro trabalhos relacionados ao tema Direitos Humanos – o documentário Tereza, que aborda os aspectos do cotidiano no sistema prisional (drogas, homossexualismo, morte e a idéia de espaço e tempo), o CD-ROM Valetes em Slow Motion, sobre o mesmo tema, o curta Aurora, sobre velhas prostitutas do centro de São Paulo, e um trailer sobre seu mais novo longa, Atos dos Homens, que trata da chacina na Baixada Fluminense em 2005.

Sobre o Fundo Brasil de Direitos Humanos
O FBDH foi criado em dezembro de 2005 a partir da iniciativa conjunta de quatro grandes defensores dos Direitos Humanos no Brasil – o ex-bispo de São Felix do Araguaia, Dom Pedro Casaldaliga, a escritora feminista Rose Marie Muraro, a ex-dirigente da Comissão de Justiça e Paz da Diocese de São Paulo, Margarida Genevois, e o artista, escritor, poeta e militante do movimento negro, Abdias do Nascimento – e tem como objetivo angariar recursos para o financiamento de projetos de defesa dos Direitos Humanos implementados por organizações de base em seus próprios ambientes sociais, principalmente no interior do país.

Com um orçamento anual inicial de R$ 500 mil, o FBDH apoiou em 2007, seu primeiro ano de existência, 23 projetos ligados a temas como infância e adolescência, raça, gênero, direito indígena, trabalho escravo, violência institucional e sustentabilidade social, ambiental e econômica, entre outros, com recursos que variaram de R$ 10 mil a R$ 25 mil por iniciativa.

Agora, o objetivo do Fundo é ampliar seu alcance. Para tanto, quer buscar junto à iniciativa privada, principalmente empresas socialmente responsáveis, o apoio necessário. Segundo a secretária executiva da entidade, Ana Valéria Araújo, o FBDH oferece aos investidores privados a facilidade e a segurança de um acompanhamento criterioso dos projetos e dos resultados obtidos, garantindo também a seriedade das organizações beneficiadas.

O FBDH (http://www.fundodireitoshumanos.org.br) é dirigido pelo advogado Darci Frigo (Terra de Direitos), o advogado e professor doutor Oscar Vilhena (Conectas Direitos Humanos e Coordenador do Programa de Pós-graduação do curso de Direito da FGV-SP), o economista e doutor em Educação Sergio Haddad (Abong, Ação Educativa e Fórum Social Mundial) e a doutora em Filosofia Sueli Carneiro (Gueledés - Instituto da Mulher Negra).

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PDA investirá R$ 2,32 milhões em rede na Mata Atlântica

Lucia Leão, do MMA
Publicado pela
Envolverde em 14/12/07

O PDA (Subprograma Projetos Demonstrativos), da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, está selecionando projetos para a geração de conhecimentos por meio de redes de organizações que atuam com formas de desenvolvimento sustentável na Mata Atlântica. Serão apoiados pequenos e grandes projetos, podendo receber até R$ 70 mil ou R$ 350 mil, respectivamente. O PDA dispõe de R$ 2,32 milhões para o programa, recurso proveniente de doação do banco alemão KfW.

A chamada está disponível na página do PDA no site do Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br/pda). As propostas devem contemplar a sistematização, monitoramento, consolidação e difusão das informações e conhecimentos produzidos, pelos integrantes das redes, dentro das linhas temáticas estratégicas do PDA: agroecologia, comercialização, beneficiamento, serviços ambientais, gestão participativa de unidades de conservação e ecoturismo ou turismo rural. A partir desses conhecimentos as redes devem propor políticas públicas, como por exemplo mecanismos de mercado que viabilizem a inserção desses núcleos produtivos que desenvolvem práticas inovadoras e ambientalmente sustentáveis. O objetivo é contribuir para a construção de instrumentos e metodologias que fortaleçam e qualifiquem as relações entre o Estado, organizações da sociedade civil e movimentos sociais na construção e aperfeiçoamento de políticas socioambientais.

Podem solicitar recursos do PDA Mata Atlântica ONGs com atuação na área de meio ambiente e desenvolvimento sustentável em parceria com instituições públicas. A rede deve ser integrada por projetos PDA apoiados na região.

A secretaria técnica do PDA está promovendo reuniões para divulgar a chamada e esclarecer dúvidas das redes ou conjuntos de projetos que pretendem apresentar propostas. Já foram realizados encontros com a Ecovida, na Região Sul, com o IEF e com as ONGs executoras de projetos PDA e projetos bilaterais do KfW no Rio de Janeiro e com os executores de projetos PDA da região Nordeste, em Recife. Os grupos que ainda necessitarem de maiores esclarecimentos sobre a chamada poderão solicitar a presença de um técnico do PDA ou da Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA).

Esta é a primeira Chamada de Rede para a Mata Atlântica, mas o PDA já investiu R$ 1.358.669,00, apoiando cinco projetos semelhantes na região amazônica. Parte desses projetos já foi concluída com resultados altamente positivos, como o Projeto Rede BR163 + Xingu, executado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lucas do Rio Verde, no MT.

Um aporte de R$ 247.220,80 de recursos do PDA possibilitou que nove projetos PDA/Padeq (Projeto Alternativas ao Desmatamento e às Queimadas), estabelecidos no trecho mato-grossense da BR-163 promovessem o intercâmbio de informações e de conhecimentos e capacitação tanto nas áreas de produção, agricultura, pecuária e apicultura, como na difusão e comercialização dos produtos numa feira única, construída pelos próprios agricultores com tecnologia de bioconstrução e matéria-prima da floresta. A experiência da Feira se desdobrou na proposta de criação, com parceiros públicos, de uma Rede de Comercialização Solidária para colocar no mercado também os produtos dos assentamentos da região.

É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.

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O desafio de avaliar efeitos de um projeto

Carmen Guerreiro*, da Revista Idéia Socioambiental

Publicado pela Envolverde em 12/12/07

O economista Flávio Comim explica como mensurar resultados de programas sociais - O desafio de avaliar efeitos de um projeto
Imagem Amigos da Terra


No esforço de criar programas para o desenvolvimento de comunidades locais, no âmbito de suas ações de responsabilidade social, muitas empresas realizam bons projetos ou programas, mas a maioria esquece que é preciso medir os resultados. É por isso que, em todo o Brasil e no mundo, há cada vez mais encontros para discutir avaliação e retorno da sustentabilidade corporativa.

“Quando os projetos não são avaliados, o investimento social assemelha-se a um tiro no escuro, muitas vezes representando apenas gasto de publicidade disfarçado. A avaliação é importante para a legitimidade do gasto social e para a prestação de contas das empresas perante a sociedade”, diz o economista brasileiro Flávio Comim, pesquisador do St. Edmund’s College da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

Para chegar a um relatório dos impactos de um projeto social, é preciso analisar informações qualitativas e quantitativas, de forma a comparar projetos com diferentes ações, diz ele. “Em uma avaliação de impacto, sabe-se exatamente quais os resultados do investimento”. E completa: “Desconfie de empresas que não mensuram os seus projetos”.

A experiência de Comim decorre não só de longo estudo sobre a avaliação de projetos, mas do know-how na implementação de método que ele criou, com base no Índice de Qualidade da Educação (IQE). A metodologia foi testada no TIM Música nas Escolas, da operadora de telefonia celular TIM. O estudo do empreendimento em paralelo à pesquisa nas áreas de música, neurociência, pedagogia e desenvolvimento infantil mostrou que esses elementos têm impacto na qualidade da educação, possibilitando o desenvolvimento cognitivo temporal e espacial e uma melhor socialização das crianças na escola e em casa. Para o pesquisador, todo projeto pode ser avaliado. Basta seguir alguns passos. Na primeira etapa, escolhe-se uma abordagem — mais comuns são a econômica, a subjetiva e a de desenvolvimento humano —, a partir da qual as iniciativas serão julgadas. “As abordagens econômica e subjetiva possuem falhas metodológicas e deixaram de ser usadas há décadas. Mas continuam a ser aplicadas no Brasil, por alguma razão inexplicável. O melhor caminho, na minha visão, é o do desenvolvimento humano.”

Comim argumenta que ele não é o único a defender como o mais recomendável tal método. “O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento o recomenda, com base na obra de pensadores renomados como Amartya Sen, Sudhir Anand, Sir Richard Jolly e Frances Stewart.” A diferença dessa abordagem é que a econômica foca no crescimento do Produto Interno Bruto para medir impactos e a subjetiva contabiliza critérios como felicidade, ambas amplas e imprecisas. “O desenvolvimento humano vê na expansão das liberdades individuais o verdadeiro significado de desenvolvimento. Nessa visão, o importante é o que as pessoas podem ser ou fazer.” O segundo passo é estruturar a avaliação a partir do estudo dos possíveis impactos do projeto social “em função do melhor conhecimento científico disponível”.

A terceira e a quarta partes consistem em formular e aplicar uma pesquisa, por meio de questionários, entre os gestores e demais participantes da iniciativa. O objetivo é entender melhor o funcionamento do projeto, seus obstáculos, seus pontos fortes e uma perspectiva dos resultados. O projeto TIM Música nas Escolas, que seguiu todas as etapas, contou com mais de 40 artigos científicos na base da avaliação e uma equipe para aplicar o questionário em oito cidades.

A quinta etapa diz respeito a compilar os resultados em estatísticas e o último passo está relacionado à “análise estatística da evidência empírica”, ou seja, a interpretação dos resultados com base em fatos e experiências do projeto. Na iniciativa da TIM, foram contrastados nesta fase, sob os mesmos critérios, os grupos que participaram e os que não fizeram parte do projeto. Assim, foi possível calcular o desempenho e evolução das crianças envolvidas e a taxa social de retorno do empreendimento. A abordagem permitiu, segundo ele, maior precisão no tratamento das opiniões individuais dos participantes e melhores soluções para problemas no programa. “No caso, mostrou que o projeto tem um desempenho diferenciado. Definido pelo presidente do Grupo Orsa, Sérgio Amoroso, como um “laboratório da sustentabilidade no meio da Amazônia, o Projeto Jari funciona na base de exploração de um pólo agroindustrial de celulose.

Na área social são investidos R$ 4,5 milhões ao ano em mais de 20 projetos sociais que beneficiam 139 mil pessoas. “Toda vez que fazemos um projeto, traçamos o objetivo, que é medido semestral ou anualmente. Há várias maneiras de fazer a avaliação, mas o melhor indicador é quando a iniciativa vira uma política ou gera idéias que o Estado adota posteriormente.”

* Colaborou Caio Neumann.
Veja mais em http://www.ideiasocioambiental.com.br.

É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.

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Publicação reúne Ferramentas de Gestão de Responsabilidade Socioambiental

Publicado pela Envolverde em 13/12/07

Iniciativa inédita é resultado de uma ampla pesquisa que compilou diversas ferramentas de gestão disponíveis em 33 países para apoiar a implementação da gestão sustentável nas organizações; lançamento acontece no dia 18 de dezembro, às 8h, na Bovespa.

O Instituto AntaKarana, com patrocínio da Petrobras, Comgas e patrocínio Cultural da AES Tietê, e apoio da Bovespa, tem a satisfação de convidar para o lançamento do Compêndio para a Sustentabilidade - Ferramentas de Gestão de Responsabilidade Socioambiental: Uma contribuição para o Desenvolvimento Sustentável, dia 18 de dezembro, terça-feira, a partir das 8 horas, no Auditório do 1º andar da Bovespa (Rua XV de Novembro, 275).

A publicação, organizada por Anne Louette, coordenadora do Instituto AntaKarana, tem como objetivo contribuir para que a adoção de práticas de responsabilidade social empresarial seja incorporada à cultura e aos sistemas de gestão de pequenas, médias e grandes organizações de vários portes e de todos os setores da sociedade (esferas pública, privada e organizações não-governamentais).

Além de reunir iniciativas já conhecidas do mercado brasileiro, como GRI – Global Reporting Initiative da Holanda – e TNS – The Natural Step da Suécia –, entre outras, o levantamento revela também a diversidade e a convergência entre as várias ferramentas desenvolvidas por centros de pesquisa e organizações ainda pouco divulgadas no Brasil, como VMS – Values Management System –, da Alemanha; IMS – Integrated Management Systems –, da Áustria; e Vastuun Askeleita, da Finlândia, as quais servem de parâmetro para reflexão e análise de como essa discussão está globalizada.

O Compêndio contou, ainda, com o apoio institucional de diversas organizações comprometidas com a disseminação da gestão socialmente responsável para a sustentabilidade. São elas: CEBDS - Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável; FDC – Fundação Dom Cabral, Núcleo AG de Sustentabilidade e Responsabilidade Corporativa; Fides - Fundação Instituto de Desenvolvimento Empresarial e Social; Gife - Grupo de Institutos Fundações e Empresas; GVCes - Centro de Estudo em Sustentabilidade da FGV; Instituto Akatu pelo Consumo Consciente; Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social; e WHH - Willis Harman House.

Serviço:

Título: Compêndio para a Sustentabilidade - Ferramentas de Gestão de Responsabilidade Socioambiental: Uma contribuição para o Desenvolvimento Sustentável

Editora: Instituto AntaKarana
Páginas: 186
Distribuição: gratuita no evento ou acesso ao PDF no site http://www.institutoatkwhh.org.br/compendio
Lançamento: 18/12 (terça-feira), às 8 horas.
Local: Auditório I – Bovespa – Rua XV de Novembro, 275, São Paulo-SP

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Por novas oportunidades de participação

Rodrigo Zavala
Publicado pelo
redeGIFE Online em 10/12/07

Em sete anos de atividades, o Programa Aprendiz Comgás (PAC) tem muito a comemorar. Fruto da parceria entre a Companhia de Gás de São Paulo e a ONG Cidade Escola Aprendiz, a iniciativa divulgou o resultado de seu trabalho com jovens de baixa renda em São Paulo, São Bernardo do Campo, Campinas, Santos, São José dos Campos e Hortolândia.

Levantamento realizado pela MultiFocus, empresa de pesquisa de mercado, constatou que 50% dos jovens entrevistados - ex-aprendizes do PAC - conseguiram emprego e que continuam estudando. Do percentual de estudantes, 54% cursam universidade. E 48% seguiram com a implementação dos projetos elaborados no PAC.

No período de 2000 a 2006 foram investidos R$ 8,1 milhões no programa. Só em 2007 o investimento foi de R$ 1,2 milhão. Nestes sete anos, foram envolvidos mais de 1700 jovens, 120 professores da rede pública estadual capacitados, e mais de 400 projetos sociais nas áreas de saúde, meio ambiente, cultura, cidadania e comunicação desenvolvidos no interior e grande São Paulo.

Em entrevista exclusiva ao redeGIFE a analista de investimento social privado da Comgás, a psicóloga Gisele Gerotto, fala dos sete anos do Programa Aprendiz Comgás e aponta os principais desafios para oferecer oportunidades de participação a jovens de baixa renda.

“Pensar sempre do nosso compromisso com o desenvolvimento deste jovem sem cair na armadilha de achar que para trabalhar bem com jovens é preciso ser igual a eles“, afirma.

redeGIFE - O lema do PAC é “Para mudar o mundo, comece com sua idéia”. Em sete anos, como os jovens mostraram que poderiam fazê-lo? Quais foram as principais preocupações deles?
Gisela Gerotto - O PAC sempre se preocupou em avaliar suas ações e por isso, anualmente, o programa é avaliado por instituições especialistas como Cenpec.

Em 2006 fizemos uma avaliação de impacto, a empresa contratada foi a MultiFocus, empresa de pesquisa de mercado, e alguns resultados desta pesquisa nos alegrou muito, veja: 50% dos jovens entrevistados conseguiram emprego, 50% continuam estudando e do percentual de estudantes e 54% cursam universidade.

No quesito de implementação dos projetos elaborados no PAC, 48% seguiram com o projeto. Hoje, após 7 anos de trabalho com os jovens e principalmente com a disseminação da metodologia desenvolvida conseguimos ver mais e mais jovens tendo oportunidade de participar e fazer por suas comunidades.

redeGIFE - Avaliar mudanças comportamentais ou atitudinais é sempre um exercício complexo. Mas, na sua opinião, quais foram os principais resultados do PAC em relação a esses jovens?
Gisela Gerotto - Os jovens começam a perceber seu papel na sociedade, sentem na pele a dificuldade e alegria em dialogar francamente, de trabalhar em grupo, de conhecer a qualidade dos outros e reconhecer as suas próprias.

O PAC é visto com um local agradável de trocas de aprendizado, e segundo a pesquisa realizada, os jovens sentiram que houve diminuição da timidez e que ampliaram seu círculo de amizades, melhoraram a comunicação e aprenderam a se relacionar com todo tipo de pessoa.

Constataram também que desenvolveram mais responsabilidade e se tornaram mais independentes. Ampliaram a visão de mundo, aprenderam a ter um olhar mais humano e se sentiram vencedores, valorizados como pessoa. Aprenderam a planejar e elaborar um projeto, criar um pensamento organizado, estruturado, melhoraram o desempenho que tinham na escola e desenvolveram habilidades com a informática. E por fim, criaram objetivos de vida, projetos para o futuro e incluíram neles o estudo e o aprimoramento para conseguir uma melhor posição na sociedade.

redeGIFE - Qual é o maior desafio ao se trabalhar com jovens?
Gisela Gerotto - Ter energia e paciência para compreendê-los e aceitá-los. Pensar sempre do nosso compromisso com o desenvolvimento deste jovem sem cair na armadilha de achar que para trabalhar bem com jovens é preciso ser igual a eles. O trabalho do adulto requer maturidade para fazê-los crescer com consciência de cidadão e compromisso.

redeGIFE - Para o percentual que manteve seu projeto de geração de renda, existe algum tipo de acompanhamento a distância pelo PAC?
Gisela Gerotto - Não.

redeGIFE - Qual a relação do PAC, Comgás e Cidade Escola Aprendiz? Parcerias entre empresas e ONGs podem ser difíceis, às vezes ...
Gisela Gerotto - O PAC é fruto do diálogo entre ONG e empresa. Digo isso, pois foi um programa construído pelas partes e não simplesmente um programa patrocinado por uma empresa. Eu julgo que o principal desafio foi encontrar um equilíbrio entre os dois interesses que inicialmente pareciam tão distantes.

A insistência e constante avaliação do programa geravam subsídios para se continuar aprimorando o programa e hoje a sinergia é muito boa e rica para as duas partes.

redeGIFE - Qual é o principal desafio do PAC daqui para frente?
Gisela Gerotto - Atingir um número maior de jovens de São Paulo e do interior do estado mantendo a qualidade e o compromisso com esta geração. É importante oferecer a oportunidade de participação para estes jovens, de troca entre as gerações com respeito.

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Global Forum America Latina acontece em Curitiba em 2008

O Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas, em parceria com a Case Western Reserve University (Cleveland/Ohio), a Federação das Indústrias do Estado do Paraná e a Universidade da Indústria (Unindus), realizam no próximo ano, o Global Forum America Latina 2008, conferência internacional que une negócios, universidades e sociedade na busca de soluções para um mundo sustentável. O fórum será realizado nos dias 18 a 20 de junho de 2008, em Curitiba.

O GVces será responsável pela gestão do Congresso Acadêmico que se realiza dentro da conferência internacional, que reunirá líderes empresariais, educadores, pesquisadores e representantes da sociedade civil de toda a América. Essa iniciativa vai ao encontro dos objetivos do GVces de criar um espaço único de exposição e discussão sobre o desenvolvimento da educação frente às mudanças no mundo atual, gerando propostas que permitam um diálogo contínuo entre empresas, universidades e a sociedade.

O Congresso Acadêmico aceita resumos expandidos de artigos e relatos de experiências empresariais, nas áreas de: Tecnologias Limpas: Inovação e Reposicionamento para a Sustentabilidade; Base da Pirâmide e Mercados de Baixa Renda; Empreendedorismo e Tecnologias Sociais; Eco-Eficiência e Produção Mais Limpa; Gestão do Relacionamento das Empresas com seus Diferentes Públicos; Governança Corporativa; Ética na Comunicação e Marketing; Políticas Públicas e Sustentabilidade; Finanças Sustentáveis; Agronegócio Sustentável; Mudanças Climáticas; e Transformação Organizacional. Palestrantes de renome internacional conduzirão as sessões plenárias.

A primeira edição do Global Forum ocorreu em 2006, na cidade de Cleveland, Ohio, Estados Unidos. Visite o site www.globalforum.com.br para saber mais informações sobre a Conferência e sobre o envio dos trabalhos acadêmicos.

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