terça-feira, 26 de agosto de 2008

De cinema a mostras de arte, grupo Ink monta sua estratégia

Os negócios de entretenimento e cultura tiveram um início curioso dentro do grupo: surgiram como uma Ong para projetos culturais. "Percebemos que as empresas estão muito interessadas em [patrocinar] cultura", diz Paulo Schmidt, presidentre do Grupo

Quando foi criada, há 12 anos, a Academia de Filmes estava voltada para um negócio bem específico: a produção de comerciais de TV. Agora, no entanto, depois de um processo de expansão iniciado em 2003, a companhia tornou-se parte de uma estrutura muito mais ambiciosa - uma holding de produção de conteúdo e entretenimento que inclui oito empresas, com áreas de atuação que incluem desde a produção de filmes de longa-metragem e criação de jogos para internet até a realização de exposições de arte. Todas funcionam sob o mesmo o mesmo guarda-chuva, a do grupo Ink, uma marca criada há um ano.

Segundo Paulo Schmidt, presidente do grupo Ink, a diversificação tem gerado resultados positivos. "Sempre desejamos trabalhar com cultura e audiovisual e enxergamos essa possibilidade como negócio", diz. "Percebemos que, no futuro, a publicidade estará muito ligada ao entretenimento e não será mais apenas ao intervalo comercial."

O executivo estima que o grupo vai faturar R$ 70 milhões neste ano, com crescimento de 15% em relação a 2007. Os filmes publicitários - que sob a nova estrutura são responsabilidade da produtora Margarida Flores e Filmes - continuam sendo a principal fonte de receita da casa, com uma participação de 80%, ou R$ 55 milhões. Os braços de entretenimento e cultura respondem pelos R$ 15 milhões restantes. A previsão de Schmidt, no entanto, é que essa proporção vai se inverter em cinco anos, quando publicidade responderá por 40% da receita do grupo.

Os negócios de entretenimento e cultura tiveram um início curioso dentro do grupo: surgiram como uma Ong para projetos culturais. "O objetivo era a realização pessoal dos diretores. A idéia era produzir vídeos e curta-metragens. Ainda não olhávamos a área como um negócio", afirma Schmidt.

O primeiro projeto comercial na área de audiovisual foi a série "A Pedra do Reino", exibido pela Rede Globo no ano passado. A história, baseada em um romance do escritor Ariano Suassuna, também foi parar no cinema, em outro projeto do grupo.

Hoje, há quatro projetos prontos para ser lançados: um documentário sobre a banda Titãs e três filmes de ficção - "Natimorto", "Cabeça à Prêmio" e "Amanhã Nunca Mais". "É a primeira vez que temos tantos projetos simultâneos [nessa área]", diz o executivo.

Sob o desenho do grupo Ink, várias empresas podem trabalhar no mesmo projeto. É o caso de "Natimorto", baseado na obra do autor de histórias em quadrinhos Lourenço Mutarelli. O filme foi concebido pela Ipanema, unidade do grupo responsável por elaborar projetos, mas sua realização ficou por conta da Academia de Filmes, que se tornou a central de produção de longa-metragem do Ink.

Na área de promoção cultural, o grupo comprou uma participação societária na empresa Base7 Projetos Culturais, cujos fundadores idealizaram o instituto Itaú Cultural. "Percebemos que as empresas estão muito interessadas em [patrocinar] cultura", diz Schmidt. A Base7 já realizou a exposição da artista modernista Tarsila do Amaral, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, no semestre passado. Depois de passar por São Paulo, a mostra foi para o museu Malba, de Buenos Aires, com patrocínio do Credit Suisse e Confab Tenaris.

Com a aposta nas novas divisões do grupo, Schmidt resolveu ampliar o espaço físico da sede da empresa. Até o fim do ano, a equipe vai mudar-se para uma área de 13 mil m² que englobará nove estúdios. A previsão é de investir R$ 30 milhões no projeto em três anos. Um terço desse total foi viabilizado pelo Programa de Apoio à Cadeia Produtiva do Audiovisual (Procult), linha de financiamento do BNDES para o setor.


Tainã Bispo
Valor Online, 26/08/08

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Britânica de 61 anos completa volta ao mundo correndo

Uma britânica de 61 anos foi recebida com festa no País de Gales após dar a volta ao mundo correndo [para divulgar e levantar dinheiro para organizações beneficentes dedicadas a pessoas que sofrem de câncer de próstata]

Depois de passar quatro anos e meio na estrada, Rosie Swale-Pope chegou a Tenby, sua cidade natal, de muletas, devido a fraturas na perna. "Foi uma aventura que começou após um episódio triste e se transformou em alegria", disse ela.

Rosie decidiu iniciar uma volta ao mundo em outubro de 2003 depois que seu marido morreu de câncer de próstata. Seu objetivo era divulgar e levantar dinheiro para organizações beneficentes dedicadas a pessoas que sofrem da doença.

Ela retornou ao Reino Unido no dia 19 de junho e continuou correndo até chegar em casa. O fim do percurso foi ameaçado por causa das fraturas, mas ela conta que o problema serviu para dar "mais emoção".

O filho de Rosie disse estar muito orgulhoso da mãe. "Eu estou muito feliz porque deu tudo certo. É um grande alívio que ela tenha completado a volta e chegado em casa com segurança. Estava muito preocupado que algo desse errado", disse James, 37.

Propostas de casamento
A britânica percorreu um trajeto de 32 mil quilômetros em 12 países tendo enfrentado temperaturas de até 60ºC negativos, pneumonia dupla e fortes dores quando quebrou uma costela.

Ela contou ter recebido 29 propostas de casamento e sido perseguida por lobos e por um homem nu que carregava uma machadinha.

Depois de dar largada à aventura no Reino Unido, Rosie passou pela Holanda, Bélgica e Polônia antes de chegar à Rússia, onde percorreu correndo o caminho por onde passa a ferrovia Transiberiana.

Em seguida, atravessou o estreito de Bering, alcançando o Alasca, de onde seguiu para os Estados Unidos, Canadá e Groelândia.

Na reta final, ela atravessou a Islândia e a Irlanda, até desembarcar na Escócia. Nos anos 70, a britânica havia ficado famosa ao dar a volta ao mundo num barco a vela.

Ela espera entrar para o Guinness, o livro dos recordes, como a primeira pessoa a dar duas vezes a volta ao mundo velejando e correndo.


Folha Online, 26/08/08

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Banco Mundial eleva número de miseráveis

O Banco Mundial conclui que existem mais miseráveis no mundo que se imaginava, cria uma nova linha internacional da pobreza e alerta: o combate contra a pobreza será mais difícil que os governos esperavam. Em um novo estudo publicado hoje, a entidade alerta que 1,4 bilhão de pessoas no planeta vive com menos de US$ 1,25 por dia. Salvo a China, que vem conseguindo resultados positivos no combate contra a pobreza, o mundo continua vendo um aumento no número de miseráveis nos últimos 25 anos, inclusive na América Latina.

Até mesmo a Índia, que alegava ser um exemplo de crescimento, demonstra ter um número maior de pobres hoje que em 1981 em termos absolutos. O recálculo da linha da pobreza foi feito a partir de novos dados obtidos pelos economistas do banco e que chegaram à conclusão de que a antiga medida de pobreza - US$ 1,00 - não era adequada para avaliar a situação da humanidade. Para a entidade, a elevação da linha da pobreza para US$ 1,25 reflete de forma mais adequada a realidade das populações. A nova medida foi feita com base em estudos que há três anos estão sendo feitos pelos economistas do Banco Mundial. Um número maior de pessoas em 116 países foi entrevistado para que a entidade determinasse a nova linha da pobreza.

O resultado das condições de vida de cada população chocou até mesmo os especialistas. As conclusões são de um em cada quatro habitantes dos países em desenvolvimento devem ser considerados como pobres. Por esse mesmo cálculo, existiam 1,9 bilhão de pessoas em situação de pobreza em 1981. Isso, na época, representava 50% da população dos países em desenvolvimento. Pelos cálculos antigos, de US$ 1,00, o número de pobres era de 985 milhões de pessoas em 2005. Por esse mesmo cálculo, o número de pobres em 1981 era de 1,5 bilhão de pessoas."As estimativas sobre os preços e renda comprovaram que esses números de quantidade de pobres eram muito baixos", afirmou o banco em um comunicado. Segundo os especialistas, o novo cálculo é baseado na linha de pobreza dos 20 países mais miseráveis do mundo, entre eles Etiópia.


Portal Exame, 26/08/08

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