quarta-feira, 8 de abril de 2009

Claro lança instituto de responsabilidade social

Investimento no primeiro ano de funcionamento será de R$ 10 milhões. Uma das propostas é premiar iniciativas inovadoras na área de educação

Futuramente, todas as ações de responsabilidade social da Claro ficarão sob o guarda-chuva do novo Instituto Claro, criado nesta semana. Inicialmente, a nova área desenvolverá e apoiará iniciativas em educação e difusão de novas tecnologias. Mas, segundo o presidente da Claro, João Cox, o instituto será também o chapéu para outras ações de sustentabilidade da operadora. Uma delas é o recolhimento de baterias e celulares. "Estudamos formas de reciclar esse material e dar outro uso que possa contribuir para o sociedade", afirma.

Cox também expressa entusiasmo com as novas tenologias. "O tema educação e como a tecnologia presente no celular pode contribuir para a melhoria do ensino nos instiga. Nós, que aprendemos com giz e lousa, precisamos motivar as novas gerações de uma forma diferente", afirma. Os internautas brasileiros passam em média 24,41 horas por mês navegando na internet. E os mais jovens utilizam pelo menos cinco funções no celular.

Umas das principais missões do novo Instituto Claro, apresentado a convidados em evento no Museu da Língua Portuguesa, na segunda-feira, 30, em São Paulo, é a construção colaborativa de conhecimento. A operadora pretende divulgar e apoiar novas tecnologias e formas de aprender. Antônio Britto Filho, presidente da nova área que funcionará na sede da Claro na capital, acumula o cargo com a diretoria de assuntos corporativos da empresa.

Alguns dos conselheiros do instituto são Carlos Seabra (IPSO), o jornalista Gilberto Dimenstein, Gilson Schwartz (Cidade do Conhecimento, USP) e Roseli de Deus (Poli, USP e Estação Ciência).

A operadora cria também o portal que contará com informações institucionais, além do Observatório (espaço para discussão de idéias) e o Laboratório (pesquisas acadêmicas, jogos online e ações sobre o impacto das novas tecnologias na aprendizagem). A intenção da Claro é mapear iniciativas brasileiras e trazer referências internacionais e premiar iniciativas inovadoras.

O Claro Curtas, festival nacional de curtas, também ficará sob o chapéu do Instituto Claro. Em outubro a operadora também realizará na cidade de São Paulo seminário internacional.

Internamente, o instituto gerenciará ações envolvendo funcionários da Claro como o Programa de Voluntário e Doação ao Fundo da Infância e da Adolescência (FIA) para estimular o engajamento de funcionários para a prática de ações sociais.

"Gostaria de falar como o instituto não pretende atuar. Não temos manual, nem mapa. Há um enorme espaço para ser construído. Onde quer que a tecnologia esteja sendo usada, vamos criar oportunidades para essas tribos dialogarem com a sociedade brasileira", afirma Antônio Britto Filho.


Sandra Silva
Meio & Mensagem Online, 31/03/09

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Sergio Mindlin é o novo presidente do Conselho Deliberativo do Ethos

Sérgio Mindlin, presidente da Fundação Telefônica, acaba de assumir a presidência do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos, em substituição a Oded Grajew, integrante do Movimento Nossa São Paulo, que continua como conselheiro. O anúncio foi feito em coletiva para a imprensa realizada na manhã desta segunda-feira, na qual estavam presentes Mindlin, Grajew e o presidente executivo do Instituto Ethos, Ricardo Young.

Dizendo-se honrado com o convite para assumir o cargo, Mindlin, que é um dos fundadores do Instituto Ethos, ao lado de Grajew, Ricardo Young e outros oito empresários, informou que não é a primeira vez que sucede Grajew num cargo de tal relevância. A primeira oportunidade em que isso aconteceu foi no Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE), organização coordenada por Grajew até o início da década de 1990, quando Mindlin o sucedeu. O mesmo ocorreu na Fundação Abrinq, onde Mindlin também foi sucessor de Grajew, primeiro como presidente do conselho e depois na presidência executiva da organização.

Oded Grajew foi presidente executivo do Ethos desde sua fundação, em 1998, até 2005, tendo-se afastado do cargo durante o ano de 2003, quando foi assessor da Presidência da República. Em 2005, foi sucedido por Ricardo Young e assumiu a presidência do Conselho Deliberativo da organização. Deixa a função para dedicar-se integralmente ao Movimento Nossa São Paulo, cuja criação, em 2006, significou, segundo ele “uma das três importantes iniciativas do Ethos para promover a articulação da sociedade brasileira em favor do desenvolvimento sustentável; as outras duas foram o Grupo Referencial de Empresas em Sustentabilidade (GRES) e o Fórum Amazônia Sustentável”.

De acordo com Grajew, as mudanças ocorrem por duas razões principais: a necessidade de alternância na função e uma melhor distribuição da carga de trabalho entre os membros do conselho.

Além da escolha de Mindlin para presidir o Conselho Deliberativo, também foi anunciada a eleição para o órgão de dois novos membros: Antonio Jacinto Matias, vice-presidente-executivo do Banco Itaú, e Raymundo Magliano Filho, diretor-presidente da Magliano Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários.

Outra novidade anunciada na coletiva foi a constituição do Comitê de Ética, a ser formado até junho de 2009. Instituído pelo Conselho Deliberativo, esse comitê terá como objetivo ajudar as empresas na discussão dos dilemas por elas enfrentados. “Os dilemas são inevitáveis e fazem parte da construção de uma sociedade mais justa”, diz Ricardo Young. “A diferença está na postura que a empresa toma diante deles.”

Órgão de decisão geral sobre as iniciativas do Instituto Ethos, o Conselho Deliberativo é formado atualmente por 14 membros, com mandato de três anos, podendo ser eleitos por mais duas vezes. Sua composição deve ser alterada anualmente em um terço dos membros. As reuniões ocorrem a cada três meses e cada conselheiro deve estar presente em pelo menos 50% desses encontros.

“A governança do Instituto Ethos é dada pelo Conselho Deliberativo, e não pelos associados. Assim, seus membros precisam estar absolutamente comprometidos com a missão da organização e em sintonia com os anseios das empresas associadas”, afirma Ricardo Young. Isso é possível, segundo o presidente do Ethos, porque os processos adotados são multistakeholders. “Os associados são sempre ouvidos, permitindo que as decisões do Conselho Deliberativo tenham legitimidade e possam ser adotadas numa dinâmica que não paralise as atividades da organização”. Para Young, “o Conselho Deliberativo é a instância de onde emana a alma do Ethos, que se expressa em suas ações”.

Veja a seguir a composição atual do Conselho Deliberativo do Ethos:

Membros do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos
Sergio Mindlin (presidente do Conselho) – diretor-presidente da Fundação Telefônica
Antonio Jacinto Matias – vice-presidente-executivo do Banco Itaú
Celina Borges Torrealba Carpi, vice-presidente do Grupo Libra
Daniel Feffer, vice-presidente corporativo da Suzano de Papel e Celulose
Eduardo Capobianco, vice-presidente da Construcap Engenharia e Comércio
Fábio Barbosa, presidente do Grupo Santander Brasil
Guilherme Leal, presidente-executivo da Natura Cosméticos
Hélio Mattar, presidente do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente
Jorge Luiz Numa Abrahão, diretor da Uni Engenharia e Comércio
José Luciano Duarte Penido, diretor-presidente da Votorantim Celulose e Papel (VCP)
Marcelo Vespoli Takaoka, presidente da Y Takaoka Empreendimentos
Oded Grajew, integrante do Movimento Nossa São Paulo
Raymundo Magliano Filho, diretor-presidente da Magliano Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários
Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos


Benjamin S. Gonçalves, do Instituto Ethos, 07/04/09

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Desenhe seu negócio num guardanapo

Reportagem mostra como Wal-Mart, Microsoft e outras empresas usam o poder das imagens para digerir ideias complexas

As empresas usam, cada vez mais, ilustrações simples para traduzir conceitos complicados e transformá-los em pepitas – facilmente compartilháveis e recordáveis.

“A expressão gráfica e o pensamento visual são parte central da cognição humana”, afirma Neil Cohn, pesquisador de psicologia cognitiva e lingüística da Tufts University, de Massachusetts, Estados Unidos. Essas idéias estão sendo utilizadas com fins diversos: desde para explicar como as empresas vendem o que elas fazem até para definir a estratégia. Mark Zuckerberg, por exemplo, já disse que o Facebook, rede de relacionamentos criada por ele, é baseado no “gráfico social”, um modelo visual de como as pessoas interagem.

“Entre o excesso de informação, a globalização e a mera complexidade das empresas modernas, temos de ser mais visuais e menos dependentes da linguagem ao comunicar idéias”, explica Dan Roam, consultor visual que presta serviços a organizações de relevo como eBay, Wells Fargo e Marinha norte-americana. Seu livro sobre como usar esboços em caneta e papel para benefício próprio, The Back of the Napkin: Solving Problems and Selling Ideas with Pictures, foi publicado em março nos Estados Unidos pela editora Penguin.

Confira a seguir quatro circunstâncias em que os clientes de Roam colocaram seu pensamento em figuras com grande sucesso.

Infosys Consulting
O modelo básico de negócios da Infosys é simples. Levar o trabalho aos trabalhadores, em vez de levar os trabalhadores ao trabalho. Mas as comunicações na empresa eram misteriosas. “Podiam nos acusar de cometer assassinatos com PowerPoint”, diz o presidente Stephen Pratt. “Nós lutávamos para passar nossa mensagem adiante.” Então, a Infosys lançou um programa denominado Perfect Pitch, que objetivava simplificar as apresentações tanto dentro como fora da empresa. Funcionou. “Nosso pessoal é muito mais eficaz agora”, revela Pratt. Um desenho do tipo “antes e depois”, que compara a economia mundial clássica e o sistema Infosys, foi especialmente útil. Pratt usou tal esquema ilustrativo no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, para explicar o que a Infosys faz e como funciona, instantaneamente.

Peet’s Coffee & Tea
Há cerca de um ano, os líderes da Peet’s encararam um desafio: comunicar a nova visão, a missão e os valores a 3,5 mil funcionários. O plano fracassaria se o pessoal não compreendesse o conceito “servir, gerir, desenvolver e inspirar”. “A tarefa era tornar simples e divertido esse conceito aparentemente estranho”, conta o presidente Pat O’Dea. “Tudo que fazemos em nossa loja está relacionado com um de nossos quatro princípios e, se as pessoas compreendem isso, quando pomos os quatro juntos, criamos clientes que são fãs.” O’Dea queria um guia visual que pudesse ser distribuído em todas as lojas e nos escritórios para todo mundo ficar na mesma sintonia –do faxineiro ao diretor. “Quando apresentamos o guia, foi como se lâmpadas se acendessem para as pessoas.”

Wal-Mart
“Você pode considerar praticamente qualquer coisa com a qual nós lidamos e que está relacionada com a sustentabilidade, e ela tangenciará centenas de outras”, afirma Andy Ruben, vice-presidente de estratégia de marca própria do Wal-Mart e ex-vice-presidente de estratégia corporativa e sustentabilidade. Quando esse ás do varejo solicitou à área de relações públicas que tratasse das iniciativas de sustentabilidade, a equipe precisou encontrar um modo de fazer com que as pessoas soubessem como o Wal-Mart focava os temas ambientais. “Conforme evoluíamos, identificávamos conseqüências intencionais (como a economia de energia) e não-intencionais, tanto positivas como negativas”, explica ele. Representar idéias complexas visualmente ajudou a esclarecer as compensações entre as conseqüências. Os desenhos se transformaram em imagens computadorizadas que alimentaram o site da empresa.

Microsoft
Quando o diretor-financeiro da Microsoft, Chris Liddell, percebeu a dificuldade de conciliar os diversos relatórios financeiros que recebia, resolveu que a empresa tinha de desenhar em papel o incrivelmente complexo sistema da gigante do software e as ligações dentro desse sistema. Pôs uma equipe para fazer esboços que exploravam a maneira como a informação era disseminada e, depois, ela sugeriu sistemas mais simples. Os protótipos finais retratam um painel financeiro que dá ao diretor o que ele necessita em uma única olhada. “Uma coisa que me surpreendeu foi a ligação emocional com coisas que desenhamos à mão”, diz Joel Creekmore, gerente-financeiro da Microsoft. “Você não teria a mesma ligação com o conceito se eu o tivesse desenhado no computador.” Uma afirmação e tanto, vinda dos criadores do Visio, software de comunicação visual.


Kate Bonamici Flaim
Colaboradora da revista Fast Company
HSM Online, 07/04/09

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EUA irão regulamentar divulgação em blogs

Regras do Federal Trade Commission vem sendo revistas para aumentar o rigor da disseminação livre de produtos e serviços em páginas pessoais e em redes sociais

Os blogs poderão ganhar um patamar de importância ainda maior dentro das estratégias dos anunciantes norte-americanos. A entidade Federal Trade Commission (FTC) está elaborando um conjunto de diretrizes que visam regulamentar as declarações e inserções a respeito de marcas e de produtos feitas pelos anunciantes e pelos próprios internautas em blogs, páginas pessoas e em demais redes sociais.

Segundo as recomendações que já vêm sendo escritas e que em breve deverão ser colocadas em prática, os anunciantes seriam responsáveis por qualquer informação ou declaração falsa a respeito de suas marcas, produtos e serviços que venham a ser postadas na internet. Os próprios blogueiros também não iriam escapar da vigilância da FTC e também poderão ser penalizados e até mesmo responder a processos pelos seus textos publicados a respeito de marcas, produtos e organizações.

É a primeira vez que as diretrizes do FTC vem sendo revistas desde o ano de 1980. Os motivos para isso são os novos meios de se produzir e veicular propaganda no cenário da internet e os efeitos que a propagação e compartilhamento livre de informações poderia ter entre o público. O principal alvo das novas diretrizes da entidade são as marcas que praticam o marketing viral por meio de usuários comuns. Por exemplo, quando uma companhia distribui amostras grátis de seu produto a blogueiros e internautas e eles, em contrapartida, postam informações na internet criticando ou aprovando o produto. Tal ação acaba, muitas vezes, propiciando um retorno expressivo por meio de um custo muito baixo para o anunciante.

Mesmo antes de entrar em vigor, as novas diretrizes já vem provocando discussões no cenário da publicidade norte-americana. A American Association of Advertising Agencies (Associação das agências de propaganda dos Estados Unidos) já veio a público demonstrar que considera uma atitude prematura regular os blogs e as novas mídias quando a própria maneira de se trabalhar com esses meios ainda não foi plenamente estruturada. A associação alega também as dificuldades de se monitorar os destinatários das amostras e de ações promocionais que poderiam vir a publicar notícias ou opiniões a respeito dos produtos.

De acordo com a Word of Mouth Marketing Association, os gastos dos anunciantes dos Estados Unidos com mídia de relacionamento (tanto a propaganda boca-a-boca como a divulgação de informações pela internet, via blog, Twitter, Orkut e demais redes sociais) alcançaram o montante de US$ 1,35 bilhão em 2007 e deverão subir para o patamar de US$ 3,7 bilhões até o ano de 2011.

Com informações do Financial Times e do Valor Econômico.


Meio & Mensagem Online, 03/04/09

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Quase 80 mil já bloquearam telemarketing

Número de adesões praticamente dobra no dia em a lei antitelemarketing entrou em vigor

Após seis dias de cadastramento, 78.235 pessoas solicitaram ao Procon que seus nomes fossem incluídos na lista dos consumidores que não querem receber ligações de telemarketing. O número praticamente dobrou de terça-feira, 31, até quarta-feira, 1, quando a chamada lei anti-telemarketing entrou em vigor.

Ao todo, até as 17h15 desta quarta-feira, 1, são 143.617 números telefônicos, entre fixos e celulares, para os quais as empresas de telemarketing estão proibidas de ligar, sob risco de serem multadas. Cada pessoa pode cadastrar até cinco números telefônicos.

O bloqueio de ligações é baseado na lei estadual 13.226/08, cujo intuito é preservar a privacidade do consumidor, e passa a ser válido 30 dias após o cadastramento do número telefônico no Procon. Após esse prazo, a empresa que contatar qualquer pessoa presente na lista dos que não querem ser importunados corre o risco de receber multas entre R$ 212 e mais de R$ 3 milhões. Para saber quais consumidores não desejam receber ligações de telemarketing, as empresas também têm que se cadastrar no Procon - 280 delas já haviam feito isso até esta quarta-feira, 1.


Jonas Furtado
Meio & Mensagem Online, 01/04/09

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Governo investiu R$ 867 mi em patrocínios em 2008

Volume representa verbas de todos os órgãos e entidades do governo federal. Ações culturais respondem por 47,5% do total

Os órgãos, instituições e entidades do Governo Federal investiram R$ 867,3 milhões em ações de patrocínio ao longo de 2008. As iniciativas culturais, com 47,5% do valor, foram as mais beneficiadas segundo o levantamento da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. Ao todo foram 2.751 projetos, que representaram R$ 412,6 milhões do volume total dos recursos. Em segundo lugar ficaram as ações ligadas ao esporte, com 498 projetos, que somados são da ordem de R$ 189,2 milhões, ou 21% do total.

Segundo a Secom, a predominância do volume maior dos recursos para as áreas de cultura e de esporte justifica-se pela visibilidade que dão aos patrocinadores, mas o levantamento - com base nos exercícios de 2003 a 2008 - aponta também um crescimento nas ações de patrocínio nos segmentos social e ambiental. Reflexo da incorporação, por parte dos investidores, do conceito de responsabilidade social na definição de suas estratégias de marketing. A terceira área responsável pela aplicação dos recursos foi a classificada na tabela como "diversas", que abrigam iniciativas de entretenimento e relacionamento. Neste caso, foram ações de mais de R$ 119 milhões.


Robert Galbraith
Meio & Mensagem Online, 01/04/09

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Os segredos dos líderes inspiradores

Se desejamos construir famílias mais felizes, empresas mais saudáveis e comunidades mais solidárias precisamos mudar a forma de pensar sobre como exercemos a Liderança

As competências que foram aplicáveis durante os últimos 50 anos já não são mais tão úteis na nova sociedade do serviço, do cliente, do relacionamento móvel e do mundo volátil em que vivemos. Parecem desmoronar as conhecidas verdades sobre a motivação no trabalho, a lealdade, o comprometimento e… a liderança!

A escassez de líderes competentes é um fato. No campo político, a grande maioria dos países ressente-se da falta de estatura e competência de seus líderes. No mundo empresarial as empresas não conseguem formar líderes em quantidade e qualidade suficientes para se expandirem, nem para se posicionarem mais próximos de seus clientes, fornecedores, parceiros. Nas famílias agrava-se a distância entre pais e filhos que acaba incubando cenas de violência contra inocentes. As comunidades ressentem-se de lideranças mais eficazes. Vivemos uma crise de liderança. A atual crise internacional não é apenas relativa a escassez de crédito. É também uma crise de escassez de líderes íntegros capazes de agir para solucionar problemas e não apenas jogar para a platéia.

O que fazer? Uma saída é tentar aprender com a prática daqueles a quem chamo de “Líderes Inspiradores”:

· Oferecem causas, em vez de apenas empregos, tarefas ou metas. Criam um ambiente de motivação profunda ao deixar claro o significado que transcende a tarefa, o trabalho, o job description das pessoas que o cercam. Vão muito além de metas e objetivos para serem cumpridos. Indicam o “porto de chegada”. Contribuem para ajudar as pessoas que os cercam a entenderem melhor os momentos que atravessam. Estimulam as pessoas a sentirem que fazem parte de algo nobre, que extrapola a simples troca do trabalho por remuneração. E a superarem situações indesejadas ou inesperadas. Esses líderes oferecem às pessoas aquilo que mais desejam: uma bandeira, uma razão para suas vidas. Acreditam que as pessoas estão dispostas a oferecer o melhor de si e até mesmo a fazer sacrifícios, desde que conheçam a Causa, o Porquê, a Razão de Ser do seu cotidiano.

· Formam outros líderes, em vez de apenas seguidores. O líder inspirador não é mais aquele que tem atrás de si um grupo de pessoas que segue fielmente o rumo traçado e são recompensados pela sua lealdade. Essa é uma visão elitista da liderança que precisa ser desmistificada. Os líderes competentes são aqueles que têm em torno de si pessoas capazes de exercer a liderança quando necessário. Criam mecanismos, atitudes e posturas que estimulam o desenvolvimento do líder que existe dentro de cada um com quem convive. Formam, assim, outros líderes. Em vez do mítico líder carismático que serviu de modelo na era do comando, os líderes eficazes são aqueles capazes de arquitetar e implantar formas de organização que permitem o florescimento da liderança nos que o cercam.

· Lideram 360 graus, em vez de apenas 90 graus. O líder inspirador atua onde faz diferença. Não influencia somente quem está do lado “de dentro” numa empresa, escola, hospital. Exerce a liderança também “fora”, para cima e para os lados. Numa empresa, sabe que precisa exercer a liderança perante clientes, parceiros e comunidades. Cuida de perto dos canais de distribuição de seus produtos e serviços. Precisa, às vezes, intervir em operações de seus fornecedores para que esses garantam o padrão de qualidade e custo requerido para aumentar a competitividade de seu negócio. O líder 360 graus consegue liderar também para “cima”. Significa influenciar seu chefe, os diretores, o presidente, os acionistas.

· Surpreendem pelos resultados, em vez de fazer apenas o combinado. O líder do futuro não será aquele que apenas chega aonde anunciou que chegaria. Não bastará cumprir metas. Será aquele que fará mais do que o combinado, surpreenderá pelos resultados incomuns que obterá de pessoas comuns. Surpreende, superando sempre o esperado. Em vez de simplesmente dar ordens e cobrar rendimento, incentiva cada um a fazer o seu melhor, porque dá o melhor de si. Não espera acontecer. Cria as oportunidades. Estimula o senso de urgência, não deixa as coisas para amanhã. Não fica acumulando pendências nem vive cercado de pessoas acomodadas ou pessimistas. O Líder Inspirador sabe compatibilizar as pressões da sobrevivência de curto prazo com as necessidades de longo prazo. O hoje com o amanhã. Cuida do presente enquanto cria o futuro.

· Inspiram pelos valores, em vez de apenas pelo carisma. Inspirar pelos valores é a tarefa mais importante desses líderes. É a “cola” que une as outras forças do líder, a que dá sentido a tudo. Constrói um código de conduta junto com os membros dos grupos dos quais faz parte, em torno de valores que são explicitados, disseminados e praticados. O Líder Inspirador cria um clima de ética, integridade, confiança, respeito pelo outro, transparência, aprendizado contínuo, inovação, proatividade, paixão, humildade, inteligência emocional. Cultiva a capacidade de servir clientes, fornecedores, comunidades, parceiros. Esse líder educa pelo exemplo. Fala aos olhos, não apenas aos ouvidos.

E você,? Quais desses pontos você já pratica e não se constituem em segredo para você ? Quais os que você precisa praticar mais? Temos de evitar de atuar no novo jogo da liderança usando a velha forma de pensar que nos leva sempre aos mesmos lugares. Temos de mudar o paradigma da liderança se de fato desejamos criar famílias mais felizes, empresas mais saudáveis e comunidades mais solidárias.


Cabeça de Líder - Cesar Souza
HSM Online, 03/04/09

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Sites de lazer ajudam na produtividade

Estudo aponta que a navegação em websites fora do contexto do trabalho pode ajudar no desempenho do funcionário

Flagrado mandando mensagens no Twitter ou no Facebook durante o trabalho? Isso o tornará um funcionário melhor, segundo um estudo australiano que mostrou que navegar na Internet por diversão durante o trabalho aumenta a produtividade.

O estudo feito pela Universidade de Melbourne mostrou que pessoas que utilizam a Internet para fins pessoais no escritório são quase 9 por cento mais produtivas do que aquelas não o fazem.

O autor do estudo, Brent Coker, do departamento de administração e marketing, afirmou que "navegar na Internet por lazer no trabalho", ou WILB (na sigla em inglês), ajuda a aprimorar a concentração dos empregados.

"As pessoas precisam relaxar um pouco para voltarem a se concentrar", disse Coker no site da instituição.

"Pausas curtas e moderadas, como uma rápida navegação na Internet, permitem que a mente descanse, levando a uma concentração total maior para o dia de trabalho e, como resultado, aumenta a produtividade", acrescentou ele.

Segundo o estudo feito com 300 funcionários, 70 por cento das pessoas que usam a Internet no trabalho se encaixam na categoria WILB.

Entre as atividades mais populares de lazer estão a busca por informação sobre produtos, leitura de notícias e sites, jogos online e vídeos no Youtube.

"As companhias gastam milhões em softwares para impedir que seus empregados assistam a vídeos, acessem sites de rede social ou façam compras online com o pretexto de que isso custa milhões em perda de produtividade", explicou Coker. "Nem sempre este é o caso".

Entretanto, Coker afirmou que o estudo procurou pessoas que navegam com moderação, ou ficam na Internet menos de 20 minutos do tempo total que passam no escritório.

"Aqueles que se comportam com tendências compulsivas na Internet terão produtividade menor do que os outros", disse ele.


Miral Fahmy
Fonte: Reuters
HSM Online, 03/04/09

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Instituto Vivo doa celulares para conselhos tutelares

InfO Instituto Vivo leva o projeto Celular Amigo para todo o Brasil, doando celulares e créditos aos Conselhos Tutelares. A ação tem como objetivo fortalecer os trabalhos realizados em prol do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Para fazer parte da ação, os Conselhos devem fazer a solicitação por meio do e-mail institutovivo@vivo.com.br, pelo qual terão acesso a uma ficha de cadastramento. A idéia da expansão surgiu a partir do grande número de adesão que o projeto teve em Minas Gerais, estado onde o Celular Amigo teve início e está presentes em mais de 600 cidades mineira.

A ação faz parte da Rede Vivo de Gestão Social, uma das quatro frentes lideradas pelo Instituto Vivo. As outras três são: Rede Vivo Educação, Rede Vivo de Inclusão Social e Rede Vivo de Voluntariado. “O objetivo é contribuir para o desenvolvimento da sociedade, facilitando e melhorando o acesso à informação”, afirma o diretor do Instituto Vivo, Marcelo Alonso.


redeGIFE Online, 06/04/09

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A intenção do doador: investimento social privado e os privilégios tributários

A intenção do doador: todas as instituições filantrópicas deveriam receber os mesmos privilégios tributários?

Se basearmos nossa crença de que a filantropia não é nada mais do que atividade voluntária e, por definição, os doadores não estão obrigados a doar para o bem público, há de se entender que eles o façam por motivos particulares. Mas, o mundo está melhor por causa da generosidade privada?

Reconhecendo os benefícios dessa generosidade privada, em muitos países o Investimento Social Privado (ISP) é incentivado por políticas públicas e o fluxo de doações é frequentemente ampliado pelo tratamento favorável dos impostos. No entanto, os doadores não são responsabilizados perante o público como os governos (pelo menos na teoria).

A questão que surge é: quanto controle deveriam ter os doadores ao gerenciar diretamente o dinheiro filantrópico incentivado? A herança de US$ 8 bilhões da americana Leona Helmsley para instituições que cuidam de cachorros deveria ser elegível para benefícios tributários?

Em muitos casos, grandes fundações podem gastar mais do que governos locais ou regionais. Muitos críticos alegam que uma grande proporção dos investimento sociais, pessoais ou corporativos, beneficia aqueles que já são privilegiados, beneficiando uma pequena quantia de pobres ou marginalizados.

De outro ângulo: quem decide o que é filantropia e o que é interesse próprio mascarado como filantropia? Se o governo define filantropia em sentido estreito, será que os doadores particulares doarão menos dinheiro voluntariamente?

Dando-se quase carta branca aos doadores para escolher quais causas apoiar, perpetuam-se privilégios e doações por interesses próprios ou permite-se que a filantropia privada lidere o caminho às causas impopulares ou temas que o governo frequentemente ignora (como o papel da filantropia privada que tem em chamar a atenção para HIV/AIDS, FGM e campos minados, por exemplo.)?

O redeGIFE e a Alliance trazem à discussão uma forma crítica de encarar a liberdade de doar dos investidores. Abaixo, especialistas avaliam essa questão, trazendo à discussão pontos de vista bastante polêmicos.

Ovos de chocolate para monjas suíças?
Por que agregar benefícios tributários ao apoio das políticas estatais?
Os incentivos tributários não melhoram a qualidade das doações
O propósito de doar é para as sociedades seculares


redeGIFE Online, 06/04/09

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Rumo à Credibilidade

A consultoria internacional SustainAbility e a Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) divulgaram a publicação Rumo à Credibilidade: uma pesquisa de relatórios de sustentabilidade no Brasil (30 págs., download gratuito).

A iniciativa é parte da edição 2008 do Global Reporters, que analisa as melhores práticas em relatórios no mundo, e a atenção especial às iniciativas brasileiras se deve à expansão de políticas de sustentabilidade na agenda nacional.

Apesar do grande avanço da responsabilidade social nas empresas do país, o documento mostra que é necessário relatar de forma concisa os trabalhos realizados ao longo do ano.

Clique aqui.


Revista Filantropia On-line - nº192, 06/04/09

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Eco-relações, profissão do futuro

O movimento ascendente do conceito de sustentabilidade nos negócios levará à criação de novas carreiras profissionais até 2020, algumas delas com nomes estranhos, como, por exemplo, gerente de eco-relações. Essa é uma das conclusões da pesquisa Carreiras do Futuro, realizada pelo Programa de Estudos do Futuro (Profuturo) da Fundação Instituto de Administração (FIA).

Baseado na metodologia Delphi, que consiste na aplicação repetida de um mesmo questionário, visando à construção de consensos entre os pesquisados, o estudo de cenário consultou 112 importantes especialistas. Sete em cada dez (72%) apontaram a já mencionada gerência de eco-relações como a mais promissora de um quadro de seis carreiras emergentes – as outras são Chief Innovation Officer, Gerente de Marketing e e-commerce, Conselheiro de Aposentadoria, Coordenador de Desenvolvimento e Educação Continuada e Bioinformationist.

Será atribuição principal do gerente de eco-relações fazer o meio de campo entre os programas ambientais da companhia e as suas diferentes partes interessadas – grupos de consumidores, ONGs ambientalistas e governos – assegurando boa comunicação e integração de esforços.

Trata-se, a rigor, de um nome novo para uma função já existente que, vem sendo cumprida, em algumas corporações líderes em sustentabilidade, por executivos de médio escalão ligados aos departamentos ou áreas de responsabilidade socioambiental – especialmente os de empresas que não apenas realizam o chamado “mapeamento de stakeholders”, mas também levam a sério a ideia de monitorar suas impressões, ouvir e incorporar seus pontos de vista na gestão do negócio por meio de encontros, painéis e canais de comunicação formais.

Nessa condição – vale dizer – não há muitas companhias no Brasil. A maioria que alega ouvir os públicos de interesse o faz quase sempre como uma obrigação protocolar (sem, portanto, a profundidade e cuidado necessários), não como um instrumento útil, inserido em sua cultura de transparência, para melhorar o negócio com base em uma ótica que excede a miopia dos interesses dos donos ou acionistas.

Com relação à carreira indicada no estudo da FIA, cabe uma observação pontual: mais do que gerentes de eco-relações (o termo remete exclusivamente à questão do meio ambiente), as empresas precisarão cada vez mais de profissionais, de diferentes formações, capazes de pensar o negócio a partir de uma estratégia de sustentabilidade, o que significa, na prática, cuidar para que os processos e produtos gerem resultados econômico-financeiros respeitando o meio ambiente, o desenvolvimento sustentável de comunidades e as necessidades e expectativas da sociedade.

Se vier a se consolidar, a gerência de eco-relações será, portanto, uma área-meio. No campo das áreas-fins, as companhias que quiserem ser sustentáveis necessitarão, entre outros profissionais, de engenheiros preparados para desenhar processos cada vez mais ecoeficientes, menos emissores de carbono e mais cuidadosos no controle socioambiental da cadeia produtiva. Também aumentará a demanda por administradores, gestores de marketing e especialistas orientados para desenvolver produtos que conciliem as legítimas ambições empresariais de lucro com as não menos legítimas aspirações das pessoas a uma vida de melhor qualidade.

Prevalece ainda hoje a visão de que meio ambiente e sociedade constituem elementos à parte dos negócios. Como causa ou consequência dessa lógica da economia industrial, felizmente em declínio, impõe-se uma noção perversa de que todo empreendimento gera, inevitavelmente, externalidades com as quais a sociedade precisa aprender a conviver em nome do desenvolvimento econômico e da maior distribuição de suas benesses. No futuro próximo, com o avanço do aquecimento global, do esgotamento de recursos naturais e dos desequilíbrios sociais, a sustentabilidade deixará de ser um “elemento transversal” para se transformar, segundo o economista Sérgio Besserman, da PUC-RJ, no próprio “eixo central dos negócios”. Externalidades como emissão de carbono e desgaste de ecosserviços, para ficar em dois exemplos contemporâneos, terão de ser precificadas a fim de que o seu custo seja pago hoje e não empurrado, como dívida, para as gerações futuras.

Nesse cenário – prevê-se – as empresas precisarão de economistas e planejadores preparados para reordenar novas equações de custo-preço ambientalmente honestas, de contadores capazes de tangibilizar os ativos socioambientais e de cientistas prontos para fazer pesquisa aplicada à inovação e ao desenvolvimento de tecnologias sustentáveis. É certo, portanto, que a ascensão da sustentabilidade nos negócios fará – como capturou a pesquisa da FIA – surgir novas carreiras. Não menos certo é o fato de que as carreiras tradicionais, especialmente as ligadas à gestão, terão de incorporar a visão sistêmica inerente ao conceito, o que implicará a deliberada formação de novas competências e habilidades, mas também de valores e atitudes. Eis um desafio importante para as universidades acostumadas a formar especialistas mais talhados para enxergar as partes do que o todo.


Ricardo Voltolini
Publisher da revista Idéia Socioambiental e diretor da consultoria Ideia Sustentável: Estratégia e Conhecimento em Sustentabilidade. ricardo@ideiasustentavel.com.br
Idéia Sustentável, 07/04/09

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