domingo, 9 de agosto de 2009

Banidos, cinzeiros de bares e restaurantes de SP vão virar obras de artistas famosos

Cinzeiros de bares e restaurantes de SP que serão transformados em obras de arte

Foto Adriano Vizoni/Folha Imagem

Peças malditas que servem de prova de que por ali passaram fumantes e que podem render multas pela lei antifumo, os cinzeiros de restaurantes badalados como Fasano, Ecco, Dressing, A Figueira Rubaiyat e D.O.M. saíram do lixo e foram parar nas mãos de artistas plásticos, fotógrafos e até estilistas, que querem transformá-los em obras de arte de antiquários.

Saiba quais as restrições e as punições da lei antifumo

Doados também por bares como o Sonique, os cinzeiros serão vendidos, e o dinheiro arrecadado será revertido à Fundação do Câncer, diz a agência de publicidade Loducca, mentora do projeto.

Batizado de "Era uma vez um cinzeiro", o projeto caiu nos ateliês de Vik Muniz, Alexandre Herchcovitch e Bob Wolfenson, entre uma dúzia de outros artistas.

Os cinzeiros começaram a ser recolhidos na sexta, dia em que a lei antifumo entrou em vigor, e devem ser enviados aos artistas nesta semana.

Querido nas altas rodas de Nova York, onde mora há mais de 20 anos, o artista plástico Vik Muniz, que até há pouco estava com uma exposição no Masp, fará uma obra com os cinzeiros doados pelo restaurante Fasano. Ela ficará exposta e à venda no local.

Outro famoso, o fotógrafo Bob Wolfenson diz que nunca ligou para o cigarro dos outros, mas que o fumo o incomodava nos bares.


Folha de S.Paulo, 11/08/09

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Nova Lei Rouanet vai exigir retorno

A nova Lei Rouanet exigirá que projetos com potencial comercial revertam parte da receita a um fundo cultural ou reduzam o preço do ingresso ou do produto produzido.

Em entrevista à Folha, o secretário-executivo do Ministério da Cultura, Alfredo Manevy, adiantou que essa será uma das principais alterações no projeto de lei da nova Rouanet, que deve ser enviado ao Congresso em agosto. Hoje, não há diferenciação entre projetos comerciais e os demais.

Pela primeira opção, os grandes projetos que pedirem recursos da Lei Rouanet terão de destinar parte de sua receita para o FNC (Fundo Nacional da Cultura). O fundo, gerido pelo MinC, apoiará projetos "experimentais e inovadores", segundo Manevy.

O valor que o artista terá de retornar ao ministério vai depender de quanto pediu inicialmente. A regra será: o percentual de verba pública que entrar em um espetáculo será o mesmo percentual a ser retirado da receita da bilheteria.

Um exemplo hipotético: o artista propõe um espetáculo que custe R$ 1 milhão e pede R$ 500 mil pela Lei Rouanet-- ou seja, 50%. Se a receita de bilheteria desse artista alcançar R$ 2 milhões, ele destinará R$ 1 milhão ao fundo (50%).

Caso o projeto tenha receita menor, a proporção também será seguida. Porém, se houver prejuízo, o artista não precisará "restituir" o valor ao FNC.

"Hoje o dinheiro é a fundo perdido. A diferença é que agora teremos, em determinados projetos, uma possibilidade de retorno", disse Manevy.

A ideia é que o produtor proponha uma parceria com o ministério. "Ele terá liberdade para escolher quanto dinheiro, mas o projeto será avaliado economicamente", alegou.

Ingressos mais baratos
Caso o artista opte pela segunda possibilidade, terá de baixar o valor do ingresso do espetáculo ou do produto que produziu. O percentual será determinado após avaliação econômica do projeto, feita caso a caso, segundo o MinC.

Pelo novo texto, tanto nos projetos com potencial comercial quanto nos demais, o preço do ingresso deverá ficar abaixo do cobrado sem verba pública.

A proposta do ministério não estabelece regras que definam "projetos com potencial de retorno comercial". Segundo Manevy, será feita apenas uma análise econômica. "Não é uma fórmula", disse, após citar como exemplo de projeto comercial "o filme do Daniel Filho, que é comédia romântica" ("Se Eu Fosse Você 2", com uma das melhores bilheterias da história do cinema brasileiro).

Manevy ressaltou que projetos com retorno comercial não necessariamente envolvem artistas renomados. "Bom lembrar que um artista famoso pode fazer uma peça difícil e experimental, como no teatro."

A Rouanet é hoje o principal mecanismo de financiamento da cultura no país. A maior parte do montante de quase R$ 1 bilhão movimentado pela lei vem de renúncia fiscal --as empresas patrocinam projetos e abatem do Imposto de Renda parte ou a totalidade do valor.

Para o governo, as alterações propostas tornarão o Fundo Nacional de Cultura mais forte, e a renúncia fiscal poderá deixar de ser a fonte principal.


Larissa Guimarães
Folha Online, 08/08/09

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Espanha doará à Etiópia U$ 7 milhões para nutrição infantil

A Espanha doará à Etiópia US$ 7 milhões em ajuda para financiar projetos de nutrição infantil e segurança alimentar no país, informou neste sábado a agência estatal de notícias etíope, ENA.

Segundo o veículo, os projetos serão gerenciados pela UNICEF e pelo Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas.

A ONU (Organização das Nações Unidas) calcula que 6,2 milhões de etíopes poderiam precisar de ajuda alimentícia de emergência neste ano devido à escassez de chuvas em algumas regiões do empobrecido país.

No ano passado, 4,9 milhões de cidadãos necessitaram de ajuda emergencial para comer. A UNICEF fala em 62 mil crianças etíopes severamente desnutridas em 2009 e diz que esse número pode aumentar.

Nesta semana, a França já havia doado 500 mil euros para tratar de 10 mil crianças.


da Reuters
Folha Online, 08/08/09

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