quarta-feira, 26 de agosto de 2009

IVC começa a medir audiência na internet

Em fase de testes desde abril, o serviço de webcast começa a funcionar em definitivo a partir do dia 31

O Instituto Verificador de Circulação (IVC) estreia na segunda-feira, 31 de agosto, seu serviço de medição de audiência eletrônica. O projeto estava em fase de testes desde abril, com uma série de empresas parceiras na iniciativa (como Infoglobo, Grupo RBS, Grupo Estado, Editora Abril e Portal Terra).

A partir da semana seguinte à estreia o serviço entra no ar em versão definitiva, com o objetivo de se tornar referência em termos de medição de audiência na internet, a exemplo do que ocorre com os números do IVC em relação à circulação de jornais e revistas. Num primeiro momento ficarão disponíveis os números referentes a dez sites que estão sendo auditados pelo órgão.

A aferição de audiência na web não se restringirá às páginas de editoras de jornais e revistas, mas estará aberta a qualquer empresa que deseje ter seus números auditados pelo IVC. Nesse caso, é necessário se filiar à entidade.

Atualmente, o instrumento de medição de audiência eletrônica mais conhecido é o Google Analytics. Além dele, operam ainda Certifica, Omniture, Predicta e WebTrends. Esta é a segunda vez que o IVC se lança no serviço de auditoria de websites. A primeira tentativa ocorreu no início da década, mas não foi adiante.


Eliane Pereira
Meio & Mensagem Online, 25/08/09

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Grandes empresas firmam compromissos ambientais

A cem dias da Conferência do Clima de Copenhague, um grupo de 22 das maiores empresas nacionais e entidades privadas lançou ontem, em São Paulo, um documento que é um marco na posição do setor produtivo rumo à economia de baixo carbono. O texto, espécie de "carta ambiental", é um sinal de que a agenda comercial flerta cada vez mais com os tópicos da negociação internacional sobre a mudança do clima. A maioria dos signatários tem perfil exportador e teme perder mercado se não embarcar na temática verde. "A empresa que não tem preocupação ambiental vai sofrer mais lá na frente, vai pagar essa conta", afirmou Roger Agnelli, diretor-presidente da Vale e um dos líderes do movimento.

Na carta, lançada durante o seminário "Brasil e as Mudanças Climáticas", promovido pelo Valor e pela "GloboNews", os líderes empresariais assumem cinco compromissos básicos, da publicação anual de inventários de emissões de gases estufa ao rastreamento da cadeia de fornecedores. Também elencam nove propostas para influenciar as posições brasileiras nas discussões do acordo climático de Copenhague, cobram do governo liderança nas negociações e apoiam a criação de um sistema de incentivo para a preservação das florestas.

O movimento ainda não tem adesão de um número significativo de empresas. Entidades de classe tradicionais não estavam representadas. O ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, citou a resistência do agronegócio no Congresso às iniciativas para conter o desmatamento.

Na carta, os empresários prometem perseguir a redução contínua do "balanço líquido de emissões de CO2". Na prática, falam em corte sem apresentar números, em rota similar à do governo brasileiro, que prefere falar em "compromissos". Agnelli pediu que não se perca tempo com semântica. O chefe dos negociadores brasileiros, Luiz Alberto Figueiredo Machado, cedeu: "Se querem chamar de metas, chamem de metas".

A carta dos empresários foi entregue a Minc, ao ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Machado Rezende, e ao chefe dos negociadores brasileiros. Entre os signatários estão Antonio Maciel Neto, presidente da Suzano, Wilson Ferreira Jr., da CPFL Energia, José Luciano Penido, da VCP, Guilherme Leal, da Natura, e Otávio de Azevedo, da Andrade Gutierrez.


Daniela Chiaretti e Jacilio Saraiva, de São Paulo
Valor Online, 26/08/09

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PNUD quer aproximação com sociedade civil

Reuniões com representantes do setor começam a ser promovidas para discutir Metas do Milênio e Índice de Desenvolvimento Humano

O PNUD iniciou uma aproximação com a sociedade civil que visa aproveitar o momento em que se discute a crise econômica global e as mudanças climáticas para avançar em busca de um novo multilateralismo. A agência da ONU lançou a Plataforma Desenvolvimento Humano 2010, uma série de ações com o objetivo de buscar constituir “laços mais estreitos entre organizações públicas, privadas e a sociedade civil com as Nações Unidas”. Essas ações incluem reuniões com representantes da sociedade civil e a participação dessas entidades na revisão dos 20 anos de Relatório de Desenvolvimento Humano e do que será feito no acompanhamento dos próximos anos dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

O primeiro passo dessa mobilização foi dado em Nova York, em um encontro de representantes do PNUD com 25 organizações da sociedade civil para discutir os novos papéis frente aos desafios globais. A reunião destacou que o momento de crise constitui uma oportunidade “sem precedentes” para transformar a governabilidade global. “O conceito de governabilidade democrática que queremos promover é aquele que destaca a participação para trazer as pessoas para o processo, principalmente as mais pobres”, disse Helen Clark, administradora internacional do PNUD, sobre a parceria.

Em documento de apresentação da plataforma, o PNUD avalia que governos não são capazes de resolver sozinhos os problemas globais. "A sociedade civil, cuja influência na arena global foi transformada pelas forças e pela lógica da globalização, é essencial para uma visão futura de multilateralismo revitalizado."

A Plataforma pretende ser um conjunto de encontros e consultas à sociedade civil promovidas pela ONU com objetivo de firmar parceria para resolução dos problemas globais. Além disso, deve contribuir para ampliar a participação das entidades civis nas redes globais e na condução de políticas de desenvolvimento dos países.

Modificações
A parceria entre ONU e sociedade civil deve também contribuir para uma revisão do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) produzido pelo PNUD que em 2010 completa vinte anos. O relatório é o responsável pela divulgação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e traz, a cada edição, uma série de informações e uma avaliação sobre algum tema que preocupe o mundo. Na última edição, tratou de mudanças climáticas; na próxima, a ser divulgada em outubro, tratará de migração.

As discussões da plataforma também marcam os dez anos da Declaração do Milênio e do comprometimento de 189 nações com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – conjunto de metas sócio-econômicas, como universalização do ensino básico e erradicação da fome, que devem ser atingidas até 2015.

“As idéias vão ajudar no planejamento dos cinco últimos anos para o cumprimento das Metas”, afirma o texto do site internacional do PNUD sobre a Plataforma.

“Nós não podemos resolver problemas de pobreza e atingir as Metas de Desenvolvimento do Milênio sem resolver o problema das mudanças climáticas, é o coração do que fazemos”, declarou Helen Clark.

A afirmação acompanha as sugestões feitas ao site brasileiro do PNUD por Flávio Comim, coordenador do Relatório de Desenvolvimento Humano no Brasil.

Em entrevista cedida ao site do PNUD, em fevereiro de 2009, ele disse que uma das propostas para 2010 é incluir no IDH (que hoje mede as esferas de educação, renda e longevidade) indicadores de desigualdade de renda e de problemas ambientais.


PNUD, Boletim nº 554 - Segunda-feira, 24 de agosto de 2009

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Estratégia de e-mail marketing de Obama é criticada

Time do presidente dos Estados Unidos envia e-mails pedindo opiniões sobre o pacote para a saúde, mas muitas pessoas se irritaram com a invasão, ocasionando o "Spamgate"

Independente de visão política de cada um, um dos pontos mais difíceis de se criticar na campanha presidencial de Barack Obama foi o uso de e-mail marketing e database marketing. Mas nas últimas semanas, a estratégia de Obama deixou de se um case de marketing digital para passar a ser lembrado como um mero spammer.

O consultor da Casa Branca David Axelrod enviou um e-mail em nome da administração falando sobre as reformas na saúde do país para milhares de pessoas que aparentemente não pediram para ser contatadas. Seria um engano inocente, uma jogada maquiavélica dos opositores das reformas ou um ato de desespero de levar o plano para a maior quantidade de cidadãos possíveis?

CEO da Euro RSCG Discovery Zain Raj diz não acreditar em um erro inocente. O time de Obama teria feito aquilo que muitas marcas grandes fazem. "A equipe ficou tão arrogante diante da confiança e credibilidade que eles tem com os correligionários, que pensaram poder tirar vantagem", afirma. "Eles se esqueceram de quem eles estão servindo e o que tem acontecido com a marca Obama. Quando a campanha estava construíndo o nome, era parte de um movimento, mas agora ela está se tornando parte do establishment", diz.

Raj afirmou que uma parte da razão para isso ter ocorrido foi a falta dos profissionais de marketing que trouxeram o foco e delimitação da mensagem da campanha. "O comportamento está próximo à retórica. Desde que chegaram ao poder, há uma mudança fundamental ocorrendo no approach", acusa.

Pra Steve Cone, diretor de marketing da Epsilon, a ação não necessariamente foi intencional, mas que a Casa Branca pode ser culpada, já que presume que aqueles que se inscreveram para receber as atualizações somente convidam seus amigos após pedir permissão, diz. "Nos e-mails, o Governo pede que você envolva a maior quantidade de pessoas possível, assumindo que as pessoas pedirão permissão para os amigos, o que não é nada prático", diz.

Já na opinião de Stuart Ingis, sócio Venable, o Governo não tem culpa. Trata-se simplesmente de democracia. "Se os eleitos não podem se comunicar com o público por qualquer canal que seja, é um problema para a democracia. A questão antes de sabermos se as pessoas querem ou não receber os e-mails é se este tipo de comunicação deve ser deixada de lado", diz. Ele ressalta que o governo deveria poder enviar e-mails para os cidadãos, mas se as pessoas não quiserem, deveriam ser respeitadas.

Independente de quebrar a lei ou não, Margie Chiu, vice-presidente de serviços estratégicos da Wunderman, diz que não é bom para os anunciantes usar e-mails se o próprio governo está sendo visto como spammer. "Algo assim torna as coisas mais difíceis para nós, porque já há uma desconfiança em cima de e-mails e spams. E um incidente assim alimenta isso", acredita a executiva, que diz que a Casa Branca fez mal em não assumir a responsabilidade.

Por causa do Spamgate, a Casa Branca lançou um comunicado jogando a culpa em "grupos externos", que teriam adicionado à lista de e-mails pessoas que não desejavam recebê-los. John Cornyn, senador republicano, disse que Obama estaria utilizando a caixa de informações que deveria servir para coletar feedback sobre o plano para a saúde para coletar nomes e contatos, o que foi negado pela Casa Branca.

Para Raj, da Euro, o governo Obama, como outras marcas já precisaram, terá que fazer ajustes. "Toda grande marca enfrenta fatos que chacoalham com ela. A marca Obama também passa por isso e espero que eles aprendam que é melhor ouvir os consumidores do que não ouvi-los", conclui.


Do Advertising Age.
Meio & MEnsagem Online, 24/08/09

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