terça-feira, 11 de novembro de 2008

VII Expo Brasil Desenvolvimento Local

Cuiabá sediará, de 12 a 14 de novembro, a VII Expo Brasil Desenvolvimento Local, palco expressivo de debate e troca de experiências sobre desenvolvimento local como estratégia de inclusão e transformação social. São esperadas cerca de sete mil pessoas para esta sétima edição do evento, que contará com a participação de outros 13 países (Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Costa Rica, Cabo Verde, Estados Unidos, Nicarágua, Peru, Paraguai, Portugal e Uruguai).

A Expo Brasil 2008, que conta com o patrocínio da Petrobras, será aberta no dia 12 de novembro, no Centro de Eventos do Pantanal, com destaque especial para uma ampla feira com exposição de produtos sustentáveis, projetos inovadores, atividades culturais e ambientes de aprendizagem coletiva. Entre as autoridades e especialistas com participação prevista está o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, com a conferência "Desenvolvimento Sustentável em Bases Territoriais", às 17h. A Petrobras estará representada na abertura do evento pelo coordenador de Tecnologias Sociais, Lenart Nascimento, que também fará a moderação dos painéis “Incubação de redes de cooperativas de reciclagem”, dia 12, às 15h, e “Tecnologias Sociais para a agricultura familiar – Amazônia e Cerrado”, dia 14, às 10h.

Importantes temas em foco no cenário internacional serão abordados na Expo Brasil, um dos eventos nacionais inclusos na celebração do Ano Internacional do Planeta Terra (2007-2008-2009) da ONU, coordenado em todo o mundo pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em parceria com a União Internacional de Ciências Geológicas (IUGS).

O evento, que teve sua primeira edição em Brasília, em 2002, vai reunir palestras, painéis temáticos, debates, apresentação de experiências, oficinas, minicursos, um circuito de TV ao vivo e a feira de produtos. A Expo Brasil 2008 terá ainda uma Mostra de Tecnologias Sociais. Coordenada pela Rede de Tecnologias Sociais (RTS), a mostra apresentará algumas das melhores iniciativas existentes no País nas áreas de saneamento, habitação, sistemas integrados de produção, tecnologias associadas a processos produtivos, energia renovável e água.

Em estande montado no evento, a Petrobras vai mostrar alguns projetos patrocinados nas áreas social e ambiental, entre eles o “Eu Nunca Contei a Niguém” (PA), desenvolvido pelo Movimento de Promoção da Mulher; Projeto Reciclo (DF), da Fundação Procurador Pedro Jorge de Melo e Silva; Proteção dos Recursos Hídricos na Bacia do Rio do Coco (TO), do Instituto Ecológico Palmas; e a Rede de Colaboração Solidária para industrialização e comercialização de produtos oriundos da pesca artesanal e da fruticultura extrativista e familiar (MT), desenvolvido pela Cooperativa de Pescadores e Artesãos de Pai André e Bom Sucesso.

Outro destaque da programação será o Encontro de Prefeitos, promovido pela Confederação Nacional dos Municípios e Associação Mato-Grossense dos Municípios, que reunirá os novos gestores municipais. Outros encontros paralelos também serão realizados, tais como o Encontro Regional de Comercialização Solidária, a V Feira de Roças e Quintais e o V Encontro de Agroecologia.

Eixos temáticos
A programação da Expo Brasil está norteada em quatro eixos temáticos principais, que se entrelaçam: Governança democrática, que envolve as redes sociais, a democracia participativa e os mecanismos inovadores de gestão compartilhada nos territórios (fóruns, conselhos, consórcios, pactos, agências); Inclusão produtiva, que engloba novas dinâmicas econômicas de base territorial e sistemas integrados de fomento (economia solidária, comércio justo, alternativas de financiamento, aplicação de tecnologias sociais, incubação de empreendimentos); Meio Ambiente e Vida Sustentável, com atenção especial aos Biomas Cerrado, Pantanal e Amazônia (mudanças climáticas, preservação florestal, biocombustíveis, reciclagem de resíduos, renovação e sustentabilidade de ambientes urbanos); e Integração Latino-americana (intercâmbio de iniciativas, novas dinâmicas comerciais, fluxos de cultura e conhecimento). Cultura, comunicação e dinâmicas de rede são dimensões transversais da programação, que permeiam o evento e atravessam os quatro eixos acima.

A exemplo das seis edições anteriores – 2002 (Brasília/DF), 2003 (Belo Horizonte/MG), 2004 (Olinda/PE), 2005 (Fortaleza/CE), 2006 (Salvador/BA) e 2007 (Natal/RN) – a Expo Brasil de Cuiabá deverá reunir centenas de instituições e redes envolvidas com o tema desenvolvimento local. Na sua sétima edição, conta com a participação de agências nacionais e regionais, ministérios, governos estaduais, prefeituras e centenas de entidades da sociedade civil, além de organismos internacionais, fundações, universidades e colegiados (fóruns, conselhos, consórcios) de todo o país. Mas sua principal força está na participação ativa de agentes locais, atores da base da sociedade que promovem, em seus territórios, o cotidiano das iniciativas de desenvolvimento sustentável.

A Expo Brasil Desenvolvimento Local conta, este ano, com o patrocínio da Petrobras, do Sebrae e do Governo do Estado do Mato Grosso.

Cases de Sucesso
Cases de sucesso selecionados pelos Programas Petrobras Ambiental e Petrobras Desenvolvimento & Cidadania serão apresentados durante a VII Expo Brasil Desenvolvimento Local, em painéis e na feira, no estande da Companhia:

Clique aqui Programa Petrobras Ambiental
Clique aqui Petrobras Desenvolvimento & Cidadania

Agencia Petrobras de Noticias, 11/11/08

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Primeira audiência sobre RDH será em SP

Começa em São Paulo, no dia 10, o processo de consulta pública para definir tema do Relatório de Desenvolvimento Humano sobre o Brasil

O PNUD realiza, nesta segunda-feira (10), em São Paulo, a primeira das audiências públicas que ajudarão a escolher o tema do próximo RHD (Relatório de Desenvolvimento Humano) do Brasil. O evento será no Memorial da América Latina, a partir das 14h30. O objetivo é colher opiniões sobre qual é a questão brasileira que mais precisa de atenção. Os participantes responderão a um questionário, e depois as respostas serão discutidas.

A audiência, aberta a qualquer cidadão, é parte da campanha Brasil Ponto a Ponto. Ela inclui, além do evento em São Paulo, mais quatro reuniões no mesmo formato — em Belém, Porto Alegre, Brasília e Recife —, coleta de opiniões dos internautas em uma sondagem no site do PNUD e do Portal do Voluntário e envio de observações e informações pela comunidade acadêmica. Outra forma de coletar opiniões serão as visitas de consultores do projeto aos dez municípios brasileiros de pior IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, uma adaptação do IDH aos indicadores regionais do Brasil), para tentar apreender as preocupações das populações mais pobres.

Em 2009, deverão ser incorporadas à campanha peças publicitárias na TV e na imprensa, segundo o coordenador do RDH Brasil, Flávio Comin. Ele diz que parcerias com entidades públicas e privadas devem viabilizar a extensão da campanha e das formas como as pessoas poderão participar.

“Não queremos apenas falar algo importante sobre as pessoas, mas queremos falar para elas”, diz Comin. “A gente escreve relatório para os governos, mas escreve também para a as pessoas, para a sociedade”, acrescenta.

A intenção é concluir a fase de consultas no início de 2009 e ter os resultados tabulados até março. A partir daí, afirma Comin, a escolha do tema será feita levando em conta a quantidade de menções a uma mesma questão, as relações entre proposições semelhantes e as razões apontadas pelos participantes para a escolha de um tema ou de outro.

Na audiência em São Paulo, o público primeiro assistirá a uma apresentação da equipe responsável pelo relatório e depois responderá a uma pergunta proposta pelos organizadores. Em seguida, algumas respostas serão selecionadas e os seus autores farão uma breve exposição.

O Relatório de Desenvolvimento Humano é uma publicação em que o PNUD aborda um problema da atualidade. Há uma edição internacional, lançada anualmente, algumas regionais e outras nacionais. O estudo geralmente é composto por um diagnóstico, sugestões para as soluções dos problemas diagnosticados e divulgação de indicadores de desenvolvimento humano. O RDH de 2009 será o terceiro que o PNUD faz no Brasil. O mais recente, publicado em 2005, teve o tema Racismo, Pobreza e Violência.

O evento
O quê: Audiência Pública sobre o tema do Relatório de Desenvolvimento Humano Brasil 2009
Quando:10 de novembro, às 14h30
Onde: Memorial da América Latina. Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 - Barra Funda - São Paulo – SP
Contato: rdh@undp.org.br


Leia também
Ajude a ONU a escolher o tema do próximo relatório sobre desenvolvimento no Brasil
da PrimaPagina


PNUD Brasil, Boletim nº 515, 10/11/08

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Workshop mostra qualificação como maior desafio para comunicadores

A qualificação é um dos maiores desafios para os profissionais de comunicação, estejam eles nas redações, estejam dentro do setor privado, no papel de assessores de imprensa ou gerentes de área. Assim, se por um lado os jornalistas devem saber ser criticamente responsáveis sobre o que escrevem, a comunicação corporativa deve ter clareza de que não deve apenas informar, mas assumir sua liderança no planejamento estratégico e no papel político da empresa.

As conclusões estiveram presentes na segunda edição do Workshop GIFE-Aberje de Comunicação, realizado pelo GIFE e a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), em parceria com o Instituto Unibanco e apoio do Grupo CDN. No evento, os dois grupos de profissionais se reuniram com o objetivo de entender quais são as novas demandas ao seu trabalho e, também, como melhorar o relacionamento entre ambos.

“Estamos obesos de informações e famintos de significado. O comunicador não pode ser apenas um disparador de notícias. Nós temos a responsabilidade de interpretar o que chega a nós e decodificar isso de forma qualificada”, afirmou o diretor-presidente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), Paulo Nassar.

Dinâmica
O Workshop foi dividido em duas partes. A primeira foi um debate com especialistas, no qual foram apresentados os estudos “Fasfil 2 - As Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil”, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o GIFE e a Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong); e o “Censo GIFE 2007-2008”, mapeamento que o GIFE faz sobre o Investimento Social Privado (ISP) de seus associados.

A coordenadora de pesquisas do Ipea, Anna Maria Peliano, ficou a cargo da Fasfil 2, que identifica o trabalho das fundações privadas e associações sem fins lucrativos no país. Segundo a pesquisa, entre 2002 e 2006, o número desse tipo de organização cresceu 22,6%, passando de 276 mil para 338 mil. “Comparativamente, o número é tímido em relação ao período de 1996 e 2002, quando o crescimento dessas organizações sociais foi de 157% (105 mil para 276 mil)”, lembrou. (Veja apresentação).

Em seguida, o gerente de Projetos do GIFE, Fernando Nogueira, mostrou os resultados do Censo GIFE. De acordo com o levantamento, o grupo investiu cerca de R$ 1,15 bilhão em diferentes áreas sociais, com prioridade a programas para jovens (de 15 a 29 anos). “O Censo traz números referentes a áreas de atuação, estratégias de intervenção na realidade, estruturas que viabilizam essas ações e desafios que se colocam neste caminho”, explicou. (Veja apresentação)

Depois do debate, os participantes se reuniram em cinco grupos para apontar soluções às problemáticas levantadas durante o primeiro bloco. Instrumentalizados pelos dados das pesquisas, cada um deles focou em pontos específicos da comunicação: com o público interno, com a Imprensa, com os stakeholders e com mídias de massa. O quinto grupo trabalho, por sua vez, analisou os possíveis limites desse relacionamento. (Conheça as idéias).

Conclusões
Embora os resultados das mesas apontem para públicos distintos, o que pareceu claro aos participantes foi a necessidade de formação para os comunicadores. “O que nos parece essencial é a qualificar esse trabalho. Por um lado, os discursos do setor privado, de outro, a cobertura da mídia sobre essas ações”, afirmou a gerente de Responsabilidade Social do Instituto Unibanco, Luciana Nicola.

No entanto, foram encontrados dois pontos contextuais que dificultam essa qualificação. O primeiro se dá na linha conceitual. Segundo a jornalista da Abong, Michelle Prazeres, relatora do quinto grupo, os conceitos ainda estão em construção na área social. Assim, a leitura crítica dos comunicadores depende de que significados carregam esses conceitos.

Um exemplo simples é a própria idéia de terceiro setor, não compartilhada pela Abong. ”Acreditamos que a definição correta seria a de associações em defesa dos direitos. Mas, todos conceitos estão em disputa (por diferentes grupos do setor), daí a dificuldade de abordá-los”, explicou a da diretoria da Abong, Tatiana Dahmer.

Outro tema complicador para essa qualificação é a escassez de pesquisas e avaliações sobre a área social. Para o jornalista Marcos Piva, relator do grupo dois, há uma falta generalizada de informações sobre os impactos das ações, o que gera um dificuldade para o gerente de comunicação, e uma desconfiança por parte do jornalista.

“Não temos idéia sobre como a sociedade civil organizada influi na melhoria dos indicadores sociais brasileiros. Sabemos que tem uma participação significativa, mas não dá para dizer quanto”, argumentou.

Na mesma linha seguiram as constatações de Anna Maria Peliano. Questionada sobre as Fasfil 2, e como o trabalho das 338 mil organizações impacta na área social, a resposta foi uma negativa. “Não temos essa informação. È preciso melhorar a análise de dados no Brasil para transformá-los em instrumentos efetivos para o trabalho dos comunicadores”, respondeu.

A falta dessas informações, segundo os grupos de trabalho, gera conflitos na divulgação das ações. Sem o respaldo de dados, a percepção de que os projetos sejam oportunistas ou pouco eficientes torna-se maior. Enquanto isso, nas redações, o jornalista não consegue trabalhar com de forma profícua sobre a temática.

Crise
Um dos assuntos mais discutidos durante o Workshop GIFE-Aberje de Comunicação, foi as conseqüências da crise financeira para o ISP de empresas, fundações e institutos. Segundo o secretário-geral do GIFE, Fernando Rossetti, não é hora de reproduzir o pânico. “É uma oportunidade para o terceiro setor mostrar que se consolidou, que é um setor forte e dinâmico. Não podemos pensar só no que a crise trará de ruim”, afirmou.

Fazendo coro a Rossetti, Marcos Piva chamou a atenção para o fato dos cortes de orçamento que poderão ocorrer nos próximos meses. “O que é importante enxergar aqui é se os investimentos sociais de origem privada, fazem parte da cultura ou é apenas gordura dentro das empresas”.

Leia também

O impacto da crise no terceiro setor
Avaliação ainda causa confusão no campo social
O papel da comunicação na construção de marcas sustentáveis
O engano de travestir releases.


Rodrigo Zavala
redeGIFE Online, 10/11/08

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