quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Google dedicará US$ 10 mi para concretizar idéias que mudem o mundo

Até o dia 20 de outubro, usuários podem enviar idéias, tecnológicas ou não, que ajudem 'o maior número possível de pessoas'

O Google, que celebra 10 anos de vida este mês, anunciou nesta quarta-feira (24/09) um investimento de 10 milhões de dólares para patrocinar 5 idéias que possam “mudar o mundo ajudando o maior número possível de pessoas”.



Como parte do Projeto 10^100, o Google pedirá aos seus usuários que enviem idéias para melhorar a vida das pessoas até o dia 20 de outubro. A empresa escolherá as 100 melhores e abrirá estas para voto público dos 20 semi finalistas.

Um grupo de jurados escolherá, então, as 5 melhores idéias que dividirão os 10 milhões de dólares oferecidos pelo Google. Cinco critérios avaliarão os projetos: alcance e impacto sobre pessoas, viabilidade, eficiência e longevidade.

A votação será aberta no dia 27 de janeiro de 2009, e os interessados podem se inscrever para receber um lembrete de voto.

Algumas categorias para a inclusão de idéias são comunidade, energia, meio ambiente, saúde e educação. As idéias podem ser grandes ou pequenas, com tecnologia ou não - mas devem ter o potencial de impacto positivo no mundo.

“Aprendemos no Google, nos últimos 10 anos, que grandes idéias podem vir de qualquer lugar. O Chrome surgiu quando engenheiros perceberam que precisavam de um navegador para aplicativos online. O Google News começou quando um engenheiro, na tragédia de 11 de setembro, se frustrou por não agregar notícias do mundo em um lugar”, declarou a empresa.


Heather Havenstein, editora do Computerworld, de Framingham
Computerworld, 24/09/08

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Projetos no Cerrado vão receber US$ 1 mi

Um programa que oferece recursos para projetos que conciliem exploração e conservação do Cerrado abriu edital para conceder US$ 1 milhão a partir do ano que vem. A expectativa é atender cerca de 40 iniciativas que envolvam pequenas comunidades, gerem renda e respeitem o meio ambiente nesse bioma que é um dos mais ameaçados do Brasil — estudos citados pelo Ministério do Meio Ambiente indicam que, se o ritmo de devastação não for revertido, o Cerrado pode desaparecer em pouco mais de 20 anos.

A verba virá do PPP-ECOS (Programa de Pequenos Projetos Ecossociais), que tem patrocínio do GEF (Global Environment Facility) e colaboração do PNUD. As propostas devem ser enviadas até 13 de outubro. Serão beneficiados dois tipos de projetos: iniciativas pequenas e inéditas, que podem receber até US$ 35 mil, ou trabalhos consolidados em busca de expansão, que podem pleitear até US$ 50 mil. A maior parte do dinheiro (70%) é destinada ao primeiro tipo. “Esse financiamento serve como uma espécie de apoio inicial para projetos dessas comunidades, que, esperamos, mais tarde alcem vôos maiores, com outros financiadores”, afirma a antropóloga Karenina Andrade, assessora-técnica do PPP-ECOS. “Por essa filosofia, preferimos privilegiar pequenos projetos.”

Serão contempladas ações não só no Cerrado, mas também em áreas de transição entre esse bioma e a Caatinga, a Amazônia, a Mata Atlântica e o Pantanal. "A escolha do Cerrado como área prioritária do projeto deve-se à sua rica diversidade biológica e às fortes pressões que o bioma sofre em função da expansão da fronteira agropecuária e da urbanização acelerada sem critérios socioambientais", diz, em texto distribuído à imprensa, a antropóloga Andréa Lobo, coordenadora-executiva do ISPN (Instituto Sociedade, População e Natureza), que administra o PPP-ECOS.

As propostas serão selecionadas por um comitê gestor nacional, com representantes de órgãos governamentais, organismos internacionais, organizações da sociedade civil e universidades. O resultado deve sair até dezembro. Entre fevereiro e março de 2009, os responsáveis pelos projetos selecionados vão participar de uma oficina de planejamento em Brasília. Mais tarde, eles devem apresentar um plano de trabalho com resultados esperados, atividades a serem realizadas, indicadores, responsáveis pelas atividades, prazos e custos. A liberação das primeiras parcelas de recursos aos escolhidos está prevista para março do próximo ano.

O PPP-ECOS investe em ações de cunho ambiental, produtivo ou social relacionadas a pequenas comunidades. Desde que foi lançado no Brasil, em 1995, já apoiou 262 projetos em comunidades de 14 Estados e do Distrito Federal, investindo um total de US$ 6,2 milhões. Entre as iniciativas apoiadas estão unidades de beneficiamento de polpa de frutas nativas do Cerrado, viveiros, artesanatos, trabalhos de comunidades indígenas, proteção de animais silvestres, manejo de áreas degradas e plantio de mudas, além de projetos de apoio à agricultura familiar.

Edital
Veja as informações no site do ISPN (Instituto Sociedade, População e Natureza): http://www.ispn.org.br/principal.do?metodo=paginaPrincipal


Osmar Soares de Campos, do Pnud
Envolverde, 24/09/08
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Michael Porter mostra como resolver o desafio de incorporar a responsabilidade social na estratégia da empresa

Muitas organizações monitoram seus investimentos sociais e publicam relatórios de sustentabilidade. Poucas empresas, entretanto, integram as questões sociais e ambientais na sua estratégia de maneira a reforçar a vantagem competitiva para o negócio. Essa foi a avaliação de Michael Porter, um dos mais conceituados especialistas em estratégia do mundo, ao falar para uma platéia brasileira durante o Fórum Mundial de Estratégia, realizado em São Paulo pela HSM.

Porter, diretor do Institute for Strategy and Competitiveness, da Harvard Business School, vê três fases na história da responsabilidade social empresarial. Na primeira, as empresas reagiam às pressões exercidas pela sociedade, como campanhas feitas por organizações não-governamentais em defesa do meio ambiente ou contra a discriminação racial. Na segunda fase, que vivemos agora, as ações estão voltadas à filantropia e ao investimento social privado, além da preocupação com a imagem da empresa. A terceira, que está começando, é a da responsabilidade social estratégica. "É a responsabilidade social do valor compartilhado, em que se cria valor tanto para a sociedade quanto para os negócios", afirma Porter. Para chegar a ela, segundo Porter, é preciso descobrir onde os impactos das atividades da empresa são substanciais e quais os ambientes externos que a afetam. "A partir daí, identificamos as poucas áreas em que podemos fazer uma grande diferença. É nesse ponto que a RSE começa a ser eficiente", diz Porter.

Atualmente, de acordo com Porter, há quatro justificativas básicas para que uma empresa desenvolva ações de responsabilidade social: obrigação moral, sustentabilidade, licença para operar e reputação. Todas elas, entretanto, estão mais direcionadas a minimizar conflitos e não criam valor - nem econômico, nem social - para o negócio. Por isso, segundo ele, a RSE é reativa, em vez de criar uma agenda positiva, além de pouco focada. As empresas investem em diversos tipos de projetos, que têm muito pouco a ver com seu negócio, apenas porque reagem a pressões sociais. Algumas se preocupam demais em ficar bem colocadas nas pesquisas de avaliação das empresas feitas por algumas organizações. Segundo Porter, isso é um erro: "a preocupação com esses rankings colocou nossa estratégia de RSE na mão dos outros". Essas quatro justificativas estão mais focadas na tensão entre os negócios e a sociedade do que na interdependência entre eles. Deixar-se guiar por elas pode levar a equívocos. "Essas linhas genéricas dão pouca orientação específica ou prioridades para as ações das empresas", avalia.

Para Michael Porter, incorporar a responsabilidade social à estratégia significa incluir a dimensão social à proposta de valor da empresa. Isso começa pela mudança de mentalidade. "Pensar a economia e a questão social separadamente é um terrível erro. Precisamos de boas condições sociais e ambientais, do contrário as empresas poderão ter sucesso por um ou dois anos, mas não no longo prazo", diz. Segundo ele, há três pontos fundamentais que as empresas devem entender sobre seu papel em relação às questões sociais. Primeiro: as empresas não podem resolver todos os problemas sociais, nem arcar com o custo de fazer isso. Segundo: as empresas precisam abordar sua agenda social de maneira proativa e estratégica. Terceiro: as empresas precisam agir nas questões sociais onde podem agregar maior valor.

De acordo com Michael Porter, o desafio de cada empresa é descobrir em quais áreas ela pode criar valor com suas competências. Para implementar uma agenda social corporativa, o primeiro passo é perceber as categorias da atuação com responsabilidade social, segundo a definição de Porter:

- questões sociais gerais: são áreas importantes, mas que não são diretamente afetadas pelas atividades da empresa, nem têm influência na competitividade no longo prazo. Estão ligadas à boa cidadania corporativa

- impactos sociais na cadeia de valor: definir as áreas nas quais as empresas têm grande impacto social ou ambiental. Caso, por exemplo, de indústrias que utilizam grande quantidade de água e produzem efluentes, ou utilizam árvores com matéria-prima, ou testam produtos em animais

- dimensões sociais do contexto competitivo: perceber em que medida os ambientes externos afetam a empresa. Para um fabricante de automóveis, por exemplo, um fator importante é a condição das ruas e estradas no mercado onde opera

Um dos grandes equívocos que as empresas cometem, segundo Michael Porter, é aplicar a maior parte de seus recursos nas ações de boa cidadania corporativa. Segundo ele, esse investimento deveria corresponder a menos de metade dos gastos nessa área. A estrutura destinada a direcionar a aplicação de dinheiro doado ou o trabalho voluntário deve ser simples e pode ser deixada sob controle de um comitê de funcionários, e não de um grande departamento da empresa. "Os funcionários sabem melhor onde e como querem colaborar. Doe o dinheiro e deixe que eles resolvam", aconselha Porter.

Para começar a pensar a responsabilidade social de maneira estratégica, o primeiro passo é olhar a cadeia de valor da empresa e descobrir quais questões sociais e ambientais sofrem o maior impacto de suas atividades - caso, por exemplo, de emissão de poluentes ou da possibilidade de que algum fornecedor explore trabalho infantil. Mitigar os impactos negativos, sejam sociais ou ambientais, é obrigação, e algo que deve ser feito tendo como base as melhores práticas de quem atua nesse mercado.

A partir daí, segundo Michael Porter, o grande salto da incorporação da responsabilidade social à estratégia acontece nas áreas em que a empresa pode fazer uma grande diferença. Para explicar o que isso significa, ele cita o exemplo da atuação da Nestlé na Índia, na região de Moga, desde 1962. As condições locais eram de extrema pobreza, degradação ambiental e má saúde dos animais. A Nestlé implantou centrais de compra de leite nas cidades e investiu no que Porter classifica de "aperfeiçoamento do contexto competitivo". Ofereceu assistência técnica aos fazendeiros, enviando equipes de veterinários, nutricionistas e agrônomos. Promoveu cursos de treinamento a esses fazendeiros e melhorou o fornecimento de água aos animais, por meio de ajuda técnica e financeira para a perfuração de poços.

Hoje, a Nestlé compra leite de mais de 75.000 fazendeiros daquela região, que, segundo Michael Porter, apresenta melhores condições sociais e um padrão de vida superior a regiões semelhantes da Índia. "Esse trabalho da Nestlé causou um impacto fenomenal nas famílias, nos aspectos ambientais e diminui as doenças causadas pela água poluída. É um impacto social de grandes proporções, e eles não fizeram isso com um programa de caridade", avalia Porter. "Isso é responsabilidade social estratégica, é valor compartilhado. Não é ter uma boa colocação em rankings, nem mostrar para quantas entidades a empresa doa dinheiro - é o impacto social do seu negócio."


Fátima Cardoso, para o Instituto Ethos
Envolverde24/09/08
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Portal de leilões eBay abre espaço para o comércio justo

O maior portal de leilões da internet reuniu em um só lugar os interessados em vender e comprar artigos ambientalmente e socialmente responsáveis. O WorldofGood.com (mundo de bondade, em inglês) oferece, por exemplo, camisas de algodão feitas por um grupo de mulheres do Quênia ou azeite orgânico palestino.

Os produtos podem ser encontrados por tipo de impacto positivo que embutem: People Positive (favorece pessoas), Eco Positive (favorece o meio ambiente), Animal Friendly (protege os animais), Supports a Cause (colabora com alguma causa). Se preferir, o internauta faz uma pesquisa por categoria, como arte, acessórios, jóias ou produtos musicais.

Comprar e vender não são as únicas atividades do World of Good. A área Community reúne blogs, artigos e grupos de discussão sobre temas como Moda Ética, Beleza Natural, Casa Natural, Vida Saudável e Negócios Sustentáveis.

Conheça aqui o site http://www.WorldofGood.com.


Redação do Instituto Ethos
Envolverde, 24/09/08
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Prorrogadas até 29 de setembro as inscrições para a seleção pública do Programa Petrobras Ambiental

A Petrobras prorrogou até às 21h (horário de Brasília) do 29 de setembro de 2008 (próxima segunda-feira), as inscrições para a Seleção Pública de Projetos 2008 do Programa Petrobras Ambiental. O motivo foi o grande número de acessos simultâneos realizados no site do Programa nas últimas 48 horas, o que causou problemas na rede. O novo prazo para postagem do projeto é 30 de setembro. As inscrições devem ser feitas pela internet (www.petrobras.com.br), mas somente são efetivadas mediante o recebimento do projeto impresso.

Podem participar da seleção pública do Programa Petrobras Ambiental projetos novos ou já em andamento, sob a responsabilidade de pessoas jurídicas, sem fins lucrativos, com atuação no Terceiro Setor, tais como associações, fundações, organizações não-governamentais ou organizações sociais. O projeto, a ser executado em tempo mínimo de 12 meses e máximo de 24 meses, poderá receber até R$ 3,6 milhões – se o valor do projeto for superior, o excedente deve ser provido por outras fontes, sendo obrigatório comprovar a captação.

Para se inscrever, é preciso que o projeto tenha foco em uma das seguintes linhas de atuação:

1- Gestão de corpos hídricos superficiais e subterrâneos:

• Reversão de processos de degradação dos recursos hídricos;
• Promoção e práticas de uso racional de recursos hídricos.

2- Recuperação ou conservação de espécies e ambientes costeiros, marinhos e de água doce.

3- Fixação de carbono e emissões evitadas com base na:

• Reconversão produtiva de áreas;
• Recuperação de áreas degradadas;
• Conservação de florestas e áreas naturais.

Todas as linhas de atuação devem contemplar como tema transversal a educação ambiental, com foco em eficiência energética, conservação dos recursos naturais e consumo consciente. Os projetos deverão apresentar planejamento para alcançar sustentação econômica e organizacional e a sustentabilidade socioambiental, processo para registro das experiências e resultados, planejamento de comunicação, adoção de iniciativas ecoeficientes em suas práticas de gestão e de instrumentos de acompanhamento e avaliação das ações.


Agência Petrobrás de Notícias, 24/09/08

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