quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Mobile marketing cresce 45,92% em 2008

Estudo mostra evolução no acesso à internet e a utilização de aparelhos celulares no Brasil. Confira mais informações

Segundo dados do estudo ‘Internet Pop’, realizado pelo Ibope em dezembro do ano passado, o mobile marketing teve um crescimento de 45,92% no último ano e que o Brasil já possui 43,1 milhões de pessoas conectadas à internet. Deste total, 20,4 milhões (ou 83,1%) têm acesso à banda larga.

A classe C já responde por 40% do acesso à internet; as classes A/B por 49% e as classes D/E por 11%. Em 2007, eram 37% da classe C e 13% das classes D/E, enquanto as classes A/B correspondiam por 50%. De acordo com Castro, o investimento publicitário em 2008 para internet foi de R$ 748 milhões e a internet foi a mídia que mais cresceu: 46,94%, seguida pela TV paga (29,59%) e rádio (21,84%). Porém, a internet ficou com apenas 3,45% de participação na receita publicitária.

Em relação ao celular, o Brasil possui 150,64 milhões de linhas ativas e, de acordo com o TCI Domicílios, 80% dos usuários recebem entre cinco e 10 salários mínimos e 80% têm idade entre 16 e 34 anos. “Nós temos 150 milhões de linhas ativas, mas não temos audiência”, declarou Abel Reis, COO e presidente da AgênciaClick e presidente do recém-lançado Comitê de Mobile Marketing do IAB.

Reis explicou que este comitê tem como objetivo divulgar as ofertas do mercado; apontar a evolução da audiência do mobile marketing; e divulgar os resultados de ações e pesquisas. Suas atividades resumem-se em três tarefas: alinhar a agenda educativa para o mercado por meio de uma parceria entre IAB e MMA (Mobile Marketing Association); ter um grupo de trabalho para cada ponto a ser discutido na agenda; e divulgação de material e informações para o mercado.

Dos mais de 6 bilhões de habitantes do mundo, 63,32% possuem aparelho celular e 23,5% são usuários de internet, de acordo com Phonecount. No ano passado, o investimento em mobile marketing foi de US$ 2,7 bilhões, sendo US$ 1 bilhão dos Estados Unidos, US$ 640 milhões do Japão e US$ 40 milhões da América Latina. Do total aplicado em mobile marketing, 80% foram destinados à SMS, mas a previsão é que em 2011 o número caia para 48%, pois outras ferramentas ganharão cada vez mais destaque.



Maria Fernanda Malozzi
Fonte: PropMark (www.propmark.com.br)
HSM Online, 18/02/09

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Portal Busca Jovem

Criado por 11 investidores sociais do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife), o Portal Busca Jovem tem como proposta aproximar as organizações sociais que formam jovens para o mercado de trabalho e as empresas que querem contratá-los.

No espaço, as instituições podem anunciar sobre a disponibilidade de turmas de jovens capacitados, informando aos potenciais empregadores sobre o currículo do curso e o tipo de qualificação oferecida. As empresas também podem publicar anúncios de vagas gratuitamente. O projeto tem parceria com o Projeto Conexão – Rede Cidadão, que oferece apoio às organizações participantes por meio de palestras de orientação profissional. www.buscajovem.org.br

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Impasse leva discussão sobre filantrópicas para março

No último dia 18, a Câmara dos Deputados definiu para depois do dia 15 de março as discussões, e votação, do projeto de lei (PL 3021/08) que define as novas regras para organizações obterem o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas).

O adiamento para o debate se deu pelo impasse sobre a real urgência da apreciação da proposta, apesar dos pedidos do ministro de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, de que o assunto deveria ser tratado como prioritário.

Líderes da oposição queriam que o projeto fosse debatido em até 15 sessões ordinárias após a entrega do relatório final, prolongando ainda mais a discussão. Porém, o deputado Henrique Fontana (PT-RS), líder do governo na Câmara, argumentou que o prazo exigido pela oposição “inviabilizaria a política de filantropia no país” e definiu a data para meados de março.

O PL foi elaborado para substituir a polêmica Medida Provisória 446/08, a chamada MP das Filantrópicas, editada no final de 2008, que foi devolvida ao Executivo logo em seguida, pelo então presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN).

Para entender o imbróglio, é preciso considerar o histórico. Ao publicar a MP, o governo mudou as regras de concessão do Cebas, documento que isenta de impostos 5.630 organizações registradas em todo o país – a um custo aproximado de R$ 4,4 bilhões por ano.

Na época, a medida foi considerada polêmica em dois pontos. No primeiro, a suposta “anistia” a entidades na renovação do certificado - de 4.100 mil organizações. Pela MP, todas as entidades que deram entrada na documentação, incluindo aquelas que estavam em suspeição para renová-la, tiveram deferimento automático de seus pedidos.

Outra discussão fundamental foi a responsabilidade de outorgar o documento, que deixaria de ser do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), e passa a ser dos ministérios da Educação (MEC), Saúde (MS) e Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Eles darão a chancela de acordo com as especificidades de trabalho de cada entidade.

Quanto à renovação automática, pelo governo federal, de quase oito mil certificados de entidades assistenciais, o ministro Patrus Ananias disse em coletiva à imprensa que não se tratou de "anistia geral", pois os órgãos de fiscalização existentes – como o Departamento de Polícia Federal (DPF), dos tribunais de contas estaduais, da Receita Federal do Brasil e do Ministério da Fazenda, entre outros - "continuam tendo seus espaços de atuação".

A polêmica se estende porque a base governista, que defende a MP 446/08, manteve no projeto de lei as orientações da medida. Enquanto isso, a oposição rejeita as modificações e pede mais clareza no documento.

Por que o Cebas é importante?
O certificado garante às entidades imunidades tributárias e, em contrapartida, elas devem oferecer à população a continuidade de serviços públicos de saúde, educação e assistência social que a estrutura governamental não consegue oferecer.

Essas entidades - geralmente hospitais, universidades e casas de assistência social - ficam livres da contribuição previdenciária patronal, equivalente a 20% da folha de pagamento, e das contribuições CSLL (sobre o lucro líquido), PIS e Cofins (9,25% sobre o faturamento).

“Mas isso não quer dizer que esse dinheiro vá direto para o bolso dessas entidades, como alguns querem fazer crer. Para conseguir o Cebas é preciso comprovar que existe um atendimento no mesmo valor isentado no imposto”, argumenta o advogado Eduardo Szazi, especialista em legislação para o terceiro setor.

Outros Projetos
O PL 3021/08 não é o único a tramitar no Congresso Nacional. O ministro Patrus Ananias, pediu ao presidente do Senado, José Sarney, e ao presidente da Câmara, Michel Temer, prioridade na votação de outros dois projetos de lei: 7494/06 e 3428/08.

O primeiro projeto, do Senado, aumenta de três para cinco anos o prazo para renovação do Cebas. O segundo projeto, do Poder Executivo, cria cargos para o Ministério do Desenvolvimento Social.

Patrus afirmou que seu ministério tem cerca de 1.400 cargos e que quase a metade está ocupada por servidores terceirizados - situação que contraria orientação do Tribunal de Contas da União.


Rodrigo Zavala
redeGIFE Online, 20/02/09

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Estudos jurídicos receberão até R$ 800 mil

Dez pesquisas sobre Direito em temas escolhidos pelo Ministério da Justiça terão verba de R$ 80 mil cada; inscrições vão até 13 de março

O Ministério da Justiça vai dar apoio financeiro de até R$ 80 mil a dez projetos de pesquisa jurídica a serem concluídos até março de 2010. O objetivo é aproximar a Secretaria de Assuntos Legislativos, órgão que subsidia o governo com a elaboração pareceres jurídicos, do que há de mais novo sendo produzido em conhecimento jurídico na academia. A iniciativa, chamada Pensando o Direito, têm inscrições abertas para instituições de pesquisa até o dia 13 de março.

Na terceira edição do Pensando o direito, a parceria nas pesquisas serão firmadas em dez áreas temáticas passíveis de nova elaboração ou alteração legislativa. Podem participar da seleção faculdades e universidades, fundações mantenedoras, instituições de apoio e amparo à pesquisa, centros de pesquisa e entidades não-governamentais que atuam ou realizam estudos dentro das áreas temáticas propostas. No entanto, o Ministério recomenda que na elaboração das propostas sejam consideradas as dimensões de gênero, raça e etnia, além das possíveis diferenças regionais e geográficas do Brasil que tenham impacto sobre o objeto estudado, e suas conseqüências para eventuais propostas legislativas.

Este ano, as áreas temáticas do projeto são: “Os novos procedimentos penais”, “Avaliação da nova lei de falências (Lei nº 11.101/2005)”, “Agências reguladoras e a tutela do consumidor”, “Concessão de crédito e a proteção do consumidor”, “O papel da vítima no processo penal”, “Medidas assecuratórias no processo penal”, “Análise das justificativas para a produção de normas penais”, “Estatuto da Criança e do Adolescente: apuração do ato infracional atribuído a adolescente”, “Conferências nacionais, participação social e processo legislativo” e “Juntas comerciais”.

As instituições selecionadas ficarão responsáveis pela coordenação de grupos de pesquisa e pela elaboração de relatórios relacionados com cada área temática. No ato da inscrição, elas deverão apresentar um projeto de pesquisa que se enquadre em uma das áreas indicadas, além da equipe designada para desenvolvê-lo.

Também é necessário indicar para coordenador um profissional com título de Doutor em um ramo relacionado ao tema da candidatura. O prazo final para a conclusão das pesquisas contempladas pelo projeto vai até 20 de março de 2010.

Confira o edital da convocação
Veja aqui o Edital de Convocação do Projeto Pensando o Direito

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Governo financia estudos sobre Direito



PNUD Brasil, Boletim nº 527, 16/02/09

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IDH poderá incluir novos fatores em 2010

PNUD tem feito consultas em diversos países; a inclusão de dados sobre desigualdade de renda e meio ambiente está sendo considerada
IDH do Brasil cresce; país é 70º no ranking

O PNUD está fazendo uma série de estudos para avaliar a possibilidade de mudanças no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) a partir de 2010, ano em que o indicador completa 20 anos. Discute-se a inclusão de novos fatores para o cálculo, que atualmente considera o PIB per capta, a expectativa de vida, a taxa de analfabetismo e a taxa bruta de matrícula escolar para qualificar os países num ranking de desenvolvimento humano.

Um dos pontos mais debatidos é a incorporação de indicadores de outras áreas e a viabilidade de fazê-lo refletir as desigualdades internas dos países. O texto do PNUD que acompanhou o último ranking do IDH menciona algumas questões que estão sendo levantadas: “Como poderíamos considerar aspectos mais amplos do desenvolvimento, como liberdade de escolha ou de oportunidade? O enfoque considera de modo suficiente as disparidades e desigualdades que caracterizam o desenvolvimento?”.

O modo como a renda é levada atualmente em conta no índice “tem uma limitação, porque o que aparece é a média da renda, e isso esconde desigualdades como as que temos no Brasil”, afirma Flávio Comim, coordenador do Relatório de Desenvolvimento Humano no Brasil. Ele diz que uma das propostas para 2010 é a inclusão de um fator de correção para penalizar a desigualdade.

Acadêmicos, instituições de pesquisa e membros de governos de vários países estão sendo convidados para participar de reuniões e apontar sugestões para aperfeiçoar o IDH. Além da renda, a inclusão de dados sobre problemas ambientais também é uma alteração possível, diz Comim.

A forma como o IDH considera a educação atualmente também pode mudar. A crítica, segundo Comim, é que faltam dados sobre a qualidade do ensino, já que atualmente só constam números sobre a proporção de analfabetos ou de freqüentadores das escolas (para composição do índice, são utilizadas as taxas de analfabetismo e matrícula em todos os níveis de ensino).

No texto em que divulgou o último ranking, o PNUD afirma que a comemoração dos 20 anos “é uma grande oportunidade para considerar os desafios das medidas de desenvolvimento humano”. Apesar disso, não há qualquer previsão de quais alterações poderão ser acatadas. Sem tema definido, o Relatório de Desenvolvimento Humano de 2010 (que trará os números do IDH 2008) pretende ampliar as discussões sobre o conceito de desenvolvimento humano. Para 2009, o tema será a migração e o formato dos cálculos não será alterado.

OPNUD ainda diz que o maior objetivo do IDH, o de alertar para o fato de que não basta considerar apenas a dimensão econômica do desenvolvimento, já evoluiu bastante e que é o momento de pensar nas próximas etapas.

Sobre o IDH
O IDH nasceu em 1990 como um contraponto à utilização do Produto Interno Bruto (PIB) per capta como único parâmetro para mensurar o desenvolvimento dos países. Atualmente, o índice considera três dimensões: a renda, medida pelo PIB per capta (corrigido pelo poder de compra de cada país), a longevidade, para a qual é utilizada a expectativa de vida ao nascer, e a educação, em que se consideram a taxa de analfabetismo e a de matrículas. Números para anos anteriores a 90 foram calculados retroativamente.



Dayanne Sousa
PNUD Brasil, Boletim nº 527, 16/02/09

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Mapeamento de iniciativas sociais

Produzido pelo Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife), idealizado pela aliança de responsabilidade social corporativa promovida entre empresas americanas e coordenado pela Embaixada dos Estados Unidos em conjunto com a Agência dos EUA para Desenvolvimento Internacional (USAid), o relatório Investimento Social Privado no Brasil – Uma análise de empresas do Grupo + Unidos traz um mapeamento de iniciativas sociais.

O estudo oferece a empresas americanas atuantes no Brasil uma visão de oportunidades e desafios relativos à implementação de atividades de desenvolvimento social por meio de parcerias público-privadas. O relatório pode ser baixado no site da Embaixada Americana.


Revista Filantropia - OnLine - nº186

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De voluntariado fordista para voluntariado em rede

Ford Web 2005 - Colagem feita voluntariamente por Iúri Kothe

Decidimos nos juntar para escrever este artigo – um administrador e um analista de sistemas. Nelson Rodrigues diria que a junção destas disciplinas teria “a aridez de três desertos...”. Mesmo concordando, também conhecemos o lado quente e humano do que estudamos um dia. Conversando sobre nossos interesses atuais - ação voluntária, tecnologia, redes e relacionamentos, vimos que a evolução da administração tem algo a nos dizer sobre a maneira como gerimos nossas iniciativas sociais.

A gestão do voluntariado pode ser analisada por pelo menos duas perspectivas. A primeira, que chamamos aqui de “fordista”(1), percebe o voluntário como instrumento de assistência, que deve se engajar em moldes semelhantes aos de um emprego ou trabalho formal. Cumpridor de ordens e normas, este voluntário é encorajado a se envolver em ações prontas, criadas e planejadas por um ente maior (organização social ou empresa). Seu trabalho tende a ser institucionalizado e não é surpresa mensurá-lo em horas trabalhadas e avaliá-lo por critérios quantitativos.

A outra perspectiva, que chamaremos aqui de “voluntário para voluntário” (V2V)(2) ou “voluntariado em rede”, vê o voluntário como agente e promotor de suas próprias ações, muitas vezes realizadas em um grupo que compartilha valores semelhantes. Ciente de si, de seus talentos e do contexto em que está inserido, este voluntário, natural e espontaneamente, age sobre sua realidade e estabelece relacionamentos com seus pares (muitas vezes vizinhos, colegas de trabalho, os pais dos colegas da escola do seu filho e assim por diante).

O voluntariado fordista entende que a oferta de oportunidades de ação voluntária é escassa – e não tiramos sua razão – pois hoje há uma enorme demanda de cidadãos desejosos de participação. Em uma lógica fordista, de massificação e poucas possibilidades de escolha para quem demanda, estes cidadãos preenchem cadastros e se encontram em longas listas de espera, aguardando convocação.

Esta lógica depende diretamente da limitante noção de que voluntariado é algo que se concretiza apenas no âmbito de uma instituição, que oferece oportunidades de participação e que é necessariamente organizada. Tal visão é ainda corroborada por definições de voluntariado ou por imagens e estereótipos que a mídia faz deste tipo de atividade(3).

Porém, a realidade do voluntariado é maior e mais diversa do que as imagens imediatas que se têm a respeito desta. Se pensarmos em participação voluntária de forma ampla, veremos que o número de possibilidades de ação depende apenas da criatividade do voluntário e das necessidades e potencialidades da comunidade.(4) Assim, temos um vasto mundo abaixo da linha d’água – da visibilidade da opinião pública – que envolve milhões de brasileiros, nos mais variados contextos. A ação voluntária é o que há em comum entre a senhora que ajuda na quermesse da igreja e o ativista do Greenpeace; entre a participação em um grupo de alcoólicos anônimos e a doação de algumas horas semanais a uma creche; entre a colaboração na vizinhança e o ciberativismo.

Se pensamos desta forma, temos uma inversão. A oferta de oportunidades torna-se virtualmente ilimitada e o cidadão se fortalece em suas possibilidades de escolha. É desta noção de equilíbrio entre oferta de oportunidades de ação e demanda por participação voluntária que tratamos quando falamos em uma lógica de “voluntário para voluntário”.

Esta perspectiva inspira-se no padrão de organização de redes. O nome “voluntário para voluntário”, ou V2V, é uma alusão a um tipo de rede de computadores denominado peer-to-peer (P2P)(5) , em que usuários trocam recursos (informações, documentos, músicas) diretamente, sem intermediação e em igualdade – onde todos os participantes têm a chance de doar a informação que lhes é disponível e de receber em troca aquela que lhes interessa.

A dinâmica da rede pressupõe uma aparente falta de controle, devido às suas propriedades de independência e flexibilidade. Só é possível controlar uma rede de pessoas sem perturbar tais princípios, se a possibilidade de regulação estiver distribuída – o conjunto dos participantes zela pela integridade da rede. Isso acontece em inúmeras iniciativas sociais em que os participantes estão verdadeiramente engajados e estabelecem relacionamentos saudáveis entre si. Para empreender tais redes é preciso acreditar em pessoas e na potencialidade de seus relacionamentos.

Neste ponto, chega a ser difícil usar o termo gestão na perspectiva V2V. Gestão, administração e palavras afins (6) pressupõem subordinação – palavra indigesta para quem fala em igualdade e espontaneidade. Em tempo: alguns teóricos da administração resumem a função do administrador como coordenar a colaboração de indivíduos para um objetivo comum. No caso do voluntariado, acreditamos que a gestão destas iniciativas é, em essência, gestão de relacionamentos.

Por fim, mais um contraste entre estas duas perspectivas: no voluntariado fordista, pessoas administram pessoas e recursos para alcançar objetivos. Nada contra. Isso muitas vezes funciona e é absolutamente prático e realista. Mas existe a possibilidade de se realizarem ações, de voluntário para voluntário, em que pessoas cuidam de pessoas e de suas iniciativas, como quem cuida de coisas vivas, que se desenvolvem em seu próprio tempo, não subordinadas apenas à vontade de quem as criou.

Para nós, o conforto do voluntário na sua ação, a evolução da administração e das novas tecnologias e, sobretudo, a necessidade premente de valorizarmos as pessoas e reformarmos as práticas democráticas, apontam para um momento generoso e transformador da sociedade.

Agradecemos especialmente a Chico Lins e Iúri Kothe. Suas valiosíssimas contribuições somaram mais quatro mãos sobre este trabalho.

Notas de rodapé:
(1) “Você pode comprá-lo em qualquer cor desde que seja preto.” Henry Ford, sobre as possibilidades de escolha do cliente pelo Modelo Ford T, fabricado por ele no início do século XX. Ford Corporate Citizenship Report 2003-2004. Disponível em: http://www.ford.com/en/company/about/corporateCitizenship/report/
articlesPaintOverview.htm. Acesso em 10 mar. 2005.
(2) V2V é a sigla para Volunteer-to-Volunteer, tecnologia de gestão de voluntários inspirada nas redes Peer-to-Peer (P2P), que serão explicadas adiante. A Tecnologia V2V foi concebida e desenvolvida no Brasil, pela equipe do Portal do Voluntário, em 2004.
(3) “(...) Ao chegar, o candidato [voluntário] preenche uma ficha na qual descreve suas habilidades, disponibilidade de tempo e preferências profissionais. Em seguida, consulta uma lista com centenas de possíveis ‘empregadores’ e as tarefas que poderiam desempenhar para eles. (...) quem entra ali está disposto a trabalhar de graça, prestando voluntariamente algum serviço à comunidade.” (grifos dos autores) REVISTA VEJA, Caderno SP – número 12. Editora Abril, edição de 22 de março de 2000. p. 10
(4) OLIVEIRA, Miguel D. Dez Dicas de Voluntariado. Portal do Voluntário, disponível em http://www.portaldovoluntario.org.br/site/pagina.php?idconteudo=419. Acesso em 10 mar. 2005.
(5) Exemplos destas redes P2P são programas de troca de arquivos, como Kazaa e SoulSeek e aplicações de mensagens instantâneas, como ICQ e MSN Messenger.
(6) “A palavra administração vem do latim ad (direção para, tendência para), e minister (subordinação ou obediência).” CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. McGraw-Hill : São Paulo, 1983. p. 6


BRUNO R. C. AYRES
Formado em Administração (UnB), com mestrado em Ciência da Informação (IBICT-ECO/UFRJ), é coordenador do Portal do Voluntário e seu foco de interesse e de pesquisa é o uso das novas tecnologias para o fortalecimento de cidadãos para a ação voluntária.
bruno.pv@comunitas.org.br
www.portaldovoluntario.org.br

FABIANO MORAIS
Analista de sistemas, pós-graduado em marketing (Universidade Cândido Mendes) e MBA em EComerce (ESPM). Coordenador da Planner Marketing de Relacionamento, seu atual foco de pesquisa é relacionamento em redes voluntárias.
fabiano@plannermd.com.br
www.plannermd.com.br

redeGIFE Online, 14/03/05

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Personalidades de destaque da América Latina e do Caribe selecionarão os ganhadores do prêmio Juscelino Kubitschek do BID

As duas instituições premiadas receberão 100.000 dólares cada uma

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou hoje os membros da comissão que selecionará as duas instituições ganhadoras do “Prêmio de Mérito ao Desenvolvimento Regional da América Latina e do Caribe Juscelino Kubitschek”.

O prêmio, cuja convocatória encerra-se em 31 de março de 2009, tem o objetivo de reconhecer o trabalho de instituições regionais em duas grandes áreas: economia e finanças; e desenvolvimento social, cultural e científico.

Juscelino Kubitschek foi um importante político brasileiro, eleito governador do estado de Minas Gerais em 1950 e Presidente da República em 1956 com mandato até 1961.

O premio foi estabelecido em razão do cinqüentenário do BID em 2009 e será entregue em Brasília em agosto de 2009.

A Comissão Julgadora do Prêmio será presidida pelo Presidente do BID, Luis Alberto Moreno. O Secretário Geral Iberoamericano, Enrique V. Iglesias, será seu secretário.

A comissão julgadora será composta por:
. Angeles Mastretta, escritora e jornalista mexicana;
. Francisco Flores, ex-presidente de El Salvador;
. Pedro Pablo Kuczynski, ex-primeiro ministro do Peru;
. Osvaldo Hurtado, ex-presidente do Equador;
. José Goldemberg, reconhecido físico e ambientalista do Brasil;
. Ricardo Lagos, ex-presidente do Chile;
. Billie Antoinette Miller, ex-ministra das Relações Exteriores e Comércio de Barbados;
. Percival Noel James Patterson, ex-primeiro ministro da Jamaica;
. Michel Camdessus, ex-diretor general do Fundo Monetário Internacional;
. Hitoshi Watanabe, presidente e CEO do Banco Japonês de Cooperação Internacional (JBIC);
. José Octavio Bordón, ex-embaixador da Argentina na Casa Branca;
. Rosa Conde, diretora da Fundação Carolina na Espanha

As candidaturas ao Prêmio Juscelino Kubitschek podem ser postuladas por uma pessoa, uma instituição acadêmica ou de pesquisa ou um centro cultural. As candidaturas devem ser apresentadas por escrito e devem incluir uma descrição detalhada dos méritos e da transcendência regional da obra ou contribuição. Os formulários para apresentação das instituições estão disponíveis na página do Banco na internet: http://www.iadb.org/forms/kubitscheck/join.cfm?language=pt.

As candidaturas podem ser apresentadas por correio eletrônico para PremioJK@iadb.org ou por carta registrada enviada à sede principal do BID em Washington (1300 New York Ave., N.W., Washington, D.C., 20577, U.S.A. Stop E1205) ou a qualquer uma das representações do BID nos países membros.


Site do BID, 03/02/09

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Prêmio Juscelino Kubitschek está com inscrições abertas

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) já anunciou a convocatória e os membros da comissão que selecionará as duas instituições ganhadoras do “Prêmio de Mérito ao Desenvolvimento Regional da América Latina e do Caribe Juscelino Kubitschek”.

O prêmio, cuja inscrição encerra-se em 31 de março de 2009, tem o objetivo de reconhecer o trabalho de instituições regionais em duas grandes áreas: economia e finanças; e desenvolvimento social, cultural e científico.

As candidaturas ao Prêmio Juscelino Kubitschek podem ser postuladas por uma pessoa, uma instituição acadêmica ou de pesquisa ou um centro cultural. As candidaturas devem ser apresentadas por escrito e devem incluir uma descrição detalhada dos méritos e da transcendência regional da obra ou contribuição. Os formulários para apresentação das instituições estão disponíveis na página do Banco. Clique aqui para acessar.

O prêmio foi estabelecido em razão do cinqüentenário do BID em 2009 e será entregue em Brasília em agosto de 2009.


redeGIFE Online, 16/02/09

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Mobile Marketing está subaproveitado no Brasil

Primeiro evento sobre o tema promovido pelo IAB Brasil buscou incentivar o uso da mídia por anunciantes e agências no País

Parte do trabalho do recém-lançado Comitê de Mobilidade do IAB Brasil, aconteceu na manhã desta quinta-feira, 12, o primeiro encontro promovido pela entidade a fim de acelerar o desenvolvimento do canal no País. Segundo Abel Reis, diretor do comitê e presidente da Agência Click, a idéia é educar o mercado de forma que os telefones celulares se tornem ponto de contato integrado a qualquer estratégia de comunicação dos anunciantes. "Os padrões e formatos já estão bem definidos pelo próprio IAB e pela Mobile Marketing Association. Agora também estamos disponibilizando um manual de boas práticas para que o mercado comece de fato a trabalhar com esse canal", disse Reis.

O diretor acrescentou ainda que existem duas modalidades para o consumo de mídia pelos dispositivos móveis. Um deles diz respeito à inserção das marcas nos endereços concentradores de audiência, como os sites para celular dos portais tradicionais da internet e os desenvolvidos pelas próprias operadoras de telefonia. O outro modelo é o que envolve a ativação direta com o consumidor através de experiências interativas como jogos, aplicativos, serviços e promoções via SMS. "Os resultados - que também geram certa desconfiança no mercado - já são totalmente mensuráveis como acontece na internet. Não tem mais zona cinzenta no que diz respeito ao mobile", acrescentou.

Durante o evento, Paulo Castro, membro do conselho do IAB Brasil e diretor geral do Terra, lembrou que o marketing feito pelo celular registrou crescimento de cerca de 45% em 2008 no País. Já segundo Roberto Lobel, diretor de negócios do Ibope, o potencial do canal como plataforma de publicidade pode ser até dez vezes maior do que o apresentado hoje. "Levando em conta que a base de celulares preparada para suportar publicidade é de mais de 50% dos aparelhos em uso no Brasil, o que temos hoje é muito pouco em termos de iniciativas", comentou.

Clique nesse link para ver o Manual de Boas Práticas do IAB Brasil.


Mariana Ditolvo
Meio & Mensagem Online, 12/02/09

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