quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Grupo ABC patrocina encontro internacional

Mais do que um investimento financeiro, a iniciativa sinaliza o tom que a empresa pretende assumir em sua trajetória internacional

Pela primeira vez a Conferência da BSR - Business Social Responsibility, encontro anual sobre responsabilidade social corporativa, tem um patrocinador brasileiro: o Grupo ABC de Comunicação. Ao lado de marcas como General Electric, Toyota, Walt Disney Company , Ikea, McDonald's, UPS e Coca-Cola, o logotipo da holding verde-amarela da área de publicidade recepciona executivos de companhias de todo o mundo que chegam a Nova York para quatro dias de debates que começam hoje.

Mais do que um investimento financeiro - o grupo contribuiu com US$ 100 mil para a realização do evento, cerca de 15% do total e é o principal patrocinador - a iniciativa sinaliza o tom que a empresa pretende assumir em sua trajetória internacional.

O Grupo ABC, que atua em publicidade, serviços especializados e conteúdo, iniciou em 2007 um processo de internacionalização. É hoje o maior grupo de propaganda e serviços e marketing do país e figura em 21º lugar no ranking da revista "Advertising Age", que lista os grandes grupos globais de comunicação.

Segundo Luís Roberto Pires Ferreira, vice-presidente de responsabilidade social, o ABC pretende ser líder na área de responsabilidade social e sustentabilidade. "A BSR é uma referência internacional e esse patrocínio é uma primeira parte de uma relação", explica. A idéia é que a associação sem fins lucrativos, que opera quase como um instituto, ajude o grupo ABC a implementar sua política de sustentabilidade, que seja um parceiro na atuação internacional. Segundo o executivo, a BSR pode, por exemplo, mostrar o que seria efetivo em termos de sustentabilidade e responsabilidade social para ser feito no momento nos Estados Unidos, o ponto de partida da trajetória internacional com a aquisição da Pereira & Odell em 2007.

O apoio ao congresso também deve dar maior visibilidade a um trabalho que as agencias hoje reunidas no grupo fazem ha mais de uma decada. O Instituto Sou da Paz, o Faça Parte, que estimula o voluntariado, o Movimento Todos pela Educação, Unesco, Unicef, Masp e ABI têm recebido apoio de forma sistemática, em um contexto que dá prioridade a investimentos na área de educação pública e empreendedorismo.


Célia Rosemblum
Valor Econômico, 04/11/08

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Emigrantes de chuteiras

Estudo traça perfil dos jogadores de futebol brasileiros que residem no exterior e conclui que eles não são vistos como imigrantes. Suas fronteiras simbólicas não são as nações, mas os clubes

Entre os milhões de brasileiros atualmente residem no exterior, há cerca de 5 mil jogadores de futebol. Um estudo feito na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) traçou o perfil dos emigrantes de chuteiras e constatou que eles vivem em condições tão especiais que não chegam a ser considerados imigrantes nos países de destino.

A pesquisa, publicada na revista Horizontes Antropológicos, aponta ainda que os jogadores emigram cada vez mais jovens, normalmente são os caçulas da família e, em grande parte, são evangélicos. A autora, Carmen Silvia Rial, é professora do Departamento de Antropologia da UFSC.

O ato de emigrar para jogar em clubes do exterior – ou “rodar”, na linguagem futebolística, é classificado como “circulação” no estudo, já que os jogadores estão em outros países de passagem, de acordo com a antropóloga. “Eles não se consideram e não são considerados como imigrantes. Suas referências de fronteiras simbólicas não são as nacionais ou locais, mas as dos clubes”, disse Carmen à Agência FAPESP.

Segundo ela, essa circulação ocorre em circuitos particulares, que podem abranger diversos Estados-nações, sem que suas fronteiras sejam especialmente relevantes. A primeira característica que se diferencia esse grupo dos emigrantes é o registro, mais preciso do que nos casos de emigração convencional.

“Não há dados precisos sobre a emigração no Brasil, porque grande parte das pessoas sai sem declarar. No caso dos jogadores de futebol isso não ocorre. Todo esse fluxo é registrado. Embora esses jogadores venham, em grande parte, das camadas médias e subalternas, com perfil parecido dos emigrantes que normalmente saem do país, eles não são vistos como imigrantes lá fora, mas contam com um estatuto especial”, disse.

De acordo com Carmen, o perfil desses jogadores em nada se aproxima do imigrante que aparece na mídia estrangeira – rótulo geralmente impingido com teor pejorativo. Normalmente, segundo ela, o termo é empregado para designar os trabalhadores braçais e é associado ao crime e à ilegalidade. “Em reportagens sobre imigração, os jogadores são invisíveis nas matérias. Nem os próprios jogadores se identificam como imigrantes nos países onde estão jogando”, afirmou.

“Há uma grande distância entre o estatuto do jogador de futebol e o que se considera imigrante nos países de destino, mas, por outro lado, há uma proximidade com outros tipos de circulação hoje no mundo. Intelectuais e estudantes que vão fazer doutorado e pós-doutorado no exterior não são vistos como imigrantes e eles também não se representam de modo”, disse.

A idéia de emigração hoje, afirma a pesquisadora, “precisa ser repensada para incluir essas pessoas que circulam pelo planeta sem corresponder ao perfil daqueles que rompem vínculos e referências familiares e nacionais”.

A pesquisa, iniciada em 2003, partiu da perspectiva dos jogadores brasileiros no exterior. Participaram cerca de 40 jogadores que viviam ou haviam vivido e exercido sua profissão no exterior – muitos deles em mais de dois países. De acordo com a pesquisadora, o estudo etnográfico se concentrou nas cidades de Sevilha (Espanha) e Eindhoven, na Holanda.

“Também conversei com muitos de seus familiares, amigos, empresários, técnicos e secretários diversos, realizei entrevistas, assisti a treinos e a jogos, visitei seus restaurantes preferidos e algumas de suas casas no Canadá, Holanda, Japão e também no Brasil. E mantive longas conversas telefônicas com jogadores e seus familiares na França, Mônaco e Bélgica”, explica Carmen, que atualmente escreve um livro sobre o tema.

Caçulas e evangélicos
O estudo aponta que cerca de 90% dos entrevistados que migraram são provenientes de camadas com menores faixas de renda. A maioria dos jogadores entrevistados tinha apenas o primário, e uma parcela de cerca de 10% conseguiu terminar o secundário. Apenas duas entre as esposas concluíram o terceiro grau, mas segundo o estudo “há uma tendência de que as mulheres apresentem uma escolaridade maior do que a dos jogadores”.

O perfil identifica ainda que os jogadores receberam apoio familiar e, em geral, são os caçulas da casa. Um dado que chamou a atenção, segundo Carmen, diz respeito à prática religiosa. “É interessante como Deus – e não a religião – é um valor central na vida deles, em sua grande maioria, evangélicos.”

De acordo com a pesquisadora, uma das hipóteses para explicar a centralidade da fé é que a situação de vida do jogador muda radicalmente em pouco tempo. “Eles precisam de algum tipo de auxílio externo que os ajude a elaborar esse tipo de situação, que dêem alguma explicação. Eles encontram na religião esse campo onde se sentem amparados”, apontou.

Segundo o estudo, é no consumo cotidiano em que se percebe mais claramente a dimensão da “identidade nacional” nesses jogadores. Os altos salários recebidos pelos jogadores na Europa e no Japão não se refletem em consumos ostentatórios. Seus hábitos, afirma o artigo, “aproximam-se mais os de uma camada média-alta do que da faixa dos milionários, que são efetivamente. Não transitam em aviões particulares, não possuem iates, não passam as férias em ilhas particulares, nem freqüentam restaurantes de luxo.”

“Eles moram em casas espaçosas localizadas em bairros nobres – geralmente os que concentram grande número de jogadores de futebol –, mas não vi na decoração das casas nenhuma grande extravagância. Continuam a vestir-se como os jovens de sua idade, com tênis, jeans e camisetas, a comer em casa ou em restaurantes que sirvam comida próxima da brasileira”, disse.

Os únicos consumos de luxo recorrentes entre eles, acrescenta, são “os automóveis, sempre carros novos de luxo, mas às vezes fornecidos pelo próprio clube, os brincos de diamantes ou as invariáveis trousses de toilette Louis Vuitton”.

A autora diz que, ao contrário do que se vê um pouco na mídia ou do que torcedores brasileiros imaginam, esses jogadores não se europeizaram. “Eles continuam sendo muito nacionalistas, tendo o Brasil como principal referência, e no seu cotidiano o país é extremamente presente”.

A pesquisadora destaca a efemeridade de suas permanências nas instituições de trabalho e nos países no exterior e caracteriza essa emigração como uma “circulação”, que poderia ser chave explicativa para a manutenção desse sentimento nacional. Segundo ela, o estudo terá continuidade. Mas com outro foco.

“Trabalhei muito com celebridades, com jogadores que tiveram carreiras de sucesso no exterior em clubes globais, e menos com os desconhecidos, que estão em outra faixa salarial. Quero agora focar nesse grupo que está no exterior, mas que não tem a mesma trajetória de sucesso, anônimos para nós brasileiros, que estão em clubes menores e periféricos. E também focar nos que já retornaram”, disse.

Para ler o artigo Rodar: a circulação dos jogadores de futebol brasileiros no exterior , de Carmen Silvia Rial, disponível na biblioteca on-line SciELO (Bireme/FAPESP), acesse o http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-71832008000200002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt



Alex Sander Alcântara, da Agência Fapesp
Envolverde, 03/11/08
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Hora de conhecer quem vai às compras

Rua 25 de março, centro de São Paulo: multidões à procura de melhor preço e, agora, também de qualidade
Foto A. Vicente / Folha Imagem


O maior segmento de consumidores brasileiros - 111 milhões de pessoas ou 62 % da população - permanece invisível para boa parte do mercado publicitário, embora movimente, anualmente, cerca de R$ 500 bilhões. Para Elyseu Mardegan Jr. e Marcelo da Rocha Azevedo, consultores de marketing e autores de "O Consumidor de Baixa Renda", o Brasil precisa se reconhecer como um país de negros e mestiços, pouco lembrados pela publicidade, pelo sistema bancário e pelo mundo acadêmico, mas cortejados pelo comércio e pela indústria, que têm investido em pesquisas para adequar seus produtos a este nicho. "Quem quiser ter sucesso com este grupo precisa conhecê-lo in loco, esquecendo o que aprendeu na faculdade, que sempre cultivou um certo desdém por esses consumidores. É preciso descer do pedestal, descobrir as cidades-dormitórios em volta das metrópoles, para entender a realidade e não perder o segmento durante a transição no mercado. Existem vários Brasis, com diferentes culturas e necessidades sociais", afirma Mardegan Jr.

O consumidor de baixa renda é a maior categoria de consumo no mundo inteiro. No Brasil, ele tanto compra na vendinha do bairro quanto na loja do shopping e representa 71% do consumo. "É um fenômeno que acontece em todos os países emergentes, no Brasil, na China, na Índia, na Rússia, e que desperta a atenção das multinacionais. Elas sabem que não podem reproduzir aqui os modelos de suas matrizes e tratam de buscar como melhor atender a este comprador", diz Rocha Azevedo.

Se as agências de publicidade ainda não enxergam o consumidor de baixa renda como público-alvo, a indústria e o comércio procuram conquistá-lo. Enquanto as grandes cadeias de lojas oferecem crédito a quem não tem como comprovar renda, algumas empresas instalam seus funcionários dentro de bairros das periferias de grandes cidades, para que conheçam o universo daqueles novos consumidores. "Não basta conversar com sua empregada enquanto ela cozinha para compreender este grupo, nem adianta tornar uma embalagem muito colorida ou oferecer um produto de baixa qualidade. O novo consumidor não pode errar quando faz uma escolha, por que não joga dinheiro fora. Ele procura qualidade, não variações baratas do produto sofisticado", observa Mardegan Jr.

A baixa inadimplência, mesmo sem a apresentação de documentos que comprovem o emprego formal, é um dos fatores que levam o comércio a buscar fidelizar o cliente de baixa renda. "Eles têm orgulho de ser bons pagadores, principalmente quando compram algum produto no cartão de algum amigo ou parente. Se a loja os trata com respeito e cordialidade, eles vão voltar. O comércio que sabe cativar este cliente é o que mais terá sucesso com este grupo, assim como as redes de pequenas lojas que começaram nas comunidades e que estão ganhando os centros, fazendo publicidade não apenas em jornais populares ou em emissoras de televisão, mas também nas rádios comunitárias ou nos carros de som que circulam pelos bairros", diz Rocha Azevedo.

Para alinhar as peculiaridades do público de baixa renda, os autores se basearam em entrevistas com 200 moradores da zona Norte de São Paulo, além de consultarem as pesquisas de empresas que têm mandado empregados viver nas comunidades. O painel apresentado é mais sociológico do que econômico, reconhecem. "Não queríamos nos prender ao formalismo acadêmico, mas usar uma linguagem coloquial, de fácil acesso para profissionais de mercado, já que a literatura nesta área é muito pequena. O grupo de consumidores de baixa renda só tende a crescer e o mercado vai mudar cada vez mais para recebê-lo. Nos últimos 18 meses, eles foram a maioria dos compradores de televisores de plasma nas Casas Bahia", exemplifica Mardegan Jr.

Os estudos mencionados no livro apontam que o consumidor de baixa renda começa a trabalhar jovem - 41% têm menos de 20 anos - e é tradicionalista no que diz respeito ao grupo social. O trabalho feminino é visto como uma ajuda no orçamento doméstico, mesmo quando a mulher ganha mais que o marido ou filhos. A casa própria é o maior objeto de desejo e a educação é considerada como instrumento de inclusão social. O orgulho por haver prosperado é um traço comum no consumidor emergente, dizem os autores. "Mesmo quando o assistencialismo é a única maneira de tirar uma parcela da população da miséria, vemos que o crescimento real da economia fez 60 mil famílias devolverem, voluntariamente, seus cartões do Bolsa-Família ao governo federal. A nova classe média quer ser independente", diz Mardegan Jr. (que dirige uma empresa de crédito imobiliário voltada para consumidores de baixa renda).

"O Consumidor de Baixa Renda" - Marcelo da Rocha Azevedo e Elyseu Mardegan Jr.
Campus/Elsevier. 146 págs. R$ 49,90


Olga de Mello, para o Valor, do Rio
Valor Online, 06/11/08

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I Concurso Pontos de Leitura

Prazo para as inscrições vai até 10 de novembro

O Concurso Pontos de Leitura 2008 - Edição Machado de Assis, instituído pelo Ministério da Cultura no âmbito do Programa Mais Cultura, é um trabalho inédito no país. Por meio dele serão selecionadas até 600 iniciativas culturais desenvolvidas em todo o Brasil com a finalidade de incentivar a leitura.

As inscrições foram abertas no dia 25 de setembro, data em que foi publicada a Portaria nº 60, assinada pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira, por meio da qual o concurso foi instituído e regulamentado.

As ações que vão participar do concurso devem fortalecer, estimular e fomentar a leitura em diferentes locais, como bibliotecas comunitárias, Pontos de Cultura, sindicatos, hospitais, presídios, associações comunitárias, residências e em vários outros lugares. Uma das condições é que as iniciativas devem completar pelo menos um ano de existência no dia 10 de novembro de 2008.

Ineditismo
O ineditismo da premiação chama a atenção: cada iniciativa selecionada receberá um kit com, no mínimo, 500 livros, dos quais 50% serão de obras de ficção, 25% de não-ficção e 25% de referência. Também farão parte do kit um computador e um mobiliário básico. O Ministério da Cultura (MinC) e a Fundação Biblioteca Nacional (FBN) farão a compra e a distribuição de todo material. O conjunto a ser entregue aos vencedores do concurso se destina à renovação de acervos bibliográficos e de equipamentos que promovam o uso cultural de computadores e Internet.

São consideradas prioritárias, mas não exclusivas, as iniciativas localizadas nos 410 municípios atendidos pelo Programa Territórios da Cidadania 2008, nas áreas do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) e municípios prioritários do Programa Mais Cultura, citados no Anexo A da Portaria.

Podem se inscrever no concurso pessoas físicas ou jurídicas nacionais, públicas ou privadas, sem fins lucrativos, representantes de iniciativas voltadas para, pelo menos, um dos objetivos que constam no artigo 1º, parágrafo 2º da Portaria nº 60. Não poderão candidatar-se bibliotecas, escolas e universidades mantidas pelo poder público. Cada candidato poderá inscrever uma única iniciativa.

Correios
As inscrições são gratuitas e só poderão ser feitas por meio dos serviços dos Correios, preferencialmente via Sedex ou carta registrada, e encaminhadas para: Concurso Pontos de Leitura 2008: Homenagem a Machado de Assis - Caixa Postal n° 8614 - CEP 70312-970 - Brasília/DF.

Os envelopes a serem remetidos pelos candidatos deverão conter a ficha de inscrição preenchida e assinada pela pessoa responsável pela iniciativa. Além da ficha, precisam constar dentro dos envelopes os documentos que se encontram listados na Portaria, a qual deve ser lida atentamente, uma vez que contém todas as orientações e normas para a participação no concurso.

Os trabalhos de avaliação e seleção das iniciativas serão feitos por uma comissão julgadora, que será presidida pelo coordenador-Geral de Livro e Leitura do MinC ou por substituto formalmente designado. A comissão será composta por 15 profissionais representantes de escritores, editores e leitores, técnicos e/ou dirigentes do Ministério da Cultura e também de órgãos federais e/ou organismos internacionais parceiros.

Informações: pontosdeleitura@minc.gov.br ou pontosdeleitura@cultura.gov.br e pelo telefone (61) 3316-2014.

Veja a portaria e os anexos.


Fonte: Ministério da Cultura

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Editais Culturais da Caixa Econômica Federal

A instituição vai destinar cerca de R$ 7,3 milhões para projetos de revitalização de patrimônio histórico e para adoção de entidades culturais. Inscrições até 05 de dezembro

A Caixa Econômica Federal disponibilizou a partir de 31 de outubro, no endereço eletrônico www.caixa.gov.br/caixacultural, os regulamentos para participação no Programa CAIXA de Revitalização do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro e no Programa CAIXA de Adoção de Entidades Culturais. Os interessados devem enviar as propostas via Correio até 5 de dezembro.

O Programa CAIXA de Revitalização do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro é voltado para projetos que visem à restauração, adaptação e modernização arquitetônica do patrimônio cultural brasileiro. Serão contemplados projetos de restauração de fachadas, telhados e infra-estrutura das edificações; modernização e recuperação das instalações hidráulicas e elétricas; implantação ou modernização da climatização dos espaços; implantação, ampliação ou readequação de reserva técnica; implantação ou modernização de acessos adaptados a pessoas com necessidades especiais; implantação ou modernização de sistemas de segurança e monitoramento de acervos e visitantes; e, implantação ou modernização de laboratórios de conservação e/ou restauração.

Serão destinados, ao todo, R$ 3.360.000,00 para os 30 projetos selecionados. O processo de avaliação levará em conta, entre outros critérios, a relevância histórica e cultural da edificação/instituição; os benefícios sociais do projeto, assim como seu impacto regional, sobretudo na geração de emprego e renda; e, a atuação social do projeto junto à comunidade, como atividades sócio-culturais e pedagógicas. Além disso, os projetos selecionados deverão estar previamente aprovados no Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), do Ministério da Cultura. O programa será realizado exclusivamente com os benefícios da Lei Rouanet.

Já o Programa CAIXA de Adoção de Entidades Culturais patrocina, por no máximo 18 meses, projetos que deverão ser iniciados em 2009 e visem à promoção, a preservação e a divulgação de acervos. As entidades contempladas deverão ter como principal atividade a atuação cultural, com realização regular de atividades. Além disso, deverão possuir coleções/acervos de caráter museológico e de cunho artístico, histórico, antropológico, etnográfico, científico, tecnológico, de cultura popular, bibliográfico ou documental. Serão contemplados projetos de tratamento técnico e acondicionamento adequado de coleções; pesquisa, catalogação e informatização de acervos; implantação ou reformulação de módulos expositivos de longa duração; e, aquisição de obras visando à expansão ou atualização de coleções já existentes. Ao todo, o programa destinará R$ 4 milhões a 26 projetos aprovados.

Os resultados das seleções dos dois programas serão publicados no site da CAIXA Cultural até 30 de janeiro de 2009.


Fonte: Ministério da Cultura

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