terça-feira, 7 de julho de 2009

Fundo de Amparo ao Trabalhador terá R$ 43 bilhões em 2010

O Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) aprovou hoje o Orçamento para 2010, que será de R$ 43 bilhões. Em 2007, foram R$ 38 bilhões.

O dinheiro do FAT é utilizado para o pagamento do seguro-desemprego, do abono salarial e para o financiamento de programas de desenvolvimento econômico do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A principal fonte desse fundo vem das contribuições para do PIS/Pasep.

Na reunião de hoje, o conselho também aprovou a redução dos juros cobrados nas linhas de crédito do Proger (Programa de Geração de Emprego, Trabalho e Renda), que são operadas pelos bancos públicos.

A taxa final ao consumidor, que hoje varia de 0,73% a 0,98% ao mês --de acordo com a linha de crédito do Proger-- vai ficar agora entre 0,61% e 0,69% ao mês.

Microcrédito
O Codefat também ampliou uma linha de microcrédito com recursos do FAT em mais R$ 100 milhões. A medida beneficia cerca de 1 milhão de micros e pequenas empresas do Nordeste.

A linha, que é operada pelo Banco do Nordeste, tem juros de 1,32% ao mês. O empréstimo máximo é de R$ 15 mil por empresa.

O banco já possui R$ 35 milhões para essa linha, sendo que R$ 5 milhões já foram emprestados.


Eduardo Cucolo
Folha Online, 07/07/09

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Entrevista: "Desmatamento zero é a mesma coisa que decretar que teremos muita miséria", diz pesquisador do Ipea

Em palestra polêmica realizada no dia 20 de junho, durante o último Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica), o ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Eustáquio Reis, defendeu os benefícios econômicos do desmatamento da Amazônia

Criticado pelos ambientalistas presentes no evento, o pesquisador concedeu uma entrevista ao Amazonia.org.br em que diz que devastar para o cultivo agropecuário na região amazônica compensa mais financeiramente do que manter a floresta em pé.

De acordo com ele, os pobres são os que mais desmatam e as políticas públicas devem garantir o enriquecimento da população local para que ela passe a valorizar o meio ambiente. Confira a conversa, a seguir.

Amazonia.org.br- O senhor se considera a favor do desmatamento devido aos benefícios econômicos de atividades que desmatam?
Reis- Não sou a favor do desmatamento, sou a favor da atividade agrícola e pecuária na Amazônia. O desmatamento na região é inevitável porque as pessoas não podem se dar ao luxo de abrir mão dos benefícios de riqueza, emprego, demanda por transportes, equipamentos e máquinas, gerados pela produção em locais como o norte do Mato Grosso. Os benefícios são maiores que os custos. A ocupação da Amazônia para a produção de soja tem limitações de ordem econômica e agroecológica, já que o grão não se desenvolve em áreas muito chuvosas. Já a pecuária tem muito menos limitações e atrai pequenos produtores que utilizam basicamente a pastagem natural. Então, você tem um dilema, já que há muitas famílias pobres que dependem da pecuária, como forma de acumulação de riqueza e podem ser tolhidas com as exigências ambientais.

Amazonia.org.br- Diante da crescente preocupação com o meio ambiente e o aumento das discussões sobre créditos de carbono no mundo, manter a floresta em pé não pode ser mais lucrativo para o Brasil do que desmatar?
Reis- Meus cálculos sobre isso, em geral, são criticados. Mas, de todas as maneiras, se você pensar em pecuária e soja na Amazônia, elas têm um beneficio muito maior do que o valor que se costuma pagar em créditos de carbono pela biodiversidade. Vão existir fatores automáticos de redução da devastação. Pois, à medida que a floresta for se tornando mais escassa, as pessoas vão passar a valorizá-la mais, preservando o bioma voluntariamente.

Também, à medida que você tiver pessoas ricas na Amazônia, elas começarão a dar mais valor ao meio ambiente. Não dá para você achar que uma pessoa pobre, com condições de vida precárias irá pensar que a floresta tem valor. Essa é uma questão absurda para ela, que tem que pensar em sobreviver. É preciso que haja uma classe média rural ao redor da Amazônia, para que as pessoas tenham também menos filhos e não usem a reprodução como mecanismo de acumulação. Geralmente, nas zonas rurais, a população tem muitos filhos, como maneira de garantir seu futuro e expandir sua capacidade de se apropriar da terra.

Amazonia.org.br- O senhor acredita na conciliação entre desenvolvimento econômico e conservação do meio ambiente?
Reis- Claro que todo esforço nesse sentido é bom. Você tem que educar as pessoas e dar condições de uso de tecnologia mais adequada, criar crédito, e oferecer possibilidades para que se possam adotar tecnologias e técnicas de manejo do rebanho mais eficientes. Para isso, deve ser feito o zoneamento agro ecológico e deve existir a reserva legal, mas não necessariamente 80%. Essa é uma legislação draconiana em termos de atividade agrícola. 80% são para inglês ver porque esse coeficiente é excessivamente alto e por isso não é cumprido. A soja é uma forma intensificada de produção. A mecanização que existe numa plantação é impressionante, é uma tecnologia que permite o uso de muito pouca terra para gerar riqueza, comparada com a pecuária ou culturas de subsistência.

Amazonia.org.br- Qual seria a porcentagem de reserva legal ideal para a Amazônia, na sua opinião?
Reis- Não sou especialista, mas acho que os 50% previstos anteriormente já são uma parcela relativamente alta. Se você implementar essa reserva está garantindo parcela razoável da floresta em vegetação primitiva, desde que haja mecanismo para se fazer isso. Hoje não há estrutura de fiscalização e monitoramento para que se cumpra a legislação ambiental. O custo da fiscalização é extremamente elevado. Então, não há por que demonizar os agricultores e pecuaristas da Amazônia que estão tentando sobreviver. O que você tem que esperar é que as pessoas enriqueçam, pois, se elas não enriquecerem, aí sim, a floresta vai ser comida. A miséria vai comer a floresta.

Amazonia.org.br- O que o senhor pensa sobre a afirmação da senadora Marina Silva de que a regularização fundiária da Amazônia irá beneficiar especialmente os grandes proprietários?
Reis- Eu concordo com ela. Sempre a Amazônia vai ser ocupada em grandes propriedades porque lá a terra é barata. A regulamentação do território amazônico, mais cedo ou mais tarde, acabaria sendo feita, por medida do governo ou por decisões do Judiciário. O problema maior é o que está sendo feito com as terras publicas. Não adianta dar titulo às pessoas e achar que isso vai conter o desmatamento. Os miseráveis, que a senadora diz que não serão beneficiados pela regularização fundiária, vão tentar chegar à Amazônia e se apropriar de recursos naturais, porque não têm propriedades e vivem em condições miseráveis.

Amazonia.org.br- O que o senhor pensa sobre a ideia do desmatamento zero, defendida pelos ambientalistas?
Reis- Não sou contra, mas acho que é utópico. Podem até defender, mas não há condição de isso acontecer porque teria que haver aparato de fiscalização e monitoramento. Também penso que não se podem negar às pessoas oportunidades de enriquecimento e melhoria de padrão de vida. Desmatamento zero é a mesma coisa que decretar que teremos muita miséria. Seria possível, se você pudesse remunerar todos que vivem do desmatamento na Amazônia. Temos entre 20 e 25 milhões de pessoas na Amazonia Legal, sendo que 12 milhões estão na área rural. Conter essas pessoas custaria muito caro. Essa ideia de que o pobre vai ajudar a preservar a Amazônia é sem sentido porque a pobreza só vai gerar desmatamento.

Amazonia.org.br- Se, por um lado, o senhor defende os ganhos econômicos da população mais pobre com a devastação, também não são os miseráveis que mais têm sofrido com as inundações decorrentes das mudanças climáticas?
Reis- Tenho dúvidas de que o clima seja afetado tão fortemente pelo desmatamento. Note que o desmatamento acontece no arco de desflorestamento, e as chuvas que afetaram a região Norte aconteceram em Manaus, onde supostamente não há desmatamento. Se as pessoas estão dizendo que há relação entre as duas coisas, têm que demonstrar isso. Está claro pra você que o desmatamento no Mato Grosso causa chuva em Manaus? Para mim não está claro. Não é só a Amazônia que causa o aquecimento global. E, se você parar de desmatar, o aquecimento global vai continuar, é claro.

Amazonia.org.br- Diante dos estudos que comprovaram a influência da Amazônia sobre regime de chuvas do Sudeste, continuar desmatando a floresta não poderá prejudicar a produção agrícola nessa outra região?
Reis- Eu acredito que pode ter efeitos sim, mas eu não acredito que os efeitos sejam de uma magnitude tão grande, quando penso que a Mata Atlântica foi extinta e o clima não se alterou tão significativamente assim. Não sou climatólogo, mas pergunto: por que a Amazônia tem tanta influência no clima e a Mata Atlântica não?


Fabíola Munhoz
Amazonia.org.br, 06/07/09

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Miss Mundo Brasil e Amigos da Terra lançam inédita campanha para desmatamento zero

Da esquerda para direita: Henrique Fontes, diretor do Miss Mundo Brasil Cristiane Kampa, Miss Mundo Paraná e Roberto Smeraldi, diretor da Amigos da Terra
Foto Divulgação


As 38 candidatas, representantes dos 27 estados e de 11 ilhas brasileiras na eleição do Miss Mundo Brasil 2009, que se conclui na noite deste sábado, em Angra dos Reis, no Hotel Novo Frade, lançaram hoje a campanha internacional com o lema "Sou Miss de um Mundo com Desmatamento Zero". Será apresentada em todos os Estados do país e também em Londres, Dubai e durante a final do Miss Mundo, na África do Sul, em dezembro deste ano. A campanha conta ainda com o apoio da atriz Ana Carolina Madeira, ex-BBB, e de Tamara Almeida, que está passando a faixa de Miss Mundo Brasill.

Como parte das provas classificatórias para a final do concurso Miss Mundo Brasil 2009, a paranaense Cristiane Kampa, 24 anos, foi eleita a Miss Beleza com Propósito. A candidata se destacou nas ações de promoção da campanha, assim garantindo a sua vaga entre as 16 semifinalistas do evento.

As misses, em parceria com a entidade Amigos da Terra, pretendem conscientizar a opinião pública brasileira e mundial para o fato de que as florestas são essenciais para o clima, o solo e geram oportunidades de emprego e desenvolvimento por meio de seus produtos e serviços.

Henrique Fontes, diretor do Miss Mundo Brasil, considera a iniciativa um marco em concursos de miss no país, por associar beleza à causa da defesa de nossas florestas. De acordo com Roberto Smeraldi, diretor de Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, trata-se de "um chamado de cidadania por parte das moças que inspiram as novas gerações, e que se dirige a empresários e políticos".


Amazonia.org.br, 04/07/09

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Hotéis dão diária para quem faz serviço voluntário nos EUA

Cinquenta hotéis nos Estados Unidos estão oferecendo uma diária grátis para quem realizar ao menos oito horas de trabalhos comunitários. A promoção vale para o período entre 1º de julho e 20 de dezembro.

Para participar, é preciso apresentar uma carta de alguma organização não governamental provando a realização do serviço voluntário no país.

Os hotéis são administrado pela Sage Hospitality --incluindo The Nines, em Portland, The Blackstone, em Chicago, e o Sheraton Tucson Hotel and Suites, no Arizona.

O quarto deve ser reservado com pelo menos 48 horas de antecedência.

Veja mais detalhes em www.giveadaygetanight.com.


Folha Online, 07/07/09

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Los Angeles pede ajuda de fãs para financiar homenagem a Michael Jackson

Los Angeles sofre com a crise econômica e pede ajuda para arcar com custos da cerimônia
Foto Eric Thayer/Reuters


A cidade de Los Angeles pediu doações aos fãs de Michael Jackson, para ajudar a cobrir os custos de segurança gerados pela cerimônia de homenagem ao cantor, que será realizada nesta terça-feira (7). O evento deve ter um custo de US$ 4 milhões.

"Estamos pedindo aos fãs de Michael Jackson que contribuam pela internet e literalmente apoiem essa grande homenagem", afirmou Matt Szabo, secretário de imprensa do prefeito à rede CNN. Ele destacou que a cidade e o Estado da Califórnia como um todo sofre com uma crise econômica.

"Los Angeles é uma cidade de porte mundial e estamos acostumados a realizar eventos de porte mundial. Mas, ainda que sejamos a capital do entretenimento, não somos imunes à recessão econômica", afirmou.

O evento
Entre os famosos que irão participar da homenagem ao cantor pop no Staples Center então Stevie Wonder, Mariah Carey, Usher, Lionel Richie, Kobe Bryant, Jennifer Hudson, John Mayer e Martin Luther King 3º.

A empresa que organiza a cerimônia --a mesma que preparava a turnê que marcaria o retorno do cantor aos palcos-- sorteou 17.500 entradas para alguns fãs acompanharem o evento.

Mais de 1,5 milhão de pessoas se inscreveram no site do Staples Center para o sorteio e, no domingo (5), os vencedores foram notificados.

Já na noite de domingo começaram a aparecer dezenas de anúncios na internet oferecendo os ingressos sorteados. Na segunda-feira, o site de leilões online eBay.com oferecia mais de 80 lugares disponíveis, com preços variando de US$ 100 a US$ 1.000. O eBay anunciou, no entanto, que vai cancelar estes leilões.

Michael Jackson morreu no último dia 25, aos 50 anos, após sofrer uma parada cardíaca em casa.


Folha Online, 07/07/09

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Ambientalistas questionam turnê do U2

Show de abertura da turnê, em Barcelona

Foto Divulgação

Os integrantes da banda de rock U2, conhecidos por fazer campanhas em prol do meio ambiente, estão sendo questionados sobre a imensa quantidade de dióxido de carbono (CO2), principal gás causador do efeito estufa, que será emitida durante sua turnê mundial.

Especialistas do carbonfootprint.com afirmam que o gás lançado na atmosfera seria capaz de levar os roqueiros à Marte e trazê-los de volta. Para realizar a turnê U2 360º Tour, eles viajarão milhares de quilômetros em um jatinho particular, fora as 390 toneladas de equipamentos e as 200 pessoas da equipe técnica que acompanham a banda. A emissão de gás pode ser comparada à de 6.500 britânicos ou irlandeses durante um ano ou ainda, à de uma lâmpada de 100 watts acesa por 159.000 anos.

A poluição gerada pelos roqueiros será maior que gerada pela turnê de Madonna em 2006, que contava com 250 pessoas na equipe técnica e produziu 1.653 toneladas de CO2 apenas com as viagens de avião. Especialistas calculam que os 44 shows do U2 na Europa e na América do Norte, neste ano, irá produzir cerca de 20.000 toneladas de dióxido de carbono.

'Para compensar as emissões, a banda teria que plantar 28.118 árvores", disse um representante da carbonfootprint.com, que ainda lembrou os cerca de 40 shows agendados para o próximo ano.


Veja Online, 07/07/09

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Instituto Claro premia iniciativas de estudantes, professores, educadores e instituições educativas

Até dia 4/9, o Instituto Claro recebe inscrições de estudantes que tenham projetos focados no uso de novas tecnologias de informação e comunicação para o desenvolvimento de oportunidades de aprendizagem inovadoras. O Prêmio Instituto Claro – Novas formas de aprender é dividido em três modalidades: pesquisa, desenvolvimento e vivência.

Podem participar estudantes de graduação, cursos técnico e pós-graduação; instituições educativas formais e não-formais; e professores e educadores. Na modalidade pesquisa, pretende-se incentivar estudantes a desenvolverem pesquisas científicas que explorem a temática da causa do Instituto Claro: aprendizagem com as novas tecnologias. Subdivide-se em duas categorias: graduação e curso técnico, incluindo trabalhos de iniciação científica e de conclusão de curso; e pós-graduação (lato sensu e strictu sensu), que envolve trabalhos de especialização, mestrado e doutorado.

Em desenvolvimento, essa modalidade é voltada para instituições educativas formais e não-formais, desde escolas e universidades a ONGS. Essas organizações podem implementar, manter ou complementar projetos e idéias inovadoras relacionadas com o tema da premiação. E, finalmente, a vivência reconhece os melhores relatos de práticas educacionais implementadas por professores e educadores a favor da causa.

As iniciativas serão avaliadas por uma comissão técnica composta por especialistas em educação e tecnologia. A premiação acontecerá em outubro em São Paulo.

Lançado em março de 2009, o Instituto Claro tem como missão estimular a discussão e o desenvolvimento de oportunidades de aprendizagem inovadoras e lúdicas. Incentiva e apoia a revisão, a discussão e a inovação dos processos de ensino e de aprendizagem, compatíveis com a realidade e demandas atuais da sociedade. Sua iniciativa central é o Portal Integrado, que conta com informações institucionais, além do Observatório e do Laboratório.

Serviço:
Confira o regulamento e fichas de inscrição para cada modalidade e categoria, além de prêmios, no Portal do Instituto Claro: www.institutoclaro.org.br


Setor3, 02/07/09

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Campanha estimula a investir em Direitos Humanos

O Fundo Brasil de Direitos Humanos lançou uma campanha para estimular os brasileiros a doarem para a causa. Com o slogan “Coloque-se neste lugar. Os direitos humanos não podem valer só para você”, a iniciativa espera levantar recursos para projetos que combatem a violência contra a mulher.

Criado em 2005, o Fundo tem como objetivo promover os direitos humanos no Brasil e pautar o tema na agenda nacional, para que a população apoie iniciativas capazes de gerar novos caminhos e mudanças significativas para o país. Assim, disponibiliza recursos para atividades de organizações sociais em todo o território nacional, priorizando aquelas com dificuldades de acesso a outras fontes.

Na prática, qualquer pessoa pode fazer um depósito para a Fundação Fundo Brasil de Direitos Humanos (Banco: Itaú Agência: 0061 Conta Corrente: 58927-1 CNPJ: 7.922.437/0001-21). Todas as informações sobre destinação das doações estarão disponíveis no site do Fundo (www.fundodireitoshumanos.org.br).

Para saber: Pesquisa realizada pela organização britânica Charities Aid Foundation (CAF) sobre as práticas de filantropia nos países que formam o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), mostrou que 61,5% dos brasileiros realizaram algum tipo de doação para causas sociais. No ranking, o país perdeu apenas para a China, cujo índice de doação chegou a 80,1% no ano passado, graças ao forte terremoto que atingiu a Província de Sichuan, que matou mais de 70 mil pessoas. Veja matéria completa.

Em entrevista realizada por e-mail, a Coordenadora Executiva, Ana Valéria Araújo, fala um pouco mais sobre a Campanha.

Ana Valéria - Qual o objetivo da campanha?
redeGIFE - O objetivo da campanha é mostrar para o público em geral que os direitos humanos no Brasil são violados diariamente e que as mulheres são vítimas de violência e discriminação, como mostram os projetos apoiados pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos. É um convite às pessoas que se preocupam e querem fazer algo, mas não sabem como: todos nós podemos ajudar a mudar o curso das coisas em nosso país.

Ana Valéria - Por que violência contra a mulher?
redeGIFE - Porque o tema preocupa e causa indignação entre os que defendem os direitos humanos no Brasil. Apesar de marcos importantes como a Lei Maria da Penha e de alguns serviços públicos de proteção específica à mulher, estas ainda são vítimas da discriminação e das violências sexual e doméstica. A cada 15 segundos, sabe-se que uma mulher é espancada e outra, violentada. As mulheres negras recebem metade dos salários de homens brancos. 80% das vítimas do tráfico de pessoas no mundo são mulheres e as brasileiras fazem parte dessa estatística.

Ana Valéria - Como as pessoas poderão ver para onde o dinheiro foi alocado?
redeGIFE - Todas as informações sobre os projetos que são apoiados pelo Fundo Brasil estão disponíveis em nosso site para consulta. Nossas contas são publicadas anualmente, auditadas e fiscalizadas pela Curadoria de Fundações do Ministério Público. O Fundo Brasil apóia iniciativas de pequenas organizações e indivíduos que trabalham para combater a violência e a discriminação.

Ana Valéria - O brasileiro doa pouco?
redeGIFE - É difícil esperar que o público em geral identifique antecipadamente aquilo em que vale a pena participar e investir. Mas sabemos que se o tema toca fundo o coração das pessoas, quando elas se identificam com a situação apresentada, em tendo possibilidade financeira, o brasileiro doa!

Ele precisa confiar, identificar-se com a questão e ter algum poder aquisitivo para doar. E se não for em dinheiro, muitas vezes serão bens, ou o seu tempo, na forma de trabalho voluntário. Se o cidadão não pode atuar diretamente, o Fundo Brasil é um canal confiável por meio do qual ele pode contribuir para transformar as duras realidades de nosso país.

Ana Valéria - Há poucas doações para a causa de direitos humanos no Brasil?
redeGIFE - Este tema ainda é de difícil compreensão para a média dos doadores. Os direitos humanos contemplam muitos assuntos e dizem respeito aos mais diversos segmentos sociais. Quando falamos sobre os direitos de alguns desses segmentos em especial, o conceito fica mais concreto e o entendimento é imediato.

Por isso criamos esta campanha com a ADAG Publicidade para falar das mulheres. Queremos aos poucos ajudar o doador a entender que o tema dos direitos humanos tem a ver com todos nós. Que a violação desses direitos está presente na vida de muita gente próxima e que, portanto, todos nós temos algo a ver com isto!

Ana Valéria - Você acredita que exista um desconhecimento sobre o que é direitos humanos pelos brasileiros?
redeGIFE - A violação dos direitos humanos assume formas cruéis e atinge comunidades invisíveis aos nossos olhos, embora muito próximas de nossas vidas. As vítimas são crianças e jovens, mulheres, negros em qualquer idade, índios, trabalhadores informais, trabalhadores do campo, imigrantes e tantos outros. No caso da violência contra a mulher, o drama ocorre sem distinção de cor, raça ou status social.

Nossa campanha “Coloque-se neste lugar” é uma proposta de participação, de cidadania e de exercício da solidariedade.


redeGIFE Online, 06/07/09

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Abertas as inscrições para simpósio internacional sobre desenvolvimento social do MDS

Estão abertas as inscrições para o Simpósio Internacional Sobre Desenvolvimento Social. Promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) o encontro acontece de 5 a 7 de agosto, em Brasília (DF).

O formulário para efetuar a participação no evento está disponível no endereço eletrônico www.mds.gov.br/simposio. O público do simpósio é formado por representantes do Governo Federal e demais poderes da República, pesquisadores brasileiros e internacionais, representantes da sociedade civil organizada e convidados estrangeiros.

Rebeca Grynspan, diretora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para a América Latina, fará, às 19h, a conferência de abertura do evento.

O formato do evento, que tem como tema “Políticas Sociais para o Desenvolvimento: Superar a Pobreza e Promover a Inclusão”, será o de painéis. Ao todo, acontecerão seis painéis, durante os quais os convidados analisarão os modelos e políticas públicas colocadas em práticas em países da Europa, África, América Latina e Ásia para promover o desenvolvimento social.

Para mais informações o Ministério disponibiliza os telefones (61) 3433–2080 / 3433-2081 e o e-mail secretariasimposio@mds.gov.br.


Fonte: MDS

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Prêmio FINEP de Inovação oferece financiamento para tecnologias sociais

A 12ª edição do Prêmio FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) oferece, em 2009, R$ 3 milhões para os vencedores da categoria tecnologia social. A proposta é premiar experiências consideradas inovadoras, aquelas que introduziram novidades ou aperfeiçoamentos no ambiente produtivo ou social que resultaram em novos produtos, processos ou serviços nos últimos três anos. Os recursos serão concedidos em forma de financiamentos não reembolsáveis, ou seja, que não precisam ser devolvidos. As inscrições vão até 10/09 pelo site oficial da Financiadora: www.finep.gov.br/premio, onde pode ser consultado também o regulamento completo.

Podem participar instituições de ciência e tecnologia, isoladas ou em parceria com ONGs, cooperativas e instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos. A competição acontece em etapas regionais, sendo que os primeiros colocados concorrerão ao prêmio nacional. Não poderão participar do Prêmio FINEP 2009 as empresas e instituições que tenham sido vencedoras regionais ou nacionais no Prêmio FINEP de Inovação 2008.

A premiação reconhece as iniciativas realizadas por empresas e instituições de ciência e tecnologia brasileiras, desenvolvidos no Brasil e aplicados no País ou no exterior. Os concorrentes podem se inscrever em cinco categorias: micro/pequena empresa, média empresa, grande empresa (apenas em nível nacional), instituição de ciência e tecnologia e tecnologia social. Além dessas, há ainda a categoria inventor inovador, com candidatos selecionados a partir de levantamento na base de dados das patentes concedidas pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A competição acontece primeiro em etapas regionais. Os primeiros colocados de cada categoria concorrem depois ao prêmio nacional.

Serviço:
12ª edição do Prêmio FINEP
www.finep.gov.br/premio


Boletim Setor3, Edição nº 237, 06/07/09

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