domingo, 25 de janeiro de 2009

Internet: corporações precisam aprender a utilizá-la melhor

Especialista afirma que 2009 trará mudanças no ambiente web, que precisa começar a fazer parte das estratégias de negócios das empresas

Fatores como a mudança nos hábitos do consumidor e a popularização de novas tecnologias devem mudar profundamente o perfil da internet corporativa ao longo do 2009. A opinião é de Marcello Póvoa, diretor da MPP Solutions, para quem o cenário de crise não deve afetar as tendências de mudança.

“Essas mudanças serão alavancadas pelos consumidores e pela quebra de alguns paradigmas de tecnologia”, diz, lembrando que o mercado brasileiro, embora ainda atrasado em relação aos Estados Unidos, está no mesmo nível – ou melhor – que o europeu.

O primeiro ponto é a mudança no perfil dos consumidores, hoje mais ativos. De acordo com Povoa, o internauta hoje realiza interações verticais e horizontais com as marcas na web, e tem se mostrado muito mais exigente em relação a elas. “Isso vai exigir um novo comportamento das empresas, que precisarão levar o relacionamento com este cliente para além da venda”, afirma.

Do lado da tecnologia, a maior mudança virá da migração do modelo de página impressa na web para o modelo de aplicativos, o que provoca mudanças nos clientes e na infraestrutura das empresas. Aqui entra o conceito de nuvem, com a potencial transformação dos aplicativos web no novo desktop. “Isso muda o relacionamento. No modelo clássico, o usuário vai à URL. Agora, a tendência é de fragmentação. O site da empresa irá ao usuário via widgets, possibilitando a capitalização de audiências pré-existentes”, diz, lembrando que, para isso, o mercado como um todo precisará compreender melhor o conceito de viralidade.

Outra previsão do especialista é que o processo de seleção natural das comunidades online deve ganhar corpo. Para ele, muitas delas devem desaparecer, mas isso não mata o fenômeno. Tanto é assim, que Póvoa disse existir hoje uma corrida pelo desenvolvimento de um algoritmo que permita o monitoramento semântico de redes sociais, o que vai permitir às empresas estabelecer alertas e iniciativas sobre epidemias, tanto positivas quanto negativas.

Em paralelo a isso, há o crescimento da internet móvel, para ele bastante estimulada pelo lançamento do iPhone. Segundo o executivo, 75% do tráfego móvel existente nos Estados Unidos acontece no iPhone. “As pessoas começam a surfar na internet e isso não pode ser ignorado”, diz.

“Todas estas tendências estão hoje presentes no mercado brasileiro, por isso as empresas precisam atentar mais para a web como parte de suas estratégias de negócios, o que já começa a acontecer”, ressalta, afirmando que, no atual cenário, sua expectativa é que o mercado de internet corporativa cresça de 15% a 20% ao longo deste ano.


Fábio Barros
COMPUTERWORLD, 23/01/09


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