sábado, 29 de novembro de 2008

Teles apostam na TV pelo celular

A Brasil Telecom será, no mês de dezembro, a mais recente operadora a ingressar no segmento de TV móvel, que oferece pacotes de TV paga pelo celular. A opção, entretanto, já é oferecida no Brasil há mais de dois anos por outras companhias do setor, como Vivo, TIM, Claro e Oi.

A adoção mostra que, enquanto há uma discussão regulatória no país sobre a entrada das teles no segmento de TV paga, não só as operadoras de telefonia fixa avançam nessa seara, mas também as móveis.

No caso da Brasil Telecom, o serviço de TV móvel entra em operação comercial na primeira quinzena de dezembro em toda a região de cobertura, como explicou Sergio Messiano, gerente de serviços de valor adicionado, em entrevista à Reuters.

Para serem assistidos na tela do aparelho móvel, os programas têm ângulos e edições especiais que melhor os acomodem nesse formato.

"É um serviço de nicho, nem todos têm aparelhos habilitados e ninguém fica horas assistindo TV no celular", afirma Fábio Freitas, gerente de ofertas premium da Vivo, que manteve alguns canais gratuitos de TV desde o final de 2004, e só a partir deste ano passou a cobrar, em uma oferta que inclui 13 canais de TV paga.

Segundo ele, o pico de acessos no período gratuito foi de 1,5 milhão de acessos por mês.

O serviço da Brasil Telecom terá, inicialmente, nove canais adaptados, entre Cartoon Networks, Discovery Channel e MTV. "A idéia é que isso cresça bastante", explicou Messiano.

Quando isso acontecer, disse ele, os assinantes poderão comprar pacotes de programas de sua preferência, como fazem hoje na TV a cabo ou satélite.

Por enquanto, os pacotes são divididos em tempo: 30 minutos, 2 horas ou 24 horas corridas, a preços que variam de 1,90 a 7,90 reais mensais, preços similares aos praticados pelas demais.

Atender o cliente nas 3 telas
Messiano explica que a intenção da Brasil Telecom com o serviço é atender o cliente "nas três telas".

Hoje, a operadora já fornece vídeos sob demanda para a TV tradicional, através de sua rede de fios de cobre, e também vídeos aos microcomputadores, através do provedor iG, controlado pela BrT.

"Faltava o sinal de vídeo pelo celular", afirmou ele. Messiano preferiu não fazer previsões de número de clientes para o novo serviço porque disse que, "nos próximos meses, a prioridade é entender o comportamento do cliente".

No caso da Oi, que lançou o serviço no final do ano passado, o pacote trouxe também o primeiro canal de conteúdo audiovisual produzido especialmente para o telefone móvel, o Humanóides, que apresenta "pílulas" cômicas com cerca de três minutos vividas por personagens caricatos, como explicou a empresa.

O Oi TV Móvel está disponível atualmente nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória, segundo informações fornecidas pela operadora.

A Oi não revela quantos assinantes conquistou para o serviço, mas indica que tem registrado uma média de tempo de acesso de 8 a 10 minutos por mês.

Além de oferecer vídeos pelo portal Claro Idéias, a Claro também lançou recentemente o serviço Minha TV, que permite ao usuário assistir aos programas comprados tanto no seu celular como na Internet, pagando um único valor.

Segundo a companhia, o Minha TV usa o sistema de streaming de vídeo ou de áudio, onde a transmissão é feita sem download e por isso não ocupa espaço no celular do usuário.
A forma de pagamento é por assinatura mensal (10 reais), com abertura para todos os conteúdos, exceto para a categoria adulto, que tem uma assinatura própria.

Parceria com SKY
A TIM optou por uma parceria com a operadora Sky, de TV via satélite, para levar canais fechados ao celular. A companhia lançou a TV móvel junto à estréia da sua rede de terceira geração, em abril deste ano.

Com pacotes de 30 minutos, 2 horas e 24 horas, a TIM mantém um canal gratuito na programação, que funciona como o canal de relacionamento das operadoras de TV paga.

Segundo a companhia, a transmissão ao vivo da edição carioca do TIM Festival superou o número de acessos de um mês inteiro da TIM TV, com mais de 300 mil acessos.

"É uma aposta de longo prazo", disse Freitas da Vivo, que afirma, entretanto, que se trata de uma decisão estratégica das operadoras em uma tendência.


Fonte: Reuters
HSM Pn-line, 28/11/08


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