segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Ibama pede doações para cuidar de pingüins na Bahia

Dos 370 pingüins resgatados até terça no Estado, 112 estão em situação grave - debilitados e com baixo peso
Foto Reprodução/TV Globo


Para cuidar do grande número de pingüins resgatados na Bahia, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) tomou emprestado três barracas da Marinha e está até pedindo doações ao público.

O 2º Distrito Naval emprestou na terça-feira (29) as barracas para abrigar o excedente de pingüins em tratamento há mais de uma semana na ONG IMA (Instituto de Mamíferos Aquáticos), que atua em parceria com o Ibama. Cada barraca tem capacidade para até 50 aves.

O Ibama ainda divulgou uma lista com pedido de doação de materiais para tratamento das aves. Na relação constam, por exemplo, 80 folhas de madeirite, 300 metros de lona, 40 caixas de aventais descartáveis, 20 embalagens de sabonete bactericida, 80 spots para lâmpada e 20 adaptadores para tomada.

Além dos materiais solicitados pelo Ibama, técnicos do IMA também pediram à população doações de latas de sardinha --cada pingüim tem comido, em média, um quilo do produto por dia.

Segundo o coordenador do centro de resgate de mamíferos do IMA, Luciano Reis, a incidência de pingüins em praias da Bahia nesta época não é inédita. "O número de animais perdidos é que aumentou muito. Antes, eram encontrados no máximo dez."

Reis disse que essas aves se desviaram de sua rota migratória e alcançaram a Bahia em razão do fenômeno climático La Niña, que deixa o mar mais agitado. De acordo com o coordenador, o destino dos pingüins era a costa atlântica da África, para onde as aves costumam migrar todos os anos.


Luiz Francisco
Folha Online, 01/08/08


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