quinta-feira, 29 de novembro de 2007

MDS vai investir mais de 12 milhões em projetos de agricultura

Publicado pelo Pauta Social em 28/11/07

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) vai disponibilizar, em 2008, mais de R$ 12 milhões que serão investidos em projetos de Agricultura Urbana e Periurbana. Municípios das regiões metropolitanas de Recife (PE), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Belém (PA), Manaus (AM), Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA) - considerados pólos da Agricultura Urbana no Brasil - estão entre os beneficiados.

O país contabiliza mais de 600 projetos de Agricultura Urbana. Destes, 136 são apoiados pelo MDS. O benefício é recebido por aproximadamente 306 mil famílias. Segundo o coordenador da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, João Augusto de Freitas, até o final deste ano, o Ministério terá apoiado 113 novos projetos, beneficiando mais 46 mil famílias: “Em dezembro, a região metropolitana de São Paulo será beneficiada com cinco grandes projetos nos municípios de Embu, Mauá, Osasco e Jandira. A cidade de São Paulo também está inclusa. Nos bairros do Campo Limpo e Capão Redondo serão implantadas Hortas Comunitárias. O valor total do investimento é de R$ 1.295.000,00”, explica João Augusto.

Freitas destaca que a atividade vem crescendo no Brasil, apesar da ausência de dados oficiais sobre o assunto. Estudo realizado em junho pela Rede Intercâmbio de Tecnologias Alternativas em 11 regiões metropolitanas – Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR); Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ); São Paulo (SP); Brasília (DF); Goiânia (GO); Belém (PA); Fortaleza (CE), Recife (PE) e Salvador (BA) constatou intensa e variada atividade de Agricultura Urbana e Periurbana.

A partir do estudo, foi elaborada uma lista com mais de 600 iniciativas, em sua maioria de produção destinada ao auto-consumo e à comercialização. Destas, 160 experiências são desenvolvidas em 52 municípios das regiões metropolitanas, tanto em metrópoles (população superior a 2 milhões de habitantes) quanto em municípios medianos e pequenos (até 30 mil habitantes).

“A prática da Agricultura Urbana e Periurbana é desenvolvida em todas as regiões do Brasil. É uma realidade que engloba grande diversidade de contextos, apresentando ampla capacidade de expansão e muitas possibilidades de consolidar-se com uma atividade permanente e multifuncional na escala local, impulsionando as políticas de Segurança Alimentar e Nutricional e produtora de trabalho, emprego e renda”, explica o coordenador do MDS.

O Programa
A Agricultura Urbana é uma das ações que compõem a estratégia do Fome Zero, incentivando a produção de alimentos de forma comunitária, com uso de tecnologias de bases agroecológicas, em espaços urbanos e periurbanos ociosos.

Com a mobilização comunitária, em especial com apoio das Prefeituras, são implementadas hortas, lavouras, viveiros, pomares, canteiros de ervas medicinais, criação de pequenos animais, unidades de processamento/beneficiamento agroalimentar e feiras e mercados públicos populares.

Os alimentos produzidos são destinados para auto-consumo, abastecimento de restaurantes populares e cozinhas comunitárias, além da venda de excedentes no mercado local, resultando em inclusão social, melhoria da alimentação e nutrição e geração de renda.

Os produtores em geral são oriundos de famílias pobres que produzem para auto-consumo e vendem ou trocam o excedente nas comunidades onde vivem.


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