sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Brasileiro está receptivo ao Mobile Marketing

Estudo feito pela MMA Latam apontou que usuários estão altamente interessados nesse tipo de publicidade

Instaurada na América Latina em junho desse ano, a Mobile Marketing Association (MMA) acaba de divulgar os resultados do primeiro estudo focado no perfil dos usuários de telefones celulares do continente. Realizada entre internautas do Brasil, México e Argentina, a pesquisa ouviu 1,3 mil pessoas - 437 no Brasil - e apontou a região como um forte mercado para o desenvolvimento da comunicação entre marcas e consumidores utilizando a plataforma móvel.

No que diz respeito ao perfil dos brasileiros entrevistados, o levantamento mostra que o recurso mais valorizado na hora de adquirir um equipamento ainda é a câmera fotográfica embarcada com 89% seguida pelos fones de ouvido sem fio e tecnologia Bluetooth com 85%. "A procura do brasileiro pela conectividade via Bluetooth surpreendeu bastante e mostra que o mercado deve olhar com mais atenção para as campanhas que envolvam esse recurso. Até então não se sabia se esse tipo de ação era bem-vinda, mas a pesquisa mostrou que vale a pena trabalhar em cima deste formato", acredita Terence Reis, diretor gerente da MMA para a América Latina.

De forma geral, os dados mostram que o brasileiro está bastante receptivo ao mobile marketing, uma vez que 74% mostraram interesse alto ou moderado em receber esse tipo de publicidade e 72% se disseram dispostos a integrarem as listas de permissão das operadoras (Opt-in). Do total entrevistado, 17% afirmaram já terem tido algum contato com a publicidade móvel.

Quando questionados sobre os tipos de publicidade desejados, os pesquisados escalonaram em primeiro lugar o recebimento de mensagens com alertas de ofertas, mensagens com ações de relacionamento pós-compra de produtos e serviços, sorteios e mensagens baseadas em serviços de localização. "Entre os brasileiros, as formas de publicidade móvel que registraram menos interesse foram as que incluem votações e anúncios puros. Comparado com Argentina e México, o interesse por cupons promocionais se mostrou menor", comenta Reis.

O acesso à internet móvel - outro elemento analisado - ainda se mostra embrionário mesmo entre os mais jovens, que ainda consideram altos os custos de pacotes de dados praticados pelas operadoras. No Brasil, 24% disseram utilizar o recurso, sendo que apenas 6% o fazem diariamente. "Estes números mostram que o uso da internet móvel tem potencial, mas ainda deve conseguir maior penetração para se desenvolver como espaço publicitário diferenciado e eficiente", prevê o diretor.

Segundo Reis, o Brasil foi o país que apresentou as melhores perspectivas para o desenvolvimento do canal na América Latina tanto em razão do tamanho do mercado e da receptividade da população às novas tecnologias quanto pelo histórico de investimentos publicitários. Com o estudo em mãos, a MMA Latam agora tem a missão de começar a balizar o mercado de forma a estabelecer os formatos e regulamentar o uso da mídia. "Hoje temos um cenário em que os mundos mobile e publicitário ainda não entendem um ao outro. Os resultados agora serão devidamente traduzidos para os dois mundos o que facilitará o entendimento e desenvolvimento das ações", pretende.


Mariana Ditolvo
20/11/08


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