quarta-feira, 28 de maio de 2008

Global Forum apresenta cases de sucesso

Tecnologias limpas, empreendedorismo e tecnologias sociais, governança corporativa e políticas públicas e sustentabilidade são alguns dos temas a serem explorados nos 86 resumos científicos e relatos empresariais a serem apresentados no Global Forum América Latina. O encontro, que acontece em Curitiba, de 18 a 20 de junho, reunirá universidades, empresas, poder público e sociedade civil para repensar o papel da educação para os negócios, com foco na sustentabilidade.

A iniciativa é do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi), Unindus – universidade corporativa do Sistema Fiep, Case Western Reserve University (EUA), Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP) e Instituto de Promoção do Desenvolvimento (IPD).

Os trabalhos foram selecionados dentre 120 inscritos, avaliados por doutores de todo o Brasil, selecionados pela FGV. Os resumos estão divididos em doze áreas temáticas: empreendedorismo e tecnologias sociais; eco-eficiência e produção mais limpa; gestão do relacionamento; políticas públicas e sustentabilidade; base da pirâmide; tecnologias limpas; governança corporativa; transformação organizacional; finanças sustentáveis; ética na comunicação e marketing; agronegócio sustentável e mudanças climáticas.

O Global Fórum se propõe a ajudar a construir caminhos para que a sustentabilidade seja inserida de forma efetiva nas agendas das organizações. Os resultados desta edição latino-americana serão levados ao Global Fórum mundial, marcado para 2009.
Outras informações sobre o evento e inscrições no site www.globalforum.com.br.

Tecnologias limpas

O trabalho “Águas de chuvas para usos residenciais”, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é um dos destaques na área temática “Tecnologias limpas: Inovação e reposicionamento para a sustentabilidade”. Na avaliação de João Marcelo do Nascimento, responsável pelo projeto, as águas de chuvas são elencadas como possíveis fontes alternativas de abastecimento de água, porém falta a consolidação dos dados que relacionem o tipo de uso pretendido com seu respectivo custo.

Dois países se destacam no design do sistema de coleta e reuso de água de chuva: a Alemanha, que utiliza cisternas e filtros subterrâneos e apresenta soluções mais completas de reciclagem de água de chuva, e a Austrália, mais simples, que utiliza filtros de descida e caixas d'água acima do nível do solo.

A Universidade Federal de Goiânia apresenta o estudo “Reciclagem de Pneus”, que cria uma nova forma de destinação de pneus inservíveis, com o objetivo de evitar o seu descarte no meio ambiente e ao mesmo tempo desenvolver um produto que seja capaz de produzir benefício ambiental.

De acordo com Estevão Julio Walburga Keglevich de Buzin, aluno da universidade e desenvolvedor do projeto, a proposta é uma solução para os problemas das enchentes em grandes cidades. “Os pneus usados na construção das mini-cisternas de drenagem serão aqueles já destinados ao descarte. As mini-cisternas de drenagem serão utilizadas para absorção da água pluvial, podendo ser colocadas em calçadas, parques públicos, jardins, rotatórias, quintais”, explica.

Empreendedorismo e tecnologias sociais

Os trabalhos apresentados na área temática empreendedorismo e tecnologias sociais descrevem o desenvolvimento e uso destas tecnologias, principalmente com atuação em rede.

Um deles dos trabalhos nesta área é o “5 acessos para o fortalecimento e integração do empreendedorismo comunitário”. Desenvolvido pela Associação Aliança Empreendedora, de Curitiba, o trabalho apresenta um processo de integração e fortalecimento em rede de microempreendedores e grupos produtivos comunitários de diversas regiões e realidades mas com necessidades, talentos e ativos comuns e complementares.

De acordo com Rodrigo de Méllom Brito, responsável pelo estudo, o trabalho utiliza uma metodologia integral de apoio, integração e fortalecimento de grupos produtivos comunitários e microempreendedores e de públicos e comunidades de baixa renda, envolvendo uma série de parcerias que venham a focar, integrar e fortalecer 5 pilares estratégicos: acesso a informação e conhecimento, acesso a capital, acesso a mercado, acesso a infra-estrutura e acesso à cidadania. Esses pilares respondem e completam as 5 maiores lacunas e dificuldades responsáveis pelo fracasso dos microempreendimentos no Brasil.

“Esta metodologia vem sendo ano a ano comprovada pelos projetos e resultados gerados de aumento no número de postos de trabalho, produtos criados, canais de venda desenvolvidos e receitas geradas pelos grupos e microempreendedores apoiados”, afirma.


Envolverde/Mercado Ético, 28/05/08
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