quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Estudo revela que pesquisas têm a confiança de apenas 50% do público

Apenas 50% das pessoas que contratam pesquisas de mercado confiam nas conclusões e recomendações dos relatórios apresentados pelos institutos de pesquisa. É o que revela a sondagem desenvolvida pela Omni Marketing e pela Gauss Consulting. O estudo teve como objetivo explorar a percepção dos usuários de pesquisa acerca da qualidade e da credibilidade dos relatórios divulgados por empresas do setor. Foram ouvidas 133 empresas diferentes, divididas em micro, pequeno, médio e grande porte dos setores de indústria, comércio e serviços.

Os resultados observados foram obtidos via amostragem não-probabilística, pelo método de autopreenchimento via e-mail, sem ponderações, com resultados limitados à amostragem obtida. Desta maneira, as conclusões não podem ser estendidas a nenhum tipo de população de interesse.

Usar as pesquisas como apoio para tomada de decisão não faz parte do dia-a-dia da maioria dos entrevistados. Cerca de 28% das pequenas e médias organizações se baseiam nas recomendações dos institutos e somente 40% delas confiam nas conclusões a que eles chegam.

Esse resultado comprova uma hipótese verificada com freqüência por profissionais envolvidos com pesquisas de mercado: a utilização disseminada de pesquisas é uma prioridade em empresas de grande porte.

Quanto aos critérios de amostragem, 41% dos entrevistados não têm dúvidas em relação a eles. No quesito interpretação dos resultados, mais da metade dos respondentes consideram-se plenamente competentes para interpretar os relatórios de pesquisa, tendo mais dificuldade em analisar os gráficos, as margens de erro e as diferenças de bases.

O estudo revelou que apenas 43% dos respondentes estão totalmente satisfeitos. Esse cenário é intensificado quando cruzado com a pergunta “Acha importante saber ler e interpretar os resultados de uma pesquisa para ter uma visão mais crítica sobre as conclusões e recomendações apresentadas por um instituto?”. A essa questão, 98,7% responderam “sim”, sendo que 69% deles consideram imprescindível saber ler e interpretar os resultados.


Em paralelo a este cenário, foi percebida uma elevada correlação entre a confiança nas conclusões e nas recomendações e o alcance das expectativas em relação ao relatório final. “Viabilizar análises de fácil entendimento é fator crítico para que os pesquisadores promovam a confiabilidade e a credibilidade das suas conclusões e recomendações”, explica Rafael Scucuglia, diretor de operações da Gauss.

Percebe-se, também, certa disparidade quando o assunto é “consultar o pesquisador” para entender os resultados da pesquisa. Embora 44% dos entrevistados consultem os responsáveis para entender os resultados, 29% deles nunca ou raramente o fazem.

Para completar, um resultado preocupante: entre os entrevistados que declararam já ter tomado decisões baseadas em pesquisa, 30,5% deles informam ter errado em suas decisões. Esse percentual é constante para qualquer tamanho de empresa, inclusive para as de grande porte.

Entre as ações a serem realizadas para mudar esse cenário, o estudo identificou a necessidade de um melhor nível de informação quanto aos métodos de interpretação de relatórios, melhorias nos conteúdos analíticos dos relatórios de pesquisa, maior conscientização quanto aos métodos de amostragem e disseminação da utilização de pesquisas viáveis a empresas de pequeno porte.

Fonte: NB Press Comunicação, assessoria de comunicação da Gauss Consulting.
HSM On-line, 02/12/08


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